História Aquela noite.... - Conhecendo um novo mundo

LUCY ON

Uma semana depois estávamos embarcando para os Estados Unidos, não íamos ficar pouco mais de uma semana lá, mas meu irmão estava tão agitado, o brilho em seus olhos era nítido, então eu só conseguia me perguntar o quão bem aquele lugar fez para ele. Eu estava bem nervosa, qualquer um perceberia. Nunca tinha saído do país, muito menos viajado de avião. Acho que a idéia de "voar" era mais assustadora que o fato de conhecer outro lugar completamente diferente, pessoas diferentes, culturas diferentes, língua diferente! 

- Lucy, relaxa! -minha atenção foi voltada para o Natsu falando gentilmente comigo. 

- Eu tô super tranquila. -falei convencida, e mentirosa claro. 

- Minha mão não sente o mesmo. -reclamou com um sorriso nervoso no rosto. Nem percebi que estava apertando a mão dele. Tenho que parar com essa mania. 

- Desculpa! -soltei rapidamente a mão dele que nem se esforçou para não rir de mim. 

- Calma, meu bem. Não é nem um bicho de sete cabeças. -falou terno tentando me acalmar. Não teve nenhum sucesso, mas agradeço. 

- Não foi isso que você pensou quando se mudou pra lá, Natsu. -Igneel zombou fazendo uma veia saltar da testa do filho. 

- Pai, não se meta! Eu já superei. -desconversou com suas bochechas levemente coradas. Tão fofo, meu nenê! 

- Juvia também está nervosa. Você não, Gray-sama?

- Eu já viajei de avião. É tranquilo. Não se preocupe, ok? 

- Tá bom. -falou depositando um beijo na bochecha do moreno, retribuindo o ato do mesmo. 

- Por que eu tive que acordar cinco da manhã também, sendo que eu nem vou viajar? -Zeref perguntou ainda emburrado por termos feito ele levantar tão cedo. 

- Já expliquei que é pra você levar o carro do Gajeel e do Gray pra casa. -Natsu explicou pela milésima vez, porém naquela calma ignorante dele. 

- Vocês não podiam ter pegado um táxi? 

- A gente tem carro pra quê? Cala a boca, faz seu trabalho direito e não reclama não. -dessa vez ele falou um pouco mais firme e olhando fixamente para o mesmo. 

- Pai, por quê o Natsu tem mais autoridade sobre mim sendo que eu sou mais velho? 

- Ele tem mais autoridade que eu, Zeref. Eu entendo a sua dor. Mas, não sei se me orgulho ou me entristeço com isso. -os dois lamentaram cabisbaixos, não pude evitar de sorrir com a cena. 

- Já fizemos o Check-in. -nos viramos ao escutar a voz do Rogue. -Agora tem que esperar mais umas duas horas. 

Eu acabei cochilando (acho que quase todo mundo fez isso) nesse tempo, mas não demorou tanto, logo estávamos embarcando, e meu Deus! Eu estava muito nervosa. 

- Tomem cuidado, ok? E não se metam em confusão, por favor. Daqui eu não vou poder fazer nada. Aproveitem bastante, mas juízo! Amo vocês! -Igneel falou com seu jeito paterno e maluquinho de ser. Me sinto tão acolhida... 

- Divirtam-se! E tragam lembrancinhas pra mim. Lembrem-se, eu estou com a chave do carro de vocês. -Zeref ameaçou tentando, só tentando, parecer mal. Brincadeira, ele consegue assustar quando quer. 

- Tá bom! Vou trazer um Mickey gigante pra você. Pai, nada de trabalhar até tarde. Qualquer coisa pode ligar pro Jellal ou pra Erza, ok? E nada de ficar sem comer, isso também serve pra você, Zeref. -Natsu falou firme com um tom preocupado. Ele sabia demonstrar quando queria. -Tchau. Se cuidem. 

- Pode deixar. Não esqueça meu Mickey. E traz uma Minnie pra Mavis. 

- Tá, tá! Tchau. 

- Tchau tio Ig!! Se cuidem, e não hesitem em ligar, ok!? Beijos! -Erza gritou, um pouco distante, já que já havia se despedido. Os outros acenaram dizendo algumas coisas. 

Assim que nos acomodamos, ficamos eu e Natsu e do nosso lado, Levy e Gajeel. Se naquela hora eu estava nervosa, nesse momento eu estava duas vezes mais. Não pude evitar de agarrar a mão do Natsu, de novo, e ele mais uma vez não evitou a risada. 

- Não ria de mim! 

- Desculpa. Mas, você é engraçadinha. 

- Não sou! Feio. -agi como uma criança, que vergonha. Mas, ele mereceu. 

- Tá bom, meu amor. Desculpa. -ele pediu carinhoso, com um sorriso de lado. 

                 ~~~~~《》~~~~~

Foi uma viagem bem longa e cansativa, eu realmente não estava sentindo minhas pernas e é uma sensação horrível, mas finalmente tínhamos chegado. Nova York, nosso primeiro destino. Parece que passamos aqui para ver os pais do Rogue, Yukino e Minerva. Depois iremos para a Disney! Finalmente conhecerei a Disney! Já estava quase na hora de descer do avião e o Natsu tava morto do meu lado, como ele consegue dormir nisso? Devia estar parecendo uma assombração, não dormi nada nessas duas últimas noites. 

- Lu-chan, acorda essa preguiça ai, já vamos descer. -Levy pediu com voz sonolenta, tinha acabado de acordar. Ela também nunca tinha andado de avião, mas pra ela foi mais tranquilo que pra mim. Acho que só nós duas que nunca tínhamos viajado assim, ah, e a Juvia. 

- Natsu. Acorda, já chegamos. -chamei calmante enquanto acariciava seus fios róseos. 

- Bate nele, Lu. Assim ele não acorda nunca. 

- Já acordei. -avisou com a voz embargada. Ele é tão fofinho quando acorda. E quando está dormindo. E quando está acordado. Mas, quando acorda ele fica tão fofo. 

- Boa noite. -falei, com cara de idiota provavelmente. 

- Boa dia, meu anjo. Aqui o fuso horário é diferente. -ele me explicou ainda sonolento, mas com um sorriso terno. 

- Uh! É verdade, tinha me esquecido. 

- Certo! Vamos descer né, cambada. Porque, ninguém merece passar doze horas sentado. -Erza falou depois de alguns minutos que o avião havia pousado. 

- Finalmente! Tinha esquecido o quanto isso é cansativo. -meu irmão comentou bocejando em seguida. 

- Né? Acho que essa é a última vez que vou visitar minha casa, da próxima meus pais que tem que ir. Tô velho pra essas coisas. -o moreno brincou se levantando também. 

- Ave Maria, Minerva, pensei que você tivesse morrido. Não acordava nem a pau. -Yukino falou num tom impaciente. 

- Desculpa gente, é que o fato de ter que reencontrar meus pais me cansa. -explicou um tanto entristecida. Parece que seu relacionamento com seus pais nunca foi dos mais agradáveis, e tudo piorou quando ela decidiu que faculdade fazer, já que até hoje eles não apoiam. O pior mesmo foi o fato deles serem contra o namoro dela com o Rogue, mas isso eles foram obrigados à aceitar, assim como as outras coisas, já que ela sempre soube o que quer e nunca desistia disso, mesmo que pra isso tivesse que sair de casa contra a vontade deles. 

- Avisou pra eles que vinhamos, né? -Rogue perguntou querendo uma confirmação, mas recebendo silêncio em resposta. -Minerva... 

- Eu vou falar. Mas, sei lá, preciso mesmo ir lá? Eles vão encher meu saco até não aguentar mais.

- São seus pais, meu amor. 

- Eu sei disso. Mas, eles nem devem lembrar que tem uma filha. -discordou concordando com a cara emburrada, mas levemente entristecida. 

- Pensei que vocês tivessem se falado depois que fomos pro Japão, Minerva. -Yukino interviu como se estivesse julgando a morena. 

- Eu falei. Mas, não é algo rotineiro. -explicou com a mesma expressão de antes. 

- Vamos? -me virei quando escutei a voz do Natsu, que estava parado na minha frente com a mão estendida para me ajudar. Agarrei sua mão e levantei cabanleando um pouco. 

              ~~~~~~《》~~~~~~

Agora já fora do avião esperando por nossas malas, Natsu estava ao telefone com Igneel, Yukino aparentemente falando com sua mãe e Minerva permanecia pensativa. 

- A ração tá na prateleira de cima, idiota! -Natsu tentava explicar pela milésima vez onde se encontravam as coisas dos animais, mas parece que não estava dando muito certo. - Zeref, como é que não tá ai se eu comprei ontem!? Eu não tô doido! 

- Aqui, meu bem. 

- Ah, tava ai o tempo todo. Natsu, a Mavis achou.

- Finalmente! Obrigado, Mavis. E não mexam em mais nada, viu? Tchau. 

- Tchau!! Boa viagem, manda um beijo pra todo mundo!! E não esqueça minha Minnie. 

- Tá bom, tchau. 

- Lucy!!! -me virei e logo senti um peso morto jogado em mim, pra ser mais exata, era o Sting.

- O que houve? -perguntei enquanto brincava com seus fios dourados, aproveitando que estava um pouco maior que ele no momento. 

- Vamos conhecer a Disney! -ele definitivamente é uma criança com um metro e oitenta de altura (chutei. Não faço a menor ideia da altura deles). Mas, é realmente empolgante! 

- Sim, sim! -concordei sorridente. Ainda estava nervosa com tudo isso, era estranho estar em outro país. 

- Então Lu, o que achou da viagem? Eu particularmente gostei bastante, é divertido andar de avião. -a pequena comentou animada.

- Bom, eu não gostei tanto. Me senti um pouco mal, e minhas pernas ainda doem. -respondi fazendo-a rir. -E você, Juvia? 

- Juvia também não gostou muito. -falou com uma cara de reprovação. 

- Vamos? -Yukino chamou, agora todos com suas malas em mãos, nos direcionamos ao táxi que nos esperava lá fora. Resolvemos nos acomodar no condomínio primeiro, antes de ir para a casa dos pais dela. 

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A casa era enorme, os quartos eram super aconchegantes e tinham uma vista linda para o lado de fora. Tivemos que pedir algo para comer, já que não havíamos tido coragem pra ir no mercado ainda. Agora, jogados no chão e no sofá assistindo desenho animado na televisão, buscavamos motivação para ir na casa da mãe da Yukino. 

- Alguém desliga a televisão. -Gajeel falou preguiçoso, pensávamos que ao desligar o aparelho seria motivo para a preguiça passar. Não para Gray, Jellal e Levy que dormiam profundamente. 

- Pronto! -o moreno (Rogue) falou ao alcançar o controle. 

- Coragem gente! Temos que andar pela cidade, assim vamos nos animar. -a ruiva foi positiva, enquanto fazia cafuné na cabeça do namorado chamando-o baixinho. 

- Gray! Acorda, miséria! -o metaleiro chamou delicadamente o amigo. Eu queria entender essas amizades. 

- O que que é, diabo!? Ah. Passeio na cidade, né? 

Depois de uma longa enrolação, fomos nos arrumar e nos colocamos para sair. Fomos à pé mesmo, de acordo com a Yukino não era tão longe e a cidade era realmente agradável para caminhar. Passamos em algumas lojas, dentre elas uma de doces, mas resolvemos comprar na volta. 

Não demorou mais que uns quinze à vinte minutos (contando com nossas paradas) para chegarmos à pequena e bem decorada casa da mãe da albina. Ela tocou a campainha e quando a porta foi aberta revelou-se uma jovem senhora com cabelos longos e acinzentados. Seu sorriso não pôde ser contido e eu senti os órgãos de sua filha serem esmagados com o abraço apertado que ela lhe deu. 

- Por que não me avisou, querida? -reprovou ainda abraçada na mesma. 

- Quis fazer surpresa. Desculpa-me.

- Oh, tudo bem. STING! -ok, não pude deixar de me assustar com o grito que ela deu, mas em seguida sorri com seu jeito. Não era nada parecido com a Yukino.

- SOGRA!!! -ele retribuiu... pensei com uma gota na cabeça. Os dois se abraçaram alegres, acho que ela esqueceu da filha que também encarava a cena sem graça. 

- MINERVA! ROGUE! MEUS EMOS GÓTICOS PREFERIDOS!!! -gritou ao finalmente largar meu irmão. 

Depois dela apresentar cada um de nós, quebrar a costela de um por um, nos empanturrou de comida, estilo comida de vó. Ela era muito legal apesar de ser meio doidinha, mas gostei bastante dela. Sting realmente era rodeado de pessoas maravilhosas. 

Fomos embora já era noite, porque ela insistiu que dormissemos lá, e custou nos deixar ir embora. Pelo que elas nos explicaram, Yukino e seu pai não tinham uma boa relação desde que ela decidiu se mudar já que ele nunca aprovou e nem mesmo se esforçou para se despedir ou desejar uma boa viagem. Nem mesmo acompanha-la no aeroporto ele foi. Mas, sua mãe era ao contrário, já que sua principal preocupação era a felicidade da filha, e ela sempre demonstrou muito carinho pelo Sting, de acordo com ela, sabia que ele a faria feliz e ela não podia impedir isso. 

Na volta, como combinado, passamos na loja de doces, e sério, eu fiquei assustada. Eram doces enormes, e alguns bem estranhos, com sabores peculiares. Mas, como estávamos falando da turma da bagunça, lógico que eles pegaram dos mais estranhos aos mais exóticos e enormes. Alguns nem doces eram! Paramos pra jantar no caminho também, num restaurante italiano. A comida estava uma delícia, e eu já amava a cidade por seu clima agradável. Estava uma época nem fria nem quente, mas de acordo com eles, estava próximo de nevar, ou seja, o clima estava esfriando. Foi um jantar divertido e animado, com eles tudo fica melhor. Voltamos para casa em seguida e resolvemos provar os doces, e meu Deus!

- Tem gosto de tudo, menos de morango! -Gray reclamou enquanto provava um estilo de canudo recheado. 

- EI! Aquelas bolinhas com gostos estranhos. Querem provar? -sim, eles tinham comprado um pacotinho de balinhas que vinham com vários gostos diferentes, sendo eles bons ou horríveis. 

- Eu quero experimentar esse negócio gigante! -Levy falou apontando para um tubo vermelho, que de acordo com a vendedora era uma bala. Qual o nome mesmo? Ah! Um alcazus gigante. Tinha doce em forma de bacon! 

- Até que os famosos Donut's são gostosos. Da vez que eu vim não tive a chance de provar. -Erza comentou se lambuzando toda com o doce. 

- Olha Luce, chocolate em forma de sapo! -Natsu me mostrou sorridente, até ai tudo bem, amo sorriso dele, mas ele simplesmente tacou aquilo na minha boca, eu não estava preparada. Tinha uma textura nojenta, e não tinha gosto de chocolate. 

Terminamos a noite daquele jeito, a maior bagunça. O condomínio que ficamos era muito confortável e as casas eram um pouco afastadas, então não atrapalhamos ninguém. Acho que nem percebemos o quão cansados estávamos quando dormimos ali mesmo, na sala, jogados no chão. Já tinha virado rotina dormir assim. Amanhã nossa aventura continua!