História Asas do Destino. - Hiatus - Verdades machucam?

Quando eu era pequena eu tinha medo de chuva, quando o som estrondoso dos relâmpagos conseguiam ser ouvidos por mim, gritos de medo ecoavam pela casa inteira. Lembro-me de minha mãe chegando correndo até meu quarto e então eu corria para os braços dela, a mesma se deitava comigo e contava histórias para dormir. Mas logo depois de sua suposta morte todas as vezes que chovia meu pai falava que já ia passar e saia do meu quarto me deixando sozinha e com medo. Por esse motivo que eu acabei criando um laço de mãe e filha com Pepper, aliás a mesma era gentil e atenciosa.

Também me lembro que eu amava olhar para o céu e ver muitas estrelas. Minha mãe sempre amou o espaço e tudo que nele a via e me passou muito conhecimento na parte de astronomia.

Quando eu completei 14 anos, entrei para S.H.I.E.L.D, mas logo no ano seguinte eu sai da mesma junto de Steve e Natasha após, descobrir sobre a H.Y.D.R.A.

E bem agora eu estava dentro da nave junto dos Guardiões tentando escapar de naves inimigas.

— Por que tudo que você vê pela frente você rouba? — Peter gritou com Rocket.

— Eu precisava daquelas peças. — O Guaxinim se justificou como se fosse óbvio. — Fala pra ele Miranda, que eu preciso mais das peças do que eles!

— Olha eu ficaria muito feliz se vocês não me envolvessem nas suas DR. — Falei segurando Grood mais forte para o mesmo não cair. — E pela última vez, me chame de Mia.

— O que é uma DR? — Drax perguntou me fazendo revirar os olhos. 

—Uma discussão, briga, treta, etc. — Respondi e o mesmo me lançou um olhar confuso.

— Quem está discutindo? — Ele perguntou me fazendo soltar um grande suspiro.

— Peter e Rocket! Quem mais séria? — Gamora respondeu já sem paciência (o que já era de se esperar).

— Drax as vezes eu me pergunto em que planeta você está. — Falei soltando uma risada.

— Não estou em nenhum planeta, apenas em uma nave. — O mesmo respondeu.

— Como eu sinto falta da Terra... — Sussurrei jogando minha cabeça para trás.

— Por culpa sua estamos quase mortos! — Quill gritou atirando em algumas naves.

— Tem certeza que é só culpa minha? Se você para-se de conversar com Miranda a cada segundo isso não teria acontecido! Você está parecendo um garotinho apaixonado. — Rocket falou fazendo uma careta.

— Repete isso e eu vou deixar você pelado. — Peter falou olhando para ele bravo. — E o que tem a ver você roubar peças com eu conversar com a Mia?!

— Gente! Se vocês querem agir como crianças eu aconselho irem até uma creche. — Gritei com os dois, fazendo todos ficarem quietos.

— Acho melhor se segurarem, vamos dar dois saltos. — Peter falou arrumando tudo antes de fazermos os saltos.

Quando tudo estava pronto tudo aconteceu num piscar de olhos. Estávamos em outro lado da galáxia. Eu me levantei meio tonta, Gamora me segurou antes que eu caísse.

— Toma mais cuidado. — A mesma falou se sentando no lugar do Peter que passou por mim cantando uma de suas músicas favoritas.

— Quando vamos chegar no destino final galera? — Perguntei.

— Só mais alguns dias. — Gamora respondeu me olhando de lado, respondi com um sorriso e fui até meu quarto.

— Pensa rapido! — Peter falou jogando uma fruta alienígena para mim.

— Está fazendo o que aqui Senhor das Estrelas? — Coloquei a fruta num balcão e andei até o mesmo.

— Dançando e você? — Ele sorriu me puxando pela mão me fazendo dançar no seu ritmo.

— Dançando também. Eu acho. — Falei sorrindo.

Logo uma música mais calma começou a tocar e nós dois iniciamos uma dança mais lenta, o que me vez lembrar da valsa que eu dançei na minha odiada festa de 15. Eu comecei a rir pois enquanto a dança acontecia Peter começou a fazer cosquinhas em mim.

— Para seu chato! — Falei correndo dele, mas o mesmo vinha atrás de mim com um sorriso sapeca.

— Por que você está correndo de mim, em senhorita Stark? — Peter perguntou me jogando em um tipo de sofá e fazendo cosquinhas no meu ponto fraco... A barriga.

Eu estava tentando gritar mais a única coisa que saia da minha boca era meus risos até que o mesmo parou e ficou me encarando.

— Não consigo entender. — Falei na intenção de puxar um assunto.

— O que? — O mesmo perguntou.

— Como a gente não se dava bem antes, e agora eu até gosto de você. — O mesmo soltou uma risada calma.

— É inevitável, uma hora todos acabam caindo no meu charme. — Ele falou aproximando o rosto do meu.

— Vocês já acabaram? — A voz de Gamora vez nós dois levarmos um grande susto.

— Pergunta isso pro Peter, ele que começou! — Falei emburrada me levantando com uma careta. O mesmo apenas estava olhando pra mim pensativo.

— Tivemos que aterrissar em um planeta, temos que comprar suprimentos. — Ela falou logo virando as costas.

— Já falei que ela gosta de você? — Falei olhando para o mesmo.

— Está falando comigo? — Ele perguntou saindo do seu transe.

— Só tem você e eu aqui, então acho que a pergunta é óbvia.

— Ah sim, pode repetir a pergunta? — Ele falou ajeitando seu sobre-tudo.

— Esquece... Vamos indo? — Eu falei puxando o mesmo pelo braço.

— O que vamos comprar? — Perguntei olhando para Rocket.

— Eu o Grood e o Quill vamos comprar alguns brinquedinhos, você e a Mantis vão ficar na nave e a Gamora junto com o Drax  vão comprar comida. — O Guaxinim falou.

— Por que eu vou fica na nave? — Perguntei olhando brava pra ele. — Isso é injusto.

— Chora que dói menos. — Ele falou começando a andar.

Eu revirei os olhos entrando de novo na nave. Mantis me acompanhou se sentando do meu lado.

— Você está triste. — Ela falou com uma cara de choro retirando a mão dela de cima do meu ombro.

— Sempre que o Peter fica perto de mim ele fica estranho sabe? Acho que ele junto com os outros não me querem nesse lugar. — Perguntei apoiando minha cabeça no ombro dá mesma. — E também tem minha mãe... Será que ela continua a mesma?

— Bem... Eu acho que o Peter gosta muito de você, Drax fala pra mim que Peter vive falando sobre você, e sua mãe é uma mulher muito bonita. — Ela falou calma. — Ela foi gentil, acho que isso é uma coisa boa.

— Bem eu acho que deve ser.

— Entra logo Quiil! — Rocket gritou entrando na nave junto de Grood.

— Gamora pode estar em perigo! — Peter respondeu, eu logo me levantei e sai correndo da nave.

— O que aconteceu? — Perguntei olhando para os dois.

— O planeta está sendo atacado. — Rocket falou olhando furioso para Peter.

— Onde estão os outros? — Perguntei olhando para Peter.

— Eu vou atrás deles agora, fique aqui com o Rocket. — Peter falou correndo para um lado onde várias pessoas viam correndo de lá.

— Peter, espera!

— Vamos pirralha. — Rocket falou virando as costas.

— Eu sou Grood. — O pequeno Grood falou ficando na frente do guaxinim.

— Eu não vou me arriscar desse jeito. — O mesmo respondeu o amigo que falou mais uma vez "Eu sou Grood". — Eles vão ficar bem.

Eu aproveitei que ele estava destraido e fui correndo até onde os outros estávam.

Quando cheguei no local vi algumas crianças correndo com medo, segurei o braço de uma delas.

— Você sabe o que está acontecendo? — Perguntei olhando para menina.

— A Fênix chegou, ela vai destruir todos nos! — Ela se soltou de mim após escutar um barulho alto.

Logo vi Gamora, Peter e Drax correndo em minha direção.

— Sai!Sai! — Peter gritou quando me viu, Gamora me puxou pela mão correndo até a nave.

Quando chegamos na mesma Gamora mandou fechar a porta e decolar.

— O que está acontecendo? — Perguntei olhando para todos.

— Pelo que parece se todos nós continuamos aqui, vamos todos morrer! — Peter falou. — O planeta vai ser destruído.

— Mas tem crianças aqui. Não podemos deixá-los. — Falei encarando Gamora.

— Eram nós ou eles. — A mesma falou indo até onde Rocket estava.

— Então quer dizer que vocês não vão fazer nada? Onde o nome Guardiões da Galáxia se encaixa? — Olhei furiosa para todos que estavam presentes no local.

— Você quer fazer o que então? — Peter perguntou.

— Salvar eles ora, Rocket abra as portas, temos um novo plano. 

— Você está ficando louca Miranda? — O Guaxinim falou pelo alto falante.

— Abra! — Eu gritei com o mesmo fazendo ele abrir após uma bufada do mesmo.

Logo eu sai da nave e o planeta estava numa completa destruição olhei para os lados e acabei vendo algumas crianças correndo em minha direção.

— Moça vamos todos morrer! — Ela falou me abraçando.

— Ei calma... Eu preciso que você me leve até a pessoa ou criatura que está fazendo tudo isso. — A menina logo correu até uma direção e eu fiz a mesma coisa correndo com a menina.

Logo ela parou na frente de uma mulher ruiva que tinha acabado de matar um homem.

— Preciso que você me espere na frente da nave onde eu estava. — Sussurrei sorrindo para mesma, ela saiu correndo mais uma vez.

Eu olhei para aquela mulher que se virou para mim, um sorriso maroto surgiu em seu rosto e a mesma veio andando até minha direção.

— Olá, Miranda. Estava preocupada com você, aliás não sabia que dia os imprestáveis dos Guardiões iam trazer você. — Ela falou chutando o corpo morto. — Como você está?

— V-você... — Eu a olhei assustada.

— Miranda! — Eu olhei para trás vendo os Guardiões, Peter se aproximou de mim.

— Obrigada meus amores, quando de unidades vocês querem mesmo? — Ela falou pegando um saquinho.

— Você matou todos eles...

— Não fique tão surpresa meu amor, tudo aconteceu como deveria. — Ela sorriu fraco. — Mas esse não é o ponto, você vem comigo, querida. — Ela jogou o saco para Peter.

— Por que você está matando pessoas? — Perguntei confusa sobre tudo o que estava acontecendo.

— Estou tornando essa coisa linda mais forte. — Ela falou tirando do pescoço uma jóia laranja.

Eu olhei para os outros e neguei com a cabeça.

— Eu cresci com você! Você era uma pessoa boa! Nunca faria algo desse tipo. Nunca. — Eu falei dando alguns passos para trás.

— Mia... — Peter segurou minha mão, eu apenas olhei pra ele.

— Miranda, pelo amor de Deus, você não vai fugir da sua mãe não é mesmo? — Ela falou se aproximando. — Depois de todos esses anos esperando para ver você e agora você foge como uma coelhinha assustada. Isso não é nem um pouco legal.

—  Pode parando aí, ruiva. Os planos mudaram. Miranda ficará conosco. — Peter falou atirando nela mas a mesma apenas se esquivou como se fosse a coisa mais simples do universo. 

— Estou desapontada com todos vocês guardiões. — Ela falou negando com a cabeça enquanto em sua mão uma esfera de fogo se formava, olhei para aquilo totalmente incrédula. Que merda toda era aquela?

 Após ela jogar aquela grande esfera em nossa direção, todos nós decidimos correr até nossa nave, eu praticamente precisei ser arrastada com eles, aliás, eu mal conseguia me mover por conta de tudo o que estava acontecendo. Peter falou com Rocket pelo comunicador pedindo para deixar a escotinha aberta, quando conseguimos finalmente chegar na nave o guaxinim a fechou.

Eu me sentei no primeiro lugar possível e me permiti chorar por tudo o que tinha acontecido em tão pouco tempo, meu cérebro tentava desesperadamente entender tanta informação enquanto grossas lágrimas caiam de minha face. Eu tinha passado 7 anos acreditando que ela era boa e gentil, eu tinha chorado igual uma criança desesperada no enterro dela, mas na verdade  parece que tudo o que eu tinha vivido ao lado dela, não passava de uma simples utopia. Minha mãe não era quem eu pensava, muito pelo contrário, ela era uma assassina de sangue frio que matava pessoas com poderes assustadores. 

— Você está bem? — Gamora se sentou do meu lado.

— Por que ela foi embora? Por que ela está matando tanta gente?  Eu não entendo... — Eu a olhei e logo abraçei a mesma que demorou um pouco para retribuir. 

— Vai ficar tudo bem.

Eu fiquei assim o dia todo, mesmo quando eles pousaram em um lugar calmo para deixar as crianças que conseguimos resgatar, eu continuei a mesma. Chorava e chorava, os outros, principalmente Peter e Mantis sempre vinham me ver. Na minha cabeça  a única coisa que se passava era o fato de que eu jamais deveria ter ficado com eles. Eu devia ter continuado na Terra! Nunca deveria ter brigado com a S.H.I.E.L.D. Nunca deveria ter estragado tudo.