Meu nome é Hiko. Não tenho clã e nem me lembro de alguma família, a não ser minha oba-san. Ela me encontrou quando eu ainda era um bebê. Fui deixada na porta de sua humilde casinha, num lugar escondido entre Konoha e Sunagakure.
Meus dias costumam ser sempre um tédio, gosto de passar o tempo treinando artes marciais que minha oba-san me ensinou. Tenho outras habilidades, mas não gosto muito de mostrá-las, não quero nenhuma aldeia me procurando.
*BOOOOOOM*
_HM? Ele voltou! – Pensei com meus olhos voltados pro céu, onde pude ver um pouco de fumaça.
Corri até o possível local do ocorrido, porém me escondi ao vê-lo ali. Passo meus dias esperando que ele apareça novamente. A imagem dele não sai nunca dos meus pensamentos.
Permaneci atrás de um arbusto aguardando a fumaça dissipar e pude ver aqueles olhos, aah aqueles olhos.
Senti meu coração acelerar e minhas mãos suarem levemente.
Algumas vezes mas ultimas semanas, um homem vem nas redondezas e ele sempre fica explodindo coisas, adoro assistir.
_Quem será ele? – Pensei comigo mesma sem deixar de acompanhar seus movimentos.
Ele usava uma camisa branca sem mangas, uma calça preta até metade da canela.
Cabelos loiros amarrados em um quase rabo de cavalo, mas ainda meio soltos. Uma franja encobria metade do seu rosto, porém o vento o balançava mostrando completamente aqueles lindos traços.
E aqueles olhos azuis.
Meu coração parecia que pararia de exaustão por bater tão depressa. Já sabia decor cada pedaço daquele homem, que parecia mais uma obra de arte.
Continuei a observá-lo, ele fazia pequenas esculturas de argila e com um simples sinal de mão as fazia explodir, como um mestre no que fazia, tudo milimetricamente calculado. Suas mãos pareciam ter uma espécie de boca, por onde ele preparava a argila antes de moldá-la.
A sensação de ver aquelas esculturas explodindo, sempre faz com que meu coração bata ainda mais depressa.
- Isso é incrível! – Deixei com que as palavras escapassem da minha boca.
_Ele está olhando pra cá? – Tive a impressão de vê-lo virar em minha direção.
Acho que me deixei descobrir dessa vez.
- Você não devia espiar os outros dessa forma, hm. – Ouvi uma voz baixa falar ao meu ouvido
- Como ele chegou aqui tão depressa? – Pensei um pouco assustada.
Virei-me rapidamente, agora sendo encarada tão de perto por aqueles olhos, ah aqueles olhos.
Não consegui pronunciar uma simples palavra, e involuntariamente (ou nem tanto assim)... apenas suspirei.
Ele continuou a me olhar, porém um pouco confuso. Levantou-se e se virou para ir embora. Não pude evitar minha ação seguinte.
- Espere... – Falei baixo até demais enquanto segurava seu pulso.
Ele se virou, voltando a me olhar.
- Me-e mo-o-stre.. – droga estou gaguejando – mais do que vo-você estava fazendo, é tão majestoso. Sempre assisto você fazendo isso quando está por aqui. – Minhas ultimas palavras quase não saíram.
Ele fatalmente percebeu o quão nervosa eu estava e se abaixou se aproximando de mim.
- Sempre? eu sabia que sentia uma presença por aqui. Hm ... Você gosta? – Perguntou como se pudesse olhar dentro da minha alma com um olhar meio maluco psicótico. Era lindo.
Apenas sacudi minha cabeça positivamente.
Ele sorriu.. aah, que sorriso.
Voltou para onde estava e continuou o que fazia, com calma e maestria. Meus olhos estavam vidrados em cada um de seus movimentos.
De repente ele parou,.
- .. isso é suficiente por hoje. hm. – Ele disse, fazendo com que uma pequena escultura de pássaro virasse algo grandioso onde ele subiu.
- Espera, por favor.. – Falei sem gaguejar dessa vez. – Me leve com você.
Estava extasiada. Eu já pertencia à ele antes mesmo dele descobrir minha existência. E eu sequer sabia seu nome.
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