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História Tudo que não posso ver - Dor na alma.


Escrita por: MeganPetry

Notas do Autor


Voltei <3
Queria agradecer a todos que favoritaram essa história, e todos que comentaram no capítulo anterior, vocês não sabem o quanto fico feliz em tê-los como leitores. <3
Bom, e os fantasmas, podem aparecer, ficarei muito feliz.
E esse gato na imagem do capítulo, é ninguém mais ninguém menos que: James Borges <3
Saiba mais sobre ele e sobre a família da nossa personagem favorita, nem preciso dizer quem é?

Capítulo 18 - Dor na alma.


Fanfic / Fanfiction Tudo que não posso ver - Dor na alma.

Pov Fábio Arantes

O domingo estava frio e silencioso, da janela do meu quarto eu podia ver, o céu cinza e as nuvens tristes, como se uma tempestade estivesse prestes a cair, fitei meu celular pela milésima vez naquele dia, ligar ou não ligar, essas dúvidas martelavam em minha cabeça.

- Gina... – sussurrei suspirando.

Ela era a minha melhor amiga, a minha irmã mais nova, aquela que eu podia contar para qualquer situação, e de repente ela diz que está apaixonada por mim? Gina jogou uma bomba em minhas mãos e saiu correndo, me deixando confuso, sim, eu estava confuso.

- E se ela for a garota certa? – Albert meu pai, perguntou escorado na porta, não tínhamos segredos um com o outro, partilhávamos tudo.

- Eu não sei pai, só posso dizer que eu não a veja dessa forma, sabe? Ela era como uma irmã para mim. – falei enquanto encarava a pequena garoa que começava a cair.

- Será porque você simplesmente a via como uma irmã, ou será porque ela não é atraente o bastante pra você? – meu pai perguntou.

- Eu não sei pai, seria mentira se dissesse que a acho atraente ou algo do tipo, mas, também não é como se eu já tivesse reparado nela com olhares maliciosos, isso nunca nem passou pela minha cabeça. – confessei.

- Eu entendo, só não magoe essa garota Fábio, ela esteve do seu lado por tanto tempo, não a deixe ir. – meu pai sorriu fraco antes de sair pela porta.

Respirei pesadamente me sentindo culpado, mas, eu não deveria me sentir assim, certo? Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas, de certa forma, ver Gina indo embora daquela maneira me destruiu por dentro, não gostava de vê-la sofrendo, não gostava de ver ninguém sofrendo, principalmente ela, que esteve ao meu lado durante tanto tempo.

Pov Narradora

Gina estava debruçada sobre a janela, admirando a fina garoa que começava a engrossar aos poucos, a mesma sorriu levemente, ela adorava chuva, desde pequena, gostava de correr pela chuva junto com o irmão mais velho, sorriu ainda mais ao recordar das boas lembranças.

- Gina, abra essa porta, esqueci minhas chaves. – pode ouvir a voz grossa e apressada do pai batendo a porta bruscamente.

Abriu a porta com um sorriso caloroso no rosto, e logo viu o pai e a mãe entrando com suas respectivas bíblias em mãos, estavam voltando de mais um culto, a família Borges era extremamente religiosa, recatada e severa, principalmente Max Borges, o patriarca da família.

- Como foi o culto? – Gina perguntou assim que eles adentraram.

- Maravilhoso como sempre, deveria ter ido conosco querida, o pastor sente falta de você. – Marta falou sorrindo para filha.

- Desculpa mãe, estava indisposta. – Gina disse sorrindo.

- Hum, e seu irmão? Onde está? – Max perguntou enquanto retirava seu paletó e afrouxava a gravata.

- No quarto, o que ele tem? – Gina perguntou preocupada.

- Porque está perguntando isso? – Marta indagou arqueando as sobrancelhas.

- Não sei, ele está estranho, dá pra notar. - Gina disse suspirando.

Max e Marta se entreolharam nervosos, como se escondesse alguma coisa, Gina não era nenhuma cega, ela sabia que estava rolando algo muito sério naquela casa, Max engoliu em seco antes de encarar a filha por alguns segundos.

- Vou falar com o seu irmão. – Max disse frio e subiu as escadas, como se estivesse sendo obrigado a fazer aquilo.

- Não vai me contar o que está havendo? – Gina perguntou cruzando os braços, enquanto encarava a mãe.

- Não está acontecendo nada querida, deixe de besteira. – respondeu a mãe beijando o rosto da filha.

Depois de um certo tempo as duas estavam assistindo TV, Gina tomava uma caneca de chocolate quente, enquanto a chuva lá fora caia fortemente, a garota estranhava o fato da mãe ter colocado a televisão no último volume, aquilo estava quase estourando seus tímpanos, logo sentiu um corpo se jogar ao seu lado no sofá, sorriu ao perceber que era James, Max fez sinal para que Marta abaixasse a TV, e assim ela fez.

- Bom, conte a novidade a sua irmã. – falou o mais velho olhando para o filho encolhido no sofá. – vamos, conte. – insistiu.

- Vou estudar na sua escola, Gina. – James pronunciou baixo encarando o chão, sentindo um nó em sua garganta.

- Mas, porque? Não é você que diz amar a sua escola? – Gina perguntou estranhando, dava pra ver que ele não estava feliz com aquilo.

- As coisas mudaram, seu irmão quer ficar pertinho de você querida, e tenho certeza que você o vigiará muito bem. – Max disse severo sem ao menos encarar o filho.

- Vigia-lo? Porque? O que está acontecendo? – Gina disse se levantando do sofá e encarando os pais, ela estava tensa.

- Nada, já disse. – Marta gritou já perdendo a paciência.

- Quero ouvir isso da boca do meu irmão, me diga James, o que está acontecendo? – falou Gina encarando o irmão, que apenas a olhava sem dizer uma palavra.

- Eu sou um fraco, é isso que está acontecendo. – James resmungou irritado enquanto seguia para o quarto a passas duros.

- James! – a mãe resmungou irritada. – vou falar com ele. – disse ao ter a permissão de Max.

Gina encarou o pai que a encarava sério, sem piscar os olhos, ele estava estranho, parecia que ia explodir a qualquer momento.

- Vou falar com meu irmão. – a garota disse já dando as costas, mas, foi impedida pelo pai que segurou seu pulso.

- Entenda filha, a única coisa que sua família precisa é da sua ajuda, precisamos salvar o seu irmão. – Gina já imaginava sérias doenças só em ouvir a palavra “salvar” sendo pronunciada pelo pai.

- Não posso ajudar se não me contarem o que está acontecendo. – a caçula disse teimosa.

- Tudo bem, só não toque nesse assunto na frente do seu irmão. – Max disse encarando um canto qualquer da sala.

- Porque? – Gina indagou cruzando os braços.

- Gina, seu irmão está... – Max coçou a nuca, como se estivesse procurando a palavra certa. – com problemas psiquiátricos.

- O que? – Gina indagou em choque.

- Ele não está bem, anda tendo crises agressivas na escola, esquece das coisas, conta histórias sem sentidos e sente pontadas na cabeça. – Max falou ainda sem encara-la.

- Como assim? Não estamos tendo uma convivência muito próxima ultimamente, mas, ele sempre me pareceu bem. – Gina sentou no sofá ainda sem conseguir acreditar, segurando as lágrimas.

- Filha, vocês mal se viam ultimamente, é normal não ter percebido. – Max disse acariciando seus cabelos. – Seu irmão está se sentindo inútil, fraco, um lixo, como se uma bomba estivesse prestes a explodir em sua cabeça, entende? James está confuso, por isso não queria tocar no assunto na frente dele. – Max disse calmo, mas, a garota mal prestava atenção nas palavras do pai, apenas se desmanchava em lágrimas.

- Tudo bem, não irei perturba-lo ainda mais com esse assunto. – Gina disse limpando algumas lágrimas com as costas das mãos.

- Agora ele irá estudar na sua escola, estamos o levando a psiquiátricos e ele está apresentando uma melhora, então, resolvi apenas transferi-lo de colégio, temo que se ele ficar sem estudar será muito pior, James se sentiria ainda mais solitário e inútil, contudo, preciso que você o vigie na escola, para que não tenha ataques agressivos, e deve mantê-lo longe de amizades novas, por enquanto. – Max explicou tudo a filha, que ouvia atentamente os conselhos do pai.

- Obrigada pai, por estar dando essa chance ao meu irmão, com certeza seria muito pior tira-lo de vez da escola, então, conte comigo para vigia-lo e protege-lo. – Gina sorriu fraco, ela admirava o amor e cuidado que o pai tinha pelos filhos.

- Que bom que entende querida. – beijou a testa da filha e sorriu. – eu te amo, boa noite.

- Obrigada por ter me contando tudo, eu te amo mais, você é o melhor pai do mundo. – Gina disse o abraçando.

Assim que o pai subiu as escadas a mesma se jogou no sofá, respirando fundo e tentando controlar a sua preocupação, e se James nunca mais voltasse a ser o mesmo? Um aperto surgiu em seu peito, e logo algumas lágrimas dolorosas desceram de seu rosto, seu irmão mais velho era uma das coisas mais importantes que ela tinha na vida, e ela não queria que nada de ruim acontecesse a ele.

Gina se ajoelhou e orou, orou com todo o seu coração, pedindo que James ficasse bem, tudo que ela queria era acordar e ver que aquilo não passava de um pesadelo, queria poder aliviar a dor na sua alma. 


Notas Finais


O que acharam? gostaram? odiaram?
Prometo não sair colocando personagens novos tão cedo, já chega disso, se não vamos acabar nos perdendo no enredo, mas, os gêmeos e James são personagens importantes e necessários, logo vocês entenderão.
Beijos e até o próximo, deixe sua opinião, é muito importante pra mim.


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