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História Andarilhos dos Sonhos - O livro de Marília Clark


Escrita por: laisrcamposs e OTB

Notas do Autor


UFA! Consegui! Esse capítulo foi muito difícil socorr.

Boa leitura. ❤

Capítulo 9 - O livro de Marília Clark


Fanfic / Fanfiction Andarilhos dos Sonhos - O livro de Marília Clark

Meus olhos passavam rapidamente naquele livro, com um desejo de querer saber mais e mais sobre. Tudo ia sendo processado em minha mente, tudo muito rápido e muito complicado de se entender. Eu lia aquelas palavras, mas não acreditava, e lia tudo novamente...

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Eu namorava Robert, um cara loiro de cabelos brilhantes, 1.85 de altura e olhos verdes esmeralda que brilhavam. Eu gostava muito dele. O conheci na Alemanha, quando eu era bem nova, uns 14 anos; Meus pais tinham morrido e desde então morava com a minha avó. Ela era bem liberal e confiava em mim, por isso, me deixava sair para qualquer lugar.

 

Um dia, estava em um parque perto de casa, era bonito e todo florido, as árvores e a natureza do lugar dava um clima refrescante. No banco eu permanecia seria, olhando tudo em minha volta, as árvores, os pássaros, a grama... 

Sem perceber, olhei para cima e logo quando olhei para a minha frente me deparei com um garoto da minha altura.

 — O que faz aqui sozinha? — Ele perguntou me deixando surpresa.

— Nada de importante. — Eu era muito tímida, então estava com as bochechas rosada, mesmo não querendo.

— Você não devia estar sozinha, é perigoso. — Ele se sentou ao meu lado enquanto me olhava diretamente. — Meu nome é Robert, e o seu?

— Marília.

 

E foi aqui que tudo começou, os sentimentos de amizade e paixão foram se misturando e com o tempo, ficamos cada vez mais próximos e juntos, até percebemos que nos amávamos e ele me pedir em namoro... Então, para comemorar e tentar algo mais sério nós decidimos viajar. Despedi-me de minha avó, e fui.

Logo quando o loiro completou seus 18 anos, uma idade boa para tentarmos uma vida nova, nós viajamos para o Reino Unido. Acabamos nos decidindo de que moraríamos por lá e que nos mudaríamos para uma cidade chamada Brinwell, uma cidade financeiramente boa e tranquila onde ele trabalharia servindo em um restaurante enquanto eu estudava.

Estava tudo dando certo, ele ganhava bem mesmo em um emprego simples e logo eu sairia da escola por ser adiantada.

Porém, durante um tempo eu comecei a ajudar o diretor da escola (que supostamente era o prefeito da cidade) com algumas coisas, pois eu era a conselheira de classe e de um jeito ou de outro não podia deixar de cumprir com as minhas responsabilidades.

 

Durante o tempo que permanecia com ele comecei a notar que o mesmo me olhava de um jeito diferente e estranho, não gostava daquilo.

 

 Como eu não suportava mais, eu decidi que iria conversar com ele sobre isso... Mas eu fui burra... Eu fui muito burra! Dava para ver o mal em seus olhos, mesmo assim, eu falei tudo na maior inocência, pedindo para que parasse com tudo aquilo. Eu recebi um sorriso maligno e o diretor avançou em minha direção. Minha expressão foi tomada pelo medo. Eu e o diretor da escola... Eu não entendia mais nada, eu só gostaria de ter Robert comigo, mas naquele momento, eu poderia fazer de tudo, mas nada adiantaria.

Fui pega pelo pescoço ficando sem ar, o chutava sem parar, mas ele não me soltava... Minha roupa começou a ser arrancada de meu corpo, e eu não conseguia fazer nada, eu era fraca. Eu chorava, eu gritava, tentava me livrar de suas mãos nojentas... Mas eu era fraca.

— Robert! — Eu gritava.

— Desista, você não vai ser salva por ninguém garota.

Fiz de tudo para que parasse, mas não consegui. O abuso aconteceu ali, na sala do diretor da escola.

 

Naquele mesmo dia eu não voltei para casa, eu fui sequestrada e ’’presa ‘’. Ele me levou para um lugar que eu poderia chamar de mansão, em seu carro preto, e quando chegamos o mesmo me pegou pelos braços, me jogou e me deixou escondida em um quarto bonito, mas bem doentio ao mesmo tempo. O quarto era repleto de solidão (pelo menos transmitia essa aura). Era todo preto... E só havia uma cama e um enfeite de iluminação.

 

Passei um mês sem saber onde estava e o que estava acontecendo, ficava naquele lugar e não me sentia bem. Vomitava, sentia dores terríveis pelo corpo todo. Eu não suportava mais aquilo. Queria fugir.

Eu ficava todos os dias naquela cama e todo dia ele me visitava pelo menos uma vez para me dar um pacote de bolacha e sair. Até que um dia implorei para que me tirasse dali e olhou para mim com repugnância.

 — Robert está procurando por você feito louco. Está querendo me matar... Otário demais, mal sabe ele que abusei da sua namorada vadiazinha.

— Não fale assim dele...

— Vocês dois são uns inúteis de merda.

O olhei com desprezo e raiva. Queria eu mata-lo àquela hora mesmo. Ele me pegou pelo pescoço e me jogou, levantei e soquei sua cara com toda a força que tinha, o diretor gemeu de dor e ficou parado com a mão no rosto. Aproveitei e fugi, sem olhar pra trás.

 

Estava com várias dores e hematomas, então ficava difícil correr. Passava por um bairro nobre com várias casas enormes, não sabia onde estava e não esperava encontrar a luz do fim do túnel, só andara por andar tentando achar Robert.

 

Depois daquela longa caminhada, achei e fui a caminho do centro. Panfletos estavam espalhados por todos os cantos com a minha foto. A multidão me olhava com pena e  eu odiava isso. Corri o máximo que conseguia a caminho de casa e vi um lago, aproveitei me banhei e me sequei no sol, tinha certeza que ninguém estava ali, mas quando olhei para trás vi Robert me olhando. Eu virei um tomate, não sabia onde enfiar minha cara. Ele correu até mim bravo e com os olhos arregalados, mas ao mesmo tempo feliz.

. — MARÍLIA, ONDE VOCÊ TAVA? ONDE ESTEVE? O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? — Estava sendo abraçada e recebi um puxão de orelha, mas seus olhos foram abaixando e vendo todo meu corpo nu, estava com chupões e marcas. Logo ele fechou os olhos e olhou para mim com uma expressão triste, Robert não abriu a boca para falar uma palavra se quer, apenas virou as costas e pediu para que eu me vestisse.

— Eu preciso conversar com você.

— Eu já entendi tudo Marília.

— Robert, você precisa-me ouv-

— POR FAVOR, NÃO FALA COMIGO. Fica longe de mim.

— ROBERT-

— NÃO FALA COMIGO! — Ele virou as costas enquanto eu chorava. Robert estava paranoico.

Ficamos uma semana sem se falar, toda vez que me aproximava dele ele arranjava um jeito de se afastar. Não fui para escola, apenas fiquei trancada no quarto. A pessoa que eu mais amava não acreditava em mim, não me deixava falar e queria ter razão, queria pensar que eu a trai enquanto eu estava morrendo de dor e passei por tudo aquilo, pois é, tive que passar por aquilo sozinha.

 

Na segunda feira ele decidiu conversar comigo, e eu o contei.

 

— Estava ajudando o diretor/prefeito na escola com algumas coisas da classe, e comecei a sofrer assédios dele, ele me olhava de um jeito estranho... —Dei uma pausa tentando parecer calma, mas era meio impossível. — Eu tentei conversar com ele para que parasse com aquilo, mas, o mesmo veio em minha direção e o abuso aconteceu. Depois, para esconder esse fato e se aproveitar da minha fragilidade, o diretor me raptou e fiquei um mês presa em um quarto sombrio. Agora, o que mais mexe comigo e me deixa acabada é que eu acho que eu estou grávida, e o que eu mais quero é que você me ajude com tudo isso e me entenda.

— Me desculpe pela minha arrogância Mari... Eu te amo demais e não suportei ver aquilo no seu corpo, me doeu muito. Pode ter certeza, eu vou acabar com a vida dele. Eu vou acabar com tudo. Daqui pra frente esse cara tá fodido.

Terça feira, 19:23 PM.

Eu procurava por Robert, mas não o achava, havia sumido. Eu procurava até mesmo dentro do guarda roupa, MAS NÃO ACHAVA O DESGRAÇADO, eu ouço gritos vindos da rua, o que diabos tá acontecendo? Puta que pariu, são pessoas pedindo socorro. A frase ‘’ o que está acontecendo? ‘’ Ficava rodando na minha mente, então eu sai na rua. O que está acontecendo? O que está acontecendo? PORQUE ISSO TUDO TEM QUE ACONTECER?

 

 

 Tinha pessoas pegando fogo.

 As casas do lado estavam pegando fogo.

Tinha pessoas morrendo.

Tinha crianças chorando e pessoas gritando na minha frente.

Eu abro a porta de minha casa e pessoas começam a entrar sem nem pedir permissão, e eu não faço nada, eu fico paralisada. Eu saio correndo para fora de minha casa e olho para frente, vejo Robert, e corro até ele, mas... Não

 

Não entendo, porque ele está... Fogo? O que ele tá fazendo? Onde aprendeu isso? Desde quando? PORQUE ELE TÁ QUEIMANDO TUDO EM SUA FRENTE? PORQUE DIABOS ELE... Oh não... Ele estava fazendo isso para se vingar do prefeito. Ele ia acabar com a cidade inteira. Eu corria até ele não acreditando muito no que acontecia.

— O QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO? — Eu gritei. — PARA COM ESSA LOUCURA, AGORA! — Fiquei em sua frente tentando o segurar, mas ele me olhou com um olhar sombrio e me ignorou. Simplesmente continuo fazendo tudo aquilo, mesmo eu tentando o parar.

A cidade se enchia de fogo por todos os lugares em que eu olhava. Por mais incrível que pareça, o fogo emanava em suas mãos e se projetava para longe de seus punhos. Estranho que ele também estava incrivelmente ágil e forte.

 

 Corri para casa e abri a porta a caminho do banheiro, encontrei fracos remédios e seringas jogadas na pia, e o chão com pequenas gotas de sangue. Provável de ele ter injetado isso em si mesmo. O que Robert pensava quando fez isso? Francamente. Queria acabar com a vida do prefeito, mas iria acabar agora com a dele e de outras pessoas inocentes. Não, não...

Sai de casa e corri em sua direção novamente.

 

— Robert, você tem noção do que tá fazendo? Você tá acabando com a vida de pessoas, olhe para mim! Olhe nos meus olhos, sou eu, Marília, a pessoa que mais te ama no mundo. Tá tudo desmoronando, e estava tudo indo bem. Por favor, você tem que par- — Ele pegou sua mão e colocou sobre minha boca, me pegou pelos braços me levando até nossa casa, Robert fez com que eu entrasse, pegou a chave e trancou a porta.

— Você está me atrapalhando. Nunca irá entender o que eu estou sentindo agora. — Ele disse do outro lado da porta.

— ROBERT ME DEIXA SAIR! TIRA-ME DAQUI! — Eu gritei, mas não tive resposta.

Esperei para que ele se afastasse, e pela janela eu o observava. Quando se distanciou, abri a janela e sai da casa. Calmamente, fui o seguindo sem que notasse minha presença. Ele estava indo a caminho do hospital, me perguntei o porquê disso, mas não sabia. As ruas da cidade já estavam devastadas e desérticas por inteiras.

 

Vi uma bomba relógio em suas mãos, ele havia adentrado o hospital parecendo procurar alguém, logo entrou em cada quarto vasculhando o local, até que parou em uma e viu uma moça dormindo e se dirigiu até ela. O vi tirando uma seringa de seu bolso, (uma das quais estavam jogadas na pia do banheiro) e o observei atentamente. Segurou o braço da moça injetando... Nada? Wow. Estava injetando ar na veia da moça.

A moça permaneceu quieta e Robert a observava. O coração da moça parou, parecia estar tendo uma parada cardíaca. O monitor cardíaco hospitalar emitia o bip contínuo avisando emergência, mas, logo ele tirou da tomada e se retirou do quarto vindo em minha direção. Corri e me escondi e logo quando se retirou do quarto, eu entrei vendo o nome da moça em uma prancheta. Era familiar, comecei pensar um pouco e me recordei. Ela era a esposa do prefeito e estava com câncer fazia algum tempo.

 

Sem perder tempo continuei seguindo Robert, ele se agachou e armou a bomba relógio em um lugar escondido e o mesmo saiu andando para fora do hospital friamente. Eu fiz o mesmo sem que ele me visse, é claro. Logo aquela bomba explodiria, não queria ficar para ver, eu confesso que fui mesmo uma estúpida de não ter feito nada, é, mas eu estava transtornada demais e não conseguiria fazer nada além de causar escândalo.

 Eu realmente não sabia mais quem era Robert.

Agora ele estava a caminho da mansão do prefeito, lá iria matar sua família inteira e torturaria prefeito, para depois mata-lo. Só de pensar eu ficava com um pouco de tontura, mas eu tinha que ver aquilo. Eu tinha que ver a reação do prefeito.     

Como eu sabia um atalho, eu não pensei duas vezes e fui por ele, chegando bem antes do Robert. Vi uma porta aberta e entrei sem fazer barulho e observei o prefeito fazendo suas malas. Ele é um filho da puta mesmo, além de não fazer nada e deixar os filhos largados, iria apenas sumir e tacar o foda-se na cidade toda, o meu ódio pelo diretor percorria pelo meu corpo.

 

— Eu sei que você está ai, sua vadiazinha. — Meu corpo tremeu por inteiro e o medo tomou conta de mim. — O que está fazendo aqui, hum? — Ele se virou e me olhou, eu não prestei atenção nele, tentei correr, mas quando vi estava sendo segurada.

— Está vendo o que você me causou? Sua puta do caralho, SUA PUTA! — Ele socou minha cara com seus punhos repetidas vezes. — O seu namorado é um psicopata de merda! Eu vou acabar com a sua vida e com a dele! VOU ACABAR! — Ouvi gritos de crianças vindos do andar de cima, Robert estava na mansão.

— Temos companhia prefeito. — Falei. Porém, ele me fez o seguir e entramos no seu carro preto. Pegamos estrada. Que merda...

 

Naquele dia, fui pega pelo prefeito novamente e infelizmente, ele conseguiu fugir do Robert me raptando novamente. Perdeu sua cidade, sua família, praticamente tudo.

Depois de algumas longas horas de viagem, chegamos a uma cidade chamada Chester, a cidade onde você Jack provavelmente mora agora.

Chester tinha uma magia estupenda, era bonita e muito melhor que Brinwell, quando chegamos fomos acolhidos muito bem por pessoas bondosas de diferentes raças. Fomos para um hotel e nos hospedamos por alguns dias.

Em um desses dias estava conhecendo a cidade, andando pelo centro e conhecendo o povo que por ali morava, quando voltei para o hotel me encontrei com Robert e com o prefeito morto na cama, eu sabia que era só questão de tempo para isso acontecer.

— Fique longe de mim. — Falei encarando Robert, eu estava extremamente brava.

— Marília... — Ele se aproximou de mim, tentando me abraçar.

— Não toque em mim. Não te conheço mais. Você não consegue parar? Eu não quero mais mortes! O Robert que eu amo nunca faria isso. — Virei de costas para ele, mas ele puxou minha mão com um pouco de força. Não me contive e dei um soco em sua cara.

—NÃO TOCA EM MIM. Não depois... De tudo isso. Então melhor nós... Nós seguirmos caminhos diferentes, ok? Apenas me deixe.

Eu saí daquele hotel correndo e chorando.

 

 

 Passei quatro anos morando em Chester, cuidando do meu bebê, o Jack. Durante esse tempo, falei constantemente com minha avó e ela queria que eu voltasse para a Alemanha, porém ela não poderia de modo algum saber sobre a criança.

Como solução, eu deixei Jack nas mãos de um homem bondoso, que era dono de um orfanato. Pensei que tudo daria certo. O bebê não merecia crescer sem pai, e eu não tinha condições para dar uma boa vida a ele... Eu só queria seu bem. Eu só quero seu bem Jack.

Espero que algum dia leia isso, mas que não leve ódio no coração com você ou fique mal por conta de tudo o que aconteceu. Saiba que, eu te amo filho, e eu só quero seu bem. Tenha uma vida feliz.        

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O que... eu acabei de ler?    


Notas Finais


Espero que tenham gostado, fiquei dias escrevendo isso >->
Comentem e falem o que acharam. NHAAAAA ❤


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