História Ataque a Konoha - Parte 10 - Humanos

O ar abafado daquele lugar e a sua cor agora rubra, preenchem em mim o essencial, a determinação. 

A dança acontecia no mesmo ritmo e intensidade dos encontros furiosos de lâminas rápidas. Nenhum de nós dois se distraiu ao longo daquela dança, apenas nos encarávamos e aumentávamos aquele ritmo.

As vestes dos dançarinos agora eram os escombros de uma vila pecadora e o líquido impuro que emanava das feridas e da ambição dos homens. Ambos os lobos sedentos enquanto buscam distintos alimentos : uma vingança ou uma alma. O peso do mundo se alojou em meus ombros, como se eu fosse Atlas e o céu estivesse prestes a cair sobre mim. Porém, diferente de tal titã, eu tinha o porquê, ou melhor, o alguém pelo qual valia a pena segurar aquele céu. 

Um. Dois. Três

Sakura. Sasuke. Eu mesmo. 

Um corte para cada humano que se importava. Aqueles cortes recém feitos, não doíam, apenas me lembravam de onde vim, e por quem eu vim. Um, Sakura não merece perder tudo. Dois, Eu prometi ao meu mestre que iria protege-la. Três, O péssimo prodígio que te arrastou até aqui, um dos culpados, um dos ímpios. Um fracassado. 

Suas lamúrias de fúria e maldição, nunca serão guardados por mim e levados como um rancor. Afinal, se eu fosse rancoroso, tudo isto que estamos passando seria em vão. Os meus sentimentos batiam mais fortes do que nunca. 

- Desista, você só está adiando a tu morte, Uzumaki.- A garota que um dia sonhava em ser Hokage, agora, estava determinada a destruí-lo. Claro que, só por cima do meu cadáver.

Eu pude sentir as chamas negras começarem a queimar e a manga direita da minha blusa começa a fumegar. Arranquei minha blusa ficando com a minha malha exposta. Percebi que ela ja observava meus locais de fraqueza com o seu mangekyo.

Os seus olhares e análises vazios não me causavam temor, apenas determinação. A cada olhar. Um grito de socorro silencioso, e a cada ataque, uma auto afirmação desesperada. Era como se nem mesmo ela  conhecesse mais a própria alma.

Não quis perder tempo e logo fiz os selos de mãos usando um jutsu estilo água que inundou aquele lugar e em seguida ultilizei a técnica Dragão de água, algo que Kakashi me ensinou exclusivamente. Infelizmente, ela usou um jutsu estilo terra fazendo uma enorme muralha de terra.

Fui correndo até aquela muralha, eu estava com fogo nos olhos, eu não podia perder. Fiz o kage bushin no Jutsu e todos os meus clones foram ao ataque em diversas direções da parede, eu fui por cima, já preparando a minha Katana para um corte rápido no busto. Porém, algo que eu temia aconteceu.

Sem qualquer aviso, vi todos os meus 2 clones a direita se desfazendo após uma espada negra de susanoo os cortarem ao meio, e essa espada estava vindo exatamente em minha direção. Sem qualquer desespero, eu ativei minha kekkei genkai e comecei a procurar o ponto fraco dela enquanto aquele susanoo se levantava e acabava destruindo toda a estrutura do lugar.

Por mais que aquele enorme monstro negro tentasse me agarrar, eu estava chegando perto da cabeça do susanoo, onde era praticamente o joystick o qual Sarada o controlava.

Era isto, estava diante de mim, eu e Sarada nos encarávamos a alguns metros de distância. 

Mas...

Algo estava errado...

Não que eu não confiasse na minha habilidade nem nos meus mestres porém, ela deixar eu chegar perto o suficiente...

- Tsukuyomi! - O seu grito pronunciando o nome do ataque foi uma das últimas coisas que eu pude ouvir antes de tudo em minha volta escurecer.

Quando voltei a enxergar, eu não estava mais naquela lugar, eu não estava em lugar algum na verdade. Tentei me mover, mas estava preso a centenas de correntes. Mas que tipo de Genjutsu era aquele? 

- Ah, Uzumaki, Uzumaki - pude sentir os seus dedos gélidos e delicados em minhas costas - Uma criança mimada que nunca aprende a hora de parar... É uma lástima que tanto talento seja desperdiçado por uma mente tão fraca... - Eu nem mesmo a fitei, meus pensamentos corriam desesperados para se livrarem daquelas correntes. 

- Sinceramente... Você poderia ser muito útil, de várias maneiras... - A Kunai que antes estava sendo usada para a defesa dela, agora cortava a minha camisa, deixando o meu peito e abdômen a mostra.

- ... O que vai fazer? Aliás... Não faz sentido...- Eu me negava a ficar naquela lugar. Tentei me livrar daquilo de tantas maneiras, mas nenhuma sem sucesso.

- Talvez não faça sentindo pra você agora...- Ela passa as suas mãos sobre o meu abdômen e parou aonde era o limite, aonde começava minha calça - ... Mas fara quando eu te mostrar...- arqueei minha s sombrancelhas.

- Mostrar o que exatamente...! - Ela se aproximou e começou a beijar o meu pescoço. Admito que corei muito.

- Sabe, tenho muitas coisas pra você Uzumaki, muitas... - Ela continua me provocando, me tirando de mim com seus beijos e mordidas leves - Nós que amamos temos sempre o que oferecer, não é? - Ela ficou na ponta dos pés para ficar da minha altura, ela começou a passar a mão na minha calça, naquela s parte...

- S-SARADA? - Eu estava no desespero ainda mais com esses estímulos, o desespero e o prazer se mesclavam...

- Boruto... - Ela agarrou com a única mão livre o meu pescoço, e me beijou. Fora um beijo doce e ácido ao mesmo tempo, algo maravilhoso. 

Porém, logo depois, uma kunai perfurou o meu tórax, ou melhor, Sarada o fez, o que fez o sangue se misturar ao beijo. Ela parecia gostar daquilo.

Quando ela se afastou, a imensa dor e o sentimento da morte me invadiu, a cada tossida de sangue, uma parte de mim parecia rasgar lentamente, aquilo era a pior sensação do mundo. 

- O prazer carnal e a dor, é o que faz tudo valer a pena para seres tão egoístas e insignificantes... Como humanos...- ela para por um momento - ... Humano... Algo que deixei de ser a muito tempo... Por isso, a purificação do mundo é necessária... Exterminando seres como vocês, a paz é certa.

-... Você busca... Saber tudo...mais... Nunca será mais do que todo mundo...

Porquê... Você sempre vai errar

Tu és o demônio da minha sedução e de minha queda. 

Você é humana.

Até quando...?