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História Amor ou Poder? - Aquele do quase


Escrita por: Mandxs_

Notas do Autor


Bom, eu nem tenho o que dizer, porque nada justifica. Só agradeço aos que ainda estão aqui. :)

Capítulo 18 - Aquele do quase


Fanfic / Fanfiction Amor ou Poder? - Aquele do quase

Daniel tinha seus cotovelos apoiados nos joelhos e os olhos fixos no pequeno vaso francês que o casal de amigos trouxera de uma de suas viagens. Deixara seu corpo naquele sofá desde que Regina saíra do apartamento acompanhada por David. Em silêncio, perdia-se em seus pensamentos que pareciam chegar a uma conclusão, indicando-lhe uma saída, apesar do início tortuoso.

- Tem certeza que não quer beber alguma coisa? – Mary tentou mais uma vez, recebendo a mesma resposta de sempre: um balançar de cabeça em negação. A mulher de curtos cabelos pretos suspirou e sentou-se na poltrona próxima a ele. – Daniel, eu não quero que você entenda que estarmos em contato com Robin signifique que estamos contra você. Isso não faz nenhum sentido. Só estamos retomando contato com um velho amigo que acabou sendo injustiçado anos atrás. – disse, olhando para o par de olhos azuis que lhe olhavam atenciosos.

- Eu entendo, Mary, não se preocupe. Eu só me preocupava com Regina no meio disso tudo, em como ela poderia ser magoada. Mas acredito que isso é algo que vocês devem resolver com ela. Por mim, estamos bem. – A mulher sorriu.

- Essa situação é tão absurda que é difícil de acreditar. – ela falou, após um breve silêncio, e Daniel concordou.

- Nem me fale, não imaginaria isso nos meus piores pesadelos.  – soltou uma risada curta, negando.

- E Regina sempre se preocupando com os outros antes dela mesma. Acho que ela nunca vai perder essa característica... – comentou, numa tentativa de entrar no assunto com Daniel. Percebia que ele estava entristecido e não apenas por Regina, mas pelo impacto do fato em seu noivado. Talvez desabafar pudesse ajuda-lo.

- Nesse caso não é apenas “os outros”. É o Robin. Eles tiveram uma história. Ele foi e ainda é importante pra ela. Eu vejo isso. – brincava com os nós de seus dedos – É só olhar pra ela e está ali...

- Daniel, não deixe que esse pensamento afaste vocês. Ela te ama.

- Não sei se é maior do que o que ela sente por ele. – negou – É complicado, apesar de conversarmos, nunca falamos abertamente sobre esse assunto. É um baú trancado que abre algumas frestas quando ela permite. Eu me sinto pisando em ovos... Eu e minha costumeira insegurança.

- Não se censure, isso é natural. Só não tire conclusões precipitadas, converse com Regina.

- Iremos. Pode deixar. E obrigado, Mary, conversar me aliviou um pouco. – sorriu e recebeu um curvar de lábios gentil em retorno.

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- Desculpe não ter te contado antes sobre minha reaproximação com o Robin, Regina. Aliás, desculpe por não ter te contado tudo antes. – David disse, desviando o olhar rapidamente para a mulher, que estava com a cabeça encostada na janela e olhou-o assim que ele iniciou sua fala.

- Tudo bem, Nolan. Eu entendo a posição de vocês, Mary me explicou brevemente. E eu faria a mesma coisa, não iria jogar essa bomba no meio do turbilhão que eu estava vivendo. – suspirou, com um sorriso de canto. – Eu imaginei que vocês já teriam se encontrado, vocês eram bons amigos.

- Foi tudo tão rápido... Nos encontramos no dia que seu pai foi internado, ele estava em frente a empresa, parecia confuso. Eu senti que precisava escutá-lo pelo menos. - ela concordou – Eu sempre quis saber o outro lado dessa história, não que eu não acreditasse em você, não pense isso, é que éramos amigos, crescemos juntos e aquela atitude não me parecia verdadeira vinda dele. Mas, ele sumiu e nunca conversamos. Aquele dia pareceu a oportunidade perfeita.

- Eu entendo.

- O que você vai fazer agora? – olhou-a rapidamente e a viu repousando a cabeça no encosto do assento e fechando os olhos, soltando o ar pela boca.

- Não faço idéia. Preciso assimilar tudo isso. – olhou para suas mãos - É desolador saber o que meus pais fizeram, o que eles realmente são... Mas, saber que Robin me desculpou já tira metade do peso das minhas costas.

- Ele ainda é muito importante pra você, não é? – perguntou, cauteloso. Eram amigos, mas esse nível de intimidade era próprio da relação dela com sua esposa. Não admiraria se ela não o respondesse, por isso o silêncio que se seguiu não o incomodou.

- É estranho, David. – murmurou, olhando para a rua - Eu era acostumada a odiá-lo, eu devia fazer isso, e agora saber que ele não tem culpa de nada e que eu não preciso ter esse sentimento por ele, me deixa confusa.

- Estamos com você. – ele disse, apertando a mão dela com a sua e Regina o olhou – Eu, Snow e nosso pequeno bebê. Nós estamos com você.

- Obrigado, Nolan. Muito obrigado. – sorriu, com os olhos marejados.

- Chegamos. Vamos entrar? – ela afirmou e soltou seu cinto, ambos saindo do carro.

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Eu poderia esperar qualquer coisa. De qualquer pessoa. Menos deles. Menos daqueles que foram minha base, meu porto seguro. Menos daqueles que eu supunha serem as melhores pessoas do mundo, apesar dos defeitos. Menos daqueles aos quais eu chamo de meus pais. Meu mundo girou em menos de oito horas e estou zonza e atordoada, tentando, em vão, ainda encontrar algum motivo que não o verdadeiro. Mas não há outro. Não há como ter outro. Os meus pais, Henry e Cora Mills, fizeram mal a sua própria filha. Eu.

Meus olhos inchados e a irritante dor de cabeça não negavam que eu passara a noite em claro naquele quarto de hotel. Precisava ficar sozinha e lidar comigo mesma, então ir para casa ou para o apartamento de Daniel estavam fora de cogitação. Eu precisava de privacidade e sabia que não teria nenhum em qualquer um dos dois destinos. Precisava da solidão para liberar minha intensidade. Para chorar tudo que poderia chorar. Para sofrer tudo que poderia sofrer. E só restar esse vazio que sinto em mim. Um vazio que se sobrepunha lentamente ao sentimento que sentira por Henry e Cora.

É consenso popular que grandes decepções acarretam grandes aprendizados. Endosso esse empirismo. Esse é o ponto de inflexão da minha vida. A partir de agora, traçarei outra tangente.

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- Bom dia, Zelena! – Robin saudou-a, com um abraço afetuoso.

- O que aconteceu com você? – perguntou, franzindo o cenho, com um sorriso nos lábios e seguindo o amigo em direção a sua sala.

- Por que teria acontecido alguma coisa? – questionou, com graça. E recebeu uma expressão de incredulidade da mulher.

- Conte-me logo.

- Regina me perdoou. – E um sorriso largo tomou-lhe a face por segundos, antes de desfazer-se. – Estou tão preocupado, eu sei quão difícil as coisas estão sendo para ela.

- Calma, Robin. Preciso que me explique toda essa situação. O que eu perdi nesse curto intervalo de uma noite?

- Nossa conversa foi rápida e ainda não sei como ou porquê ela acreditou em mim, mas estamos recomeçando.

- Ah, Robin! Apesar da situação, estou muito feliz por você! Era o que você queria que acontecesse e... – Foi interrompida pelo toque do celular dele.

Precisamos conversar. Estou com uma reserva no Grand Hotel. Podemos nos encontrar no fim do dia?

Regina.”

O sorriso ressurgiu e seus dedos ágeis digitaram a resposta. Era óbvio que ele iria.

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Regina adentrou a Mills com seus óculos escuros e a bolsa marrom em suas mãos. O som de seus saltos finos ressoava pelo corredor e dirigiu um menear de cabeça ao cumprimento que Ruby lhe oferecera.

- Algum recado? – perguntou, depositando sua bolsa na mesa de apoio.

- A reunião com os arquitetos foi cancelada e eles perguntaram se podem remarcar para amanhã, as 09hs.

- Tudo bem.

- E Cora esteve aqui perguntando se você já havia chegado.

- Depois falo com ela. – respondeu, sentando-se. – Ruby, preciso que me faça um favor.

- Claro.

- Eu preciso dos balanços dos últimos dez anos da Mills. E de todos os contratos firmados. Todos, sem exceção.

- Certo. – anotava tudo. – Mais alguma coisa?

- Por enquanto, não. Se alguém me procurar, por favor, diga que estou ocupada. Não quero receber ninguém hoje.

- Pode deixar. Anotarei os recados.

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- Bom dia, Zelena.

A mulher de cabelos ruivos engoliu em seco, antes de dirigir o olhar ao homem a sua frente.

- Bom dia, Humbert. Robin está te esperando, pode entrar. – respondeu e voltou a prestar atenção nos documentos em suas mãos. Entretanto, ele não saíra do lugar onde estava e continuava parado em sua frente, o que a deixava ainda mais nervosa.

- Zelena. – tocou em sua mão e ela sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo. – Eu preciso conversar com você, por favor.

- Nós não temos nada para conversar. Nosso assunto já foi finalizado meses atrás.

- Eu... – silenciou e ela olhou-o – Eu me arrependi. Eu deveria ter largado tudo por você.

- Humbert, por favor, não. – desvencilhou sua mão do toque, sentindo o coração bater tão rápido quanto o dele. – Não faça isso comigo. Você não sabe o quanto foi difícil superar tudo o que aconteceu. Acho melhor você entrar. – disse firme, apontando para a porta da sala, antes de sair dali.

Graham suspirou, derrotado, e seguiu na direção que ela apontara. Entrou na sala de Robin e depositou o envelope sobre a mesa, antes de virar as costas e sair em silêncio.

- O que você tem? – o outro perguntou já imaginando a resposta que se seguiria.

- Zelena. – foi a única palavra que disse antes de sumir do seu campo de visão. Típico Graham.

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O vidro do box ainda estava embaçado denunciado o uso recente. O corpo recebera a carga quente pela qual implorara nas últimas horas do dia. Vestindo uma camiseta branca larga e uma calça de moletom, Regina secava os cabelos com uma toalha em frente ao espelho quando ouviu dois toques na porta. Encarou sua figura e respirou nervosamente. Robin chegara um pouco antes do que imaginara.

- Robin. – cumprimentou ao revelar sua figura no corredor, curvando os lábios gentilmente.

- Oi, Regina. – Os olhos conectados aos dela. Ela inspirou com mais força e um cheiro característico foi reconhecido, fazendo com que seus olhos buscassem a fonte, localizada em dois copos num apoio plástico que Robin segurava.

- Você trouxe...

- Chocolate quente. – completou – Eu lembro que você gostava muito, especialmente em momentos complicados. Espero que ainda goste.

Regina sentiu seu coração aquecer. Um detalhe que poderia ter se perdido no tempo, ainda estava vívido na memória dele. Um sorriso genuíno embelezou seu rosto.

- Eu ainda gosto muito. Obrigado.

- Não precisa agradecer. Você sabe.

- Entra, fica à vontade. – disse, quebrando a intensidade que já os cercava. – Desculpa estar assim, eu precisava de uma roupa confortável.

- Tudo bem. – “Você está linda.”. Queria completar, mas emudeceu enquanto apreciava a beleza natural de sua pequena. Fascinante.

- Senta. – pigarreou – Um meu e um seu, certo? – perguntou, referindo-se aos chocolates quentes.

- Claro. – Ela concordou e levou o copo de encontro aos seus lábios. A sensação do líquido quente percorrendo sua garganta era a mais reconfortante que já experimentara na vida. Era sempre assim. Esse aconchego. Abriu os olhos após seu momento de desfrute e Robin a encarava encantado. Engoliu em seco.

- Acho melhor você beber antes que esfrie. – desviou, com um sorriso nervoso, sem jeito.

- Claro. – afirmou, também nervoso. Deu um gole em seu copo e tornou a olhá-la. – Como você está?

- Bem. – respondeu evasiva, com um tilintar triste ressoando em seus olhos.

- Pode contar comigo para o que precisar. Estou com você para tudo. – apertou suavemente sua mão.

- Eu vou mesmo precisar da sua ajuda. – fitou seus azuis, antes de delicadamente retirar sua mão da dele. – E para isso, eu preciso que você me conte tudo.

- Eu vou. E a propósito, eu também estou bem. – gracejou e viu as bochechas dela corarem.

- Me desculpe, que indelicadeza minha. - colocou uma mecha atrás da orelha e ele balançou a cabeça como quem diz “tudo bem, esquece isso”.

- Bom, você lembra do dia em que fomos ao parque, após termos ido ao cinema com Mary e David? Foi um dia antes daquele maldito jantar. – Ela confirmou. – Eu saí do metrô e estava indo para casa, quando percebi que alguém me seguia. Comecei a andar mais rápido e ao olhar para trás novamente, a pessoa havia sumido e tudo que vi depois foi escuridão. Foi tudo muito rápido, mas havia um odor forte...

- Clorofórmio... – ela murmurou.

- Sim. Descobri alguns meses depois...

A cada palavra que se desprendia dos lábios dele e entravam em ondas em seus ouvidos, Regina sentia seu coração apertar. Não por ela, não por Henry e Cora. Quanto a isso, só aumentava o vazio. Mas sim por ele. Por Robin. Pela tragédia que ocorrera em sua vida e da qual ela não fazia ideia.

- Quando vi seus pais, eu só pensei em você. Em como sua mãe fingia nos apoiar e no quanto você se decepcionaria e sofreria com aquilo. – os azuis entristecidos estavam marejados, tais quais os castanhos -  Eles me acusaram, me insultaram... Não vale a pena repetir o que foi dito. – negou - Depois disso, me disseram que eu tinha que ir ao jantar e terminar tudo com você. Eu não aceitei e foi aí que... – travou, sempre travava quando relembrava aquele momento.

- Robin, eu vou entender se for muito difícil... – controlava a vontade de tocá-lo – Tudo bem, eu não preciso...

- Não, eu vou te contar. – respirou fundo - Quando eu neguei, eles me fizeram olhar para uma divisória de vidro. Uma porta foi aberta do outro lado e amarraram uma mulher encapuzada em uma cadeira. Um dos capangas retirou o capuz e era minha mãe. A minha mãe, Regina. – a mulher olhava-o espantada e lágrimas escorreram por seu rosto – A mulher que me criou e que fez tudo por mim. Bem ali, podendo morrer por minha causa, por uma escolha minha.

- Robin, meu deus! – abraçou-o desajeitadamente e enxugou o rastro que cruzava a face dele. – Eu não consigo imaginar o que você sentiu.

- Você ou ela. Era a minha escolha. Foram as piores horas da minha vida. – fungou - Quando eu cheguei na sua casa e eu te vi, tão linda, tão pura, meu coração se despedaçou. Saber que eu iria partir seu coração... – tocou suas bochechas delicadamente - Eu não queria, Regina, nunca quis. Eu queria te amar, não te fazer sofrer. Foi tão difícil para mim ter que te dizer tudo aquilo, te dizer que eu nunca te amei... Eu só queria fugir com você dali, pra sempre. O ódio que eu vi nos seus olhos, eu jamais queria ter visto.

- Eu te amava tanto, tanto. Eu largaria tudo por você. Eu enfrentaria o mundo por você. – Regina falava emocionada – Mas eu também teria escolhido minha mãe. Eu também teria feito o que você fez. Ah Robin, se eu soubesse... – balançou a cabeça em negação – Quanto ódio, quanta dor poderia ter sido evitada.

- Eu pensei em te contar a verdade, mas também fui ameaçado quanto a isso. Eu não podia fazer nada, Regina. – A impotência que sentira anos atrás transparecia na voz embargada do homem. - Eu só podia seguir as ordens deles. Dos seus pais e do Gold.

- Ele também estava envolvido nisso?

- Sim. Ironicamente, ele me ajudou. – Soltou uma risada curta e ela lhe olhou intrigada – Depois que saí da sua casa, me colocaram num ônibus para o Canadá junto com minha mãe, e ele me deu uma quantia em dinheiro para que a gente se virasse.

- Em pensar que tudo isso aconteceu porque eles queriam uma sucessora e éramos de classes sociais diferentes... – lamentou com pesar - O que aconteceu depois? Como você conseguiu todo esse império?

- Depois de um tempo, minha mãe conseguiu emprego na casa do Sr. Ramírez e eu virei o jardineiro de lá. Ele era o dono da Hood e não tinha nenhum parente. Desenvolvemos uma afeição mútua de avô e neto. Foi ele que pagou para que eu terminasse meus estudos e dizia que eu herdaria a construtora. Mas eu não acreditava, até que ele ficou doente e cumpriu o que falava. Foi nesse período que conheci Zelena, ela era a enfermeira dele.

- Vocês se envolveram? – Não conseguiu segurar seu receio e a voz deu vida ao questionamento antes que pudesse interromper.

- Não, eu só tinha e tenho olhos para você. – Alívio. Foi esse o sentimento que banhou a banhou, aumentando ainda mais sua confusão interna. - Nos tornamos apenas bons amigos. Após a morte dele, eu fiz do meu objetivo destruir seus pais, fazer com que eles pagassem pelo mal que haviam nos feito. Eu batalhei e elevei o patamar da Hood, tornei-a a melhor construtora do Canadá. Também comecei a juntar provas contra a Mills, a montar minha vingança. Planejei a transferência para cá e aqui estamos nós.

- E sua mãe? Dona Isabel era uma mulher tão doce. – relembrou.

- Ela faleceu há alguns anos. – disse nostálgico - Seu último pedido foi que eu desistisse de tudo isso. Mas, eu não consigo. É uma necessidade maior que eu. Você me entende? – encarou-a buscando compreensão, mas Regina lhe parecia tão confusa quanto ele. - É tão confuso. Eu te olho e tudo que quero é largar tudo e fugir com você para bem longe, para sermos felizes juntos. Mas ao mesmo tempo, lembro da interrupção em nossa história, lembro da dor e do sofrimento e sinto a necessidade de me vingar.  – balançou a cabeça em negação - Mas, eu nunca desejei a morte do seu pai. Isso jamais.

- O que você pretende fazer? – Era o momento que mais temera. A reação dela. Tornou a olhar em seus olhos e respirou fundo.

- Denunciar a Mills. Eu estou montando um dossiê, Regina, com provas que incriminam sua empresa.

- Eu quero te ajudar. – Ele ouvira direito? Seu coração acelerou.

- O que? Você quer me...      

- Antes de tudo, eu sou justa e honesta, Robin. Cora e Henry cometeram graves erros. Assim como Gold. Eles não podem ficar impunes. Eu vou te ajudar. Mas, com uma condição. – Ele lhe olhou com indagação, esperando uma continuação. – Não quero que faça isso com o sentimento de vingança, mas com o sentimento de justiça. A vingança é amarga e pesada demais.

- A linha é muito tênue, Regina. – meneou a cabeça - Eu não sei se consigo.

- Por mim...  – pediu, encarando-o com suas orbes castanhas, e apertando sua mão. Uma súplica. Seu racional averso ao pedido, enquanto seu emocional implorava por um sim. - Por favor.

- Você vai me ajudar quando tudo estiver confuso? – Seus azuis estavam escuros como em noites de tempestade.

- Prometo que sim. – Ternura. Verdade. Ele confirmou. - Eu vou reunir as provas que puder, vou vasculhar a Mills. Se você pudesse me dar algumas pistas, alguns nomes, facilitaria bastante.

- Claro, eu vou te passar tudo.

Silêncio. Intensidade. Conexão.

- Você o ama? O Daniel? – questionou, temeroso.

- Amo. – balbuciou fracamente.

- Então, você me esqueceu? – Seus azuis banhados não negavam o peso da afirmação.

- Não. Eu te odiei e agora eu não sei mais.

- Eu não. Eu nunca te odiei. – negou - Eu te amo. Eu sempre te amei. Sempre vou te amar. – Aproximou-se e Regina sentiu um arrepio passar-lhe pelo corpo - Você consegue sentir isso? Essa conexão? – Suas mãos estavam entrelaçadas e seu nariz acarinhava seu rosto. – É nosso amor, pequena.

- Robin, eu sou noiva... – murmurou, de olhos fechados, prevendo o colapso de todas as suas defesas.

- Diz... – O carinho percorrendo o caminho de encontro ao seu ouvido - Diz que não me ama mais e eu nunca mais falo nisso.

- Eu não... – Sua boca estava seca e respirava com dificuldade. - Eu não posso.

- Me ama, meu amor. – Robin alinhou seu rosto ao dela e seus olhares inebriados se conectaram. Azuis. Castanhos. - Me ama. – sussurrou.

Regina umedeceu seus lábios e encarou os dele, que ansiavam por tomar-lhe junto a si. O ar cálido da boca de Robin ocupou o mero espaço, misturando-se ao dela. Os calafrios cresciam em proporção disparada a aproximação. Os lábios roçaram levemente...

TOC TOC

Regina sobressaltou e afastou-se rapidamente, passando as mãos desajeitadas pelos cabelos.

- Daniel? – espantou-se ao abrir a porta.


Notas Finais


Mhaw!


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