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História As crônicas da Condessa - Lysandre e Stéfany (I See Fire)


Escrita por: Stefany755

Capítulo 4 - Lysandre e Stéfany (I See Fire)


Fanfic / Fanfiction As crônicas da Condessa - Lysandre e Stéfany (I See Fire)

Ele empurrava a grade da janela, mas nada se movia. 

Lysandre tentava empurrar a grade de aço da janela, mas ela estava enfeitiçada, como todas as outras aberturas da casa. O cheiro de fumaça já cobria o ar e Stéfany já estava meio tonta. 

Com uma tosse frenética e uma respiração ofegante ela dizia fracamente, já esgasgada: 

-Lys, achou uma saída? 

-Não, tudo trancado e fechado. 

Ela olhou para os olhos dele, que miravam ao chão sendo corroído pelas chamas, mostrando tristeza e fracasso na sua tentativa inerte de escapar, com essa conclusão ela se desesperou. Ela arregalou os olhos em angústia, seu peito doía e seu corpo inteiro tremia, até que ele viu as lágrimas caírem espontâneas de sua face fina e delicada. Ela o abraçou e ele ficou surpreso, com sua melodia chorosa o disse: 

-Não!! Isso não pode estar acontecendo agora!! Logo quando conseguimos realmente ficar juntos?! Primeiro eu quero casar, ter filhos, viver intensamente e depois envelhecer e morrer ao seu lado!

Ela o olhou, Lysandre estava espantado com a declaração tão encantadora daquela que tinha certeza que morreria de vergonha para falar com qualquer um -Porque?! Eu não posso ter meu final feliz como toda pessoa normal?! Eu não quero morrer logo agora!! - Ele sentiu a dor de não conseguir realizar todos os sonhos de sua amada, e finalmente a única coisa que pode fazer foi responder ao seu abraço com seu calor e seu amor. Finalmente depois de tanto resistir as tentações ele a soltou, depois pegou seu queixo fino e o levantou, para que pudesse ver o rosto daquela que fez tudo que podia para salvá-lo. Estava meio inchado com o choro melancólico, mas gracioso e belo como de costume. 

-E o que acontecerá? Não poderemos mais realizar todos os prazeres da vida, Lys... 

Ele passou a mão suavemente pelo rosto dela e disse, ainda perturbado com o que diria: 

-Então, o que nos resta é viver o presente. Vamos casar, ter filhos, viver mais um pouco, envelhecer e morrer, tudo apenas no momento de agora - Dizendo essas palavras tristes ele viu Stéfany ousar chorar mais ainda, mas se conteve o máximo que pode, até a hora que as tábuas do primeiro andar não aguentaram mais e começaram a desabar. Eles prestaram atenção no que caía por um momento, então ela calma, mas profundamente amargurada disse: 

-Lys....Estou com medo. 

-Eu sei, também estou, mas é o que nos resta, vamos pelos menos tentar, quem sabe viajamos para a Europa essa semana? Ou casamos agora? 

Ela sorriu com aquele apelo desesperado por algo que o acalmasse. Depois do sorriso eles pararam para escutar os sons da casa, o barulho do fogo que devorava pedaço por pedaço, o teto que já cedia, o cheiro de fumaça nauseante, era assim que iriam acabar. 

-...... Lys? 

-Sim meu anjo? 

-Eu quero 3 filhos. 

-Te darei o que quiser. 

-.....Lys? 

-O que foi meu bem? 

-.....Eu... Nunca beijei alguém na vida. 

Ele ficou surpreso, mas feliz com aquela confissão: 

-Então serei o primeiro a provar dos seus dóceis lábios? 

-.....Sim. 

Os dois riram, mas o barulho ficava cada vez mais forte, ela tremeu ao ouvir os pedaços de madeira caindo 

-..Lys...Eu ainda estou com medo... 

Vendo que o desespero tomava seus pensamentos outra vez ele pegou calmamente seu braço, aproximou-se vagarosamente de seu rosto e sussurrou doloridamente em seu ouvido: 

-Não se preocupe, nada pode nos separar. 

O chão virado em cinzas, retratos e madeiras queimadas, uma fumaça obscura e cinza, chamas incandecentes e ardentes, os dois suados e sujos dentro daquele incêndio sem fim, terminantemente determinados a se amar até o final. Enquanto estava de olhos fechados não percebeu que Stéfany derramava uma lágrima brilhante ao fogo. E assim, aquele foi o primeiro e último beijo dos dois. 

 

"Meu conhecido, meu amigo, meu amante, meu enamorado, meu parceiro, meu aliado, meu coelho. Que seja eterno enquanto dure, pois nem o mais profundo fogo pode acabar com o nosso amor."


Notas Finais


Eu me recordo de quando fiz esse texto, tinha 13 ou 14 anos, estava vivendo o primeiro amor.
Ah, o primeiro amor... Aquele mais forte, mais ardente, mais inocente, mais apaixonado, onde tudo é brilhante e alegre... Parece que nada pode estragar ele: nem um ciúme, nem uma discussão, nem os problemas em casa. Nada pode estragar... A não ser os próprios amantes. I See Fire é uma das minhas músicas preferidas, de um dos meus cantores preferidos, pois... pois era a nossa canção.


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