História As crônicas da Condessa - Qualquer bendita boneca

                        Bonecas são fascinantes, não concorda? Elas podem ser de todas as cores, usar qualquer tipo de roupa, são usadas em brincadeiras para como entrar em um mundo fantasioso, e o principal: São ocas. São parecidas com os humanos, não acha?
O mundo de hoje anda tão supérfulo que tudo o que ouço, de muitas pessoas, são banalidades, acontecimentos e notícias narrados por palavras que ao meu ver são vazias, sem sentimento algum, sem vida.
Bom, mas eu ainda as invejo, pois por mais que sejam ocas por dentro elas são graciosas, fazendo com que as suas portadoras as preencham de amor, cuidados zelosos, como se fossem preciosas, dependentes, reais. Nisso somos o extremo oposto das bonecas, ou seja, nós nos preenchemos, mas dos mais variados sentimentos, todos superficiais, ou inúteis, criados pela humanidade para cairmos no nosso próprio dilema e seguir o imposto.
Eu possuo 16, e para quem não sabe eu convivo mais com minhas bonecas do que essas pessoas nojentas. Entretanto, mesmo que eu ame as bonecas que tenho não gostaria de ser uma. Elas são graciosas, dependentes, preenchidas de amor pelo seu dono, mas quebram fácil. Eu posso odiar coisas sem profundidade, só que também odeio quebrar.