História Amor Proibido - Close to The Truth

Entrei no carro, e lá estava Justin, com a cabeça apoiada no volante, era notório que ele não estava bem, era difícil assimilar que a própria namorada o estava a roubar este tempo todo, se era difícil para mim acreditar nisto eu não imagino como estaria a ser para o Justin. Estava a ser difícil para mim lidar com isto tudo e ainda ver a tristeza do Justin, era algo que eu não suportava, ver que ele não estava bem. 

  - O que vais fazer agora? - perguntei baixinho na esperança de ele não me ouvir, mas ouviu.

  - Não sei! - respondeu em um suspiro - Estou tão confuso que não sei nem o que pensar, só quero que isto acabe de uma vez por todas, mas vai ser difícil! - Justin tirou a sua cabeça que até nem estava tão apoiada no volante e olhou para mim, só aí eu percebi que ele tinha estado a chorar pelos seus olhos vermelhos.

  - Porque vai ser difícil? - perguntei.

  - Como vamos provar que é a Jullie que anda a roubar o meu dinheiro? Não temos provas. - a desilusão na cara do Justin não deixava escapar a ninguém, olhei para ele e sorri - Porque te estás a sorrir? 

  - Porque acho que isso é uma coisa que não tens que te preocupar! - Justin lançou-me um olhar confuso, peguei na minha mala e tirei de lá umas folhas - Acho que isto é tudo o que precisas! - entreguei- lhe as folhas e Justin começou a analisa-las, Justin analisou-as muito bem até que olhou para mim. 

  - Como conseguiste isto? - perguntou ainda confuso.

  - Sou a Hailey Baldwin, não sei se te lembras! - disse da mesma maneira que ele tinha dito quando falava com a mulher do banco - Vamos dizer que eu subornei um pouco a mulher, dei-lhe dinheiro. 

  - Subornos menina Hailey? - ele riu.

  - Por vezes tem de ser assim! Agora temos de guardar isso muito bem! - Justin concordou, peguei nas folhas e voltei a metê-las na minha mala - E ainda temos que pensar numa maneira de confrontar Jullie. 

  - Havemos de encontrar o momento certo, está para breve! - Justin sorriu, era com estas folhas que continha todas as provas tivessem feito o dia do Justin valer a pena, e na verdade fizeram isso mesmo, sem estas folhas não podíamos provar o que sabíamos sobre Jullie, sem elas seria a nossa palavra contra a a dela - Vamos para casa? 

  - Sim. - concordei, este dia já tinha sido bastante cansativo, mas valeu a pena todo o cansaço. Mais uma vez como tinha acontecido na maioria do dia, tanto eu como Justin ficamos em silêncio, o silencio incomodativo, será que iríamos ficar assim muito mais tempo? O que será que o Justin pensava disto? Será que a ele também lhe incomodava este silêncio entre nós? Nós nunca fomos de ficar calados um com o outro, mas depois do acontecimento desta manhã as coisas mudaram. 
   Senti o olhar de Justin sobre mim, foi inevitável não olhar para ele, os nossos olhares encontraram-se e um arrepio pela minha espinha apareceu, de onde vinha este arrepio? 

  - Desculpa. - Justin disse ainda a olhar para mim.

  - Desculpa por que? - perguntei sem entender.

  - Por hoje de manhã, não devia ter feito aquilo. - Justin voltou a olhar para a estrada - Eu realmente não sei o que me deu para eu fazer isso, foi algo que não consegui controlar. Só depois de eu te ter beijado é que percebi o erro que eu tinha cometido, ainda por cima eu sei que tu não eras capaz de te envolver com alguém comprometido como eu, e mesmo assim eu fui um burro e acabei por te beijar, mesmo sabendo que tu te ias sentir culpada, porque eu sei que tu te tens sentido culpada o dia inteiro. Eu não quero que fiques chateada comigo, eu só quero que este ambiente entre nós que tem estado o dia inteiro acabe. Desculpa-me! 

  - Eu desculpo-te Justin, mas, por favor não voltes a fazer isso! - supliquei - Eu senti-me tão mal por ter correspondido ao beijo, eu não devia ter deixado. Eu disse todas aquelas coisas a Jullie e na verdade uma hora depois eu estava a beijar o namorado dela sendo que lhe disse que não teria coragem de fazer isso, consegues compreender? 

  - Eu compreendo, é por isso que eu tinha que te pedir desculpa, não era minha intenção fazer com que te sentisses assim. - Justin olhou para mim e sorriu fraco.

  - Eu adoro-te Justin! - apoiei a minha cabeço no seu ombro enquanto Justin conduzia - Era impossível eu ficar chateada contigo durante muito tempo, já estava a desesperar de estarmos neste ambiente tão estranho que estava entre nós os dois, é impossível eu ficar chateada contigo.

  - Eu também adoro-te! - o resto do caminho foi bem mais divertido tanto eu como Justin tivemos a falar sobre várias coisas que nos fizeram rir, era incrível como eu e o Justin nos divertíamos com tudo e com nada. Chagamos a casa e fui em direção ao meu quarto, com algumas dificuldades devido à minha perna, nunca mais via a hora de ir tirar o gesso da perna, graças a Deus que só seria mais uma semana com isto na perna, cheguei ao meu quarto e sentei-me na cama, peguei na minha mala e retirei de lá de dentro as folhas com todas as transferências que Jullie tinha feito, analisei-as pela primeira vez, havia bastantes transferências, reparei também que ela não fazia apenas transferências da conta do Justin, fazia de outras contas que não estavam identificadas, fiquei ali a analisar tudo por um tempo até que guardei as folhas num sítio seguro, já com as folhas guardadas o meu telemóvel começa a tocar, fui até ele é vi que era o meu pai a ligar-me, logo atendi.

   *Chamada on*

  - Oi pai! - disse assim que atendi.

  - Oi minha filha, como tu estás? - perguntou.

  - Estou bem, e o pai e a mãe, como estão? 

  - Estamos bem, mas estamos a morrer de saudades tuas. - ele disse com uma voz tristonha.

  - Eu também morro de saudades vossas, espero que vocês me venham visitar depressa. - eu realmente sentia saudades dos meus pais, não os ter por perto deixava-me triste.

  - Nós iremos em breve. Diz-me querida o que tens feito? - perguntou.

  - Tenho me divertido com o Justin. - não podia contar ao meu pai o que eu e o Justin tínhamos andado a fazer, muito menos que nos tínhamos beijado - O pai já deve saber que agora vivo em casa do Justin não é?

  - Infelizmente sei, não consigo perceber o porquê dessa mudança! Não estavas bem em tua casa Hailey? - sério que eu não compreendia o que o meu pai tinha contra o Justin.

  - Pai por favor! Eu estava bem em minha casa, mas eu lá sentia-me sozinha, e aqui eu tenho o Justin, assim já me posso divertir e não me sinto sozinha. Eu só não percebo o que o pai tem contra o Justin, juro que não percebo. - por vezes era irritante esta implicância que ele tinha com o Justin.

  - Sabes que nunca fui com a cara dele, já devias saber, ele não é o tipo de homem para ti. 

  - Mas pai eu é que sei que tipo de homem é para mim ou não, e eu gosto de estar com o Justin não falo em namorar, falo na amizade que nós os dois temos contribuído ao longo dos anos, será que o pai não entende isso? 

  - E o mal que ele já te fez, não pensas nisso? - juro que não percebo, Justin nunca me fez mal, ele sempre me fez bem.

  - Que mal é que ele me fez pai? Justin nunca me fez mal nenhum, nem venha com essas coisas. 

  - Filha estás assim por causa de quem? Por causa dele, tens uma perna partida, tiveste que ser operada de urgência porque perdeste muito sangue naquele acidente, e até podias ter morrido, já pensaste bem? - não acredito que o meu pai estava a culpar o Justin do acidente.

  - Pai o acidente podia ter acontecido a qualquer um deste mundo, ele não teve culpa e além disso eu não morri estou aqui, bem viva e com saúde. Deixe-se disso. 

  - Tu é que sabes filha mas depois não digas que eu não te avisei. Agora tenho de ir trabalhar, amo-te muito. 

  - Também amo-te muito pai, dá beijinhos à mãe.

   *Chamada off*

   Não podia estar a acreditar no que o meu pai tinha falado, não conseguia acreditar que ele pensava tudo aquilo do Justin. Justin sempre foi a pessoa mais querida do mundo perante a mim, por isso o meu pai não faria eu mudar de ideias quer ele goste ou não eu sempre ficarei do lado do Justin como amiga ou como namorada, não importa.