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História Angelina - Capitulo 1


Escrita por: ushio_cajango

Notas do Autor


Ola ^^•,essa é a primeira vez que posto uma historia nesse site e espero que gostem muito, uma boa leitura.

Capítulo 1 - Capitulo 1



Éramos tão inocentes naquela época, tudo o que queríamos era poder transformar o que estávamos vivenciando em algo eterno, meu irmão Mikael estava sentado na grama sentido a brisa passar entre seus cabelos compridos, ele não me encarava, gostava de ter a sua visão ocupada pelo pequeno lago a sua frente, no qual cisnes descansavam ou namoravam na linda melodia que a muito não presenciava, o som da natureza.
    Já eu, por ser mais quieta, apenas relaxava sentido tudo o que aquele local poderia me proporcionar, sabia que era hora de voltar para a nossa casa, contudo, não gostaria de estragar o momento único que era de estar com meu irmão, afinal de contas era aqueles raros dias  que não brigávamos por besteiras, e isso era muito prazeroso...
   - Mamãe ficará com raiva se não formos embora...- Mikael interrompia minha linha de raciocínio com uma leve expressão de preocupação.- Já está tarde e quase na hora da ceia, não podemos chegar tard...
   - Calma caro irmão, nós vamos chegar no horario sem nenhum tipo de  complicação, mas está maravilhoso essa tarde, vamos brincar só mais um pouquinho?
    Ele me olhara de forma torto, mas mantive meu jeito calma e delicada, mostrando que não tinha com o que se preocupar, e mediante a isso ele cedeu a minha ingênua argumentação, começamos a correr de forma leve não se preocupando com o mundo e sim no prazer quase sub-humano de ser livre. Nossos pés se moviam com uma velocidade quase sobrenatural, dava a sensação de que flutuávamos sobre o chão, naqueles tempos não tínhamos noção do que realmente éramos, devem se perguntar se isso nos preocupava? Bem, como percebem é lógico que não, se tivéssemos consciência da realidade em questão não ocorreria o que nos afetaria futuramente, no entanto, isso é uma conversa mais para frente, vamos continuar ao nosso maravilhoso mundo de sonhos.
   A forma como nossos corpos se moviam junto com o pôr-do-sol tornava aquilo ainda mais excitante, abraçava o meu irmão como se fosse a única coisa que valesse a pena, ou talvez a última. Estávamos tão distraídos em nossa pequena diversão que não sentimos a presença de outra pessoa no recinto, foi nesse instante que ouvimos uma doce e familiar voz, na qual nos fez parar de imediato a incrível liberdade de ser criança.
   - Quanto tempo mais ficarão aqui...- a linda voz nos castigava com seu tom um pouco rude, mas que não deixava de ser materna.-...vocês tem casa e não é mais hora de meninos sapecas estarem brincando.
    Viramos quase em sincronia, nossos corações acelerados nos alarmavam sobre os resultados de nossa rebelde atitude, olhei de canto para a criatura ao meu lado, e percebi que me fitava de forma acusatória, “ deveria ter me ouvido naquela hora e nada disso teria acontecido”, podia ouvir sua mente como se estivesse a falar comigo realmente, não sabíamos como conseguíamos essa façanha, mas não tinha grande importância, “ desculpe”, fitei-o de forma arrependida sobre meus atos e como resposta recebi uma expressão suave o que me fez ficar mais tranquila.
   - Desculpem-nos mamãe, não foi nossa intenção ficar até altas horas, porem não resistimos a essa maravilhosa visão.- uma das coisas mais bonitas em meu irmão é a sua humildade e o seu jeito protetor que me envolve de uma maneira carinhosa e dócil, ele se pôs a minha frente demonstrando o que acabara de mencionar e continuou sua argumentação.- Por favor não nos castigue.
   O sorriso de minha mãe nos deu uma sensação de alívio, apesar da áurea sombria ela é uma pessoa com um grande coração e boniteza, os cabelos ruivos evidenciam ainda mais sua beleza junto com o seu rosto fino e seus olhos verdes, o seu lado protetor nos deixavam assustados, mas sabíamos que era o seu jeito de ser mãe. Ela andava em nossa direção como se não existisse chão sob seus pés, o vento batia em sua longa cabeleira reforçando ainda mais o que falei anteriormente, mas nada se importava nesse momento a única coisa que eu conseguia admirar era seu sorriso, afinal, era o mais belo que tinha visto ate hoje....e sempre.
   - vocês sabem que a noite guarda algumas coisas que não são agradáveis aos seus olhos- ela envolveu seus braços ao redor de nossos pequenos corpos carregando-nos de forma possessiva, porém dando a sensação de  aconchego.
   - O que seriam essas coisas minha mãe?
   - Essas coisas Angelina...- ela me fitara de forma estranha, dando a impressão de que está em busca das palavras certas-...você só saberá quando for o momento certo.
    A irritação que saia de meus olhos foi tão grandiosa que até meu parente sanguíneo tomou um susto, era quase constante as respostas duvidosas dela sobre minhas curiosidades e isso acabava me tirando do sério, afinal, o que eram todos esses segredos? Por quê guarda-los sigilosamente se um dia eu saberei?
     Todas as perguntas me atingiram bruscamente, e não era legal ter de ficar com mais duvidas, por isso respondi seco:
     - Estou cansada de segredos, o que eu não posso saber um dia será descoberto, então não preciso que faça drama é mais fácil contar agora do que me enrolar ainda mais!
     Olhei para a moça que se assustara com minha desobediência, na qual me fez para pra pensar no quão rebelde fora, e com isso abaixei minha cabeça como forma de perdão. Embora, antigamente minha ingenuidade junto com as atitudes infratoras, como minha mãe dizia, eu sabia quando era o limite de minhas ações e acabei ultrapassando-a.
     A doce mulher passou as mãos em meus cabelos, mostrando paciência a tal acontecimento, fazendo meu peito ficar mais calmo ela abriu a boca continuamente, tentando novamente falar corretamente sobre o assunto imposto.
    - Minha cara e doce Angelina, hoje são tempos de trevas, tudo o que fazemos há de ter consequências futuras- ela me visualizava de um jeito terno que aquecia meu coração enquanto acariciava minha cabeleira também de cor cobre- mas quando a tempestade passar tudo o que temíamos desaparecerá, e mediante a isso todas as respostas serão respondidas, entretanto, minha doce e ingênua filha, contentes com o pouco que sabes para que no futuro não se arrependa de suas ações.
      Depois de terminar seu discurso ela me deu um beijo quente na testa e novamente sorrio, e durante toda a sua fala pude notar o poder que todas as palavras exerciam sobre mim, mostrando o quão tola fui quando na verdade poderia só a ter compreendido.
       A conversa que tivemos nesse dia ficou marcado para resto de minha vida, pois no fundo tudo o que ela falou um dia se concretizaria, e até hoje isso me assombra. Essa foi a ultima conversa que tive com minha mãe, o nome dela era VONA*.
 


Notas Finais


Vona: Na irlanda significa esperança.
Espero que tenham gostado ^^•. By: Caj.


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