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História Andarilhos dos Sonhos - Esse era o meu melhor amigo


Escrita por: laisrcamposs e OTB

Notas do Autor


Oies, vou postar outros 2 capítulos na segunda e na terça as 15:00. (Não, não vou desistir da fic)
Boa leitura amores. ❤

Capítulo 11 - Esse era o meu melhor amigo


Fanfic / Fanfiction Andarilhos dos Sonhos - Esse era o meu melhor amigo

Esse era o meu melhor amigo. O menino de voz mais doce e mais afeminado que já conheci. Gentil e engraçado. Tinha a altura de Jack, era moreno de olhos castanhos claro, pele um pouco mais escura que a minha, cabelos encaracolados e magro. Eu gostaria de lembrar algo, mas, mesmo que eu tente, não consigo me lembrar…

Flashbacks Off

 

— Jack, você ouviu isso? Ou é impressão minha? — Falei olhando para a grama, com meus pensamentos nas alturas e meus sentimentos transbordando de alegria, surpresa e medo. Me lembrar do jeito que o perdi me deixava assim. Olhei rapidamente para Jack, que olhava para trás, mas me recusei a olhar, e se me pergunta o por que… eu não sei. Eu não acreditava.

— Sim Kate. Eu ouvi isso. Olhe para trás da árvore

— Não!

— Qual é? Por que não?

Sem paciência e com minhas curiosidades explodindo eu finalmente me virei para olhar. O menino se mantinha calado olhando para meus olhos, deu um leve sorriso e um leve aceno para mim. Ele tinha um jeito misterioso e era doce e fofo ao mesmo tempo.

Eu chorava, chorava muito. Não acreditava que ele ainda estava vivo. A emoção de ter alguém que passou as mesmas dificuldades de você, que te ajudou quando mais precisou… Na sua frente, acreditava que ele estava morto.

Eu me lembro dos dias em que íamos a casa de uma senhora que era uma mãe para nós e  nos fazia chá, e logo quando aconteceu o incidente, ela procurou por nós e nos deu moradia como se fossemos seus filhos. Ela podia considerar-nos como netos… Mas eu a tratava como uma mãe. Não sei porque idosos são tão bons, eu os adoro. Nostalgias e nostalgias se passavam pela minha mente e eu só olhava para aquela grama, feito uma besta.

Me toquei, e levantei rapidamente, olhei para o moreno, vi Jack dando uma piscadinha para mim com um sorriso e um joinha com a mão, e abracei o meu amigo com força… Daqueles abraços que você sente o coração bater de tão apertado, eu chorava… Mas de alegria.

— Eita… Calma calma..-Ele passava a mão nos meus cabelos calmamente.

— CALMA O CACETE! Pensei que você tinha morrido!

— Sim, eu também. Não sei como estou vivo — O besta pôs sua mão no queixo e olhou para cima, fazendo encenação de pensativo. Idiota.

 

Olhei para o platinado e, surpreendente o vi com uma sobrancelha arqueada e com uma cara de bravo, mas logo que percebeu ficou envergonhado, abaixou suas orelhas e pegou seu cookie, fofo.

— E quem seria esse?

— Esse é o Jack, um amigo e um protetor. —O platinado se levantou para cumprimentar meu amigo, os dois se deram um aperto de mão que parecia doloroso, deu para ver que um apertava a mão do outro com força, olhei ao redor e uma aura de raiva era transmitida, mas… Não entendo. Porque tenho a impressão de que eles não vão se dar bem? Parecem se odiar

 

Eu olhava para Jack e via ele fuzilando meu amigo pelos olhos, me senti perdida no meio dos dois, então peguei o gato pela orelha e falei rapidamente para meu amigo que iria ter uma conversa com ele

— Que isso Jack?

— Eu não gosto dele! Ele riu de mim! - Ele virou a cara e revirou os olhos

— Olha aqui, você é uma criança agora?  Não ligo se você gosta dele ou não! Ele é meu melhor amigo e a partir de hoje ficará com nós e ponto final.

— Mas não fui eu que comecei com isso! Eu tava de boa no meu canto e ele me olhou com raiva e eu sou a criança aqui? Para vai Kate.

— De qualquer modo, não arranje encrenca com ele.

— Beleza, vou para o metrô, boa sorte com esse seu amigo.

 

Jack virou as costas e partiu. O mesmo parecia chateado, mas... Francamente! Que idiota. Estava claro que era ele quem estava arranjando encrenca, até porque nunca vi o moreno arranjar alguma, sei que poderia estar errada, mas, qual é né?

 

Passei o dia conversando com o moreno embaixo daquela árvore, contei-lhe praticamente tudo sobre como estava minha vida e ele fez o mesmo, e uma hora, lembrei sobre e lhe contei sobre o orfanato

— Como pode acontecer tudo isso cara? Aqui todo mundo faz o que quer?

— Hm… Pelo jeito sim. Não há ninguém para punir aqueles que fazem coisas erradas, o prefeito diz que não há necessidade já que todos são pacíficos…

— O prefeito de Brinwell pensava da mesma forma, e olha como tudo terminou naquela cidade! -Ele se levantou e me olhou -Eu quero ajudar vocês…

— Você tem certeza? É meio perigoso sabe

— Relaxa Katarina. É só aquele viadinho não me encher e tudo vai dar correr bem.

— Não o chame assim, ele não é um viadinho e não vejo problema em ser, é você quem pega no pé das pessoas, eu te conheço -Ele ria e eu permanecia séria.

 

Conversamos bastante, porém, logo dei fim na conversa, me despedi e voltei para o metrô. No caminho fiquei pensando seriamente sobre o comportamento dele, porque ele parecia ter mudado muito. É claro que todos mudam, ainda mais depois de tudo, mas ele parecia ser uma pessoa diferente. Ele me olhava com um olhar sombrio e  às vezes apaixonante, e era estranho. É estranho. Eu desconfio dele. Ele perdeu sua essência e seu jeito dócil de ser, e fico chateada em pensar isso. Como vou lidar novamente com uma pessoa que eu gostava tanto se agora ela parece ser outra, e ainda por cima diferente? Talvez esteja sendo má em pensar assim, mas, só quero ficar com o Jack. Eu confio no platinado. Adentrei o metrô e vi o mesmo com as orelhas e a cabeça abaixadas, sentado em um canto, com um cobertor grande e quente em volta de si…

— Como pode uma pessoa mudar tanto? -Me sentei ao seu lado, e ele me cobriu me abraçando.

— O que você pretende fazer? -Falou com a voz baixa e amena. Sentia meu corpo colado com o dele, eu poderia dormir…

— Vamos tirar aqueles jovens do orfanato com a ajuda do meu amigo, e amanhã vamos a cafeteria e pedimos a Ahriana se ela aceita vir junto. Meu plano é o seguinte, iremos chamar e avisar algum amigo seu de que iremos tirá-los dali, e então de madrugada entramos, e tiramos quem não quer mais ficar lá, que eu acredito que seja a maioria. Agora o problema é, onde vamos abriga-los?

— Em minha casa. É grande e acredito que lá seja um lugar melhor que o orfanato, concorda?

— Concordo. - Quando me deparei meu rosto estava muito perto do seu... Paralisei e não pude deixar de olhar seus olhos, o que… Desde quando eu estou me deixando levar tão fácil assim..? Ele estava se aproximando mais e mais...

Não sei o que era pra ser feito, mas apenas me deixei levar, senti seus lábios tocando nos meus, e logo se tornou um clima bom, o beijo se intensificava e rapidamente minhas mãos foram parar em sua nuca… E aconteceu, aquele era o meu primeiro beijo.

 

Rapidamente parei, e o olhei assustada. O QUE DIABOS EU ESTAVA FAZENDO?! Eu estava muito perto do seu rosto, o que me fez ficar mais corada do que eu já estava, me levantei sem dizer nada, e o platinado me segurou pela mão enquanto me olhava, estava corado e parecia… Um idiota

 

— Porque me beijou?

— Eu me deixei levar pelo momento! Eu não queria ter feito isso, você é minha amiga! Mas, você também se deixou levar..

— A culpa é sua… Rum

— Claro… -Eu me afastei pois ia dormir um pouco mais afastada, mas ele pegou em minha mão. -Dorme aqui..- Jack falou, meio desajeitado.

— Porque!?

— Porque esse cobertor é quente, e eu posso te proteger.

— Tanto faz

Eu estava muito brava por isso ter acontecido… Fechei meus olhos e tentei ocupar minha mente com qualquer outra coisa, mas como iria esquecer com ele do meu lado? Era  impossível. Apenas aceitei e dormi, pensando no que tinha acabado de acontecer.

 

Acordei em meio a um pesadelo, era cedo. Jack ainda dormia. Me levantei, e vi um espelho caído, peguei-o e comecei a me olhar atentamente, eu não sou tão feia..

Me arrumei, e saí do metrô para dar uma volta e esperar o gato acordar. Por fora era um lugar grande e bonito, eu nunca tinha reparado tanto, é um desperdício deixá-lo abandonado, porém é bom, é o único lugar que eu tenho afinal.

Passei uma hora mais ou menos caminhando, quando voltei para o vagão, Jack estava acordado e logo quando me viu tentou parecer normal e que não estava envergonhado.

— Bom dia… Vamos?

— Vamos.

Quando chegamos na cafeteria, olhamos em nossa volta e parecia vazio, não, não parecia, estava. Era a segunda vez que isso acontecia, a Ahri não se encontrava, deve ser por esse motivo, mas, sua namorada estava. Ela permanecia sentada em uma das mesas, com um telefone na mãos tentando ligar para alguém desesperada, parecia preocupada, o que será que estava acontecendo? A moça nos viu e logo nos fez um sinal para que nós fossemos para perto dela. Suas olheiras eram evidentes, nos sentamos perto dela e esperamos ela acabar de falar no telefone.

— Sim! ELA NÃO APARECEU ATÉ AGORA, eu juro que procurei por ela por todos os cantos… Não tem como ter calma! Estou cansada de falar com você, é como se eu estivesse falando com uma porta!! —Ela desligou o telefone e parecia ferver de raiva e deu um grande suspiro. — Então, temos que conversar jovens.

— O que aconteceu?

— Ontem procurei pela Ahri, por todos os cantos e até sai pela cidade perguntando as pessoas se a viram, mas não tive nenhuma resposta. Eu estava ligando para sua irmã, mas, ela parece não ligar, além de não responder o que eu perguntava. Pra piorar, eu não tenho o número de sua mãe… Eu não sei o que fazer.

— Você acha que ela foi sequestrada? —Pensei em o repreende-lo quando falou isso logo, mas permaneci quieta.

— Não faço ideia, espero que não, mas não suporto o fato de ela estar desaparecida... —Ela parecia triste.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, comentem aí e me falem o que acharam ❤


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