História As aventuras de Laura Wilke na Shounen High - Capítulo 2

Eu tinha certeza de que todos estavam me olhando. Na cabeça de deles rolavam perguntas como: "Por que tem uma menina aqui?" "Ninguém a guiou até a ala 3*?" "Por que está com uniforme masculino?"

E, antes que me pergunte, a resposta é sim, eu realmente estou com uniforme masculino. Motivo? Não existe uniforme feminino. É como a raiz quadrada de quatro, simplesmente não existe... Espera aí! Acho que existe, não é? Enfim, isso não interessa. O importante é que eu estou usando uniforme masculino que, além de ser para homens, está apertado em mim. Eu tinha duas opções: uniforme do Luffy ou do Trancinha... Pois é, o Luffy é alto e a calça dele ficava caindo o tempo todo, Trancinha até viu minha calcinha (mas eu não me preocupei, afinal, é só bater nele até que ele fique com amnésia).

Acho que eu enrolei demais, não é? Foda-se! Resumindo meu drama; eu estou com o uniforme do trancinha.

– Acho que deixei minha caneta cair por aqui... - um loiro baixinho (mas esse parecia homem) disse engatinhando em minha direção. Eu preciso comprar uma camisa "Não merece ser estuprada", porque eu sinto que serei agora. - Acho que ela estava bem aqui. - o desgraçado segurou meus pés e abriu minhas pernas, porém, antes que ele pudesse tentar alguma gracinha, eu o chutei no lugar onde mais dói, se é que me entendem.

– TURN DOWN FOR WATH! - os outros garotos vibraram com a minha vitória.

É DISSO QUE EU TAVA FALANDO! ADOREI A RECEPÇÃO! Será que eles topam virar meus escravos? "Cara de cabelo rosa vá jogar o Trancinha do oitavo andar". Sim, com toda certeza eu adoro essa ideia.

– Yosh, chega de bagunça. - o professor velho e musculoso (que deu um banho em todos esses moleques de 16 anos) entrou na sala - Perdão, mas a ala 3* é para o outro lado. - ATÉ O PROFESSOR? AGORA VIROU MALDADE! ESTOU SENDO DISCRIMINADA AQUI!

– Na verdade, eu sou Laura Wilke e sou aluna da ala 4*, não há engano nenhum. - fui o mais educada possível

– Bom, nesse caso, eu sou Osamu-sensei. - ele se apresentou - Pode se apresentar para a sala?

– Sem problemas. - eu já estava chamando a atenção de todos, então não faria diferença. - Eu sou Laura Wilke, fui criada por Kyomi Hamada para ser a protagonista de seu mangá shounen e espero me formar logo. - vou tentar ser engraçada, mas não prometo nada - A menos que eu poça comer de cinco a nove toneladas de panquecas por dia, porque se for assim eu nunca vou me formar. Viva a comida!

– Viva a comida! - Luffy me acompanhou

– Viva a comida! - um rosado o imitou

– Viva a comida! - e um albino

– Viva a comida! - e um ruivo

– Viva a comida! - e um loiro

– Viva a comer! - o pervertido caçador de canetas modificou um pouco minha frase

– Eu não quero colaborar com isso. - Trancinha ficou de cara fechada

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A aula havia sido um saco, não vou mentir. Será que vale a pena ficar aqui? Desista de mim, Tia Hamada! Mas eu estou feliz por hora, já que ninguém pode ficar triste enquanto almoça. Eu, Luffy e Naruto (um moleque idiota que eu conheci na aula, ele é gente boa) conversávamos sobre um assunto muito importante: zumbis parecem com potes de geléia? Não sei o motivo e nem onde essa discussão ia parar, mas estava dividindo opiniões. 
– Não tem nada a ver. - Naruto discordou
– Potes cheios ou vazios? - questionei
– Cheios. - Luffy respondeu - Parecem, né, Laura?
– Sinceramente, não são nem um pouco parecidos. 
– São sim. - o moreno fez bico - Vocês que não entendem. -
Você que sabe. - Naruto falou enchendo a boca de ramen
Senti uma mão tocar minha perna e olhei para baixo imediatamente. 
– Eu acho que deixei meu garfo cair por aqui...
Meliodas não! Eu não quero esse pervertido! Vai embora! XÔ XÔ XÔ!
– Você derruba as coisas com muita frequência, não acha? 
– Derrubo? - o pior de tudo era que Meliodas não se levantava, muito menos tirava a mão da minha perna, desgraçado - Sabe que eu nem reparei? 
– Ah, sei, sei. 
– LAURA! - Luffy gritou do nada, assustando todos do refeitório
– O que houve, seu doido? 
– Eu quase ia esquecendo. 
– Então fala logo. 
– Você tem que estar no 237 hoje à noite. 
– Por quê?
– É segredo kishishishishi
Eu odeio segredos, só servem para me deixar mais curiosa do que eu já sou. 
– Quem vai estar lá? 
– Todo mundo. 
– O Trancinha também? 
– Hai! 
– Não quero ir, muito obrigada pelo convite. 
– MAS VOCÊ VAI! 
– Ok, não precisa gritar. Você está muito bipolar hoje. 
– Eu sei kishishishishi

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E lá estava eu, parada em frente ao 237. Esses números são estranhos, 217, 237... Tem algum número sem 2 ou 7?
Enfim, eu acho que penso muito com a palavra "enfim" e que me perco muito nas palavras. Do que eu estava falando?
Certamente eu queria saber o motivo de eu ter sido "convidada" então eu não perdi tempo e abri a porta de uma vez. 
Estavam todos lá: Luffy, Trancinha, Meliodas, Naruto, Ichigo, Natsu e Haru (eu não conversei muito com os três últimos, porém, parecem ser caras legais) sentados em círculono chão. O quarto estava escuro, sendo iluminado apenas por oito velas com aromas de baunilha e framboesa, parecia mais  um grande esgoto doce. 
– Hããã, boa noite. Que macumba é essa? 
– É uma tradição da Shounen High, todos os novatos jogam. - Haru me explicou - É como verdade ou desafio, mas sem "verdade".
– E o jogo só acaba quando você cumprir um desafio envolvendo outra ala. - Ichigo completou
– Por quê? 
– Sei lá. - nossa Morango, que explicação incrível (ironia, ironia, doce ironia)
– Então tudo bem, vamos jogar. - concordo e me sento no chão
– Isso me deixa animado. - Natsu comentou
A garrafa rodou e parou em "Eu para Trancinha", adorei esse jogo. 
– Eu te desafio a cometer suicídio. 
– EI! SE MATAR NOS DESAFIOS É CONTRA AS REGRAS! 
– Então te desafio a... - OPA! Já sei! - Te desafio a beijar o Meliodas na boca por pelo menos vinte segundos. 
– Preferia o primeiro. Todos vamos morrer um dia, não é? 
– Pode esquecer a primeira opção, eu quero a segunda. 
Eles se entreolharam com cara de nojo e selaram seus lábios.
1, 2, 3...
Cadê as câmeras? Será que eu consigo tranferí-los para a Yaoi High? 
18, 19, 20! Eles se separaram no mesmo segundo, limpando suas bocas (estou satisfeita).
Continuamos o jogo por um tempo e depois de cinco ou seis desafios a garrafa parou em "Ichigo para mim"
– Laura, eu te desafio a...