Ele sorriu, virou-se para mim novamente e disse:
- Te levar comigo? Por que eu faria is- Não o deixei terminar.
- Eu posso ser útil para você, tenho algumas habilidades que podem te ajudar.. por favor, eu farei tudo que você ma-mandar. – Falei baixo novamente percebendo de quantas formas isso poderia ser interpretado.
- Tudo que eu mandar? hm – Disse ele levantando uma das sobrancelhas ao me olhar.
Balancei a cabeça positivamente.
- Okay, que seja. Sobe aí. – Disse ele, sério, se virando de costas pra mim.
Durante todo o percurso para um lugar que não sei bem onde fica, ficamos em silêncio.
Eu estava internamente apavorada.
_ O que eu estou fazendo? Ele pode me matar a qualquer momento.
- É aqui, chegamos. – Ele disse apontando para uma instalação bem discreta no meio do nada.
Ao descermos, ele parou por um minuto e se virou para mim.
- Por que você quis vir comigo? – Ele perguntou sério e soou um pouco desconfiado.
- Eu.. não.. sei. – Eu realmente não sabia.
- Não sabe? Hm.. – Ele pareceu um pouco nervoso com a minha resposta. – Como não sabe? Eu não pensei sobre isso, mas agora penso que você pode estar tentando obter informações.
- Eu não sei ao certo, mas aquilo que você fazia quando estava na floresta, era incrível. Minha vida não tem muito significado se eu apenas ficar ali naquele lugar onde a única coisa que me da emoção é a chegada de um estranho com explosões...quero ver mais e sentir mais.. Ah, e a única informação que eu gostaria nesse momento é saber seu nome.. – falei cabisbaixa.
- Hm.. bom de qualquer forma, se você estiver planejando algo, saiba que eu te matarei como um inseto. – Com um tom prepotente até demais – e meu nome é Deidara.
- Hai! Deidara-sama. Espero conquistar sua confiança e te servir bem. – Falei reverenciando-me brevemente.
Ele sorriu de canto, pareceu gostar do que eu disse.
- Deidara-sama? Gosto disso.. Okay, vamos entrando então. Ah, e já aviso.. moro com um pessoal meio esquisito, então não se assuste. – E deu um leve sorriso por um canto da boca.
- Hai! – Sorri.
Ao adentrar, me deparei com uma sala grande que possuía um sofá bem ao centro, onde estavam 4 homens conversando. Deidara ao entrar, já se pronunciou.
- Esta aqui é .. – ele pausou brevemente me olhando, lembrando-se de não ter perguntado meu nome.
Falei baixo só pra ele ouvir – Hiko...
- Hiko.. e ela vai ficar por aqui. – Ele disse um pouco sério parecendo tentar intimidar.
Um dos homens se pronunciou rindo
- É outra de suas vadias Deidara? – Riu alto sendo acompanhado pelos demais na sala que pareciam estar bebendo.
Outra de suas vadias? Será que ele é desse tipo? Acho que é muito cedo para eu me incomodar com algo, afinal agora ele é só meu mestre, nada além disso. FOCO Hiko.
Deidara revirou os olhos ignorando o que aquele homem azul (sim, ele era azul) havia dito, pegando em meu pulso e me levando para seu quarto.
- Não liga pro Kisame, ele não é tão ruim quando está sóbrio. Isso é tudo influencia do Itachi, você vai conhecer ele, ele não é nada agradável.
- Daijoubu Deidara-sama, não há motivos para se incomodar com isso. – Sorri carinhosamente.
- Eu vi que você não trouxe sequer uma mochila, pegue alguma coisa aqui no armário pra você se vestir, o banheiro é ali se quiser tomar um banho. – Apontou para a porta no fundo do grande quarto.
- Não há nada que eu possa fazer pelo mestre? Caso contrário, sou inútil ao senhor, Deidara-sama. – Falei novamente com a cabeça baixa.
- Ahn.. - Falou deitando-se na cama – Eu não preciso de nada. Só tome um banho e não me amole. – Falou deitando de costas para mim.
Não respondi, apenas fiz o que ele me pediu.
Fui até o armário, peguei uma camiseta longa.. serviria como um vestido. Acho que não ficaria ruim.
Tomei um banho não muito demorado, me sequei, coloquei a camiseta e ficou um pouco mais curto do que eu esperava mas tudo bem, tenho pernas bonitas então não ficou nada mal.
Saí do banheiro e ele estava sentado na cama apoiando as costas na cabeceira, com uma perna dobrada e a outra esticada olhando pela janela que havia ao lado da cama. Ele estava lindo, parecia pensar em algo seriamente. Quando notou minha presença, voltou seu olhar para mim.
Eu esperava que ele estivesse dormindo, portanto fiquei levemente corada ao vê-lo. Isso foi muito involuntário.
- Isso está errado, as pessoas devem ser livres, não servir umas as outras. Eu não deveria ter trago você comigo. – Falou novamente olhando pra janela.
Por um momento fiquei sem reação, eu não queria ir embora, eu não queria sair de perto dele. Queria olhá-lo um pouco mais e por um momento posso jurar que senti vontade de tocá-lo.
- Mas você não me obrigou, eu te pedi que me trouxesse com você. Sou livre pra fazer a escolha de permanecer perto de você, não sou? – Me aproximei dois passos até que seus olhos me encontraram e pareciam cheios de fúria, com isso parei de me aproximar., levando uma de minhas mãos até meu rosto, um pouco assustada.
Ele se levantou me segurou pelos ombro e me encostou na parede me olhando severamente.
- Você nem ao menos sabe o porquê de ter escolhido isso. Especulas coisa mais nem sabe dizer exatamente o que quer. – disse apertando ainda mais meus ombros me olhando nos olhos.
Um lágrima escorreu dos meus olhos.
- Você está me machucando. – Falei desviando meu olhar do seu, olhando para baixo. – Eu não sei o que eu quero, não sei por que estou aqui, mas eu não quero ter que te esperar aparecer novamente só pra sentir o que eu sinto quando olho você e suas artes. – Falei firme, pela primeira vez.
Ele soltou levemente meus braços, abaixando a cabeça.
- O que há de errado com você? O que você viu em mim? Se eu fosse alguém da qual as pessoas gostassem de ficar perto, eu teria mais gente a minha volta, não teria? hm - Voltou a me olhar, como se aguardasse minha resposta.
Eu não tinha resposta para aquela pergunta, um pouco retórica eu diria.
- Só.. não me mande embora. – Permaneci olhando para o chão.
Ele soltou meus braços, levou sua mão até meu queixo, seu toque em meu rosto me fez gelar. Levantou meu rosto para que eu o olhasse novamente.
- Espero que saiba o que está fazendo. – Falou pesadamente.
Balancei a cabeça vagarosamente em sinal positivo.
- Você pode dormir ali – Falou apontando para um sofá ao canto do quarto –.. ou aqui – Apontou para a própria cama rindo com um ar pervertido.
Corei violentamente abaixando a cabeça e andando depressa até o sofá.
- Aqui esta o-otimo Dei-idara-sama. – Falei um tanto quanto envergonhada com o pequeno momento.
Ele riu gostosamente, aquilo foi incrível.
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