1. Spirit Fanfics >
  2. Antes do Amanhecer >
  3. Capítulo X - Noite de Blues e Rock N Roll - Parte I

História Antes do Amanhecer - Capítulo X - Noite de Blues e Rock N Roll - Parte I


Escrita por: FuckMeanGirl

Notas do Autor


Oie!
Primeiramente: Perdoem-me pela demora, mas essa fanfic é MUITO DIFÍCIL de escrever.
Capítulo 10 para vocês!
Espero que gostem, perdoem os eventuais erros e aproveitem a leitura!

Elenco da capa: Channel (Rihanna), James Hetfield, Dean Morris (Garret Hedlund) e Camille Morris (Amber Heard).

Capítulo 10 - Capítulo X - Noite de Blues e Rock N Roll - Parte I


Fanfic / Fanfiction Antes do Amanhecer - Capítulo X - Noite de Blues e Rock N Roll - Parte I

Capítulo 10 – Noite de Blues e Rock N Roll – Parte I.

 

EUA, Nova Orleans, 1950.

 

Amélia se levantou da cadeira com a carta nas mãos torcendo para que a filha não a visse entrar em casa. Tentou andar o mais rápido que podia até a cozinha. Channel jamais ficaria sabendo da existência daquela carta maldita. Amélia fugiu da Irlanda com a esperança de uma vida melhor e uma nova vida não incluía o asqueroso Sebastian Graham nos seus planos. Ela sabia bem que ele não queria uma esposa. Sebastian deseja uma jovem menina com os seios firmes e pernas bem duras que pudesse satisfazer as suas necessidades carnais e fazer inveja aos seus amigos da alta sociedade. Channel foi criada tendo a base dos ensinamentos católicos, educada com muito sacrifício num colégio de freiras e agora esse homem pretendia levá-la para longe da mãe? A única pessoa que ela tem na vida? Nunca!

Há dois anos, quando Oliver chegou em casa dizendo que havia conversado com um homem que seria um pretendente em potencial para a filha, Amélia não se opôs. Pensou que seria bom encaminhá-la para um casamento já que faltava pouco tempo para a formatura dela no ensino secundário. Tudo corria bem até o dia no qual Channel confessou que Sebastian havia se aproveitado de uma situação para tocá-la de forma mais íntima. O sangue de Amélia esquentou e ela sentiu tanta raiva que foi impossível não querer amassar uma panela de ferro na cabeça do homem. Amélia tem certeza que Oliver falou sobre os problemas financeiros da família para Sebastian e isso o fez pensar que poderia conseguir o casamento com mais facilidade mesmo após a morte do pai de Channel.

Entrou na cozinha e procurou pela caixa de fósforos dentro do armário das panelas, mas não encontrou. Virou-se para a despensa e correu para conseguir uma logo de uma vez. Acendeu o fósforo com um desespero quase desnecessário, mas sorriu satisfeita quando viu o papel amassado virando cinzas no chão. Aquelas palavras não seriam lidas por Channel e se Sebastian tentasse se aproximar da filha, ela saberia.

 

 

Chaneault

 

Passei os dois últimos finais de semana na casa de Lise fazendo companhia para ela e cuidando de mamãe. Ela parece um pouco melhor e quer estar sempre ao meu lado. Talvez o medo de ser levada pela doença a fizesse pensar que poderia me perder a qualquer momento e por isso a nossa relação se fortaleceu. O mais estranho de tudo isso e certamente o pior momento de todos foi quando ela decidiu conversar sobre homens, relações sexuais e as sensações que ela deduziu que venho experimentando por estar namorando um rapaz quase 10 anos mais velho. Mesmo que ela saiba que James nunca seria capaz de me forçar a nada ou me seduzir para depois me descartar, Amélia pensou que seria uma boa ideia ter esse tipo de momento entre mãe e filha. Confesso que a minha vontade era de correr para bem longe ou gargalhar descontroladamente toda vez que ela tentava me fazer uma pergunta mais pessoal.

Hoje é mais um daqueles dias em que James vem me buscar para sair e dessa vez vamos encontrar os seus amigos. Finalmente serei apresentada aos rapazes que o acompanhavam no dia que nos conhecemos no bordel. Não fiz nada muito diferente. Tentei parecer normal porque não queria que eles se lembrassem de mim como “a puta que o James tirou do puteiro”. Olhei para o espelho ainda enrolada na toalha de banho e vi o meu vestido rosa bebê em cima da cama. Eu não tenho sapatos sofisticados nem bolsas de marca, mas James afirmou que as namoradas dos seus amigos são moças simples. Ou melhor, as namoradas de Kurt e Robert porque a esposa de Dean é uma arquiteta e sei que não mereço ser comparada a uma garota que estudou em Harvard.

Penteio o meu longo cabelo cacheado e visto o conjunto simples das roupas de baixo e as meias sete oitavos pretas. Coloco o vestido rosa e sento-me na cadeira de frente para a penteadeira que fora um presente de Joanne. Faço uma trança lateral, solto alguns fios de cabelo no alto da trança, prendo-a com uma fita de cetim rosa e passo um pouco de pó de arroz no rosto. Pergunto-me se seria uma boa ideia usar o meu querido batom vermelho, mas decido que não. Escolho um tom de rosa mais escuro que é quase violeta, calço os meus sapatos pretos e penduro a bolsa no meu ombro. Saio do quarto e encontro Joanne e sua enorme barriga de quase nove meses na cozinha junto com uma das empregadas. Ela sorriu e disse:

— Veja como ela está linda, Grace! – Grace riu e continuou batendo uma massa na tigela em suas mãos. — A minha pupila é uma conquistadora.

— Não estou um pouco vulgar com essas meias? – pergunto me referindo às meias pretas que terminam com uma liga de renda na coxa.

— Por favor, ninguém vai ver as suas meias. Ninguém além do James. Se você deixar, é claro. – ela gargalhou.

— Nossa nem me fale! Acredita que a minha mãe tentou conversar sobre sexo comigo? Ela esperou 17 anos para ter essa conversa e tudo que eu sentia era um desejo profundo de virar poeira.

Joanne segurou a minha mão direita e nos sentamos nas cadeiras da mesa da cozinha onde ela costumava tomar o café da manhã com Ernest todos os dias.

— Ah, Channel. Nós já tivemos essa conversa antes. Se você quiser se entregar ao James, não há problema algum. Só peça que ele seja cuidadoso, que respeite os seus limites e cuide para que você não engravide tão cedo. – ela disse e os seus olhos bondosos me transmitem uma sensação de calma indescritível.

— É que eu fico pensando, sabe? Os amigos dele namoram moças adultas. Moças que saíram de suas casas, que estudaram em universidades de ponta. E o que eu sou perto delas?

— Não quero que você pense assim. Você é Chaneault Roberts Green. Tem 17 anos, é filha de pais decentes e terá um belo futuro se investir em si mesma. E outra: o James gosta de você pelo o que é. Você acha que um rapaz que estava voltando da Guerra, sedento para entrar no corpo de uma mulher teria feito o que ele fez se você não tivesse sido totalmente sincera com ele?

— Não. – respondo mais tranquila.

— Isso mesmo. Então eu quero que você saia pela porta da frente dessa casa e o beije com todo o seu amor quando se encontrarem. Seja você mesma quando estiver com os amigos dele. Nós adoramos você e eles vão adorá-la também. Oh minha menina, você não faz ideia do quanto é maravilhosa. – ela me abraçou emocionada.

— Obrigada Joanne. Muito obrigada.

— Não me agradeça. Olhe-se no espelho e enxergue a sua alma. Ela tem muito para te mostrar.

Saí de casa e James me esperava no portão dos Ulrich encostado na lateral de um Ford Clássico preto. Lindo como nos meus melhores sonhos usando uma jaqueta de couro preta, calça jeans escura, camisa branca e sapatos também pretos. Ele sorriu para mim e olhei sem graça para baixo. Passei pelo portão e ele veio ao meu encontro. Sem dizer nenhuma palavra, James me beijou. Sua boca colou-se na minha e o meu corpo moldou-se ao dele com um abraço desajeitado e caloroso. E como sempre, as mãos dele desceram da minha cintura até os meus quadris e mais uma vez desejei que ele me tomasse ali mesmo, mas como se James pudesse ouvir os meus sentimentos, ele cessou o beijo.

— Me impeça de te levar para um quarto de motel agora. – ele sussurrou no meu ouvido. Sua voz rouca e máscula me causa arrepios.

— Tenho um bom motivo: os seus amigos nos esperam.

— Eles podem te conhecer outro dia.

— Não, não e não. E outra: sinto saudades de dançar ao som do blues. – o empurrei e ele riu.

— Te desafio a dançar para mim no meio de todas aquelas pessoas.

— Não me desafie, Soldado James. – falei e rindo. Ele abriu a porta do carro e entrei. James deu a volta e entrou na porta do motorista. Deu a partida no carro e disse:

— Eu adoro desafios.

Eu não sabia para onde ele estava me levando, mas não demorou muito para que eu reconhecesse o Bairro Francês e suas casas antigas e clubes de Jazz, Blues e Rock N Roll. James estacionou o carro na frente de um dos clubes que parecia estar lotado. Tinha uma fila enorme na porta, mas ele entregou dois ingressos para um dos seguranças e ele nos deixou passar.

— A sua mesa é a cinco. – o segurança avisou e James assentiu.

O clube tinha uma aura de pecado que podia ser sentida no ar. Os balconistas do bar trabalhavam afobados, pois haviam muitas pessoas esperando pelos seus pedidos. Garotas e garotos dançavam loucamente na pista de dança e os músicos negros no palco tocavam um blues lento de Robert Johnson. Passamos por muita gente até James avistar a mesa perto dos fundos onde os seus amigos estavam sentados e para a minha surpresa, eles são apenas quatro: o loiro que teve um caso com a Babydoll que atende pelo nome de Dean Morris, o moreno de cabelos pretos e cacheados que se chama Kurt, o segundo moreno de aparência indígena conhecido como Robert e não menos importante, a loira espetacular que fumava e bebia ao lado de Dean, Camille Morris, a sua jovem e inteligente esposa. Eles sorriram quando viram James chegando e logo todos os olhares voltaram-se para mim. Dean levantou visivelmente bêbado e abraçou James.

— Pensamos que você não viria, porra! – ele disse rindo. Olhou dentro dos meus olhos e soltou a fumaça que puxou segundos depois de abraçar James. — E suponho que essa linda donzela seja a doce Chaneault. – ele me cumprimentou com dois beijos no rosto.

— Muito prazer. – falei.

— O prazer é todo meu, menina. Venha, nós queremos te conhecer. — Esses dois são os mais novos solteirões do pedaço. Caso você se canse do James, tem duas opções: — Kurt – ele apontou para o rapaz de sorriso largo e simpático. — E esse garanhão mexicano é o Robert. – eles sorriram e se levantaram para me cumprimentar. Percebi que James ria do meu lado de toda a espontaneidade e falta de decoro de Dean.

— E claro, a minha deusa, a mulher da minha vida: Camille Morris. – ele beijou a loira na boca antes que ela pudesse me cumprimentar.

— Prazer em conhecê-la, Chaneault. James nos falou muito de você. – ela sorriu e deu um gole no seu copo de bebida.

— Pode me chamar de Channel e espero que ele tenha falado bem. – respondi sem jeito.

— Ah, não se preocupe. Ele só falta te colocar num pedestal. – Camille riu olhando para James. — Sente-se aqui, vamos conversar.

Conversamos por muito tempo e experimentei um pouco de whisky quando James pediu duas doses. Não aprovei o gosto e troquei por vinho. Tomei grandes taças de vinho e garrafas de cerveja a noite inteira. Eu e Camille falamos sobre música e literatura e os rapazes tratavam de assuntos que iam desde política interna até qual marca de cerveja tinha o maior teor de álcool.

— Você é claramente uma garota bem educada. – disse Camille. — Irlandesa, certo?

— Sim. Nasci e cresci em Belfast na Irlanda do Norte. – tomei um pouco mais do meu vinho tinto que de tão doce fazia-me sentir sede.

— Nunca tive a oportunidade de visitar a Europa, mas espero conhecer em breve. – ela disse e tragou o cigarro de Dean. — Você gosta de dançar, Chaneault? – Camille quis saber.

— Adoro!

— Conhece Chuck Berry?

— É claro! Ele é um dos meus artistas favoritos.

— Muito bem. Vou pedir que os músicos toquem algumas músicas do Senhor Berry para nós. – ela se levantou gloriosa no seu vestido vermelho sangue para falar com os músicos e James disse alguma coisa no meu ouvido que não compreendi muito bem.

— Não entendi, James. O que você disse? – perguntei me virando para ele.

— Eu quero saber se você vai mesmo dançar com a Camille. – ele colocou a mão na minha coxa por cima da meia fina e a apertou.

— Sim, por que não? – respondi com os lábios próximos dos dele.

— Porque eu quero assistir e sonhar com você no meu colo. – ele riu e tomou um gole do meu vinho.

Camille voltou para a mesa e apagou o cigarro no cinzeiro. Ofereceu a sua mão direita para que eu a pegasse e disse:

— Venha! Mostre-me o gingado da Irlanda.


Notas Finais


Gostaram?
Comentários?
Favoritos?

CO-MEN-TEM!
Por favooooor!

Bjs e até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...