História Arte são seus olhos azuis. - Felicidade.

Aguardamos a alta do médico e voltamos para a casa.

Chegando lá, ao adentrarmos, fui recebida por Sakura quase em desespero.

- Me desculpa Hiko, eu não consegui proteger você – ela disse começando a chorar

- Ta tudo bem querida, não se preocupe mais com isso. – falei a abraçando

Olhei pela sala e todos estavam lá, sorrindo para mim. Um por um eles vieram e me abraçaram, felizes por eu estar bem e por Deidara também estar bem.

- Mano, eu nem vi quando você desapareceu, só fomos dar falta depois já que não estávamos ouvindo você tagarelar.. – falou Hidan rindo em seguida

- Ya! Baka! – Deidara esbravejou, rindo em seguida também.

No fundo sentado ao lado de Pain, estava Itachi de cabeça baixa.

- Okay, vamos aos finalmentes... – falou Deidara – Mas que porra aconteceu Itachi? – ele falou meio nervoso

- C-Calma, eu vou explicar tudo.. – Itachi começou falando baixo.  – Eu saí em uma missão no dia em que a Hiko chegou aqui, eu passei em uma loja de doces antes de voltar para cá, e encontrei com uma mulher, a Kurotsuchi, eu não sabia quem era ela afinal eu nunca fui muito próximo de você Deidara. Ela puxou conversa comigo e eu apenas a ignorei e sai andando. Me lembro de ter mordido o doce que eu comprei e depois não me lembro de mais nada até acordar naquela fábrica. Hiko colocou um selo em minhas costas que a permitia me controlar sem que eu pudesse agir em consciência, apenas seguir suas ordens. Eu tentei me livrar daquilo de todo jeito, mas não consegui. Não até ouvir a Hiko gritar, eu consegui retomar meu corpo por um momento e pedi ajuda, e graças a essa liberação de selo que o Pain ensina pra todo mundo e que a gente nunca presta atenção – ele falou sorrindo fraco para o amigo – ela conseguiu quebrar aquilo. Eu nem sei dizer o quão arrependido eu me sinto, mesmo não tendo feito por vontade própria, mas ainda assim eu tenho as memorias. – ele abaixou a cabeça – Hiko, eu jamais machucaria você, a gente por fim nem se conhece direito, mas eu não te machucaria daquela forma nem a qualquer pessoa. Eu nem sei se dá pra desculpar coisas assim mas preciso pedir que me perdoe. – ele falou me olhando, levou as mãos até os cabelos e abaixando a cabeça novamente.

Me aproximei dele e toquei em seu queixo o fazendo olhar pra mim.

-  Eu não sei do que você está falando, só me lembro de você ter salvado nossas vidas a pouco tempo. – falei piscando um olho pra ele e sorrindo gentil

Deidara abraçou o próprio corpo e olhou Itachi, com um sorriso de lado.

Itachi usou seu Sharingan em Kurotsuchi e garantiu que a fez sofrer bastante, Pain apenas se livrou do que restou se é que me entende.

- okay! Agora tem uma mulher grávida aqui com muita fome e vai ficar muito nervosa se não comer nada em alguns minutos! – falei alto fazendo todos soltarem gargalhadas

Fomos todos para a cozinha, comemos e conversamos sobre um monte de coisas. Aquela casa nunca esteve em tanto alvoroço.

~*~ Algumas semanas depois..

- DEIDARAAAAAAAAAAAAAA – gritei

- Oi, Hiko, oi.. -  ele apareceu na porta do banheiro – o que foi?

- O QUE VOCÊ ACHAAAAAAA-AHH – gritei de dor

- Eh? Ah.. AHHH! Ai meu Deus, tá calma.. eu sei o que fazer – ele correu pra porta

- SAKURAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!  - ele gritou e ela veio quase que correndo

- Está na hora? – ela já tinha os olhos marejados

A alguns dias eu havia combinado com Sakura de que ela faria o parto do meu neném, já que ela era uma médica muito competente e agora, minha melhor amiga.

Ela correu e pegou tudo que já havia deixado separado para o momento, botou Deidara pra fora do quarto e chamou Kakuzu, que também era um médico ótimo, para auxiliar.

- Ahhhhhhh mas que p**ra! –falei tentando segurar o palavrão – Isso dói demaaaais

- Calma, vai dar tudo certo! – ela falava tentando me acalmar. – Agora, força e empurre!

Aquilo levou alguns minutos mas pra mim, pareceram horas!

Mas um silêncio se fez presente e eu pude ouvir o choro do nosso bebê. Desmanchei de chorar quando Sakura o trouxe para mim depois de limpa-la.

- C-Chama o Dei... – falei baixo com meu rosto próximo à neném.

Não sabíamos ainda se seria menino ou menina, e por fim, era uma linda menina loira de olhos azuis, iguais aos de Deidara.

Ele entrou no quarto e parou na porta, podia ver sua respiração acelerada e sua hesitação em se aproximar.

- É uma menina, Dei.. – falei baixo deixando algumas lágrimas de alegria rolarem do meu rosto

Ele se sentou ao meu lado e seus olhos estavam cheios de lágrimas, como os meus.

- P-Posso? – ele pediu  e eu entreguei a neném À ele.

Os olhos dele brilhavam e ele sorria carinhoso com seu rosto bem perto do rosto da neném.

- Oi.. é o papai.. e você mal chegou e eu já te amo demais... – ele falava sussurrando

Meu coração estava tão feliz que achei que ele poderia parar de bater a qualquer momento.

Ele se ajeitou ao meu lado e ficamos olhando pra ela por um bom tempo.

- Yumi.. – ele falou baixinho mas eu pude ouvir

- Eu gosto.. Yumi – repeti sorrindo.

- Eu te amo, Hiko – ele falou me olhando.

- Eu te amo, Deidara.

~*~ 7 anos mais tarde.

- OTO-SAN! Olha olha! *KABUUUUUM* - Yumi falava rindo alto

- Mas o qu- DEIDARA! SUA FILHA ESTÁ EXPLODINDO AS COISAS! Eu falei pra não ensinar tão cedo isso pra ela! Olha lá, acabou com o balanço. – falei com a mão na cintura apontando para onde Yumi estava.

- Hai hai, Gomen. - Deidara se contorcia no chão de rir – Yumi! – ele falou se levantando e foi até ela – eu te falei pra explodir as coisas mas sem deixar a mamãe descobrir!  - ele se sentou no chão e puxou ela para seu colo.

- DEIDARA! – falei batendo minha mão na testa

Fui em direção aos dois e me sentei ao lado deles. Yumi colocou seus pés em meu colo e ficou encostada no peito de Deidara.

- O que eu faço com vocês dois? Seu bagunceiros! – falei rindo

- Oka-san! Não é bagunça, é arte – ela falou com a mesma cara de seu pai.

Deidara riu ainda mais alto, juntamente comigo e com Yumi.

- Com licença! – Ouvi a voz de Pain, que chegava com Sakura, Hidan, Kakuzu, Itachi e Sasori até a casa em que eu e Deidara morávamos agora.

Perto de um rio com muitas arvores e flores por todos os lados, o verdadeiro paraíso.

- TIIIIIOOOS – Yumi gritou e saiu correndo, se jogando no colo de um por um.

- Pelo seu cheiro, estava explodindo coisas de novo não é? Sua peste! – falou Pain fazendo cócegas nela. - Feliz aniversário, pequena!

Eles se juntaram a nós, sentados no jardim, e Yumi ficava falando de suas explosões e eu via em seu olhar que ela não poderia se parecer mais com o pai, até discutindo com Sasori sobre o que é a verdadeira arte.

- Que Kami proteja o mundo dessa peste que é idêntica à você, Deidara – falei balançando a cabeça negativamente, fazendo todos rirem.

Olhei para o céu, pensando em minha Oba-san que no ano anterior havia nos deixado, devido sua idade avançada. 

Me lembrei de uma conversa que tivemos quando eu ainda era apenas uma criança, eu perguntava à ela "o que era verdadeira felicidade afinal?" e ela me disse que eu saberia quando a encontrasse.

 _Isso sim é a verdadeira felicidade..