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História Amor por acaso - Não te deixaria sozinha


Escrita por: Dalis

Notas do Autor


Deu trabalho escrever esse cap, pq to doente há dias :( me perdoem se tiver algum erro. Espero que gostem

Capítulo 8 - Não te deixaria sozinha


Fanfic / Fanfiction Amor por acaso - Não te deixaria sozinha

Ana.

Tia Mari me trouxe com ela pra sua casa, e passou a cuidar de mim: levou-me a uma nutricionista, regularizou minha alimentação e fazia com que eu passasse os dias deitada, assistindo algo na TV. Ok, eu sei que precisava me alimentar, porém eu tinha problemas pra resolver e não tinha fome, isso foi o que causou minha fraqueza. Vez ou outra eu ficava tonta, mas nunca pensei que seria por causa disso. Eu estava sendo mimada demais, até pelo tio Amarildo que nunca parava em casa. Eu queria voltar a trabalhar, porém ainda não tinha permissão pra isso. Luan estava ocupado, trabalhando demais e ligou essa semana para saber como eu estava. Foi reconfortante ouvir a voz dele, notei que ele estava diferente. Será que estava tudo bem em casa? Henrique passava o dia trocando mensagens comigo, e como o final de semana tinha chegado, tínhamos combinado de sairmos juntos. Sentia saudades dele, queria saber como ele estava. Fiz uma trança no cabelo, passei um pouco de maquiagem e vesti uma das roupas que Bruna havia comprado pra mim. Notando também que eu já tinha ganhado mais um pouco de corpo nesses dias que passei a comer direito.

Expliquei a tia Mari que iria sair com o Henrique e que ela não precisava se preocupar comigo, já que Henrique era extremamente auto protetor. No horário marcado, a buzina de sua moto ecoou na rua e ele estava a minha espera.

 

{...}

- Então, qual é a sua com o carinha lá? – Henrique tinha começado a beber assim que chegamos ao barzinho com música que ele me trouxe.

- Como assim? – disse confusa.

- Ué, o seu patrão, filho da sua tia. Ele quase me mata com os olhos quando eu te abracei aquele dia no hospital.

- Ah, bobagem. O Luan é casado. – respondi.

- Aham, sei. Eles estão te tratando bem? – questionou.

- Claro que sim, só não gosto muito da Jade, a mulher do Luan. – soltei um suspiro ao me lembrar dela. – Ela é uma cobra.

- É algo que eu possa resolver? Juro, não sou capaz de ver ninguém te fazendo mal, você é como minha irmã caçula. – Henrique beijou minha bochecha e eu sorri.

- Vai ficar tudo bem, é sério. Não é nada que eu não possa resolver sozinha. Mas eu quero saber de você. – insisti. Henrique virou uma dose de vodka na boca antes de falar.

- Só conto se você beber comigo. – ele riu.

- Você não pode estar falando sério. – revirei os olhos. Eu conhecia meu amigo, sabia que ele não estava brincando e resolvi pedir logo uma dose ao garçom. A bebida desceu queimando por minha garganta e Henrique sorriu vitorioso.

- Eu andei fotografando na Austrália, a gata tava comigo, eu não sei o que deu nela, ela me abandonou no meio da viagem. – senti a dor na voz dele.

- Como assim, abandonou? – perguntei.

- A Luísa me deixou no meio da Austrália, disse que tinha cansado de mim, eu não sei ao certo. Nós estávamos bem. Eu não entendo.

- Henrique, não fica assim. Você sempre soube que a Luísa era meio piradinha. – comentei.

- É, eu sei, achava que era por isso que a gente dava certo. – ele deu um sorriso triste.

- Sabe de uma coisa? Eu sou uma amiga tão boa que até vou encher a cara com você. – tentei animá-lo.

- Essa eu vou pagar pra ver. – ele respondeu.

 

 

Luan.

Cheguei animado à casa da minha mãe, eu faria uma visita surpresa para ela e para Ana. Passamos poucos dias juntos, mas senti falta da sua companhia. Jade e eu resolvemos dar um tempo. Bom, eu resolvi, ela está se descabelando atrás de mim. Toquei a campainha e minha mãe abriu, se espantando com minha presença ali.

- Filho? Que bom te ver! – ela me abraçou. – Entra, está tudo bem?

- Sim, mãe. Por que essa casa está tão silenciosa? – estranhei.

- Porque eu estou sozinha aqui, seu pai tá preso no escritório e Bruna saiu com as amigas. Já estou acostumada, não se preocupe.

- Ana não está aqui? – engoli em seco. Onde ela poderia estar? Com quem estaria?

- Ana saiu com o amigo dela, acho que vai voltar tarde.

- Ah, sei. Eu queria vê-la, mas já que somos só nós dois esta noite, vou te levar para jantar. – a convidei e seus olhos brilharam de expectativa.

- Sério, filho? Então deixa eu trocar pelo menos a roupa! – ela saiu apressadamente.

 

{...}

- Como está com a Jade? – minha mãe questionou.

- Simplesmente “não estamos” – expliquei enquanto comia e ela franziu o cenho. – Demos um tempo no nosso casamento.

- Filho, talvez essa tenha sido a decisão certa. – ela fez carinho na minha mão. – Estava cansada de te ver estressado, pra baixo. Seja qual for sua decisão, sabe que vamos te apoiar.

- Obrigado. – forcei um sorriso.

- Ana pergunta de você todos os dias, sabia? Acho que ela se apegou à você. – minha mãe concluiu.

- Pergunta? – abri um sorriso. – Quer dizer, ela é uma pessoa muito amável, delicada, linda, meiga... – suspirei.

- Meu filho, não fique com raiva de mim por perguntar, mas você está sentindo algo pela Ana?

A pergunta me pegou de surpresa, primeiro Bruna e agora minha mãe?! Tinha algo errado.

- Não mãe, eu ainda sou casado, lembra? Ana é só uma moça que quero ajudar, que me deixa feliz com a companhia dela.

- Você é casado, mas não ama a Jade, você é infeliz. Ser casado não te impede de se apaixonar por outra pessoa. Ouça sua mãe, Luan, se isso está acontecendo... Pela Ana ou qualquer outra mulher, não fuja desse sentimento.

- Pode deixar, mamãe. – fiz uma voz engraçada e ela riu.

Comemos mais um pouco e já era bem tarde quando a deixei em casa. Bruna não tinha chegado da balada e meu pai tinha capotado no quarto.

- Você vai ficar bem? – beijei sua testa.

- Claro, meu filho. Não se preocupe, vou tomar uma ducha e daqui a pouco estou na mesma situação que o seu pai.

- Boa noite, mãe, te amo. Adorei nossa noite. – a abracei.

- Tem certeza que o bebê da mamãe não quer dormir aqui? – ela insistiu.

- Bebê? – eu ri. – Não, acho melhor voltar pra casa.

- Tudo bem, cuidado então. – ela se despediu.

 

 

Ana.

Eu tinha bebido o suficiente pra ficar tonta, Henrique não estava numa situação melhor que a minha, mas ele tinha insistido em me deixar em casa.

- E sabe de uma coisa, gata? – ele disse quando parou a moto.

- Eu acho que você não bebeu por minha causa, e sim por causa daquele carinha. Você tá diferente, Ana.

- Eu tô diferente e você tá bêbado! – respondi alto. – Se cuida nesse caminho ai, e avisa que chegou vivo.

Despedi-me dele e saí andando em direção a casa da tia Mari, já passava da meia noite, disso eu tinha certeza. Estava tudo quieto, até que eu ouvi um barulho e uma sombra se projetando na minha direção. Meu estômago embrulhou na hora. Droga! Eu não tinha dinheiro, não tinha relógio... Será que iam me matar?

- Olha, eu não tenho nada de valor aqui. Não me mata! – minhas palavras saíram emboladas e quando o homem saiu da escuridão, reconheci quem era. Meu coração batendo forte.

- Ana? O que aconteceu? – Luan pronunciou. – Ninguém vai te matar aqui não.

- Ai, graças a Deus! – respirei aliviada e me desequilibrei, caindo de joelhos.

- Deixa eu te ajudar, andou bebendo? – ele estava preocupado, eu podia notar.

- Ai – gemi de dor. – Não conta pra sua mãe, ela ficaria decepcionada comigo. – pedi.

- Não se preocupe com minha mãe, você precisa de cuidados, vem.

Ele me ergueu nos braços e não hesitei antes de passar as mãos por seu pescoço. Eu não estava em condições de me virar sozinha e ele tinha aparecido na hora certa. Luan me levou até o quarto em que eu estava instalada, tirou meus sapatos e massageou levemente meus pés. Eu enterrei o rosto no travesseiro, meu estômago queimando. Minha visão estava turva, mas pude ver quando ele entrou no banheiro e voltou com um kit de primeiros socorros. Meu joelho ardia, consequência da queda e ele o limpou de maneira cuidadosa.

- Luan, fica aqui comigo. – pedi.

- Não te deixaria sozinha nem que quisesse, você vai dormir e se sentir melhor quando acordar.

- Eu pareço uma adolescente idiota. – bufei. E ainda não conseguia falar as palavras direito.

- Shh, vai ficar tudo bem. Só dorme. – ele me aconchegou no colchão, soltou meu cabelo e me cobriu com edredom. Saber que ele estava ali me fez adormecer com uma sensação de segurança. 


Notas Finais


As peças estão se encaixando... haha


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