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História As desvantagens de conhecer Kim Taehyung - Papai está de volta! Eu gosto de você, garotinha.


Escrita por: httpaozinha

Capítulo 9 - Papai está de volta! Eu gosto de você, garotinha.


Tinha virado rotina dormir nos braços quentes do Kim. Era como uma espécie de bolha onde eu me sentia protegida, exclusiva e amada.

A barroca.

Tudo isso porque as recentes semanas cobertas de pancadas fortes de chuva, era constante e, com elas, os trovões que me causava medo. E na madrugada fria e inquieta, um castanho preocupado selava minha testa dizendo que estaria comigo e me embalava até que eu estivesse completamente apagada. 

Isso ja estava estranho, muito estranho. 

Odiá-lo era uma tarefa quase impossível para mim, vendo que, não havia um motivo sequer. 

Importante citar também que o ciúmes que que o garoto começou a nutrir por mim aumentava gradativamente, assim como o meu por ele. Nada possessivo demais, mas de qualquer forma, era uma maneira de me proteger de certos alguens que nem deveriam ter saído da terra natal. Lúcia, o nome. 

Mamãe não suspeitava dessa nossa repentina aproximação e ainda bem, se continuasse assim seria até melhor. Claro que, imaginar uma situação em que ela nos pegasse aos beijos, não seria a melhor a das circunstâncias, então, melhor prevenir do que remediar. 

O menino Jeon não se aproximou mais e, esse afastamento, já estava começando a me chatear. Independente de qualquer coisa, deveríamos continuar sendo amigos, certo? 

- Em que tanto pensa? - O castanho abraçava-me forte naquela manhã, enquanto ainda permaneciamos deitados. - Está distante ou é impressão?  

O barulho da chuva escorrendo pela janela, o frio que entrava pelo vão da persiana, o perfume amadeirado misturado ao seu aroma natural. Cada detalhe me deixava ainda mais doente de interesses pelo garoto que me tomava firmemente. Era um imã, uma perdição. 

- Estou pensando em uma maneira de te tirar do meu quarto sem que mamãe perceba sua invasão. - Sua língua deslizou pelo meu lóbulo e em recompensa, lhe acertei uma cotovelada - Sai, Taehyung! 

- Que garota brava. - Seus olhinhos asiáticos se apertavam quando ele bocejava, ação que jamais passava despercebido por mim. Tão fofo. - O que tanto olha?

- Sua boca. - Valeu, desbocada.

A verdade era que eu já estava mais do que sedenta para ter ele me beijando como naquele dia, uma coisa que já não acontecia mais. Eu queria que ele me tocasse, e pra ser bem sincera, eu sentia a reciprocidade da parte do Kim. Cada troca de olhares, cada toque aparentemente puro. Eu não seria hipócrita ao ponto de dizer que eu não queria que ele me tocasse em lugares mais sensíveis, que eu não queria que ele me levasse a loucura. Ele fez com que eu me tornasse uma garotinha suja. 

Sua mão tocou meu rosto e desceu queimando até minha cintura, onde ele fez questão de marca-la. 

- Dói? - perguntou.

- Não. Eu amo quando você me toca assim. - Respondi ainda com os olhos cerrados. 

- E assim? - O colchão afundou ao lado da minha cintura e dois braços grandes prenderam meus pulsos acima da minha cabeça, apertando forte. - Machuca?

- Machuca, Tae. - Encontrei seus olhos que me queimavam, quase desejosos demais. - Mas eu estou pouco de importando...

Era rápido, quase instantâneo. Seus lábios macios e hábeis se moviam inescrupulosos sobre os meus, molhando-os e os mordiscando. Com uma mão, ele me prendia e, com a outra, ele me marcava. Era incrível, delirante. Sua língua quente se chocava com a minha e um comichão se formava em meu ventre. 

Tão sensual. Tão errado. Tão perigoso. 

E quando trocamos de posição, suas mãos tocaram-me ainda mais. Ele as deslizava por minhas coxas e, mesmo que ardesse, era como se ele quisesse me dizer que eu era apenas dele. Mesmo quando ele se movia tão devagarzinho, era precioso. 

- Faz aquilo... que você sabe que eu gosto. - Sussurrei no pé de seu ouvido, vendo que ele  estremecia. 

Sem delongas, ele virou-me e me beijou. E céus, não era o que eu havia pedido, mas de longe o que eu mais desejava. A forma como ele se movia, como ele me tocava atencioso, deixava-me explicitamente nervosa. 

- Não era o que você queria, não é, garotinha? 

Balancei a cabeça, rejeitando. - Não, não mesmo. - O puxei, abraçando-o apertado. - Não entende como é complicado? Eu quero você. 

- Não me provoque se não aguenta as consequências. - Era tão estranho ver seus olhos negros da forma como estavam. 

- Eu não sou mais uma garotinha, Taehyung. 

Seu peso se esvaiu do meu lado e logo o Kim caminhava até a porta, parando apenas para me olhar e sorrir, sádico. 

- Você sempre será minha garotinha. 

Aquele garoto ainda me mata.


[...]


Pra que não levantasse suspeitas de que eu tive uma visita inesperada a noite toda, mesmo que não ouvesse mais nenhum clima pra um cochilo, eu tirei e, quando acordei, tomei um banho bem gelado pra espantar os pensamentos impuros que eu tive com o meu "meio irmão". Seria engraçado ver a cara de mamãe se um dia eu lhe contasse o que eu fazia enquanto ela dormia.

"Hey Omma, eu quase trepei com o seu filho enquanto você descansava de um dia cansativo no serviço." 

O pequeno sushi (é Sushi, o nome que o Taehyung decidiu dar pro cão, ja que ele amava comida japonesa), corria travesso abanando seu rabinho peludo, por toda a casa enquanto latia. Mamãe estava sentada na sala ao lado do castanho que abraçava um senhor, quer dizer, homem com experiência de vida, porque velho velho o homem não parecia ser. 

- Querida? Já acordada? - Mamãe perguntou com um sorriso que ia de orelha a orelha. 

- Já são duas horas da tarde, uma hora eu tinha que levantar.  

- Venha, quero te apresentar alguém. 

Taehyung se colocou do meu lado e tocou minha mão. Estranho. (?)

- Ele é meu pai. 

Wow. 

Fazia sentido. Ele tinha uma cara de pateta igual ao filho, mas isso não diminuia o fato de que eu o odiava. Cara, que homem safado. 

- O que faz aqui? - Mamãe me bateu. - Aigoo, omma. Desculpe... Qual a honra de sua visita, senhor Kim?

- Ela morde? - o velho escroto perguntou, zombeteiro. 

- Se for você, sim. 

- Me chame apenas de Minhyuk. 

Eu reparava em cada detalhe do homem que nem conhecia, mas nutria um sentimento de rancor grande. Não poderia ser diferente, visto que o infeliz abandonou sua família apenas pra benefícios próprios. A culpa era minha, mas independente, ele deveria ter ficado ao lado do filho e da esposa. 

Foi pedido que viesse chá para podermos conversar. Minhyuk conversava animado com mamãe e Taehyung enquanto eu me limitava a sorrir quando falavam comigo ou apenas concordar.  As vezes o castanho me olhava cúmplice me perguntando se estava tudo bem e eu continuava sorrindo amarelo. Era estranho vê-lo tão feliz, não que eu não gostasse mas ainda assim me deixava inquieta. 

- Filho... Sua mãe disse que você melhorou. - O patriarca sorvia seu café entre os lábios. 

Taehyung tencionou o maxilar, parecendo nervoso. - Ela está certa. 

Formal demais, não era ele. 

- Sabe, você está à muito tempo longe. Não sente saudades dos seus amigos? 

O quê? 

- Eles perguntam muito sobre você e além disso ainda tem a Lu... 

- Não sinto. Eles não são meus amigos. - Interrompeu o pai que sorriu maléfico, aquilo me irritou pra caralho. 

- Você sempre disse que eles eram. - continuou - Além disso, como eu dizia, Lúcia sente sua falta.  

Revirei os olhos. Aquele nome me dava repulsa. - E como sente... 

- O que disse? - o mais velho questinou. 

- Oh, nada. É que bem... ela está na Coréia. 

E novamente ele sorriu ladino, como se escondesse algo importante.  

- Ah, sendo assim isso me poupa muito tempo. 

- Tempo de quê? - Só se for de voltar pro inferno de onde você nunca deveria ter saído, sua pomba encapetada. Aish. 

- Filho, sua mãe disse que como você parece ter criado juízo, o que é bom, eu poderia me aliviar do serviço.  

Sério, eu não estava entendendo nada. 

- O que quer dizer? - Taehyung perguntou, confuso. 

- Vou me aposentar. 

- Isso significaria que... - o pomo de Adão do Kim se mexia inquieto, era bonito - eu teria que voltar pro Canadá? 

- O quê!? - Se eu ja estava irritada, perturbada com aquele intruso interesseiro, agora eu estava me controlando pra não surtar e matar o pai do homem que eu me interessava mais do que eu deveria. Perdê-lo já não era uma opção pra mim, não mais. Tudo mudou desde que ele voltou pra minha vida, e ficar longe dele era quase como uma tortura da qual eu jamais estaria disposta a suportar. O furacão Kim balançou tudo, e ele jamais arrumaria o estrago causado. - Não! Quer dizer, ele não pode ir assim! Ainda falta alguns dias pra nos formarmos. 

- Eu sei, seria depois da formatura. Você voltaria com sua rotina, com seu antigo carro e seus amigos. Taehyung, eu já não sou um garoto pra cuidar dessa empresa sozinho, e você é meu único herdeiro. 

O garoto me olhou, tenso. Antes que ele respondesse qualquer coisa, peguei Sushi no colo e corri até o jardim dos fundos. A grama verde e levemente molhada pelo orvalho da chuva, acolhia-me e lá, eu me permitia chorar. Era quase um hábito já, chorar. Culpa do garoto que sem permissão, invadiu meus sentimentos mais puros. Era tão dolorido vê-lo num futuro em que eu não fizesse parte. 

- Garotinha? 

- Vai embora! Vai logo... 

- Antes de me ofender, gosto de você, pequena. Não vou te deixar. Nunca. - Era tão caloroso seus abraços, e no meio deles, eu chorava copiosamente, como se fosse a última coisa que eu poderia fazer. 

- Mas eu achei...

- Pare de achar, huh? Eu não vou. Você é mais importante. Não vou abrir mão de você. Confie nisso, garotinha. 

- Mas porquê? - perguntei, chorosa. 

- Porquê eu gosto de você. 


[...]


Minhyuk disse que Taehyung poderia ficar, mas acredite, foi convencido com muito esforço, dedicação e leite ninho. Que homem chato da porra. 

O garoto passou um bom tempo conversando com o pai e não parecia muito satisfeito com o resultado das horas gastas no escritório.  

Tirando isso, eu não conseguia tirar o que ele havia me dito no jardim. Aquilo foi na esportiva, certo? 

Já era madrugada, eu estava deitada na cama do meu quarto olhando para o teto, pensando no meu possível futuro com o Taehyung. Tudo continuaria na mesma monotonia. A noite quente fazia com que minhas janelas se permanecessem abertas, as vezes entrava uma brisa fresca. Ajoelhei na cama e fiquei em frente à janela sentido aquela mesma brisa bater em meu rosto. Milhares de pensamentos envolviam minha cabeça. Todos com o mesmo nome, cheiro e voz grave. 

- Você tá bem? - disse Tae, enquanto se sentava na cama.

- Sim, é que eu tô... bom, nervosa. - me joguei pra trás, voltando a olhar pro teto.

- Olha, já disse que eu não vou te deixar, garotinha. 

E por algum motivo inexistente, eu comecei a chorar.

- Droga! Eu estou tão frágil. O que você fez comigo, seu imbecil? 

- Sabe, eu acho que você precisa de chocolate e... ah sim, transar. Quer? Eu sou bom nisso.

Aos poucos, sentia meu coração se acalmar. Suas palavras tinham o dom de me enfurecer e ao mesmo tempo de me apaziguar. Aquela mesma brisa de antes voltou a aparecer e trouxe o perfume dele para mim. Senti uma incrível vontade de beijar seu pescoço. 

- Bora. Você é o passivo. 

- Que broxante. - Ele sorriu e beijou meu nariz quente. - Você de tpm é um cú.

- Você ainda vai ser minha baby boy. 

- Certo, mommy. 


[...]


Quando acordei, o garoto (in)suportável já não estava mais deitado. 

Caminhei até a cozinha onde encontrei Taehyung abaixado, sem camisa, escovando os pelos lisos do Sushi. Porra, camisa existe. 

Tchau, sanidade. 

- Ah, você ta aí. Vamos sair? - perguntou sorrindo.

- Onde? 

- Vou te mostrar nossa futura casa, baby. 




Querido diário, 
Eu acho que Taehyung quer que eu fique ao seu lado.
 Seria perigoso que eu saísse da minha zona de conforto e confiar à ele meu coração?  






Notas Finais


E AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII, TUTS TUTS.

O que acharam? Ficaram felizes? Deixem um comentário bem fofinho aí ❤


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