Quando isso acabar.
E tudo ficar pelo caminho.
Quando eu envelhecer,
Eu estarei ao seu lado
Para lembrá-lo como eu ainda te amo.
Eu ainda te amo.
-Love Of My Life, Queen
∞
Clary contava o número de crianças presente em seu estabelecimento que ficava fora da escola, mas sempre que saíam iam lanchar lá.
Jace observava Eliot, um jovem alto e magro, com cabelos louros desbotado - que fazia cupcakes.
- Eliot, você pode me ensinar? - Pediu Jace ao amigo de trabalho.
Eliot não gostava muito de Jace e também gostava de Clary e percebia que se o sangue de Clary fosse sugado por Jace olhar para ela, nesse momento ela não teria mais vida.
- Ensinar o que? - Perguntou desanimado.
- Fazer cupcake - Jace sorria como um idiota, estava feliz com algo que Eliot não fazia nenhuma questão de saber.
- Seu trabalho é só servir as crianças.
- Por favor! Não vou tomar seu lugar, quero fazer em casa.
- Certo, é bem fácil.
Eliot falava os ingredientes e o modo de preparo ao louro que dava real atenção, aquilo parecia estranho para ambos, e quando foi a vez de Jace fazer um cupcake e ficou bom eles riram, deram pulinhos e se abraçaram. Pareciam amigos. Eliot o elogiou notando a presença de Clary na porta da cozinha.
Ela coçou a garganta.
- Atrapalho alguma coisa?
Jace ainda sorria, mas Eliot já havia se fechado novamente. - Eli me ensinou a fazer cupcake, e eu fiz um maravilhoso, dá para acreditar? Obrigado Eli.
Jace nunca havia chamado Eliot de Eli, estava feliz sim, e Eliot continuava sem nenhum interesse em saber o porquê
- Jacie, hoje temos trinta crianças, sirva-as rápido.
- Posso falar com você depois - pediu ele à ruiva.
- Pode sim.
Jace sempre estiloso, impossível não notá-lo. Bad boy, e é claro que Clary se sentia atraída por ele.
Em cinco minutos todas as crianças já estavam comendo.
- Quer sair comigo hoje? Sei lá, ir em qualquer lugar.
Clary fingiu pensar mas a resposta estava pronta antes da pergunta ser feita.
- Sim, tudo bem. - Ela tentou disfarçar o entusiasmo, já que sempre quis ouvir aquilo da boca de Jace.
∞
- Ora, ora. Quem tem casa sempre aparece, né? - Isabelle dizia enquanto fazia uma pesquisa para a faculdade no notebook que ganhara da tia.
Alec revirou os olhos.
- Acabou a gasolina do jipe e tive que ir andando comprar, e eu estava muito longe do posto.
- Onde você passou a noite? Você costumava me dizer tudo.
- Izzy maninha, ninguém nunca conta tudo a ninguém. Mas vou te falar só para ficar curiosa. Eu dormi na casa de Magnus, mas só dormi.
Alec se divertia com a expressão ora séria, ora engraçada de Isabelle.
- Preciso conhecê-lo. Se eu não aprovar nem tente.
- Izzy! Eu só dormi lá. Não fizemos nada.
- Mas podiam ter feito.
O Lightwood Maior ia caminhando para a cozinha sem falar nada, estava novamente pensando no asiático de boca pequena e cabelos negros lisos.
- Alec? - A morena gritou - Alec! Um cara chamado Tuck ligou e pediu para você retornar.
- Tuck?
- Estava me ouvindo seu pestinha?
- Por falar nisso, cadê Max?
- Está na escola. Tome - ela entregou a ele o número de Tuck - achei que era o tal de Magnus, mas tinha uma voz de um velho.
- Ele tem 76 anos.
Ela cobriu a boca com as mãos.
- Desculpa
O celular de Alec vibrou.
Era uma mensagem de Magnus.
M: Posso te ligar?
A: É realmente necessário?
M: Vou ligar.
O maior atendeu ao primeiro toque quase desesperadamente.
- Vamos no lago? Lá tem uma canoa e podemos remar.
- Magnus... a gente mal se conhece.
- Você já dormiu comigo e não fizemos nada, o que de errado poderemos fazer num passeio ao ar livre?
- Certo, me diga que horas, porque agora vou tomar banho.
- Sinto seu cheiro no meu banheiro também. Não precisa ficar vermelho.
Alec havia corado e mais ainda quando Magnus lhe dissera para não ficar vermelho.
- Tchau.
- Tchau.
Alec usou xampu, sabonete e ficou um bom tempo debaixo do chuveiro deixando a água cair e livrando-se da ereção ao lembrar da noite passada e de como ficava perto de Magnus.
Vestiu uma calça preta e uma camisa azul-escuro e um tênis que parecia ora preto, ora azul. Digitou o número de Tuck que ao terceiro toque atendeu.
- Oi Tuck - disse o Lightwood - é o Alec - ele coçou a cabeça.
- Sim, sei. Mag já falou bastante de você, aquele ratinho - Tuck falava lembrando-se de algo.
- Por que ratinho? - Alec perguntou sem perceber, ficara curioso e gostava de saber sobre Magnus.
- Ele vai te falar. Sei que se conhecem a pouco tempo, mas já considero você como filho também, porque Magnus está mais sorridente e fala bastante de você, eu falo demais. Tenho que desligar. Você começa a trabalhar aqui no supermercado semana que vem, certo?
- Certo. - Alec estava muito feliz por ter encontrado um emprego.
- Izzy! - Ele foi correndo até a irmã, abraçou-a e deu-lhe vários beijos. - Diga Olá ao mais novo empregado da casa.
A Lightwood ficou muito feliz estava com um sorriso imenso e realmente bem pelo irmão.
- Quando começa ?
- Semana que vem.
- É melhor que nada.
- Queria tanto que publicasse seus textos.
- Eeei, nunca te falei sobre isso. Estava mexendo nas minhas coisas?
- Há muito tempo, desculpe maninho, as vezes eu tenho que descobrir tudo sozinha.
O celular de Alec tocou novamente e Izzy viu que era Magnus.
Atendeu.
- Sim, vou. Certo, vamos andando. Tchau, Magnus.
- Não se cansam um do outro?
- Izzy, ele é só meu amigo.
- Então vá buscar Max na escola, não vi vocês interagirem muito.
- Ah Izzy, amanhã vou. Hoje vai você. Por favor - ele fez beicinho.
- Só porque sou ótima irmã.
∞
Magnus e Alec caminhavam por um lugar com muitas árvores e flores, Alec nunca tinha visto aquele lugar.
- Onde estamos? - O de olhos azuis perguntou admirado.
- Eu também não conhecia esse lugar, minha mãe me trouxe aqui e eu nunca trouxe ninguém. Até hoje.
Os olhos de Alec brilharam.
- Nem mesmo Camille?
Ele sorriu torto.
- Nem mesmo Camille. Então esse lugar é nosso. Claro que outras pessoas devem saber da existência, mas eles não ligam. Hoje em dia só querem se comunicar virtualmente com tudo.
Alec avistou uma flor roxa, pegou-a e colocou atrás da orelha de Magnus achando extremamente fofo, e Bane fez o mesmo com Alec, ambos riam um do outro mas não que fosse realmente engraçado era algo mais... intenso. Remaram e Remaram até que começou a chover. Quando Magnus queria, nunca chovia. Magnus empurrou Alec que caiu na água, se juntando a ele logo em seguida. Jogou água com as mãos no maior que fixamente olhava para seus olhos castanhos. Alec fez o mesmo, sentindo um frio na barriga quando o menor se aproximava dele.
- Isso é muito errado? - Perguntou o asiático.
- Talvez, mas eu também quero. Vamos errar juntos.
Então esse foi o primeiro beijo oficial dos dois que durou mais de um minuto, estavam conhecendo a boca um do outro, ambos seguravam no ombro e na cintura desajeitadamente.
As vidas deles mudariam depois do passeio, da chuva, do beijo. Estavam inexplicavelmente felizes.
Mas muita coisa mudaria.
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