História Através do Tempo - Despedida

(POV'S VIOLETTA)

Beijava León intensivamente, minhas mãos penetravam loucamente seus cabelos macios, enquanto o mesmo estava com as mãos posicionadas em minha cintura. Derrubei ele na cama, e continuei a beijá-lo, com meu corpo em cima do dele. 

- Violetta... - ele dizia, se afastando para respirar. Ele dava um grande sorriso bobo.

Sorri também, e dei um selinho nele, logo, afastei-me. Ao me levantar, puxei ele, deixando-o em minha frente. 

- Posso saber o que está acontecendo? - ele riu, depois que terminou de falar. 

Coloquei meus braços em volta de seu pescoço, e ele agarrou minha cintura. Estávamos nos encarando muito próximos.

- A verdade - indaguei, ainda com um sorriso bobo no rosto -, é que eu estou cansada de ficar longe de você... Eu te amo, León. E eu não quero mais perder tempo. 

- Eu.. eu nem sei o que dizer, Violetta... Ontem você me mandou aquela carta e...

- Não importa. Esqueça aquela carta... Eu não quero mais te perder, não quero mais ficar longe de você. Aliás, eu... Eu recebi sua carta, e seu presente. 

Ele sorriu.

- E... você gostou? - ele perguntou. 

- Eu amei.

- Você não está usando. - ele constatou.

Isso era verdade. Logo, expliquei: 

- Eu pensei em usar. Iria colocar no pescoço, mas foi aí que percebi que se você me deu, você que deveria colocá-lo. 

Ambos sorrimos. 

- Eu adoraria. - ele disse, tirando os cabelos que cobriam meu ombro, enquanto eu me virava.

- Só assim faz sentido. - mordi o lábio inferior. 

Ele delicadamente, pegou o colar que estava em meu bolso, e colocou em meu pescoço, enquanto eu segurava meu cabelo. Sentir seu toque e sua respiração tão próxima à mim, fez com que eu me arrepiasse, e ele percebeu. Depositou um beijo em minha nuca, deixando-me mais arrepiada. Olhei para o colar e sorri. Ele era realmente perfeito.

Virei-me para encará-lo. 

- O que está olhando? - perguntei, sorrindo maliciosamente. 

- Você é linda... 

Ele me beijou e novamente pude sentir o mundo ficar parado naquele momento. Meu coração saltava e saltava sem parar. Sua língua massageava a minha, numa constante dança entre nossas bocas. Afastei-me quando já necessitava de ar.

- É tão bom saber que ficaremos assim pra sempre... - comentei.

- Como assim? - ele perguntou. 

- Juntos, León.. Agora que estamos bem, sinto que nada pode mudar e estragar isso. 

Seu semblante mudou por completo. Senti que uma grande tristeza invadiu seu olhar. Ele se virou e se sentou na cama, abaixando a cabeça.

- León, o que foi? - perguntei, sentando-me ao seu lado.

Ele olhou pra mim.

- As coisas não podem ser assim, mesmo que eu quisesse que fossem... - Ele falou, colocando as mãos em volta das minhas costas, deixando-me repousar a cabeça em seu ombro.

- Por quê? Achei que estivesse tudo bem agora. Minha tia me disse uma coisa que é verdade. - desencostei de seus braços, e o fitei. - Se o amor é recíproco e verdadeiro, estamos destinados a ficar juntos.

Ele riu sem humor.

- Eu queria que fosse verdade. Mas como podemos ser destinados se eu nem sou daqui, Violetta?

- Você tem razão, você não é. Mas é isso que torna tudo especial. - dei uma pausa, enquanto pensava nos fatos. - Você não vê? Você precisou atravessar barreiras, linha do tempo, pra nos encontrarmos, pra você encontrar o seu amor, León! - disse, soltando uma risada leve no final. 

- Violetta, mas não podemos ficar juntos, porque se eu continuar aqui, você sabe o que acontece.

- Não, não precisa ser assim. - disse, ao me lembrar o que havia esquecido por muito tempo. - Você não vai morrer, deve haver uma solução. Até lá daremos um jeito, eu prometo, você só precisa...

- Violetta - Ele colocou as mãos em meu rosto, segurando-o. - não tem jeito. Eu vou ter que ir, e nós não poderemos ficar mais juntos. Você não sabe o quanto... O quanto eu daria para ter nascido no mesmo ano que você. Comigo você nunca poderá ter uma vida feliz, nunca poderá sair despreocupada, nunca poderá viver se ficar se prendendo à mim. Por isso que você precisa me deixar...

- Não! León, pare de falar asneiras. Você e eu, daremos um jeito. Juntos. - Segurava para não deixar as lágrimas rolarem. 

- Violetta, com tudo isso eu não pude te contar...

- O quê?

- Eu consegui consertar minhas poções, e... Vou ir amanhã. Vou voltar para casa. - ele falou, fitando-me de uma forma triste.

- Não! O quê?! - Tentava pronunciar as palavras, mas isso só me desabava mais. 

Lágrimas escorriam pelas minhas bochechas. León tentava me acalmar, limpando-as com o polegar.

- Ei, está tudo bem. - ele dizia. Mas não, não estava.

- Você não pode ir, León, por favor! - pedia, mesmo que fosse em vão.

- Você sabe que tenho, meu amor. - Por quê ele disse aquilo? Só fez piorar a situação.

- Quer saber? - limpei as lágrimas com as mãos - Se você não pode ficar, eu vou com você! - levantei-me. 

Ele arregalou os olhos, levantando-se também. 

- Você está louca? Você sabe que se você for, você também morre. 

- Eu não ligo! - falei, imponente. - Eu vou. Prefiro morrer a não ter você.

- Violetta, você não vai. Você precisa me deixar ir. Eu não quero te ver assim. - ele disse se aproximando de mim, então me deu um abraço.

Desabava em seus ombros, tentando eliminar toda dor que preenchia meu coração, o que era ineficiente. Depois de alguns minutos ainda assim me pronunciei.

- Então o que nós vamos fazer, León? 

- Nos despedir. Fazer com que essa nossa última noite seja especial. E depois teremos que seguir enfrente. 

- Eu não quero... - tentava sacudir a cabeça para que não voltasse a chorar. 

- Violetta, preciso que saiba de algo. Depois de muito tempo infeliz, a única coisa boa que fiz foi amar você, mesmo que agora doa, precisa saber que o que sentimos, nos permitiu viver de novo. A tristeza era muito forte, e com você, eu superei. Você foi um exemplo pra mim, e eu nunca encontrei alguém como você. Alguém que tenha todas suas qualidades. Você foi a melhor coisa que aconteceu pra mim. - ele sorriu.

- Você foi a melhor coisa que aconteceu pra mim também. - o abracei.

Soluçava de tanto chorar. 

- Eu não quero te perder. - resmunguei.

- Você não vai. Sempre estarei aqui - ele pôs a mão no lado esquerdo do meu peito, onde estava o coração. -, sempre. 

Então sentimos que era o momento certo.

Ele me jogou na cama, e me beijou. Nos ajoelhamos na mesma, onde, delicadamente, ele tirou minha blusa. Tirei a dele. Invertemos nossas posições, deixando-o abaixo de mim. Tracei beijos em seu abdômen, acariciando o mesmo. Deitei-me, então ele começou a beijar um pouco acima dos meus seios, logo, arrancou meu sutiã, jogando-o em um canto qualquer do quarto. Tirei suas calças e sua parte de baixo, e ele fez o mesmo. Nos beijávamos intensamente. Ele apertava levemente minhas coxas, mordendo meu pescoço, enquanto eu fincava as unhas em suas costas. Desceu a série de beijos até chegar nos meus mamilos, beijando-os de forma excitante. Soltávamos alguns gemidos durante, o que nos deixava mais loucos.

- Você é linda. - ele sussurrava em meu ouvido, deixando-me excitada ao extremo.

- Você é perfeito. - retruquei a provocação.

[***]

Quando finalmente atingi meu ápice, acabamos. Ainda despidos, nos deitamos de concha em sua cama. Ele me abraçava por cima, enquanto minha cabeça repousava em seus braços. Estávamos quase pegando no sono, quando o escutei dizer bem próximo ao meu ouvido:

- Eu te amo Violetta Castillo. 

- Eu te amo muito, muito mais, León Vargas. 

Então adormecemos, tendo essa como a melhor noite de nossas vidas. Porque, apesar de carregarmos a tristeza de que amanhã ele teria que ir embora, carregávamos algo mais: nosso amor. E foi nessa noite, que o selamos.