- EU VOU MATAR O NATSU! -a ruiva exclamava enquanto adentrava a sala do rosado.
- Erza! -logo se calou ao ser surpreendida pela azulada menor que agarrava sua perna. -Cadê a Lu?
- Eles não vieram. Foram para o aeroporto. -Jellal informou calmamente.
- Como é!? -porém se assustou quando Igneel surgiu lá de dentro.
- Pois é tio, ele pediu pra avisar pro senhor. Um dos seguranças disse para eles que mais cedo o Jude estava comentando alguma coisa sobre aeroporto às cinco horas, então ele e a Lucy foram pra lá. -o brutamontes explicou vindo logo atrás.
- Cadê a Yukino e o Sting?
- Gray-sama!
- Eles foram atrás deles. A gente pediu pra eles não irem, mas...
- Eu estou indo para o aeroporto. Devo conseguir chegar um pouco depois. -o ruivo avisou agarrando as chaves do carro.
- Nós vamos com você. -a morena exclamou puxando o namorado da frente do computador.
- Vamos!?
- Eu quero ir!! -Erza gritou agarrando o braço da mesma.
- Cuida do meu fone. -mas ela não deu muita importância...
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Lucy e Natsu acabavam de chegar enquanto a baderna acontecia em sua casa.
- Porra! A gente confiou na dica do cara, mas não temos nenhuma pista concreta. Não pensei na possibilidade de ser eng-
- É ela! -a loira exclamou baixo, podem suficiente para tomar a atenção do rosado. Seu olhar era fixo numa loira que permanecia sentada com um carrinho de bebê.
- Lucy... não dá pra ver a criança, não po-
- Essa é a minha tia. Michelle. -seu olhar distante não desviou em nenhum momento, apesar de parecer estar distante em memórias.
- Lucy! Precisamos ir lá. -Natsu a despertou apertando sua cintura. Ela afirmou com a cabeça indo em direção ao banco.
Assim que eles se aproximaram um pouco ela levantou seu olhar se espantando com o que via. Não foi discreto sua surpresa e medo, porém ela evitou movimentos bruscos.
- Com licença, posso ajudá-los? -ao invés disso perguntou suavemente.
- Olá, pode sim. Essa criança, é minha. -a loira apontou sem discrição assustando os dois próximos de si.
- C-como é? Deve haver algum engano. Essa é minha filha.
- Que eu saiba você já está meio velha pra ter filhos, tia Michelle. -como um baque ela se levantou após ser reconhecida.
- S-sai! Sai de perto de mim, os dois! -agarrou a criança se afastando para trás.
- Me entrega ela. Por favor. -em nenhum momento Lucy recuou ou desviou o olhar, claro que isso amendontrava a mais velha.
- Se aproxime mais e eu largo ela. -porém essas palavras lhe fizeram travar. -Eu não sei o que aconteceu entre você e seu pai, mas eu vou entrar naquele avião com essa criança e você nunca mais vai vê-la. -seu tom mudou drasticamente em instantes, passando a ser bem mais seguro e ameaçador.
- Você não tem mais que fazer isso. O Jude foi preso. -Natsu finalmente abriu a boca, porém não surtiu muito efeito.
- Isso não me importa. Justamente por isso eu preciso terminar isso. Por ele! -seu olhar espalhava o rancor e a sede de vingança, que à essa altura já chamava atenção de muitos ali.
- Por fa-
- Lucy!
- Sting? O que você está fazendo aqui? -surpreendeu-se com o irmão, e mesmo se virando rapidamente, Natsu não tirou os olhos da loira em nenhum momento, apesar dela também estar vidrada no recém-chegado.
- Por que eu não viria? -deu uma espiada atrás da irmã entendendo seus motivos. -Oh... era ela então... -logo se direcionou à mulher que permanecia congelada no lugar encarando-o.
- S-Sting. -uma de suas mãos percorreram o rosto do loiro até chegar ao cabelo. Ele apenas retribuiu com um sorriso sem dizer nada. -Como você cresceu. Nem parece mais aquele menino birrento. -Mais uma vez o silenciou foi sua resposta. Não era como se ele odiasse ela, apenas não conseguia expressar com palavras aquele momento.
- Tia, me entrega ela. -pediu estendendo os braços. Por um momento ela exitou, mas em seguida cedeu entregando- lhe a pequenina.
- Sting, me perdoa. Eu sei que nem tudo pode ser apagado, mas me perdoa. -lágrimas escorriam sem parar por seu rosto, enquanto em meio à soluços ela tentava dizer o que sentia naquele momento. -M-me perdoa por ter te batido, por ter gritado com você... por ter ajudado seu pai e ter te afastado da sua mãe e irmã. M-me perdoa.
- Calma tia, eu não guardo rancor de você. Pelo contrário, eu tenho muito a te agradecer. Se não fosse pelas broncas e surras, talvez eu não teria me tornado quem eu sou hoje. Quem pede perdão sou eu pelo trabalho que eu te dei. -seu tom sereno expelia cada vez mais lágrimas da loira.
- Natsu! -eles se viraram e avistaram Igneel de longe acompanhado de policiais.
- Tia-
- Eu me rendo. -adiantou-se acomodando-se num abraço apertado com o sobrinho.
- Tia, se prometer mudar eu posso evitar que seja julgada.
- Não. Eu irei pagar pelos meus pecados, nem que me custem o resto da minha vida. -afirmou se levantando. -Lucy, me perdoe por tudo que fiz. É uma linda menina.
- Não se preocupe tia, e muito obrigada.
- Nee, venham me visitar, ok? -pediu com um terno sorriso antes de ser levada pela polícia. O loiro se levantou e entregou a rosada para o cunhado, recebendo um longo e apertado abraço da irmã em seguida.
- Muito obrigada Sting. Não teriamos conseguido sem você.
- Até parece. -retribuiu com um beijo na testa da mesma. Logo foi para os braços da amada confortar-se de toda a agitação do dia.
- Sting! Yukino! -mas não durou muito já que foram surpreendidos pelo casal de amigos. -Ai, graças à Deus que vocês estão bem. -a morena os envolveu num forte e sufocante abraço, da qual foi necessário pedir que os soltassem.
- Você se preocupa demais Mi. -advertiu a albina brincando com os brincos da morena.
- Aaaaah tá! O problema sou eu agora.
- Ei, muito obrigado. Sem a sua ajuda não teria dado certo. -agradeceu o amigo.
- Tudo bem, não há de quê. E... me desculpa por ter falado aquelas coisas.
- Quem tem que pedir descu-
- Vocês dois vão ficar nessa melação ai mesmo? Depois de putos sete anos de amizade suportando um ao outro e fazendo a gente pagar o pato? -interviu no meio dos dois. -Se beijem logo e alegrem o mundo, vai.
- Sai amor. A Yukino vai te bater.
- Vai nada. Ela apoia também né?
E enquanto os quatro permaneciam nas palhaçadas, Natsu e Lucy conheciam, finalmente, a pequena e mais nova rosada da família.
- Não disse que ela teria seus olhos? -comentou brincando com as bochechas da mesma.
- Pelo menos isso né, porque de resto ela é uma mini Natsu.
- Cadê minha netinha? Dá aqui pro vô, vem morar com o vôvô? Vem? Quem é o vô mais gatão do mundo? -o ruivo brincava após "roubá-la" dos braços do filho, e isso arrancou olhares desiludidos sobre ele.
- Pai... não.
- Aaaaah! Como ela é lindinha! -a albina sussurrou eufórica perto do mais velho.
- Poderia ser mais se tivesse puxado o tio. -afirmou convencido.
- ... Nam. -zombaram.
- Cheguei! Cheguei. Ai, finalmente estão todos bem. -se espantaram com a chegada repentina de Zeref. -Deixa eu ver!? -sua expressão mudou drasticamente ao encontrá-la nos braços do pai.
- Não! Cheguei primeiro.
- Poxa pai, deixa. Eu sou tio.
- Se for assim eu já sou o próximo então.
E assim eles finalizaram a noite, agitados, porém, unidos novamente e com a leve sensação no coração de que tudo estava finalmente acabado.
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