♦♠ ♥ ♣
Arlequina.
Como assim por que diabos eu não estou presa?
Não é obvio?
Entre os milhares de motivos, o principal é…
-An,não sei, acho que sou bonita demais para ir para a prisão.-Rebati com sarcasmo.
-Há,há, essa foi boa, boneca.-Jerome começou a rir compulsivamente da minha piadinha,é,reconheço, ele tem certo grau de senso de humor.
-Arlequina.-Jim me repreendeu tomando a frente, mas antes que pudesse falar alguma coisa para a chefia, Harvey reclamou.
-Mas será que dá pra tirar esse moleque daqui?!-Apontou para Valeska.
-Levem-no para o transporte e mantenham ele lá,por enquanto.-A chefe instruiu os policiais.-Agora, deixe-me esclarecer o ponto em questão.
-Faça isso.-Falei ao desviar do ruivo irritadiço, parece que ele não quer ser levado agora.
- Estava verificando as fichas e os historicos do departamento e reparei que o seu historico estava em falta.-Ela acenou para Ed e ele ergueu uma caixa grande e colocou-a na mesa.- Então mandei Nygma me trazer ele e aqui está.
-Ta, qual dessas pastas é?-Harvey questionou.
-Todas.
-O que?!
-A mocinha ai tem uma longa ficha criminal, digna,não de cadeia, mas sim de uma passagem para Arkham.
Engasguei,Arkham?!!!
Eu não quero voltar pra lá!
♦♠ ♥ ♣
Narração Normal.
Gordon abriu uma das pastas e olhou preocupado:
-Deve ser um engano,não havia registros dessas coisas.
-De fato...-Sua chefe começou.-por isso pedi a Edward que organiza-se tudo, ele já tinha montado as informações com base em investigações e elas batem com uma onda de crimes que já passou por Gotham City.
Arlequina deu um olhar a Edward:
-Seu traidor.
-Por favor, me deixe explicar o que...-Ele foi interrompido por Essen.
-Não há necessidade senhor Nygma,ela é que tem coisas a explicar.-Pegou uma das pastas e começou a ler.- Explosão de uma corte judicial há quatro anos, quase quatro mil mortos e cem feridos.
-Em minha defesa, isso foi um erro de calculo, estava escuro no prédio ao lado e eu precisava fazer uma ligação, como é que u ia saber que tinha pegado um acionador de bomba?-Josie cruzou os braços com indignação recebendo um olhar descrente de todos, exceto Ed que estava muito ocupado com o peso da culpa.-E outra,eu não implantei a bomba,apenas acabei parando no crime de outra pessoa.
Essen continuou a leitura:
-Roubo de cofre blindado no banco com direito a treze reféns.
-Tinha policias de mais,distrações são bem-vindas.
-Assalto a uma joalheria,as joias estão desaparecidas até hoje.
-Eu faço serviços para algumas pessoas, o que elas fazem com a mercadoria não é meu problema. E se pesquisar direito vai perceber que boa parte dos crimes ai não foram diretamente culpa minha.
-Detetives.-Um policial veio com um papel.-Comunicado urgente,parece que encontraram o corpo de um vendedor de cachorro-quente,testemunhas descreveram a suspeita como uma garota jovem,de cabelos pretos e vermelhos.
Nessa,as pessoas olham para Queen e a mesma suspira:
-Ta,esse foi diretamente minha culpa.
A cena muda e vemos Jerome dentro da vã que o conduzirá a Arkham,a porta se abre e Arlequina é empurrada pra dentro sobre protestos:
-Ai, devagar com a dor!-Ela bufa e olha para o lado só para dar de cara com ruivo.
-Oi linda!
-Argh!-A outra revira os olhos e vira a cabeça para janela.
Jim se aproxima do veículo:
-Olha, vamos tirar essa história a limpo e verificar se realmente todas essas informações são verdadeiras, afinal,tem pastas de sobra.
-Só me faça um favor.
-Qual?
-Não contra pro pudim.
Gordon encarou-a lembrando que,de fato,ela inda morava com jovem Wayne,então ele ia precisar de uma desculpa:
-Certo,só me prometa que vai cooperar com o pessoal do asilo.
-É uma piada,é? Tenho planos pra escapar de lá ainda hoje.
-Agora isso sim é piada.-Harvey veio se despedir.- Arkham é um lugar difícil de driblar.
-Veremos.-Arlequina viu o motorista girar a chave.-Bom, acho que é um adeus, Jimmy,Harv...A gente se esbarra.-E o veículo começou a se mover.
Os detetive observaram a vã se distanciar durante um alguns segundos antes de darem meia volta,enquanto iam na direção da entrada avistaram Nygma na porta e Harvey não deixou passar batido:
-Mandou bem Ed, mandou muito bem.-Puro sarcasmo detectado.
Edward engoliu a seco, ele era um homem-morto.
A viagem até o asilo não era muito longa,mas boa parte do tempo tornou-se silenciosa e entediante para Valeska...
-Então linda...-Jerome começou.- Como é que você veio parar aqui?
-Não é da sua conta,garoto de circo.-Arlequina rebateu.
-Tsc tsc!-Valeska balançou a cabeça em sinal de desaprovação.- Não deveria me tratar assim,boneca,eu posso estar algemado...-Se aproximou dela no banco.-Mas ainda posso fazer um estrago.
-Ah é?Então imagine o que eu posso fazer com as mãos livres.-Ela ergueu as duas e de fato,sem algemas.
Jerome riu,um riso mais calmo:
-É,eu gosto do seu senso de humor.
-Bom,reconheço que você não é ruim.-Com essa, o rapaz parecia estar satisfeito.-Pena que seu cabelo é horroroso.
-O que?!-Jerome olhou indignado.-Não tem nada de errado com o meu cabelo!
-Por favor,com esse penteado de ``bom moço´´,não vai durar cinco minutos em Arkham.-Arlequina se recompôs assim que o veiculo parou.-Olha só,acho que chegamos.
A porta se abriu e ela saltou para fora, Jerome ia ser retirado pelo outro lado, já que graças as algemas, ia precisar de uma ajudinha.
-Meu cabelo não é tão ruim assim.-Ele sussurrou antes de ser puxado por trás.
E aqui estamos nós, asilo Arkham, com seus portões negros que parecem tirados de um cemitério e os prédios em uma tonalidade café, apenas por fora pois por dentro eles variam entre cinza e branco. Uma vez que adentraram o prédio, quatro doutores se aproximaram:
-Ora,ora,o que temos aqui.-Um deles examinou Queen da cabeça aos pés.-Parece que alguém teve uma recaída,não é senhorita Queen?
-Dr. Strange.-Josie rebateu de forma seca.
-Não se preocupe,minha cara, em breve estará curada novamente, você e seu...-Avalia Valeska- Amigo?
-Namorado.-Jerome rebate.
-Colega de vã.-Arlequina corrigiu.
-Não importa, serão escoltados para a sala de espera.-Strange fez sinal para os guardas.
Valeska piscou com curiosidade, ele tentou ficar lado a lado com a menina para questionar:
-O que é a sala de espera?
-Eu diria que é a sala mais agradável daqui.-A outra respondeu.
A sala de espera, nada mais era do que uma cela de prisão semelhante a que tem no DPGC,mais como uma jaula de zoológico.
-Se essa é a mais confortável,não quero nem ver as outras.-Jerome comentou assim que foi jogado pra dentro da mesma.
-É só temporário.-Arlequina continuou.- Quando o departamento de policia terminar de mandar nossos dados atualizados, eles vão nos tirar daqui e fazer o que quiserem conosco,é assim que funciona.
Poucos minutos depois uma mulher,carregando uma prancheta,abre a cela:
-Jerome Valeska?
-Presente.-Jerome fala com falso entusiasmo.
-Aqui diz que você matou sua mãe.
O ruivo revirou os olhos:
-Eu vou ter que explicar essa história de novo?
-Não se preocupe, você tera bastante tempo,por hora você vai colocar seu novo uniforme e depois,vamos para terapia.
-Qual terapia?-Arlequina questionou.
-A de choque.-A mulher respondeu fazendo a menina contorcer a face uma careta.
-Não se preocupe ``babe´´,eu aguento.-Jerome foi tirado da cela pelos guardas com um sorriso confiante.
-Iludido.-Arlequina zombou.
-Senhorita Queen...-A doutora chamou.-Sua ficha ainda está sendo elaborada, parece que o DPGC está com problemas para organizar as informações.
-Tudo bem,não estou reclamando.-A outra sorriu.
Porem, ela começou a se sentir agoniada quando o atraso de prolongou por umas três horas, o departamento precisava começar a ficha do zero já que Arlequina não tinha muitos documentos disponíveis.
Finalmente, a moça retornou:
-Senhorita, venha comigo, você vai receber seu uniforme e depois te encaminharemos para a sua cela.
O uniforme não era menos monótono que as paredes, listras pretas e brancas.
-Minha roupa ainda é melhor.-Josie se olhou no espelho, ela estava vestindo uma calça longa, com uma camiseta branca por baixo da jaqueta listrada.
Depois ela foi guiada para o andar das celas,conforme passava por algumas das portas de metal, alguns pacientes a reconheciam e diziam ``oi´´.
-Aqui está sua cela.-O guarda disse ao abria a porta da mesma.-Entre.-E assim que a menina o fez,ele trancou a cela e se retirou.
Arlequina olhou em volta, do lado esquerdo havia uma parde de tijolos, que fazia a separação desse bloco pro outro, do lado direito havia uma parede de metal com a saída de ar e um gancho, atrás a cama pendurada na parede com um colchão, um travesseiro e uma coberta.
-Não tá ruim.-Ela parou para examinar a saida de ar por um segundo.-Não mesmo.-Quando virou-se novamente deu um salto, na parde de tijolos havia um buraco e nesse buraco dava para ver nitidamente a face de Jerome Valeska com sua expressão maniaca sorridente.- Mas que diabos?!
-Oi linda.-Ele riu.
- Vai me dizer que você fez isso?
-Nan,já estava assim quando eu cheguei, na verdade estava atrás de um quadro mas, vejam só…-Ele ergueu um trapilho pequeno de madeira e papel.-Eu meio que quebrei.-E o arremessou por detrás dos ombros.- Então,eu já procurei os tijolos na minha cela e não estão aqui.
A outra olhou em volta, no chão e avistou os tijolos, curiosamente, eles estavam grudados fazendo a parde parecer um quebra-cabeça prestes a ser completado pela última peça restante.
-Interessante.-Josette sorriu de lado até que ouviu um pigarreio. Ela ergueu a cabeça para ver o garoto olhando-a com um olhar ansioso e um sorriso fechado que ia de orelha a orelha.- O que?
-Não notou nada de diferente em mim?
-Ahh...não.
O sorriso do outro caiu:
-O cabelo.
-Cabelo?-Ela o analisou, de fato, houve uma mudança
Antes da terapia de choque, a qual deixou Jerome Valeska desnorteado por uma hora, cortaram um pouco do cabelo dele e o garoto se viu obrigado a fazer algo para corrigir as falhas dos guardas, então ele penteou a franja para trás deixando um fio solto no olho.
-Fala serio.-O ruivo revirou os olhos.
- Foi uma mudança puramente cosmética ou obrigatória?
- Aqueles vermes patéticos estragaram o meu cabelo.-Ele rosnou por um instante antes voltar ao jeito meio infantil.-Então eu tive de fazer alguma coisa,agora, o X da questão,como ficou?Merece um tiro?-E sorriu apontando para a própria cabeça.
-Com certeza.-Arlequina respondeu de forma meio sarcástica, mas o outro ignorou fingindo que sua mão era uma pistola e ``atirou´´ na própria cabeça antes de rir descontroladamente. - Ah que ótimo, meu vizinho é uma hiena.-A menina se apressou em coloca a peça de tijolos no buraco, mas houve protestos.
-Arlequina, não faça...!-Jerome foi barrado, ele tentou empurra a peça de volta mas não funcionou.-Arlequina!!!
♦♠ ♥ ♣
Arlequina.
A terapia de choque surtiu efeito, ele está rindo com mais frequência e está mais violento.
-Arlequina!!!- Valeska estava, praticamente, tentando derrubar a parede.
Olhei para a peça que encachei, a pessoa que fez essa proeza era esperta, a peça tinha um tijolo a mais grudado atrás dela como suporte, se eu puxar o buraco volta e o meu vizinho indesejado também, mas ele não pode empurrar de volta porque os tijolos, praticamente, grudam quando encaixados.
♦♠ ♥ ♣
Narração Normal.
Jerome continuou chamando por ela por um bom tempo, mas o cansaço venceu. Ele ficou jogado no canto da parede, com os olhos fechados, perdido nos delírios da sua cabeça, ou, como ele prefere chamar, `` as vozes´´. Elas falam tantas coisas, ``matar´´,``prostituta´´, `` dor´´, ``garota``, ``Arlequina´´…
-Arlequina!!!-Ele gritou mais uma vez.
-Que é?!!!-Ela aparece na pequena janela na porta de metal da cela e o menino dá um salto.
-O que..?O que você está fazendo ai?
-Voltando pra cela dela.-O guarda falou,aparentemente ele estava abrindo a porta.-A danadinha escapou, sorte que o detetive Gordon a mandou de volta.
-Infelizmente.-Arlequina voltou pra sua cela.
O guarda se retirou e Jerome bateu na parede:
-Como?!
-Como o que?-A menina abriu o buraco novamente, e pra ele foi um alívio.
-Como você escapou?
-Segredo profissional.-Ela voltou a privar Jerome de ver sua face e ele voltou a gritar por ela.
-Abre!!!Arlequina!!! Sua va...-Ele parou aover sua própria cela sendo aberta.
-Senhor Valeska, hora da terapia.
-SAI DAQUI!-Ele arremessou a primeira coisa que encontrou, um travesseiro.
Os médicos o pegaram e o levaram a força.
-ME SOLTEM!ELA TEM QUE FALAR COMIGO!ELA TEM!ARLEQUINA!
Josette fez o seu melhor para tapar os ouvidos, sabia que dali pra frente só ia piorar.
Os dias no Asilo foram seguindo, a cada dois dias a menina escapava e por mais que tentassem, não conseguiam descobrir por onde ela saia. Jerome parou de falar com ela,ele fava sozinho, sobre ela, sobre o circo e coisas sem sentido, embora ele fosse considerado bem resistente, cada terapia deixava sua sequela.
Mas era assim que tinha de ser,não é? A busca pela ``cura.´´
Um dia,Josie estava de cabeça pra baixo, pendurada nos lençóis da cama que,por sua vez,estavam amarrados no gancho da parede metal. Ela parecia estar dormindo,mas batidas na porta revelaram o contrario:
-Que é?
-Tem visita.
-Visitas?
-Alguém intitulado Edward Nygma.
Naquele momento, ela despencou.
A cena muda e temos um ``close´´ na face de Nygma,ele dá uma risadinha nervosa antes de começar a falar:
-Então…Como é que você tá?
-Como você acha?- Em seguida vemos Josie fazendo careta com os braços e pernas cruzados.
- V-você parece,hum,bem.-Ele sorriu.
Arlequina bateu s mãos na mesa assustando-o:
-EU ESTOU EM UM ASILO,EDWARD! -Ela baixou o tom.-Como isso foi acontecer?-E deu um sorriso maniaco,muito parecido com o de Valeska.
-Me desculpa tá?!Eu tentei te ajudar,eu ia...-Nygma fez uma pausa antes de sussurrar.- Eu ia adulterar o seu histórico.
-E?
-E não deu certo porque a chefe não me deu tempo, ela simplesmente disse ``eu quero agora´´ e depois ainda foi conferir se eu estava fazendo, tem que acreditar em mim, por favor.
Queen suspirou:
-Tudo bem, eu...eu acredito em você.
Ed suspirou:
-Obrigado.
-Mas eu ainda vou te cobrar por isso,`` Daddy´´.
Nygma corou e ela sorriu satisfeita antes de encerrar a visita.
Josie fez seu caminho pelo corredor principal., rumo ao corredor das celas,quando uma doutora a parou:
-Hey, você!
-Eu não fiz nada!-A menina se ergueu as mãos.
-Você é a intitulada, ``Arlequina´´?
- Sou, por que?
-Então conhece Jerome Valeska.
-Eu não tenho nada com esse cara.
-Não importa,precisamos da sua ajuda,Jerome conseguiu passar pelos guardas e se trancou em um dos quartos acolchoados.
-Não era suposto para quarto acolchoado ser trancado apenas por fora?Como ele se trancou por dentro?
-O quarto não era acolchoado antes,estava em processo de transformação,a porta ainda não foi mudada.
-Eu mereço!-Josette bateu a mão na testa.-Mostre o caminho.
Não foi difícil encontrar a porta, havia guardas reunidos em volta dela,inclusive,um deles tentava arrombar a porta.
-Saia dai!-Arlequina o empurrou.
-Essa é a garota?-O homem perguntou para a doutora que acenou positivamente.
Enquanto isso,Arlequina bateu com força na porta:
-Ruivo!!!
A face de Jerome apareceu no vidro, ele tinha aquele sorriso psicótico e assim que a viu,bateu com tudo a cabeça no vidro da porta rachando-o.
-Ora, ora,senhoras e senhores,Arlequina!Cansou de me ignorar boneca?
A menina rosnou e imitou o gesto dele apara com o vidro,dessa vez,o vidro quebrou e as testas deles ficaram praticamente coladas uma na outra enquanto o sangue escorria:
-Abra essa porta,Jerome.
O barulho da chave sendo colocada na fechadura fez os ouvidos dos guardas se animarem,mas ele ainda era Jerome Valeska,então soltou a mão do objeto e ergueu no ar como se tivesse tido uma ideia:
-Espera!Espera!O que eu ganho com isso?
-E o que você quer?
-Tantas coisas,que tal,pra começar,um beijinho de desculpas?
-Desculpas?-A menina arqueou uma sobrancelha.
-Ignorar as pessoas não é legal, linda, isso pode te render consequências no futuro.
-Tudo bem, mas é melhor você cumprir a sua parte ou eu juro que derrubo essa porta em cima de você.
Valeska sorriu e finalmente destrancou a fechadura, grande erro, ele não conseguiu cobrar seu prêmio, assim que colocou os pés para fora, os guardas o afastaram dela, ele gritou, chutou, mas acabou recebendo uma dose de alguma droga bem no meio do pescoço e apagou.
-Trouxa.-Arlequina zombou, mas infelizmente, ela também acabou recebendo uma dose no ombro.
Eles foram deslocados para suas respectivas celas e lá permaneceriam inconscientes, ao menos enquanto a droga estiver fazendo efeito.
Mais alguns dias se passaram e as coisas ficaram mais agradáveis para Jerome, parece que os doutores tinham perdido o interesse nele, ao menos as terapias diminuíram.
-Linda!-Ele sorriu ao ver Arlequina sendo escoltada com algemas de pressão.-Deixe-me adivinhar,te pegaram de novo.
Ela sorriu dando de ombros e ele riu.
-Sem colher de chá para você.-A guarda empurrou-a para a dentro do bloco,mas não retirou as algemas de pressão.-Dr. Strange disse que você vai ficar de castigo por um tempo, aproveite.-E caiu fora.
♦♠ ♥ ♣
Arlequina.
Suspirei.
-Algemas de pressão,serio?-Escutei batidas familiares.-Já vai.-Olhei para a peça na parede e depois para meus pulsos.-Vai demorar um pouquinho.
Sabem o que dizem,se não tem as mãos,use os pés.
-Diabos!-Com dificuldade,empurrei aquela bagaça.
-Parece que você está meio presa ai.-Aquela risada maníaca familiar...Sim,já me acostumei.-Olha só pra essa belezinha, adoraria usar pra brincar.-Me deu um olhar sugestivo.
-Tire esses pensamentos da sua cabeça, cérebro de passarinho.
-Hey,quer ouvir uma piada?!
-Eu tenho escolha?
-Não,até porque não tem mais como você erguer a peça de tijolos do chão com as mãos presas,não é?
- Estou ouvindo garoto de circo, estou ouvindo...
E assim que a relação deles começou.
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