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História Apenas Isso (Romance Gay) - Dia das Mães


Escrita por: Cecello

Notas do Autor


:)

Capítulo 5 - Dia das Mães


 

Estava morto de sono, havia ido dormir quando estava quase amanhecendo e tive que acordar "cedo" para poder ir almoçar com minha mãe e Tyler.

O almoço é a 1:00 PM, eu estou encarregado de levar a carne e Tyler disse que levaria uma torta de amora, a minha preferida só para constar.

Não queria falar nada não, mas sou apaixonado por culinária; e também não querendo me gabar..., mas eu cozinho muito bem... quero me gabar sim! Sou um ótimo cozinheiro e quando era adolescente ganhei 4 anos seguido um concurso de culinária no meu colégio, eu no fogão; é só perfeição.

Mas voltando... eu peguei os ingredientes para o tempero nos armários e geladeira pus em cima do balcão e botei a carne para descongelar no micro-ondas.

Subi para meu quarto e entrei no closet para escolher uma roupa.

Optei por uma camisa (polo) de manga longa cor de vinho de gola cinza-claro, uma calça preta bem apertada e um tênis da mesma cor da camisa, de cano alto.

Após a sessão de moda desci rapidamente para a cozinha e tirei a carne do micro-ondas que apitava sem parar.

Temperei a carne ao som de música e a botei no forno, eram 40 minutos para poder ficar pronta era o tempo de eu me arrumar.

Subi novamente para o quarto, nem parece que minha casa tem outros cômodos, do quarto para cozinha da cozinha para sala da sala para o quarto.

Entrei no banheiro e fui direto para o chuveiro já que ainda estava sem cueca, lavei meu cabelo, me ensaboei, e quando estava passando sabonete em meu membro, com ajuda da espuma realizo caricias, enquanto ele "ganhava vida", comecei fazendo movimentos devagar e apertava a cabeça quando terminava, comecei acelerar e me encostei na parede fria, liguei a água e deixei que toda a espuma fosse sem parar os toques, e com mais alguns movimentos me derramei, sujando a parede e a minha mão, fiquei atordoado por alguns instantes enquanto via o resultado daquela punheta sendo levado pela água, limpei a parede e desliguei o chuveiro, peguei a toalha e saí do box, revigorado.

Saí do banheiro pingando e molhando todo o chão do quarto, entrei no closet e vesti uma cueca branca (não box) e desci para a cozinha (de novo).

A carne estava quase no ponto, fui à área de serviço para pegar uns produtos de limpeza para o balcão.

Limpei o balcão e subi novamente para o quarto e fiz a higiene bucal e aparei um pouco da minha barba.

Vesti a calça e botei as meias, desci novamente com um pouco mais de pressa, estou começando a ficar cansado.

A carne estava pronta, peguei as luvas e retirei-a do forno estava me dando água na boca, botei em uma travessa e continuei ajeitando com os complementos e algumas verduras e temperos a mais, alguns minutos depois estavam pronta então embrulhei com papel alumínio e pus em cima da mesa e novamente. Subi para meu quarto pela última vez para poder terminar de me arrumar.

Fui em meu closet pus desodorante, calcei os tênis, pus a camisa, perfume e relógio.

Peguei meu celular, desbloqueei e vi que tinha mensagens de Tyler.

Tyler: está tudo pronto!

Tyler: meu endereço aí

As mensagens já vieram acompanhada com um link que levava ao Google Maps.

Peguei a travessa que estava embrulhada e quente e saí de minha casa, fui para o meu carro e pus a travessa no banco de trás e coloquei o endereço de Tyler no GPS.

A casa dele não era tão longe, demorou apenas alguns minutos para chegar, vou enviar uma mensagem avisando que estou aqui na frente.

A casa não era tão grande em comparação a minha, mas muito bem decorada no estilo moderno com muitas janelas e um design um tanto peculiar.

Estou aqui na frente! Eu acho, posso ter errado a casa.

Tyler: não errou

Tyler: já avistei seu carro...

Tyler: estou indo!

Logo ele saiu pela enorme porta de madeira, estava lindo... sua roupa estava bonita.

Ele usava uma camisa de manga longa (que coincidência) de duas cores (azul-escuro e branco) uma calça cinza e um tênis de cano alto.

Com uma travessa em suas mãos vem em direção ao carro com sorriso brilhante em meio a barba que agora estava muito mais densa. Ele abriu a porta do carro e se sentou.

— Tudo pronto? — O perguntei

— Tudo sim, podemos ir! — Ele falou abrindo um sorriso

— Bota a torta aí atrás — Falei apontando com a cabeça, ele logo botou a torta do lado da travessa de carne.

— Caprichei nas amoras! — Ele falou dando um sorriso cínico.

— Gosto assim! Torta de amora! Melhor torta! Minha mãe adora — falei ligando o carro e partindo, ele botou o cinto e ajeitou seu cabelo em um topete caído no retrovisor.

— Espero que vocês gostem! Não sou um deus na cozinha, mas também não sou um desastre — Ele falou coçando a nuca.

— Já eu sou o contrário, adoro culinária! — Falei um tanto quanto empolgado — Quando era adolescente ganhei vários concursos de culinária.

— Percebi pelo cheiro — Ele falou levantando uma das sobrancelhas e olhando para a travessa de carne, eu ri.

— Mas eai? Onde fica esse condomínio? — Ele perguntou.

— Perto da praia, fora da cidade — Falei calmo.

— Praia?

— Sim, esse condomínio fica no litoral fora da cidade.

— O almoço é de 1 hora! Vamos demorar muito para chegar lá.

— Eu sei — Falei dando um sorriso para ele, ele começou a rir e eu também, dois retardados rindo.

A viagem estava passando rápido e o sol que estava lá fora dava um certo desconforto.

— Nós já estamos chegando, minha mãe vai te adorar, vai te fazer milhões de perguntas — Ele começou a rir.

— Esse condomínio, se é fora da cidade... como ela vive lá, em questão de mercado... essas coisas que só tem em cidade — Ele perguntou com uma cara de dúvida um pouco engraçada, e eu dei um pequeno sorriso.

— É como se fosse uma comunidade — Falei sem tirar os olhos da pista — São várias casas separadas por alas e dentro dessas alas tem tudo, mercado, farmácia, posto de saúde, praças e tudo mais.

— Hum! e esse condomínio é fechado? — ele perguntou ajeitando novamente seu cabelo no retrovisor.

— Não, por causa da praia, mas a segurança lá é espetacular, acho ainda bem melhor do que a da cidade.

— Isso realmente deve ser um sonho, morar perto da praia, afastado da cidade — Após ele falar isso olhei com uma cara de quem estava prestes de estragar o momento sonhador.

— Poderia ser até bom, mas lá só tem idosos, as casas não são grandes, são para uma pessoa, no máximo um casal, e é calmo, chegar lá você irá ver, é realmente um lugar para idosos — Após falar isso ele começou a ri.

— Mas imagine, você com uma pessoa que você ama, bem velhinho indo morar em um lugar assim, distante, perto da natureza, calmo... — ele falou com um sorriso bobo na cara.

— Realmente, deve ser bom, minha mãe gosta, ela não é tão velha assim... é uma coroa bem cuidada — começamos a ri juntos.

O resto da viagem passou rápido, havíamos acabado de entrar na comunidade, Tyler observava a vista atentamente, eu adoro esse lugar é muito bonito, as casas bem enfeitadas com as cercas que as dividem pintadas com flores, arco-íris, etc. Arvores espalhadas por toda parte... a tranquilidade desse lugar é divina.

Chegamos, estacionei o carro em frente à casa de minha mãe, Tyler pegou as travessas e desceu.

Após sair do carro pude sentir o frescor das árvores do lugar, a cada 6 metro tem uma árvore nas calçadas, e além do vento da praia que era bem perto da casa de minha mãe.

Arrodeei o carro e parei de frente a Tyler, e o ajudei com uma das travessas, caminhamos até a porta da frente e abri a porta adentrando a casa da minha rainha.

— Mãe? — Chamei por ela, colocando a travessa em cima da mesa.

Tyler estava atrás de mim todo encolhido ainda segurando a travessa, eu ia manda-lo colocar em cima da mesa, mas minha mãe apareceu.

— Chegaram cedo! Deu nem tempo de se arrumar! — Ela falou com tom irônico.

— Mãe! Feliz dia das mães! — Corri abraçando minha velha, ela ia falar algo, mas a impedi.

— Mãe, esse é o Tyler. Tyler essa é a minha mãe, dona Celina! — Falei sorrindo e saindo da frente para que minha mãe possa ver Tyler.

— Ah sim! Ainda é mais bonito do que Bryan me falou — Ele ficou vermelho com essa frase e eu também... — Ele falou muito bem de você, e é muita gentileza sua nos acompanhar nesse almoço — Minha mãe passou por mim e abraçou ele.

— Ele também falou muito bem da senhora — Ele sorriu e retribuiu o abraço — Gentileza da senhora por aceitar a minha presença em um dia como esse — Ele falou ainda todo encolhido por vergonha nos braços de minha mãe.

— Não seja por isso — Ela falou saindo do abraço — Agora vamos comer, não aguentava mais esperar, estava vendo a hora comer sem vocês — Eu e Tyler rimos.

Nós caminhamos para sala de jantar, a casa era muito decorada, não é muito grande, mas é muito confortável.

A mesa estava farta, colocamos as travessas em cima da mesa e nos sentamos.

Comemos, conversamos, rimos e eu até me engasguei, mas no final deu tudo certo, era final de tarde e minha mãe propôs que fossemos na beira mar ver o pôr do sol.

E agora estamos caminhando pelas sombras das árvores até a praia, eu estou atrás e minha mãe e Tyler na frente conversando, me excluíram totalmente sei nem do que eles estão conversando.

Mas daqui de trás pude perceber como a bunda dele é linda, é farta e redondinha...

Mas expulsando esses pensamentos, chegamos a praia que está vazia o mar estava forte e cheio, dá para ouvir o barulho das ondas entrando em choque com o chão de longe, retiramos os tênis e os levamos na mão.

Minha mãe se sentou em uma cadeira de praia que ela trouxe e eu e Tyler nos sentamos na areia um do lado do outro, graças ao vento forte da praia que vinha em nossa direção, pude sentir o seu cheiro, seu cabelo bagunçava de acordo com o vento.

Passamos alguns minutos ali conversando sobre coisas aleatórias, eu não estava prestando atenção no assunto apenas no rapaz ao meu lado, mas minha mãe me retira dos meus pensamentos avisando que o sol ia se pôr.

O sol começou a descer entrando em conato com o mar eu desviei o olhar para Tyler e tive uma das visões mais linda da minha vida ele estava sorrindo seu cabelo bagunçado o tom alaranjado do sol entrando em contato com os olhos verdes avelã que mirava maravilhosamente em direção ao mar.

Depois de alguns segundos o sol enfim se pôs dando ao lugar um céu um pouco mais escuro

Passamos mais alguns minutos ali conversando.

— Eu vou para casa fazer o jantar, depois que jantarmos vocês poderão ir, não deixarei vocês saírem sem comer, vocês vêm? — Minha mãe fala se levantando e desmontando a cadeira de praia, Tyler se levantou e bateu nas cochas tirando toda a areia que estava ali e se espreguiçou se preparando para ir para casa, ele dar alguns passos, mas antes que ele se distancie mais, eu seguro sua mão.

Pude sentir a macies de sua mão novamente.

— Está a fim de entrar na água? — Eu o perguntei com uma das sobrancelhas levantada — Eu estou com vontade desde que chegamos.

— Você está louco? Está quase anoitecendo e não temos roupa de banho! — Ele falou confuso.

—Ah! vamos lá, a praia está vazia e ainda não anoiteceu! E com certeza você está de cueca... então — falei me levantando e retirando minha camisa e minha calça os jogando na areia e correndo em direção ao mar.

Enquanto corria ainda pude ouvir Tyler rindo e minha mãe dizendo "esse é meu filho, sempre fora do normal" olhei para trás e pude vir Tyler começando a tirar a camisa.

Cheguei em frente ao mar e pulei, estava cheio então já começou um pouco fundo, passava por debaixo das ondas agressivas, tudo graças a natação quando criança.

Parei enfim e olhei para trás... que cena... erótica... Tyler vinha caminhando lentamente de cueca box azul-marinho e com o corpo dele é belo, todo musculoso com um peitoral todo trabalhado e os gominhos no abdômen, mas o que mais me chamou atenção foi a tatuagem que ele tinha no peito direito, cobria todo o peito e subia para o ombro e terminava no cotovelo.

Meu deus! Cadê o rapaz com cara de moleque? Que homão da porra! Será que é a mesma pessoa?

Ele logo pulou no mar e veio em direção a mim nadando, quando ele chegou perto de mim sorrindo pude ver além da tatuagem no peito direito também tinha um piercing atravessando o mamilo com duas bolas uma de cada lado, que ousado...

Seu cabelo agora molhado caia sobre a testa e sua boca entreaberta pela respiração. Cacete! Poderia gozar só vendo essa cena! Tenho que admitir eu sinto atração por ele, é a primeira vez que sinto atração por um homem, eu não consigo entender...

— Ei! Acorda! Ou! — Ele falou passando a mão na frente de meu rosto retirando-me dos meus pensamentos.

— Eita! Viajei agora!

— Eu percebi — ele falou rindo, zombando da minha cara.

— Não ria! — reclamei e espirrei água nele.

— Porra! Não faz isso! — Ele falou espirrando mais água em mim.

E assim iniciamos uma guerra, rimos e cansados fomos em direção a uma pedra que tinha no encontro entre o mar e a areia, onde eu deixei ele sentar, pois, ele estava mais cansado por causa da dificuldade para nadar atrás de mim, já que não havia espaço para os dois, fiquei de frente para ele e a vergonha bateu quando percebi seu olhar sob mim principalmente por eu estar meia-bomba por causa da cena anterior, conversamos mais um pouco e agora decidimos sair.

Estava tudo escuro, apenas a lua e as estrelas iluminando aquela noite de céu limpo, as estrelas entrando em contraste com o azul-escuro do céu, maravilhoso!

Estamos caminhando em direção a casa de minha mãe com as roupas na mão, não tinha ninguém pela rua.

— Eu adoro a noite... — Falei.

— O que? — Ele perguntou olhando para mim.

— Não, só falei que adoro a noite — Falei dando um sorriso minimalista.

— É perfeito, não? — Ele sorriu meigo

— Sim! O frio, as estrelas, a lua, o escuro, tudo! — Falei olhando para o céu e encarando a lua que parecia mais um risco no céu já que era lua nova.

— Isso faz-me lembrar de quando eu era criança, quando eu e meus irmãos íamos para o quintal contar as estrelas —ele falou dando uma pequena risada, mas logo ficando sério e suspirando pesadamente.

— O que aconteceu para você sair de casa tão cedo? — o perguntei o encarando, ele deu uma parada no tempo, e começou a encarar o chão enquanto caminhava.

— A típica história, acho que grande parte dos gays passam isso não é mesmo? — Ele falou, a parti daí já pude ter uma noção do que havia acontecido, e no final fazendo uma pergunta retorica — Com 15 anos decidi me assumir, meu pai e meus irmãos ficaram contra mim, e meu pai me expulsou de casa, então com um pouco do dinheiro que havia juntado das mesadas, consegui vim morar aqui, comprei alguns moveis e comecei a trabalhar até começar a faculdade — Ele falou como se estivesse mesmo dentro dos momentos, apenas olhando a frente, e caminhando no automático — Desde então, vivo sozinho, faz 10 anos, mas é uma ferida que não vai passar — Eu realmente não sabia o que dizer, que horrível...

— Você sente falta deles? — O perguntei

— Muita! É a minha família, não ter ninguém em sua vida cansa — Ele falou dando um suspiro.

— Como assim?

— Não tenho contato com minha família, amigos é bem difícil por causa do trabalho, eu não tenho ninguém para conversar, na maioria dos feriados passo sozinho em algum bar ou festa. E arrumar alguém para começar uma vida é difícil, toda vez que eu acho que encontrei a pessoa certa... pow! A vida mostra que não era...  — Ele falou em tom cansado.

— Não fica assim! Agora você tem a mim! Já é o bastante — Falei em tom exibido e brincalhão, tentando amenizar a situação.

— Realmente tenho você agora, grande diferença... — Ele falou em deboche.

— Nossa cara! Não quebra o clima! — Falei fingindo indignação, ele riu e o acompanhei na risada.

Chegamos na casa de minha mãe, tomamos banho (separados) e jantamos, emprestei uma das minhas cuecas que tinha na casa de minha mãe para que ele possa ir para casa com as partes debaixo secas.

Agora estamos indo em direção ao meu carro para voltar para casa, minha mãe falava com Tyler para ele vim das próximas vezes.

Abracei minha mãe e entrei no carro, logo Tyler entrou no carro e dei a partida e buzinei para minha mãe antes de nos afastarmos.

08:30 PM

Estamos de volta a civilização, olhei o relógio em meu pulso e era cedo ainda.

— Ei! — Chamei sua atenção.

— Oi! — Ele virou rapidamente para o meu lado e me encarou.

— São 8 e meia ainda, está a fim ir lá em casa beber algo? — Ele pensou por alguns segundos, mas logo respondeu

— Pode ser! Vamos! — Ele falou dando um sorriso pequeno, retribui o sorriso e mudei a rota para a minha casa.

 

Notas Finais


:(


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