Bakugou encarou Kirishima adormecido sob a cama hospitalar, desde que dera entrada ele não acordou. Todos já haviam ido embora e a enfermeira insistido para que o loiro fizesse o mesmo, o inferno que ele iria sair dali. Parte dele sentia-se culpado, mas a outra parte sentia-se orgulhoso, não que fosse admitir em algum momento. Havia dito a Kirishima que ele era inquebrável, isso deve ter colocado ideias na cabeça do ruivo e por isso ele estava naquela situação agora, os braços enfaixados e vários curativos sob o rosto mostravam o quão longe ele havia ido.
Bakugou sempre teve a sensação de que não pertencia ao mundo, mas de alguma forma Kirishima havia lhe dado isso. Foi a primeira pessoa com quem ele se conectara de verdade e logo após com Ashido, Sero e Kaminari, tudo por causa de uma única pessoa.
Kirishima tinha essa coisa sobre ele, era capaz de atrair as pessoas para si sem fazer qualquer esforço, diferente de Bakugou que sempre as afastava mesmo quando não era sua intenção.
Há dois meses o amigo havia ido ao seu dormitório no meio da noite e confessado os sentimentos, na verdade Bakugou os arrancara a força, ambos perceberam que o sentimento era mútuo desde muito antes de Kirishima beijá-lo no dia anterior ao seu sequestro. Não sabia que tipo de relação eles tinham agora, mas Kirishima sempre o beijava quando tinha oportunidade e ele também sentia a necessidade de beijá-lo, de se enfiar no corredor no meio da noite e ir até o quarto do ruivo. O que ele nunca imaginou é que seus sentimentos iam muito além de atração física e Kirishima precisou quase morrer para que ele percebesse.
Já era noite quando viu o número da mãe chamar pela quinta vez a tela do celular, provavelmente esperando que ele fosse voltar para casa. Não ia a lugar algum, não depois de quase perdê-lo. Agora realmente entendia como Kirishima havia se sentido quando ele foi levado pelos vilões, era esse mesmo sentimento de perda e Bakugou odiava sentir-se assim, o fazia parecer fraco, mas foda-se se isso o fazia fraco.
Então fraco era a palavra que o definia.
(...)
kirishima abriu os olhos com dificuldade, todo o seu rosto e corpo ainda estavam doloridos, na verdade mais agora do que na hora do impacto. Não fazia ideia de quanto tempo estivera desacordado. Se revirou na cama, sentindo como se todos os seus ossos estivessem massacrados. Na poltrona ao lado ele viu Bakugou respirar pesado em um sono conturbado.
Há quanto tempo ele estava ali?
Seu coração se aqueceu imediatamente. Aquele era mesmo Bakugou? O Bakugou que não dava a mínima para nada, não importava o que?
Queria se inclinar para beijá-lo, tocá-lo, sentir cada parte dele, mas seu corpo não obedecia. Desde a noite em que seus sentimentos foram esclarecidos eles não tinham feito nada além de se tocar e beijar um ao outro, não que Kirishima achasse isso uma má ideia, mas agora sentia essa necessidade, nem mesmo se importaria se ele fosse o único a ser fodido.
O ruivo se esforçou ao limite para esticar o braço e segurar a mão de Bakugou, sentindo o calor da sua pele entre os dedos.
Era tudo que precisava para sentir-se em paz.
O seu gesto acabou acordando Bakugou, diferente de Kirishima ele sempre tivera o sono leve demais. O loiro abriu os olhos em alerta, com uma expressão que o companheiro não estava acostumado.
Preocupação.
"Tudo bem." Kirishima tentou confortá-lo. "Eu estou bem."
"Pff..." Ele riu sem humor. "Se com bem você quer dizer com um pé na cova então nós concordamos em algo aqui."
O ruivo riu, mas desejou não ter feito, quando olhou para Bakugou novamente e se deu conta de que ele esteja chorando mesmo que estivesse lutando para esconder.
"Ei..." Kirishima tentou segurá-lo, mas ele se afastou.
"Da próxima vez que quiser arriscar a sua vida desse jeito me chame e eu mesmo vou matá-lo."
O outro não pode evitar sorrir e então se esforçou para sentar-se na cama, fechando os dedos ao redor do pulso do loiro para puxá-lo para perto. Dessa vez ele não resistiu, sentou-se ao seu lado na cama, tentando não tocá-lo para não feri-lo, mas Kirishima não dava a mínima, queria ser tocado, queria qualquer coisa quando se tratava de Bakugou. Ele inclinou-se, deixando seu nariz tocar o do loiro, sentindo o calor que irradiava da pele dele, deixando respiração se misturar com respiração.
"Eu sei o que está pensando, não se atreva." Seu braço doeu quando segurou a nuca do outro e o manteve ali enquanto deslizava gentilmente o polegar pelo seu rosto na tentativa de limpar as lágrimas. "Não é sua culpa."
Bakugou deixou pela primeira vez na vida alguém torná-lo vulnerável. Era um sentimento estranho que alguém o entendesse quando passou a vida toda sendo incompreendido. Sentiu-se sozinho a sua vida inteira mesmo quando estava cercado por pessoas, mas não com Kirishima, com ele nunca estava sozinho ainda que ele não estivesse realmente por perto.
Kirishima se inclinou para beijá-lo e ele gemeu contra a boca do amante. Fazia algum tempo desde que eles se beijaram e seu corpo fora pego de surpreso, a ereção já pulsando em suas calças, não se tratava do beijo em si, tinha mais a ver com quem o estava beijando. A boca era quente e molhada, feroz porém macia, puxando seu lábio inferior entre os dentes afiados, mas o loiro não importou-se.
Ele teve a parte de trás do seu cabelo puxada quando Kirishima levou seu pescoço aos lábios, beijando-o gentilmente ali.
"Você quer isso?" A pergunta pegou-o de surpresa e apesar das meias palavras, sabia muito bem do que se tratava.
Nenhum deles falou sobre a noite em que transaram, eles se beijavam e se tocavam, mas aquela noite parecia um tabu.
Um não quase rompeu da sua garganta. Estavam na enfermaria da escola e se fossem pegos? E se o machucasse ainda mais?
Ele sabia que no fim das contas nada daquilo poderia ter lhe feito negar.
"Nós vamos transar de novo? Eu te fiz uma pergunta." As palavras pareciam tão simples na boca do ruivo, ele não tinha nenhum pudor.
Sem nenhum planejamento ou pensamento ele deixou o sim escapar.
Bakugou ficou parado quando Kirishima o beijou novamente de maneira lenta e doce, seu coração pulsava acelerado dentro do peito mas ele não se moveu nem mesmo quando sentiu os dedos se enrolarem na sua camiseta e tocarem sua pele.
"Se eu te mac-"
"Shh..." Kirishima sussurrou contra a sua boca. "Não fale."
Ele engoliu as palavras, esperando seu corpo se rebelar e perceber que odiava receber ordens deste idiota, mas isso não aconteceu. Ele ajudou o ruivo a tirar a sua própria camiseta, uma vez com o torso despido não demorou a ter um dos mamilos capturado pela boca quente de Kirishima, a língua brincando em círculos pelo bico, fazendo gemidos escaparem da boca dele.
Ele abriu o próprio zíper e puxou fora o membro ereto, guiando a mão de Kirishima até lá onde implorava para ser tocado.
"Olha o que você faz comigo." Bakugou murmurou, sentindo o pré-gozo na ponta do próprio pau onde o polegar do parceiro deslizava com cuidado. "Não sei como não te odeio por isso."
"Eu disse para não falar." Havia dentes no seu pescoço enquanto Kirishima lubrificava o próprio dedo com o líquido vazando do pau de Bakugou. "A única coisa que quero ouvir da sua boca é você gemer para mim."
Ele espalhou as pernas do loiro, expondo seu buraco quando não apenas um mas dois dedos entraram nele lentamente, esticando-o. Dessa vez ele sentiu mais prazer do que dor, mas ela ainda estava lá, mesmo que de uma forma gostosa de sentir. Ele empurrou-se para trás e deixou-se ser fodido até o fundo pelos dedos de Kirishima.
A sensação era incrível, mas ainda não era o suficiente. Queria sentir novamente todo o comprimento dentro de si, alargando-o, apertando sua abertura, levando sua mente a um estado de êxtase.
Empurrando-se para frente, sentiu-se vazio quando os dedos de Kirishima saíram de dentro dele, então se arrastou com cuidado para o colo do ruivo, tentando não machucá-lo.
Kirishima não se moveu quando ele empurrou-se para baixo, sendo pentrado centímetro por centímetro, o anel de músculos se alargando com o comprimento do outro, enchendo-o, machucando-o da melhor maneira possível.
As unhas de Kirishima cravaram em sua pele e ele soube que provavelmente estava machucando-o, mas não parou, pelo contrário, aumentou os movimentos, apertando suas paredes em torno do pau dele, fazendo-o gemer de dor ou prazer, talvez ambos.
"Quer saber um segredo?" Kirishima disse baixinho, mordendo o lóbulo da orelha de Bakugou, impedindo-o de continuar os movimentos de subir e descer, apenas predendo-o ali junto ao seu corpo quente, mantendo-se inteiramente dentro dele. "Eu me masturbei pensando em você aquele dia quando saiu do meu dormitório e todos os dias depois dele. Te ouvia gemer e isso era o suficiente para me levar ao limite."
As maçãs do rosto de Katsuki se esquentaram e ele gemeu ofegante quando Eijirou saiu inteiramente dele e empurrou lentamente várias vezes seguidas, pré-gozo pingando da ponta enquanto esmagava sua boca contra a dele.
"Se você fosse meu..." O ruivo sussurrou enquanto Bakugou subia e descia, segurando-se na parede para não forçar-se contra o seu corpo. "Inteiramente meu, eu não iria parar de te comer."
As palavras atingiram o ponto sensível do loiro. Ele segurou os cabelos agora caídos de Kirishima e afastou-os do rosto quando beijou a cicatriz acima da sua sobrancelha, até isso achava lindo.
"Então me faça seu." Bakugou exigiu. "Eu não preciso de você, mas te quero. Quero que me faça seu."
Foi o suficiente para levar Kirishima ao limite, ele gemeu e bateu mais fundo dentro do loiro, preenchendo-o com líquido quente. Bakugou segurou seu rosto e o beijou com gentileza, algo novo para ele, era a sua forma de dizer a ele que pertenciam um ao outro, sempre fora assim, não importava que tipo de relação eles tinham.
"Fez um bom trabalho lá." Ele disse por fim o que devia ter dito desde o primeiro momento.
As palavras que estavam presas na garganta, mas precisavam der ditas.
"Estou orgulhoso de você."
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