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História Deal - Capítulo 3


Escrita por: waxyanca

Notas do Autor


Olá amores.
Estou aqui com mais um capítulo pra vocês.
Agradeço pelos 217 favoritos e os comentários.

Capítulo 3 - Capítulo 3


Sherilyn Bloom P.O.V.

Atlanta, Georgia - 10 de junho de 2016

O restante do final de semana passa rápido mas não consigo tirar Justin da cabeça e não faço a mínima idéia do porquê disso. Hoje é segunda feira então infelizmente vou ter que voltar a vida real, desço as escadas e vejo meu pai e Beth colocando o café da manhã na mesa.

— Bom dia. — os dois dizem em uníssono.

— Oi. — me sento na cadeira comendo um morango.

O café da manhã não demora muito mas meu pai não perde a oportunidade de perguntar como foi a festa de sábado. E eu sei que ele não quer que eu entenda como uma reclamação ou algo do tipo e eu consigo compreender pois ele nunca foi assim. É só que em Chicago eu normalmente não tinha amigos e não saia muito, e agora que nos mudamos para Atlanta ele fica constantemente preocupado se estou me adaptando e ficou até feliz por eu ter saído no sábado.

Eu me despeço deles e o caminho até o colégio é feito muito mais rápido do que eu realmente esperava.

Antes de ir para a primeira aula passo em uma lanchonete perto do colégio e compro um café e quando saio sorrio por encontrar Debbie.

— Oi. Como foi a fim de semana? — ela pergunta e eu solto um grunhido automaticamente parando de repente e me focando no rosto de Justin quando minhas lembranças voltam ao final de semana. Ela percebeu minha reação e me encara com um olhar interrogativo no rosto.

— O que foi? — ela pergunta fazendo com que eu acorde.

— Não, nada. O meu final de semana foi normal mas aposto que o seu deve ter sido melhor. — digo tentando contornar a situação pois não posso contar a Debbie oque aconteceu.

Tenho que parar de pensar em Justin. Agora mesmo.

— Hã, não aconteceu grande coisa mas fiquei te esperando. Você disse que iria lá pra casa. — ela comenta enquanto entramos na sala de biologia.

— É, eu sei, mas esqueci completamente. — digo colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha me sentindo desconfortável.

— Você não está enrolando, não é? — ela pergunta quando nos sentamos.

— Claro que não. — digo mas era verdade. Debbie iria fazer a minha inscrição para o internato da Califórnia, o qual eu iria me mudar no ano que vem. Foi uma decisão difícil de ser tomada, o meu pai e minha madrasta conversaram entre si e acharam que seria bom eu passar um ano nesse internato, eu iria fazer novas amizades, ter um nível mais elevado de ensino e finalmente sair de Atlanta. No começo eu não concordei muito, mas quando vi que não havia nada que podia ser feito para mudar essa escolha, eu tive que obedecer às ordens do meu pai e aceitar oque o destino reserva para mim.

Debbie iria me ajudar a preencher o formulário corretamente e enviar para o internato, já que ela entendia dessas coisas e muito mais, aliás, não era pra menos ela ser a maior nerd do colégio e também pelo simples fato de eu não ter um computador em casa.

Enfim o professor entra na sala e eu tento esquecer tudo e me focar só na aula.

[...]

Quando chego na biblioteca depois de minha aulas já terem acabado eu separo os meus livros e minhas anotações pra estudar mais um pouco. Não encontrei Debbie então constatei que provavelmente ela já deveria ter ido embora.

Menos de dez minutos depois sinto o meu celular no bolso da calça e o pego vendo o nome de Chaz.

— Oi. — digo sem muita animação. Não fiquei exatamente chateada por ele ter me deixado na boate mas bem que ele poderia ter avisado que ia sair pra sabe-se lá onde com aquela tal garota.

— Hã... Você já saiu do colégio? — ele pergunta com a voz estranha e eu franzo a testa, ele está envergonhado ou é impressão minha?

— Sim Chaz, eu já saí. Por que?

— Posso ir aí te pegar?

— Por que? — pergunto imediatamente já pensando na desculpa que provavelmente vou inventar se ele me chamar pra mais uma festa de boate ou algo do gênero.

— Eu preciso de um favor seu, explico no caminho. — ele diz e eu suspiro sabendo que ele não ia dizer mesmo.

— Tudo bem, eu vou te esperar em frente a biblioteca. — digo já juntando minhas coisas com uma mão só mesmo.

— Certo. — ele responde e eu desligo o celular o guardando no bolso.

Termino de guardar todas as minhas coisas na bolsa e já a coloco nas costas caminhando para fora da biblioteca recebendo o olhar de algumas pessoas que me encaravam como se fosse louca por mal chegar e já ir embora. Felizmente eu não preciso esperar muito e Chaz estaciona uma Ferrari  amarela em meu lado. Eu já ando para o outro lado do carro e abrindo a porta.

— E aí. — ele me comprimenta.

— Oi, tudo bem? — pergunto enquanto ponho o cinto e me acomodo no banco vendo até o modo como ele dirigia que era muito mais devagar que Justin. Merda, já estou pensando nele de novo!

Chaz suspira antes de responder.

— Não pense que é grande coisa mas eu só preciso que me ajude a escolher um presente pra minha coroa. — ele diz sem me olhar e coça a cabeça sem jeito.

— Então por que está tão nervoso? — pergunto erguendo uma sombrancelha e ele me olha de testa franzida.

— Não estou nervoso.

— Claro que não. — ironizo olhando pra frente e ele suspira.

— É só que... faz muito, muito tempo que não vejo ela então... — ele diz incomodado e lhe dou um olhar de compaixão.

— Tá tudo bem Chaz. — certifico e ele pigarreia.

— E então, gostou de sábado? — ele já pergunta mais animado e percebo que é pra mudar de assunto e mesmo não querendo falar disso eu dou um desconto pois ele estava tenso com o assunto da mãe.

— Mais ou menos. — digo sem muito interesse.

— Já quero logo avisar que meu plano não era te deixar sozinha. — ele é rápido em se explicar e usa a mão que não está no volante para se render e eu reviro os olhos.

— Você poderia ter me dito que tinha uma namorada. — eu digo e ele franze a testa só faltando rir da minha cara.

— Você tá falando da Brena?

— Seja lá qual for o nome dela. — digo dando de ombro e ele ri.

— Ela não é minha namorada. — ele diz fazendo uma careta.

— Não?

— Não, era só uma gostosinha que me deu bola. — ele me olha. — Com todo respeito. — eu reviro os olhos novamente.

— Vocês homens são tão nojentos. — digo fazendo uma careta.

— Deixa de frescura Sheryl, admite que é muito mais divertido pegar vários do que um só. — ele diz zombeteiro e estaciona em frente a um shopping.

— Eu... não tenho muita certeza disso. — digo confusa antes de descer do carro levando em consideração que a minha experiência com meninos não tenha sido lá às mil maravilhas, mas Chaz não precisava saber disso.

Depois de quase uma hora escolhendo coisas de cozinha para a mãe de Chaz eu finalmente decido que um conjunto de formas de bolo ia ser perfeito pra ela, Chaz me contou que sua mãe adorava cozinhar e ele dando isso a ela ia fazer com que ela pensasse que ele se importa um pouco e pelo menos conhece algo sobre ela.

Chaz concorda prontamente e nós seguimos para o caixa. Enquanto observo a moça empacotar o presente da mãe de Chaz ele me conta mais um pouco sobre sua vida.

Ele perdeu o pai quando mais novo e sempre foi o típico playboy da cidade que fazia tudo oque queria e foi sustentado pela mãe até a adolescência. E sinceramente isso foi oque me deixou mais intrigada porque até agora não sei de onde ele ganha tanto dinheiro, ele nunca fala do trabalho e sempre que toco no assunto ele foge oque me deixa pensar que infelizmente não deve ser algo muito bom, e não digo isso no sentido literal mas sim no sentido de algo ilícito ou coisa do tipo, mas prefiro não ficar pensando muito nisso, Chaz parece ser uma pessoa maravilhosa apesar de qualquer coisa.

Quando saímos do shopping ficamos os dois em silêncio e eu logo organizo os pensamentos pra puxar algum novo assunto mas Chaz já faz isso por mim.

— Mas e então, como voltou pra casa já que eu te dei cano? — ele pergunta zombeteiro enquanto liga o carro.

— Ah, foi com aquele seu amigo. — digo me fazendo de besta e ele me olha de testa franzida.

— Qual?

— O loiro. — respondo sem muito interesse e ele fica longos segundos me encarando surpreso pois sinceramente acho que ele esperava que eu dissesse que peguei um táxi ou algo do tipo.

— Eu perdi algo? — ele pergunta realmente sem acreditar e eu já nego imediatamente com medo dele estar encarando essa carona como algo malicioso.

— Nada de mais. — digo fingindo desinteresse mas meu peito está faiscando de ansiedade.

— Sheryl, tu e Justin... Rolou alguma coisa não é? Eu logo vi que ele não ia perder tempo afinal tu, eu e todo mundo sabemos o quanto tu é bonita. — ele pergunta sorrindo em segundas intenções e logo negando com a cabeça enquanto eu o olho horrorizada.

— Chaz, não. De jeito nenhum, pelo amor de Deus. — digo olhando para a janela escondendo o meu provável interesse por Justin e o beijo que ele me pediu. — Foi só uma carona.

— Tu não me engana ruiva e eu conheço muito bem o meu amigo. — ele diz rindo e eu reviro os olhos porque sei que não aconteceu realmente nada. — E é porque vocês se odiavam, quer dizer o Bieber odeia todo mundo mas sinceramente não liga pra isso quando se trata de carne nova. — ele continua falando sozinho como se eu nem estivesse ali e o comparo com aquelas garotas irritantes e fofoqueiras.

— Pra falar a verdade eu sabia internamente que isso ia acontecer. — ele dá mais uma gargalhada e eu não me canso de revirar os olhos. — Mas, tu sabe que com ele a coisa não é fixa né?

— O seu outro amigo já fez questão de me dizer isso. — digo com a voz entediada

— Ryan?

— Não, Christian. — até porque Ryan já estava bêbado o bastante para dizer algo de sentido.

— Bom, se ele quiser mais tu pode encarar isso como uma amizade colorida. — ele diz dando de ombros e eu o encaro sem acreditar. Chaz já está indo longe demais, não aconteceu merda nenhuma entre eu e o Bieber.

— É sério isso? — pergunto e ele ri.

— Sabe, é que caras como nós não costumam namorar e toda aquela coisa. — eu concordo por ouvir isso pela segunda vez.

— Hum, ele tem muitas amizades coloridas? — pergunto sem nem pensar e passo a língua por meus lábios secos.

— Ah, tu já deve imaginar que sim. — ele diz dando uma risadinha e uma sensação de desconforto toma conta de mim. O que diabos é isso?

E pela centésima vez,
prometo a mim mesma que vou manter distância desse cara, ele sinceramente não parece ser boa pessoa. Não quero
ser mais uma de suas amizades coloridas. 

— Mas olha só — Chaz chama com o rosto sério e com um tom certa preocupação. — eu conheço o Bieber e acho que as meninas se divertem bastante com ele mas... — ele faz uma careta provavelmente sem saber as palavras certas de usar. — eu não sei nem como te falar isso, mas digamos que ele é um pouco perigoso. — eu engulo em seco. — Ele é o meu amigo, mas tu também é e não quero que tu se ferre, se diverte com ele ao máximo mas sem sentir nada por ele. Já vi muitas
garotas se apaixonarem por ele e se darem mal.

— Fica tranquilo Chaz, como eu já disse antes não aconteceu nada como você pensa. — garanto e ele assente com a cabeça voltando a falar sobre a sua mãe.

Chaz com certeza sabe um monte de coisas
sobre Justin e preciso me segurar para não ficar fazendo mais perguntas. Mas, no fundo, não me interessa o que Justin Bieber faz ou deixa
de fazer.

Depois de pouco tempo paramos de conversar quando ouvimos o celular de Chaz tocar e ele diminui a velocidade do carro pra atender.

— Fala aí dude. — ele atende desse jeito e me esforço para ouvir a conversa mas não consigo, tenho que parar de ser tão curiosa.

— Como assim se matou? — ele pergunta alterando o tom de voz enquanto me olha de canto de olho e meu corpo automaticamente entra em alerta. O que está acontecendo?

— Tudo bem, eu tô indo aí agora. — ele diz e no segundo seguinte desliga o celular me olhando.

— O que aconteceu Chaz? — pergunto sem conseguir segurar a curiosidade.

— Sheryl, eu não vou poder te levar pra casa agora. A gente tem que passar na casa do Justin primeiro e depois na boate, tudo bem? — de primeira eu já começo a ficar nervosa mas assinto por fim porque sei que de todo jeito não ia adiantar muito contestar e além do mais acho que seria rápido, logo mais já estaria em casa.

Chaz vai entrando em uma área nobre com várias casas luxuosas e impressionantes e quando acho que vamos parar por ali ele simplesmente só segue em frente andando com um carro até uma espécie de colina oque já me faz ficar mais impressionada e ansiosa ainda. Ok, então me parece que o senhor Bieber não tem vizinhos.

Chaz entra com o carro quando os seguranças já liberam e eu olho pra aquilo tudo realmente me perguntando se é real.

— Só cuidado pra não babar. — Chaz anuncia rindo e já desce do carro enquanto eu repenso na chance de ter desaprendido a andar.

A primeira coisa que noto quando ponho os meus pés na grama e olho em volta vejo o jardim impressionantemente grande e bem cuidado, passamos por duas palmeiras gigantes bem posicionadas na entrada e vamos andando em direção a porta. 

— Chaz — eu grito andando sem acreditar até uma garagem de carros. — É sério que ele tem tudo isso? — pergunto olhando pra parede de vidro com uma quantidade incalculável de carros.

E percebo o quanto não estou nem um pouco familiarizada com todo esse luxo quando Chaz dá uma risada esnobe.

— O Bieber adora colecionar carros. — ele responde seguindo em frente.
É sério isso? Ele simplesmente coleciona? Realmente isto está muito fora da minha realidade. Corro um pouco pra acompanhar Chaz já que esse lugar é enorme e desvio o meu olhar vendo um chafariz em um canto do jardim e no outro uma piscina incalculável de grande.

Ele realmente era podre de rico e aparentemente adorava mostrar isso a todos, esbanjando o seu dinheiro somente na humilde decoração da casa, se é que me entendem.

 Acho que nunca passou por uma dificuldade na vida. Só de olhar, você sabe que o cara pode ter o mundo aos seus pés quando quiser.

— Ele é bem humilde. — ironizo subindo sete degrais pra poder entrar na casa e ouço Chaz dar uma gargalhada alta.

Entramos na casa e eu já fico tímida e inquieta por perceber os olhares dos seguranças no jardim sobre mim, mesmo que eles estivessem de óculos escuros eu percebia eles me assistindo.

Assim que entrei, fiquei me perguntando como seria possível a parte de dentro ser ainda mais bonita que a parte de fora, realmente o bendito tinha uma bom gosto, além de ser exagerado e adorava esbanjar riqueza.

Notei uma mulher simpática e com roupas de empregada se aproximando de nós, acho que era a funcionária.

Ela vai até Chaz sorrindo e despeja um beijo carinhoso em sua bochecha, enquanto ele faz o mesmo só que com um pouco mais de força, esmagando suas bochechas e fazendo a coitada ficar quase sem ar, ela dá um tapa em seu braço fazendo ele a soltar e rir.

E então ela direciona o seu olhar para mim que já fico tímida e sinto minhas bochechas pegando fogo.

— E quem é essa? — ela vem até mim e põe a mão sobre meu ombro.

— Sherilyn, prazer. — falo tentando ser educada e ela sorri mais ainda.

— O prazer é meu, sou Lucy a governanta. — assinto com cabeça enquanto ela me pega de surpresa me dando um abraço apertado e bem receptivo, o qual eu fico alguns segundos processando oque acontecia até abraça-la de volta. Como que alguém tão doce e carinhosa consegue conviver com aquele maldito?

— Namorada nova? — ela me solta e olha para Chaz arqueando as sobrancelhas, enquanto ele ri e eu arregalo os olhos.

— Ah Lucy, você já sabe que eu estou comprometido a ser seu pra sempre, né? Ninguém é dona do meu coração a não ser você, ela é só uma simples amiga, relaxa. — ele brinca e ela fica toda envergonhada.

— Bobo. — ela diz rindo.

— Lucy, faz companhia pra Sheryl enquanto eu procuro alguns documentos e meu celular, está bem?! — ela assente e Chaz some dentre os corredores daquela enorme casa.

— Você é muito bonita! — me elogiou e eu sorri envergonhada.

— Obrigada.

— Desculpe a pergunta, mas... Você e Chaz estão tendo algo sério? — ela disse calmamente e eu vi que ela de alguma forma se preocupava com Chaz, ao ponto de não acreditar no que ele tinha falado.

— Não, como ele disse somos só amigos. — respondi simples e ajeitei a mochila nas costas.

— Tudo bem, achei que vocês estivessem algo a mais, sabe, Chaz não é muito de andar com garotas como você. — ela disse e eu franzi a testa.

— Como assim?

— Não se ofenda ou coisa do tipo, mas nenhum dos garotos aqui costumam andar com meninas como você, certas, de família... entende? — fez uma cara de preocupada e eu assenti, eu sabia do que ela estava falando e não disse aquilo por mal ou com intenção de me ofender, eu sabia que Chaz só se envolvia com vadias e provavelmente os amigos dele são do mesmo jeito, principalmente Justin.

— Eu entendo. — digo e ela assente me dando um sorriso logo com Chaz voltando em seguida.

— Valeu Lucy, a gente já tá indo. — ele dá mais um beijo na bochecha dela e a mesma concorda enquanto ele me puxa denovo para o lado de fora.

Eu e Chaz não conversámos muito durante o caminho até a boate e eu estranho esse fato, pois Chaz geralmente não cala a boca.

— Chaz, o que aconteceu realmente? Por que estamos indo pra essa boate? — pergunto sem conseguir me conter pois realmente não estava entendendo nada.

Ele respira fundo e me olha brevemente antes de falar.

— Sheryl, eu não queria falar disso contigo, sério, fiz de tudo pra evitar mas eu sabia que uma hora ou outra tu ia ter que saber. — ele diz me deixando mais assustada ainda e eu franzo a testa. — Essa boate é do Justin, e ele não tem só essa como várias outras espalhadas pelo país e até fora. Ele é meu chefe. — ele diz e eu o olho sem acreditar.

— Chefe? Chefe de que Chaz? — digo gaguejando sentindo até minha voz tremer e ele suspira mais uma vez passando a mão pelo rosto.

— A gente faz parte do tráfico Sheryl. — ele diz isso e meus olhos só faltam pular pra fora da cabeça junto com as minhas orelhas por eu nem sequer querer ter ouvido aquilo.

— Tráfico? — eu berro dentro do carro horrorizada. — Tráfico Chaz? É sério isso? — digo sentindo meu coração palpitar e até com vontade de abrir a porta e me jogar aqui mesmo. Então é por isso que desconfiei daquele Justin. Sabia que ele não era flor que de cheire. — Por que você nunca me disse isso? — pergunto tentando me acalmar.

— Olha, eu sei que tu tem os teus motivos pra surtar mas nada mudou...

— Nada mudou Chaz? — eu o corto com raiva. — Você é um gangster junto com aqueles outros. — digo colocando a mão no rosto e só me falta chorar. — Eu não acredito que eu sou amiga de um cara que é traficante. — choromingo.

— Viu, é por isso que eu não queria te dizer nada, eu já sabia muito bem que ia atrapalhar a nossa amizade. — ele diz bufando.

— Mas é óbvio que ia. — digo juntando as mãos. — Você faz coisas ilícitas Charles, pelo amor de Deus, como você pode agir tão normalmente com isso. — nego com a cabeça e me assusto mais ainda por perceber que Chaz é uma pessoa tão adorável e divertida mas afinal é um traficante, que ótimo.

— É só questão de costume. — ele dá de ombros e eu reviro os olhos. — Tu também vai se acostumar eu aposto. — ele diz me dando um sorriso confortável e eu sinto vontade de lhe dar um tapa na cara. 

— Sinceramente eu não sei Chaz. — admito cruzando os braços e ele me olha de testa franzida.

— Olha se tu tiver pensando que isso vai mudar algo na tua vida eu garanto que não vai. A gente tem a nossa vida, as nossas coisas e tu também tem as tuas, cada um separado seguindo sua vida normalmente. — ele diz e eu continuo calada sem nem sequer saber oque pensar pois isso é tudo muito irreal pra mim, sinceramente. — Qual é Sheryl, tu é minha amiga porra. — ele diz sorrindo e eu reviro os olhos tentando segurar o sorriso.

— Você também é meu amigo e eu te adoro mas isso é muito pra mim. — digo já mais calma.

— Mas é como eu te disse, é só questão de costume e eu tatuo o teu nome na minha bunda se daqui a pouco tu já não vai mais nem ligar pra isso, vai ser só detalhe. — ele diz divertido e por fim eu rio sem aguentar.


Notas Finais


O que acharam? Deixe seu comentário.
<3


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