1. Spirit Fanfics >
  2. Aos meus olhos. >
  3. Parte 2

História Aos meus olhos. - Parte 2


Escrita por: crishelen

Notas do Autor


Boa leitura e nos vemos nas notas finais ^^

Capítulo 2 - Parte 2


Fazia cerca de 40 minutos que eu tinha chegado a minha sala, me condenava mentalmente por não ter tomado o café da manhã direito. Acordei muito em cima do horário, o que não é de meu costume, mas passei boa parte da minha noite avaliando alguns relatórios decorrente do último mês da empresa. Estávamos em alta, muitos trabalhos nos eram confiados, grandes marcas e grandes campanhas, o fluxo de serviços haviam aumentando exponencialmente nos últimos anos e isso é muito bom, ao mesmo tempo que é extremamente cansativo, principalmente para mim nesse mês e provavelmente no próximo também.

Ouvi minha barriga reclamar pelo que parecia ser a centésima vez desde que tinha posto os pés para fora de casa, decidi por fim atender ao seu pedido...ou quase isso. Estava prestes e ligar para minha secretaria pedindo que buscasse um café na cantina quando a porta de repente se abriu, eu não precisava de muito para saber quem era, só existem duas pessoas que teriam coragem/autorização para fazer tal coisa. A primeira é o idiota do meu irmão que por mais que eu diga para ele respeitar a porra do meu espaço, sempre faz questão de invadir a sala e me infernizar os ouvidos com suas estupidez, mas eu sabia que não era ele, afinal ele está em sua tão aguardada férias o que me deixa apenas com a segunda pessoa, um loiro lindo e sorridente com incríveis olhos azuis como o céu em um dia claro. Ele entrou trancando a porta logo em seguida, carregando dois copos de isopor sustentados no suporte em uma das mãos, e na outra trazia uma sacola de papel branco com o logotipo de alguma doceria.

- O que é isso Naruto? - Perguntei vendo ele se aproximar e depositar as coisas que trazia em cima da minha mesa, mas não sem antes retirar todos os papéis e os empilhar em um canto.

- Percebi quando você chegou que não devia ter comido nada antes de sair de casa, de novo, e resolvir trazer um café da manhã pra você - Sorriu lindamente tirando um dos copos do suporte e me entregando - Café expresso forte com dois cubos de açúcar, sem creme, sem leite e com uma gota de limão, da cafeteria da esquina.

- Por que será que eu ainda me surpreendo com essas coisas - Assiste admirado seu sorriso se ampliar e uma leve coloração vermelha tingir seu rosto.

- Trouxe alguns pães também, de frutas, pouco açúcar, como você gosta. - Abriu a sacola de papel e começou a retirar os pães ainda cobertos por uma embalagem plástica transparente. - E uma torta de chocolate meio-amargo para ajudar a raciocinar. - Sem pensar duas vezes estiquei minha mão e o puxei para sentar no meu colo, abracei sua cintura com um dos braços e depositei um beijo em seu pescoço.

- Obrigado, você salvou o meu dia, de novo.

- Não é pra tanto - Ainda sorrindo ele se ajeitou, sentando de lado sobre minhas pernas para que pudéssemos nos ver melhor.

- Estou falando sério, se não fosse por você eu seria obrigado a tomar o café horrível que servem aqui. - Sua risada ecoou pelo ambiente reafirmando aquilo que eu descobri a muito tempo, esse é o som mais lindo que existe, minha melodia perfeita. Não pude evitar o sorriso que se formou em meus lábios.

- Que sorte a sua que eu seja uma pessoa extremamente observadora. - Começou a desembalar um pão e me entregou, logo em seguida pegando outro para si.

- Sorte a minha que você me observe tanto e cuide de mim. - Comi observando em deleite o homem a minha frente, que a quase dois anos é o meu namorado.

Nunca me interessei muito por esse tipo de relação, sempre me imaginei fechado para sentimentos tão confusos e coplexos como amor. Minha vida se resumia a trabalho, umas poucas interações com meu irmão e umas tranzas ocasionais, coisas fáceis e simples, nada que me exigisse uma reflexão mais profunda, que atormentasse meus pensamentos ou que me fizesse agir de forma diferente do que já estava acostumado.

Até conhecer esse garoto.

10 anos mais novo, carrega uma alegria contagiante, as vezes é tímido e quando isso acontece costuma se embolar com as palavras, adora comer doce, é desorganizado, bagunçeiro, e as vezes é muito inocente, ao ponto de aceitar uma ideia estúpida de expor as fotos que tirava secretamente de mim apenas para chamar a minha atenção, mas tenho que admitir que deu muito certo, principalmente para mim. Seu sorriso, sua voz, seu cheiro, seus olhos, seu jeito, seu tudo se tornou o meu fascínio, minha droga da qual não vivo sem. Exagerado? Talvez. Dramatico? Com certeza. Não me importa muito o que pensem, a verdade é que eu me apaixonei perdidamente por essa pessoa.

- Já está tudo pronto pra hoje? - Perguntou quebrando o silêncio que tinha se instalado, não era desconfortável mas para ele um longo período disso é quase torturante.

- Sim, quando chegarmos no salão já vai estar tudo pronto. - Tomei um longo gole do café e encostei a cabeça em seu corpo sentindo, em seguida, sua mão acariciar meus fios suavemente - Vai pra casa comigo?

- Não posso, tenho duas seções de fotos marcadas pra hoje, mas se quiser eu posso te buscar e a gente vai juntos.

- Nem morto - Falei arrancado risadas do outro que parecia já esperar por essa resposta - Prefiro passar a vida inteira comendo ramen do que subir naquela coisa.

- Bom - Começou, tirou da minha mão o copo que segurava e o pós em cima da mesa, em um movimento quase gracioso virou o próprio corpo de frente para o meu, apoiou os joelhos sobre o estofado da minha cadeira e sentou novamente, agora com o rosto a centímetros do meu e nossas pélvis perigosamente perto. - Usando a moto poderíamos ficar mais tempo em casa, poderíamos sair 10 minutos antes e ainda chegaríamos a tempo.

- A proposta é tentadora - Deslisei minhas mãos pela extensão de seu corpo me deliciando com as sensações que me causava, parei no jeans de sua calça apertando de leve sua bunda coberta pelo tecido - Mas vou recusar. - Depositei um rápido beijo em seus lábios - Tenho muito amor a minha vida.

- Chato, eu sei pilotar muito bem - Me deu língua e tentou sair de cima de mim mas o impedi agarrando sua cintura. Estava a ponto de tomar os seus lábios quando o telefone dele começou a tocar. Ignorando meu olhar de aviso ele atendeu a ligação que não durou muito tempo. - Desculpa amor, eu tenho que ir. - Falou se levantando e desta vez permite.

- Tudo bem, te pego na sua casa as 17.

- Okay.

Assisti ele se retirar rapidamente da minha sala e suspirei sabendo que agora não teria mais nada para me distrair. Catei todas as embalagens e copos jogando-os na lixeira ao pé da mesa, ajeitei os papéis novamente espalhando pela superfície de madeira e recomeçei, pretendia terminar o mais rápido possível, é claro que sem meu irmão por perto a quantidade de trabalho dobrava, mas eu tinha um compromisso muito importante a noite, e não poderia faltar sobre hipótese alguma.

Já batia três da tarde quando finalmente achei que poderia sair, ainda havia muito trabalho a ser feito mas eu já não tinha muito tempo. Pulei o almoço para trabalhar mais e agora meu estômago dava sinais fortes de que apenas o café não era o bastante para me manter por muito tempo.

Organizei os documentos inacabados em suas devidas pastas e as guardei na gaveta, desliguei o notebook já imaginado onde eu poderia parar para comer alguma coisa rápida, talvez um lanche em algum lugar a caminho de casa. Sai da sala levando todos os documentos prontos e os depositei sobre a mesa da minha secretaria dizendo para encaminhar aos setores correspondentes dos envelopes e por fim deixei a empresa aos cuidados dos outros profissionais.

Cheguei ao meu apartamento em 40 minutos, o trânsito não estava ajudando muito, decide pedir comida por telefone e lhes ofereci uma gorjeta considerável se entregassem meu pedido em menos de 15 minutos. Em 10 minutos a campainha já estava tocando com a minha refeição não muito saudável mas que deveria ser o suficiente por enquanto. Tomei um rápido banho e vesti a roupa já previamente escolhida, não por mim, um pouco de perfume, cabelos penteados para trás, e estava pronto faltando 30 minutos para o horário que marquei.

Sai do apartamento as pressas pragenjando baixo pela possibilidade de me atrasar, odeio atrasos, e hoje parecia não ser o meu dia de sorte. Encontrei Karin parada em frente ao elevador, não tive tempo para pensar em um plano de fuga já que a mesma me viu quando pretendia dar meia volta e esperar o próximo.

- Sasuke-Kun, que felicidade te encontrar novamente, a gente tem se visto tão pouco ultimamente...- E começou com o falatório, sorrisos nadas discretos e insinuosos, ela não perdia a oportunidade de dar em cima de mim desde que me mudei para o prédio a seis anos. Esperei pacientemente pelo que me pareceu uma eternidade até o elevador chegar, e outra eternidade até que ele chegasse ao andar da garagem, não me despedi, apenas segui para meu carro ignorando, como sempre, as investidas dela. 22 minutos até a hora marcada.

Acelerei pelas ruas que conhecia muito bem, com um pouco de sorte conseguirá chegar em 20 minutos, o que é meu tempo recorde nesse trajeto. Estava entrando na rua do loiro quando meu celular começou a tocar.

- Atender - Falei já sabendo de quem se tratava.

- Esta atrasado - Ouvi a sua risada melodiosa encher o meu carro e não pude evitar sorri com isso.

- Ainda não são 17:00 estou no horário - Ouvi mais uma vez à mesma risada - Desce que já estou chegando na entrada do prédio.

- Já estou aqui amor, e estou vendo seu carro. - Desligou. Avistei os cabelos loiros balançando, brilhando com o alaranjado do crepúsculo, ele correu até a porta do carona e entrou jogando uma sacola no banco de trás.

- Pra que a câmera -Perguntei ao notar o equipamento, guardado em sua capa, sobre o colo dele.

- Vou tirar fotos, pra que mais eu usaria?

- Eles já tem um fotógrafo Naruto.

- Eu sei, mas minhas fotos são melhores. - Ele sorriu convencido se inclinando sobre o banco para me selar os lábios.

- Disso tenho que concordar.

- Agora acelera baby, ou vamos chegar atrasados e nenhum de nós quer isso.

Revirei os olhos pronto para dar uma resposta mas decidi apenas acatar o pedido/ordem e seguir para o nosso compromisso.

O estacionamento já estava lotado, era de se esperar, mas eu tinha minha vaga marcada então não precisava me preocupar com isso. Descemos do carro e seguimos em direção às escadarias encontrando um Itachi extremamente nervoso andando de um lado a outro.

- Está atrasado -Falou assim que nos avistou.

- Já é a segunda hoje - Naruto riu abraçando meu irmão logo em seguida.

- Só conta como atraso se chegar depois do horário - Ainda fiquei tentando me defender mas já sabia o resultado disso.

- Não para um Uchiha - O loiro comentou ainda rindo.

Ficamos mais um tempo ali conversando até que uma mulher apareceu dizendo que já estava quase na hora e que precisávamos ir para nossos lugares. Itachi foi na frente se posicionar onde deveria e nós ficamos atrás da porta que foi fechada assim que meu irmão passou, Sakura apareceu poucos minutos depois e estava incrivelmente linda com o vestido branco cravejado de pedras com leves tonalidades de rosa combinando perfeitamente com seus cabelos que estavam presos em um coque desarrumado, algumas mechas caia onduladas sobre o rosto e a maquiagem leve valorizava a beleza da minha futura "irmã".

- Preparada pra se tornar uma Uchiha - Naruto perguntou se jogando nos braços da rosada que parecia se segurar para não chorar.

- Eu...eu tô tão nervosa - sussurrou encarando as grandes portas de madeira parecendo querer enxergar através delas.

- E é pra ficar mesmo - Olhei para o loiro me perguntando que espécie de ajuda era essa - Esse é seu grande dia amiga, seu momento especial, você está prestes a se casar com o seu amor e vai passar o resto de sua vida com ele, convivendo com suas chatices, aprendendo mais sobre ele e aprendendo a conviver com seus defeitos. É o homem que você ama e que te ama também que está do outro lado dessa porta, no fim de um grande corredor de pessoas que sempre estiveram de seu lado. Você, principalmente hoje, tem todo o direito do mundo de estar nervosa - Ele abriu aquele sorriso brilhante, que é quase como sua marca registrada, e segurou as mãos de Sakura. - Meu Conselho é que você aproveite essa sensação ao máximo pois está é uma noite única e é completamente de vocês.

Mal ele terminou de falar e a cerimonialista apareceu acompanhada de duas lindas meninas trajadas em vestidos rosas, uma delas tinha nas mãos uma cestinha contendo pétalas de flores a outra trazia consigo uma almofada vermelha e sobre ela uma caixinha preta, onde as alianças deveriam estar guardadas.

- Está na hora - A mulher falou nos colocando na posição que queria.

A marcha nupcial começou a ser tocada, às portas se abriram revelando diversos pares de olhos direcionados para nós. A menina das flores entrou primeiro jogando as pétalas pelo caminho que passava, logo em seguida foi a garota com as alianças. Segurei a mão de Naruto entrelaçado nossos dedos, esperamos até a mulher nos dar o sinal e começamos a caminha em direção ao altar, juntos, porque foi assim que a rosada e meu irmão queriam, apenas as pessoas que realmente eram importantes.

Nos separamos quando finalmente chegamos ao fim do corredor, Naruto segui para o lado designado para o padrinho da noiva e eu para o do meu irmão e por fim era a vez dela, a passos lentos, acompanhando a melodia da música.

A cerimônia toda pareceu durar quase tanto tempo quanto aquelas reuniões insuportáveis com os acionistas. Não me entendam mal, eu amo meu irmão e estou muito feliz com o casamento dele, mas sou obrigado a admitir que ficar em pé, na frente de muitas pessoas, ouvindo uma série de discursos é muito irritante. Eu queria chutar a bunda do meu irmão por me obrigar a passar por isso, e chutar a de Naruto por me convencer a aceitar.

Finalmente chegamos ao momento do "pode beijar a noiva" muitas palmas ecooaram pelo salão, risos, choros. Eles assinaram alguns papéis, que também tive que assinar como testemunha. Seguimos para o meu carro, por quê o meu irmão não queria usar o dele, convidando a todos os presentes para a festa que seria em outro lugar.

Meu irmão e, a agora, esposa se agarraram no banco de trás, não uma super pegação, era apenas beijos e muito carinho, chegava a ser nojento. Em menos de 30 minutos chegamos ao espaço da festa, claro que teríamos chegado mais cedo se não fosse por Sakura que pediu para ir bem devagar já que ela não queria ser a primeira a chegar. Alguns convidados já estavam no local quando estacionei, entramos direto no salão, uma música suave tocava nos recebendo, toda a decoração em dourado e rosa refletia perfeitamente a noiva e tudo parecia ser um mundo particular de Sakura.

Tudo estava correndo bem durante a festa, começamos com o típico " Parabenizar os noivos", Itachi e a esposa ficaram sentados em cadeiras enfeitadas recebendo a felicitações dos convidados juntamente com presentes que só descobrirão o que é mais tarde.

Os convidados foram se espalhando pelo salão e sentando-se nas mesas de mogno cobertas por toalhas de ceda branco gelo, sei disso porque fui obrigado a comparecer algumas vezes durante o planejamento da festa. Seguindo a programação estabelecida pela organizadora do evento, nos dirigimos a mesa dos noivos, uma mesa comprida de frente para todas as outras espalhadas pelo salão. A cerimonialista chamou a atenção de todos para o tão aguardado momento dos discursos, o momento que eu estava esperando.

Os primeiros a discursa foram os pais da rosada sentados ao lado dela, sorriam bobos e contavam histórias engraçadas e emocionante sobre os dois, finalizaram sempre com felicitações e reafirmaram que eles eram perfeitos um para o outro.

Depois foi a vez do nosso lado da família, meu pai tomou primeiro a palavra seguido de minha mãe que tinha um dos maiores sorrisos dali, depois seria a minha vez mas eu não queria discursar agora então passei vez para Naruto que prontamente começou a falar, muito nervoso, as vezes se embolava então parava, respirava e depois tentava de novo dizendo coisas como as que ele disse antes do começo da cerimônia. Todos aplaudiram, Sakura começou a chorar se levantou e abraçou o amigo e por fim chegou a minha vez.

- Antes de qualquer coisa vou começar dizendo que nunca imaginei que pudesse existir no mundo alguém capaz de suportar meu irmão por mais tempo do que o necessário - Levei a taça de cristal ao lábios bebericando o vinho branco só pra tomar um pouco de coragem, detesto falar em público - Mas bem, Sakura também não é uma pessoa exatamente normal então acho que é isso, usando das palavras ditas nos discursos anteriores, vocês foram feitos um para o outro e são perfeito juntos. - Meu irmão exibia um sorriso idiota no rosto e eu podia jurar que seus olhos estavam marejados. - Bom, é isso. Agora vou para a parte principal - Andei até a parte de trás da cadeira de Itachi, apertei o seus ombro e sorri, bem de leve - Eu tenho um presente para os noivos, principalmente para Sakura.

Fiz um sinal com as mãos para para alguns rapazes que prontamente entenderam abrindo as grossas cortinas que escondiam um painel, quase do tamanho da parede, protegido por outra cortina mas fina de ceda vermelho.

- A mais ou menos dois anos eu conheci o, até então, meu companheiro Naruto graças ao idiota do meu irmão e suas ideias absurdas e formas de me humilhar e me expor ao ridículo - Ouvi a sua risada ecooa pelo salão, Sakura ao seu lado desferiu um tapa fraco contra seu braço.

- Foi um dos momentos mais hilários da minha vida, sua cara quando viu suas fotos era impagável. - E mais uma vez começou a rir ignorando a esposa que reclamava com ele mas a mesma mal conseguia conter a própria risada.

- Espero que tenha aproveitado bastante - Falei dando o meu melhor sorriso sádico. - Na mesma noite mandei uma mensagem para ele que, se bem me lembro dizia o seguinte " se prepare para a retaliação " - Comecei a andar em direção ao painel ainda coberto, virei o rosto para observar o meu irmão e este parecia curioso para o que eu iria fazer a seguir - Bem, irmão espero que esteja preparado - Não dei tempo de que pudesse finalmente entender a onde eu e queria chegar, puxei com força o pano vermelho revelando o conteúdo que ele escondia.

Sua expressão se tornou subitamente em choque enquanto encarava o meu presente, depois para horror e por fim desespero. Embaixo do pano, sobre o painel havia espalhadas diversas fotos de infância do meu amado irmão, claro que não seria tão ruim se fossem realmente fotos simples, na verdade eu escolhi as mais humilhantes, aquelas que meu irmão tinha quase certeza que estavam queimadas e destruídas mas que eu guardei com muito carinho apenas esperando o momento certo para usa-las, e olha só, achei o momento perfeito.

Três anos, Itachi tomando banho agarrado a um gatinho rosa de pelúcia. Cinco anos, primeiro dia de aula Itachi vestia uma saia havaiana por cima da calça da escola, uma versão mais nova da minha mãe ria da cara enburrada que ele fazia porque ela havia dito que ele não poderia ir para a escola usando aquilo. Seis anos, estava parado em frente a televisão, chorando enquanto assistia ao filme da Barbie e o lago dos cisnes. Oito anos, foi flagrado beijando o próprio reflexo no espelho, e essa foto fui eu mesmo que tirei. Sete anos, usando o vestido de festa vermelho da nossa mãe com um Baton vermelho estampado no rosto.

- Que porra é essa Sasuke? - Não gritou, na verdade parecia ainda em choque pelo que via. - Eu achei que essa fotos tinham sido destruidas.

- Guardei algumas de lembrança - Falei sorrindo, Sakura não conseguia se manter seria e logo o som da sua risada se fez ouvir por todo o espaço sendo rapidamente acompanhada por Naruto, depois pelos meus pais, os pais da rosada e por fim todos do salão ria, - Gostaria de convidá a todos para se aproximar pois a surpresa ainda não acabou - Começaram a se levantar e andar em direção ao painel para uma melhor visão das fotos. Estavam próximos, o bastante para o próximo passo, esperei até ter todos ao meu redor, o loiro prontamente se pôs ao meu lado e entrelaçado seus dedos nos meus, aguardei mais um tempo até a rosada finalmente consegui arrastar meu irmão e assim que estes param de frente para a fotos apertei um botão embutido acionando um mecanismo para soltar a tela da estrutura. Com a ajudada dos rapazes que havia contratado especificamente para esse propósito, retirei a primeira tela revelando uma segunda por baixo, mas essa não tinha dezenas de fotos humilhantes do meu irmão, havia apenas uma única foto cobrindo toda a extensão da tela. A foto, tirada por Naruto, do dia em que Itachi pediu Sakura em casamento.

Não foi um pedido romântico como nos filmes, ele apenas levou ela até uma das mesas da cantina e lhe entregou a caixinha contendo a aliança, mas o sorriso que a rosada exibia parecia ser aquele o dia mais feliz de sua vida.

Ouvi um fungar baixo e me virei dando de cara com uma Sakura chorando exatamente como no dia que vimos essa mesma foto na exposição.

- Sakura - Chamei, ela logo enxugou um pouco das lágrimas nos olhos, parecia querer limpar a visão - Parabéns pelo casamento e seja bem vinda a família - Puxei a rosada para um abraço vendo o olhar mortal que meu irmão lançava para nós. Muitos suspiros, muitas palmas, pessoas comentando sobre a linda foto que agora estava exposta para todos os convidados admirarem.

Itachi, ainda irritado finalizou os discursos pedindo para prosseguirmos com a festa. Aprimeira dança dos noivos não demorou a chegar, os convidados sentaram em seus respectivos lugares liberando a pista para o casal de idiotas que não paravam de sorrir como retardados um para o outro, na verdade estava bem difícil saber quem tinha o sorriso mais idiota entre os dois. Meu irmão ainda estava irritado pela brincadeira, não falou comigo desde o momento das fotos, mas ainda parecia muito feliz, principalmente quando pegava a esposa olhando para o painel.

Meu irmão nunca foi muito bom na dança, ele detesta dançar, acho que isso está no sangue da família Uchiha, mas ainda assim ele fez aulas de dança apenas para esse momento, sua mão direita pousava suave na cintura da rosada, a esquerda segurava delicadamente a mão dela, guiando-a em uma valsa, e devo admitir que ele estava indo muito bem. Os olhos de ambos não se desgrudavam nunca eles pareciam estar imersos em um universo próprio, sozinhos, longe de todos que assistimos.

Senti os dedos tocarem minha mão timidade, pedindo permição para entrelaça-los nos meus, desviei minha atenção do casal-centro-do-mundo e observei o par de íris celestes me fitar com tanta intensidade e logo um sorriso surgiu em seus lábios, tão sincero e espontâneo.

- Sabe, eu tenho muito a agradecer a Itachi-Sam, se não fosse pela ideia louca dele acho que jamais teria coragem de contar para você meus sentimentos. - Seus polegares começaram uma pequena carícia nas costas da minha mão, era reconfortante.

Acho que é um tanto engraçado me encontrar nessa situação, eu, que sempre acreditei que essas coisas não eram pra mim, que a mera ideia de socialização me incomodava, que odiava qualquer tipo de demonstração de intimidade com qualquer pessoa. Nunca imaginei que chegaria o dia em que abraçaria alguem por livre e espontânea vontade, ou mesmo que chegaria a amar outra pessoa.

Ouvi o fim da música e logo em seguida a voz de alguém convidando a todos para se juntar aos noivos na pista. Levantei da mesa ainda segurando a mão do loiro e sorri, sorriso que guardava apenas para ele.

- Vem dançar comigo? - Perguntei assistindo divertido uma expressão de surpresa tomar o seu rosto.

- Mas você odeia dançar.

- Não quando é com você - Puxei a mão sobre a sua para que se levantasse - Você sempre é minha exceção.

Caminhamos em silêncio para a pista aproveitando da música romântica tocada pela banda, ambas as mãos do loiro se enroscaram no meu pescoço e as minhas desceram para sua cintura, acompanhamos o ritmo lento da melodia com os rostos próximos, ignorando a existência do resto da festa. Nossos corpos se balançavam suavemente colados um no outro, seu cheiro inebriante invadia minha narinas me proporcionando o mais doce dos aromas, seus olhos celestes não se desviavam dos meus, fixos, como se quisesse desvendar todos os segredos da minha alma, mas acho que isso ele já fez a muito tempo.

- Não falei isso antes mas você está lindo - Sussurrei em seu ouvido recebendo uma doce risada como resposta. Ele mergulhou o rosto em meu pescoço. Não adianta esconder, não preciso ver para saber que estava vermelho agora, constrangido.

- Você também está bonito - Respondeu depois de um curto tempo com o rosto ainda escondido na curva do meu pescoço - Mas isso você já deve saber - Ri apertando ainda mais seu corpo contra o meu.

- Eu te amo - Soltei de repente pegando o loiro de surpresa, não houve resposta ou qualquer reação vinda dele. - Está me ouvindo?

- hn- Seus braços fecharam mais o cerco como se tentasse me impedir de ver o seu rosto.

- E não vai dizer nada? - A música já estava acabando dando agora a entrada para uma com um ritmo mais acelerado mas não mudamos os passos da nossa dança, continuamos nos mexendo ao som de uma melodia imaginária que apenas nós dois escutavamos.

- Você sabe minha resposta.

- Mas eu quero te ouvir dizer - Esperei pacientemente para que ele tomasse a coragem para me dizer algo que já me disse inúmeras vezes nesses dois anos.
Ele nunca teve dúvidas e se teve não as demonstrou. A primeira vez que me disse essas palavras ainda não tínhamos começado a namorar, estávamos no que eu poderia chamar de fase de testes, eu o respondi sinceramente dizendo que não tinha muita certeza sobre o que eu estava sentindo mas que não queria terminar o que tínhamos, ele aceitou tranquilamente e desde aquele dia me diz essa simples frase sempre que tem vontade mas eu nunca pude retribuir ela. Eu nunca experimentei esse tipo de sentimento, como eu poderia definir oque é esse tipo de amor? Com o que eu deveria comparar para saber se era o que estava sentindo? Eu não tinha as respostas e as muitas dúvidas me impediam de dar ao loiro a resposta que eu sei que ele queria. Como eu finalmente descobrir que era amor? Não tenho certeza, talvez seja essa insaciável necessidade de ter ele sempre na minha vida, talvez seja porque não consigo imaginar um futuro meu em que ele não esteja ao meu lado, ou talvez seja porque desde que o conheci me descobrir uma nova pessoa, muito ciumenta e possessiva, ou talvez porque ele é a única pessoa que consegue me tirar da minha zona de conforto, e eu ainda assim permanecer confortável, me tirar do meu "eu" de forma tão natural que me faz sentir como se sempre tivesse sido assim. Não sei como sei, apenas sei que o amo mais do que jamais poderia imaginar.

- Eu te amo - Ouvi sua voz soar baixa ainda contra meu pescoço e sorri apertando seu corpo contra o meu, estávamos tão juntos que poderíamos facilmente nos fundirmos um ao outro.

- Eu sei - Sussurrei em seu ouvido selando nossos labios logo em seguida iniciando um beijo calmo carregado de sentimentos que compartilhamos.

- A gente sabe que vai pro céu quando faz a boa ação de ajudar duas pessoas que são idiotas de mais para correr atrás da própria felicidade sozinhos. - Meu irmão surgiu acompanhado de sua esposa, ambos exibiam sorrisos que poderia lhes rasgar a face.

- A questão é que sua "boa ação " veio com segundas intenções, então acho que não é bem para o céu que você vai. - Falei em seguida puxando Naruto para dançar de acordo com a música.

Ficamos, os quatro, mais um tempo ali na pista e quando finalmente nos cansamos fomos sentar em nossa mesa, logo um garçom surgiu nos oferecendo bebidas que aceitamos de bom grado. Em uma determinada parte da noite nos separamos de nossos pares, sentados na mesa eu e meu irmão observavamos nossos pais conversando com Sakura e Naruto.

Não foi exatamente um choque para minha família quando apresentei o loiro, minha mãe teve uma crise histérica de riso dizendo que acreditava que eu era assexuado mas ficou super feliz por me ver com alguém. Deu bastante ênfase para o "Alguem", mostrando que não se importava com minha "opção sexual".

- As vezes acho que nossa mãe gosta mais do genro e da nora do que dos próprios filhos - Meu irmão falou bebendo mais um gole da garrafa de cerveja largada sobre a mesa.

- Eu não tenho dúvidas disso - Peguei a minha própria garrafa r levei aos lábios vendo, mesmo ao longe, o rosto de Naruto ganhar tonalidades fortes de vermelho, olhar rapidamente para mim e depois abaixar a cabeça obviamente constrangido com algum comentário indiscreto da parte de minha mãe ou da minha cunhada. - Eles são os nossos opostos, expressivos, sociáveis, divertidos, praticamente tudo que nossa mãe sonhou pra gente.

- Por isso são perfeitos para nós, nos fazem ser melhores - Em uma atitude infantil ele tomou a garrafa da minha mão e soveu o conteúdo batendo a garrafa sobre a mesa - Devia me agradecer por bancar o cupido e juntar vocês dois.

- E você deveria tomar conta da própria vida - Levantei ignorando a risada do meu irmão e segui para o bar, peguei duas garrafas e fui ao encontro do loiro entregando uma das cervejas a ele. Não procurei participar da conversa, nem ao menos prestava atenção no que falavam tanto que faziam até rir, apenas fiquei ali parado, ao lado do meu namorado segurando distraidamente uma de suas mãos, inconsciente brincando com os dedos.

- SASUKE - Me assustei ao ouvir a rosada gritar meu nome - Terra pra Sasuke, ainda tá em orbita?

- O que quer? - Todos no círculo me encaravam e só agora notei que havia mais gente a nossa volta, Itachi, Ino e Gaara se juntaram a nós.

- Eu estava me perguntando quando seria o casamento de vocês - Ino se pronunciou exibindo um sorriso malicioso.

Senti ao meu lado Naruto ficar tenso, seus pareciam procurar qualquer coisa para olhar quem ao fosse uma das pessoas do círculo que carregavam nos rostos sorrisos semelhantes ao da loira, a espera da minha resposta.

- Mesmo que houvesse uma data marcada só seria da conta de vocês se eu decidisse falar, o que está fora de questão - Bebi o último gole da cerveja já pensando em buscar mais. Só com álcool pra aturar minha família, uma festa, e esses inbecies que se acham meus amigos. - Se metam com a vida de vocês.

Me afastei ignorando os protestos do grupo, exigindo uma resposta melhor e nem olhei para Naruto, para saber que expressão fazia

Nem sei quanto tempo passamos ali, seguindo os planos com músicas, danças, vídeos bonitinhos cheios de mensagens não muito diferentes das ditas nos discursos, a noiva joga o buquê que alguma mulher desesperada agarra com unhas e dentes como se com isso fosse misteriosamente surgir um homem perfeito disposto acasalar com ela, como em um filme de comédia comédia romântica, e finalmente é chegada a hora de se despedir dos noivos.

Itachi e Sakura fizeram um tour pelo salão, falando com todos os convidados, recebendo cumprimentos e mais felicitações, desejando que eles aproveitassem o resto da festa. Depois da despedida na entrada do salão acompanhei o casal pelo Jardim em direção ao carro de Itachi. Naruto e Sakura andavam mais a frente agarrados os braços um no outro sussurrando coisas que eu não conseguia entender muito bem, meu irmão e eu os seguiamos calados, as mãos nos bolsos e o olhar fixo nas pessoas mais importantes em nossas vidas.

- Só vamos até aqui - Naruto parou próximo ao carro que aguardava na calçada, e em seus olhos já mostravam sinais das lágrimas que queria derramar.

- Não chora seu idiota - A outra não estava em situação muito diferente do meu namorado, até a sua voz estava entrecortada pelo choro contido - Se você chorar...eu vou...chorar também. - E se abraçaram com mais força enterrando o rosto nos ombros um do outro, os soluços de ambos audíveis.

Itachi ao meu lado admirava a cena divertido pelas reações exagerada dos dois.

- Obrigado - Falei sem olhar para o moreno que se parecia tanto comigo, minha atenção estava focada totalmente e unicamente na pessoa que havia se tornado mais importante do que jamais imaginei que teria um dia, apesar de chorando ele ainda sorria, sorrisos tão lindos como aqueles que vi na primeira vez que o notei de verdade.

- Sabe, eu sou seu irmão mais velho e as vezes, só as vezes, eu sei o que é bom para você - Sorri involuntariamente ainda sem olhar para ele sabia que também não me olhava. Nunca precisamos de muitas palavras para entender um ao outro e era isso que fazia de nós quem somos.

E sem dizer mais nada foi de encontro a sua esposa abraçando-a carinhosamente enquanto apertava a mão.de Naruto. Entraram no carro e partiram rapidamente com rumo para uma lua de mel de um mês no Havaí.

Se dependesse de mim teríamos seguido direto para meu carro e depois para minha casa mas Naruto queria se despedir dos amigos e de alguns conhecidos na festa e é claro dos meu pais. Esperei impaciente ele falar com todos que queria, eu mal me despedi dos meus pais antes de arrastar aquele loiro excessivamente siciavel para fora da festa.

Assim que bati a porta do carro respirei aliviado como tivesse acabado de sair de uma casa tomada por fumaça. Afrochei o nó da gravata a arrancando logo em seguida e jogando para o banco traseiro, liguei o carro e acelerei pelas ruas, rumo ao meu apartamento e minha cama.

O caminho foi silencioso, na minha parte pelo menos, Naruto passou o tempo observando as fotos que havia tirado da festa, fazia comentário para cada nova imagem e falava sem parar como já era de seu costume, e sou abrigado a admitir que isso já se tornou perfeitamente familiar para mim, ouvir a voz dele durante horas enquanto falava sobre tudo que queria sem se quer parar para pensar no que dizia. Lembro perfeitamente da primeira vez que ele agiu dessa forma, estávamos tomando café na cantina e ele começou a falar empolgado sobre o projeto fotográfico de uma campanha, até hoje ele acredita que eu nem estava o ouvindo, quando percebeu que estava falando de mais seu rosto pareceu descobrir novos tons de Vermelha que causaram inveja aos mais belos tomates, ele começou a se desculpar e festejava enquanto tentava, não pude evitar de rir com a cena o que acabou o deixando ainda mais constrangido.

- Do que está rindo - Ele desviou a atenção de sua câmera e me observou rir contido.

- Apenas me lembrei de algumas coisas.

- Que coisas?

- Nada de mais.

Estacinei o carro em minha vaga e seguimos para o elevador que por sorte subiu direto para o meu andar, sem paradas e sem surpresas desagradáveis ( Karin). Ao entrar no apartamento fiz o caminho direto para o quarto, tudo o que mais desejava no momento era um bom banho e uma longa noite de sono, afinal amanhã ainda tinha mais um dia de trabalho. Peguei o roupão na gaveta e segui para o banheiro mas antes de passar pela porta parei e observei Naruto sentado na ponta da cama retirando sapatos sociais.

- Que entrar comigo? - Perguntei chamando a sua atenção. Ele acenou com a cabeça concordando, um tímido sorriso despontou em seus lábios - Estou te esperando então.

Preparei a banheira com Afuá quente e alguns sais de banho com um perfume agradável, ganhei de presente da Sakura, dizia ela que isso tornava os banhos em conjunto mais agradável e devo concordar com ela. Retirei o terno dobrando-o e colocando dentro da cesta para roupas sujas, deitei sob a água sentindo a quentura razoável me cobrir e relaxar todos os músculos do meu corpo. Apoiei a cabeça sobre a borda fechando os olhos apenas para apreciar o momento de tranquilidade.

Naruto se juntou a mim pouco minutos depois, sentou entre minhas pernas e deitou sobre meu corpo. Ficamos assim por um tempo em um completo silêncio. Naruto sabe o quanto eu detesto eventos sócias, ou qualquer coisa que envolva muita interação com outros seres humanos, e nesses momentos ele se aquieta me permitindo ficar onde pra mim é mais confortável, no silêncio, mas sem sair do meu lado. Sua presença tambem acabou se tornando meu refúgio do mundo.

Ele foi o primeiro a sair dizendo que iria preparar algo para a gente comer, esperei mais um tempo antes de finalmente decidir dar fim ao banho. Vesti meu roupão e voltei para o quando onde encontrei meu loiro sentando na cama olhando distraído para a própria mão que agora continha uma grossa aliança prata em seu dedo anelar.

- Acho que vou ter que começar a guardarem outro lugar - Falei sentando ao seu lado também admirando o contraste da cor prateada contra a pele bronzeada dele.

- Desculpa, eu sei que tinha dito que não iria mais pegar... - Seus olhos se voltaram para os meus roubando minha completa atenção. Não importa quantos anos se passem, tenho certeza que nunca conseguiria me cansar desses azuis tão lindos.

- já reservei nossas passagens para Las Vegas, vamos viajar uma semana depois que Itachi voltar - Com a ponta dos dedos percorreu todo o caminho do seu rosto parando próximo aos lábios onde deixei uma leve carícia - Vou confirmar as reservas dos hotéis amanhã.

- Sakura vai ficar muito furiosa se descobrir que vou me casar sem falar com ela e seu irmão também não vai gostar e ainda tem a sua mãe que nunca mais vai querer falar comigo.

- Provavelmente - Deitei na cama cruzando os braços atrás da cabeça - Você pode desistir se quiser.

- Nunca - Respondeu tão rápido que não pude deixar de sorrir com isso - Eu já disse antes, não me importo que seja do seu jeito, eu te amo e tudo que quero é ficar do seu lado - Antes de conhecer esse idiota nunca tinha pensando em como apenas três palavrinhas seriam capazes de mexer com nossas emoções, me fariam sentir especial apenas por ter o privilégio de ouvi-las da boca da pessoa que, falando de uma forma mais clichê possível, roubou meu coração.

Agarrei seu braço e puxei para que se deitasse sobre meu corpo, colei os lábios na sua orelha e Sussurrei um " eu também te amo", como se estive confidenciando um segredo. Talvez tivesse sido um segredo em algum momento mas agora faria questão de mostrar a todos que eu o havia escolhido para dividir a vida comigo...ou melhor dizendo, mostrar a todos a pessoa que havia me escolhido para dividir a vida.

( p.o.v. Naruto )

O som de mensagens do meu celular me despertou, virei para o lado esperando encontrar Sasuke deitado mas a cama estava vazia. Não é como se fosse a primeira vez que algo assim acontece mas de alguma forma eu esperava que pelo menos hoje ele fosse acordar ao meu lado. Acho que me enganei.

Sentei lentamente na nossa cama sentindo as consequências de nossas atividades me atingir. Todos os músculos do meu corpo protestava por cada movimento que pensava em fazer.

O celular sobre o criado mudo tocou novamente indicando a chegada de mais uma mensagem. Alcancei o aparelho e deslizei o dedo na tela para desbloquea-lo revelando algumas mensagens de Sasuke.

"Sasuke: Nem pense besteira, dobe, eu não esqueci de hoje.

Tire o dia de folga, sei que está muito cansado ��.

Esteja pronto às 17hrs, passarei aí para te buscar."

Logo a baixo havia uma foto minha sentado sobre a antiga cama do moreno, segurando uma caixinha de veludo, admirando o par de alianças que ali estavam guardadas, com a seguinte legenda " cada vez que via essa cena tinha mais certeza de que fiz a escolha certa ao aceitar ir naquela exposição, em homenagem a isso...esse é você, perfeito aos meus olhos."


Notas Finais


Primeiramente peço desculpas pela demora de postar o novo capítulo. Eu tive um bloqueio criativo muito grande e levei muito tempo para escrever algo que me agradasse.

Espero de coração que tenham gostado da história, eu amei escrever ela ^^
Então é isso, obrigado a todos que leram.

P.S. eu revisei o capitulo mas sempre acaba alguma coisa passando batido.

P.S.2 pretendo postar outras histórias futuramente, então se quiserem acompanhar....


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...