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História As desvantagens de conhecer Kim Taehyung - Um porre de sentimentos; você partiu meu coração.


Escrita por: httpaozinha

Capítulo 7 - Um porre de sentimentos; você partiu meu coração.


Não era pra ser assim. Não era pra ele estar batendo tão forte. 

 

Pare! Pare! Por favor, eu imploro. 

 

Eu não conseguia entender o porquê de eu me sentir tão horrível, mas era inevitável, era mais forte que eu. Mesmo que eu não quisesse aquilo, meu coração se apertava e meus olhos estavam marejados. E Jeon percebeu.

— O que foi!? - perguntou preocupado.

— Não é justo! Não é justo! 

Mesmo vacilante, ele perguntou, seguindo com o olhar a mesma cena que eu via. — O que não é justo?

— Porquê eles estão abraçados Jeon? Ele disse que não gostava de abraços. Ele mentiu?

— Por que se importa? - Jeongguk virou meu rosto, fazendo com que eu o olhasse - Desde quando você passou a se importar? Eu achei que você o odiasse. 

— Não, coelhinho. - abracei sua cintura. - Não odeio. 

Novamente entrelaçamos nossos dedos e caminhamos até o portão. Naquele dia ele parecia tão longe. Seu sorriso era tão grande.

 

Me pergunto se alguma vez ele já sorriu assim por mim.

 

Aquilo me revirava o estômago. Cada toque que eles trocavam, cada olhar... 

Idiota!

Sussurrei assim que passei por eles. Ela me olhou confusa e ele, com seus olhos esbugalhados, como se tivesse sido pego no flagra. 

Ele também se importava?

 

[...]

 

A tarde estava nublada, a comida não tinha mais sabor, era tudo tão cinza e sem graça. Tudo isso por que ele não estava lá pra me fazer companhia. Era estranho pensar em que ponto ele passou a ser tão essencial assim na minha vida. 

Que eu não o odiava, isso já estava bem claro. Mas então, o que seria isso que eu sentia quando ele estava longe? Necessidade? Será que o castanho boca suja havia cativado meus sentimentos bons? 

Estranho.

Mesmo eu tentando me ocupar com qualquer coisa que não fosse o coreano imbecil, estava complicado. Ainda mais com aquele cachorro besta que ficava me encarando enquanto mordia sua bolinha, era como se seu olhar canino me dissesse "ei vamos brincar" ou "ei, manda o Taehyung chegar pra brincar comigo porque nem pra isso você serve, humana inútil!". Ótimo, eu estava imaginando um diálogo com um filhote.

— Ele não vem, seu bocó. Está muito ocupado com a estrangeira. - o cão virou a cabeça, aparentemente tentando entender que merda eu estava falando. - Aquele palerma está nem aí pra você, então, acostume-se a brincar sozinho, au au.

— Conversando com cachorros agora? 

 

Merda!

 

— Eu estava tentando convencer esse Pulguento que ninguém vai brincar com ele. - respondi ainda de costas, abaixada, acariciando os pêlos macios do filhote. - A vida é injusta, ele tem que se acostumar. 

— Ei, não diga isso. Eu brinco com ele! 

Ok, essa voz não era dele. Não mesmo. A menos que ele tenha virado uma mulher. 

Quando eu me virei, ela estava lá. Alta, magra, cabelos ruivos, com um porre de curvas e minha auto estima foi pra onde? Isso mesmo, pro lugar onde Judas perdeu as botas. — Ah, você é a irmã do Tae, certo? - irmã? - Prazer! Lúcia.

Olhei para o castanho, o castanho me olhou com seu típico olhar nervoso, o que era bem estranho. 

— Não somos irmãos. 

— Meio... meio irmãos. Ela é adotada. 

Lúcia pigarreou, constrangida. - Oh, o que importa é o que sentimos, não é? - seu péssimo vocabulário me irritava, muito. 

— Claro. Mas não faz diferença mesmo, eu odeio ele. 

O sorriso que o Kim carregava morreu, e agora seu olhar me encarava com mágoa. Aquilo doeu, mas não impediu que eu lhe retribuisse com um mais frio ainda. 

— Vamos embora, Lu. 

 

[...]

 

Já faziam mais ou menos umas duas horas que aqueles dois não saiam do quarto, o que era suspeito. E se antes eu já estava triste e com uma enorme vontade de chorar, acredite, as coisas poderiam ficar piores.

O cão estúpido decidiu que iria brincar de correr, e como a vida é sem graça e tediosa, a gente escolhe o que tem pra se divertir e esquecer que o mundo nos odeia. 

Acompanhado de sua bolinha, ele correu. De uma lado para o outro, de cá pra lá. Suas orelinhas voavam e eu corria junto, cansada. 

Estava tudo bem, divertido, feliz. Ele e eu, eu e ele. Até ele subir o andar onde ficavam os quartos e empurrar a porta do quarto do Kim. 

Eu odeio esse cachorro. 

— Espera! - Sussurrei. 

A porta entreaberta dava a visão do espelho, e o espelho, a pior visão que eu gostaria de ver. O castanho segurava Lucia pela cintura e mandava que ela ficasse quieta pra abafar os gemidos. 

Inocente demais, estúpida demais. 

E eu vi aquilo, estática. Tudo doía, absolutamente tudo, enquanto eu me debulhava em lágrimas que escapavam teimosas. 

Sem reações, sem emoções, nada. Apenas fui para meu quarto, enterrei o rosto no travesseiro sentindo o aroma da pessoa que eu mais odiava e ali, em meio as lagrimas doloridas, eu adormeci.

 

[★] 

 

Era difícil entender o que se passava na cabeça daquela imbecil, mesmo tentando muito, a garotinha é uma peça difícil de ser decifrada, o que me deixava frustado, era horrível se sentir assim, péssimo pra falar a verdade. Quando ouvi ela dizer que me odiava e seu olhar esbanjava indiferença, a sensação foi péssima. Achei que já tinhamos superado isso. 

— Esqueça ela V. - disse Lúcia fechando a porta. - Só uma patética menina mimada. 

— Não fale assim dela! 

— Mas é verdade. - Suas coxas torneadas encontraram as minhas, assim como sua lingua quente o meu pescoço. - Você precisa de mulheres maduras, não de uma criança birrenta. 

Mesmo negando ela insistia, investindo cada vez mais no meu colo carente por atenção. Mesmo irritado, aquilo já estava me matando. Eu precisava extravasar. A joguei contra a cama, garota gemeu. 

— Rápido, sem gemidos. Ouviu? - Concordou - Ótimo. 

E como eu havia prometido, havia sido rápido, mas intenso. Sem delongas ela se desfazia assim como eu. Era pra ter sido bom, mas ficou horrível quando o ápice chegou e meus olhos enchergaram a garota que eu amava, e essa garota nao era Lúcia. 

— Já volto. 

Uma chuveirada fria era bom para acalmar esses malditos hormônios, pena que não eram apenas as gotas frias que escorriam, mas umas quentes e solitárias também me escapavam. Arrependimento. 

O quarto estava bagunçado e a ruiva dormia, exausta, apenas com suas peças íntimas. Nenhum sentimento nutrido, apenas sexo, apenas negócios. 

A casa silenciosa me deixava inquieto. Minha garota não corria por aí como era de costume, muito pelo contrário, ela estava em seu quarto com as janelas fechadas, tudo escuro, exceto pela fresta da porta que iluminava seu rosto. 

Vermelho, inchado, quente. Ela dormiu chorando. Sua respiração descompassada, seus lábios vermelhos entreabertos, tudo fazia meu coração arder. 

Me perdoe. - selei suas bochechas quentes, delicado. A garota abriu os olhos, que logo se encheram novamente de lágrimas. 

— Eu odeio você... 

Sem dizer nada, ela me empurrou e saiu do quarto, levando consigo apenas uma pequena mala. 

Eu me odeio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


odeio esse capítulo :c
*tristinha*


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