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História Através do Tempo - 2220


Escrita por: chimfairy

Notas do Autor


Oie! Hoje o capítulo está saindo um pouquinho mais tarde porque estava meio ocupada hoje e faltava terminá-lo. Espero que gostem! Obrigada pelos lindos comentários no capítulo passado, e pelos 34 favoritos! Eu adoro vocês!! <3
Boa leitura!!

Capítulo 17 - 2220


Fanfic / Fanfiction Através do Tempo - 2220

(POVS LEÓN)

Senti o impacto ao colidir em algo duro. Minhas costas juntamente com meu corpo, arrebentaram-se. Ou foi pelo menos essa a sensação.

Contraí meus olhos e os abri, para desembaçar a visão desfocada. Minha imagem ficou nítida, enquanto todos os acontecimentos passavam pela minha cabeça como páginas de um álbum de fotografias.

Consegui entender onde estava. Em uma cápsula. As quatro paredes, o teto e o chão, formavam um retângulo de pé, formado por aço. Balancei a cabeça para entender tudo com perfeição. Era muito confuso. O único raio de luz que me permitia enxergar tudo ali, era proveniente de uma janela, não de vidro senão de algum material muito resistente. A claridade que invadia a cápsula, estava me desfavorecendo. Fazia muito tempo que não estava acostumado com este ambiente.

De repente, uma voz eletrônica disse: Chegada realizada. Controle estabilizado.

A porta da cápsula se abriu, fazendo-me enxergar um lugar bastante conhecido: meu laboratório de pesquisas, de 2220.

- León! – Uma voz gritou, aproximando-se de mim. – León! – Repetiu. Ao chegar perto de mim, a figura escura tomou forma e pude reconhecer quem era: Mark Clanet. O mesmo que eu sempre conheci. Cabelos escuros, estrutura alta, e os óculos grandes postos sobre os olhos. Ele se aproximou de mim, e me ajudou a levantar. – Meu Deus, Leonard! Você está bem?

Com ajuda, sentei-me em uma cadeira, ao lado do balcão, que estava cheio de papeladas e compostos químicos sobre a superfície.

Senti uma ardência na testa, ao mesmo tempo que coloquei a mão na mesma. Senti cortes por toda a face. Fiz uma careta nada bonita.

Só então, abracei meu amigo.

- Eu nem acredito! – Ele dizia, enquanto me abraçava. – Você está vivo e... aparentemente bem!

Nos afastamos.

- Fico feliz em vê-lo, Clanet! – Abri um sorriso largo.

Ele também estava sorrindo.

- Acho que precisa me contar tudo, como é 2016, como são as coisas, as pessoas... E contar para sua mãe e irmã também, León. Querendo ou não, o que fez foi imprudente, achei que você fosse mais maduro para tomar algumas decisões! – De repente mudou seu semblante para uma feição brava e irritada. – Ficamos todos preocupados. Principalmente sua família, você não sabe o que...

De repente ele parou de falar. Percebeu meu estado.

- Acho que deve estar cansado. Vá descansar, tomar um banho, e depois falaremos sobre isso.

Abaixei a cabeça e soltei as lágrimas. Um choro triste. Embora estivesse bem, eu estava sem ela.

- León, o que houve? – Mak perguntou, colocando a mão direita sob meu ombro.

- Não sei como vão ser as coisas, Mark. Sem ela, estou sem rumo. Sem Violetta sinto que sou inútil, que minha vida é inútil.

- Não, ela não é inútil. Você tem a mim, sua mãe, sua irmã, seus outros amigos, seu trabalho, você tem muito, León. Não desista. Vai ter que superar, assim como superou Mary.

- A diferença – indaguei, limpando a garganta – é que Violetta me ajudou a superar Mary. Eu ainda amo e sempre amarei Mary, mas de uma maneira diferente. Violetta foi a única pessoa que me fez sentir o que senti, que me abriu os olhos e que me amou como ninguém. Eu a amei, e amo, como nunca amei ninguém.

- Eu sei, eu sei. Descanse, e dê tempo ao tempo. Só ele pode resolver as coisas.

- Estou cansado de esperar. – Levantei-me.

Comecei a andar até uma das mesas que estava livre de objetos. Tirei minha mochila das costas e a coloquei em cima da mesa, quando comecei a esvaziá-la. Tirei umas notas de dinheiro que sobrara, meu Diário de Pesquisa, a poção que sobrou, e... A carta que Violetta me dera. Mesmo que fosse uma carta triste, falando que ficaríamos separados, eu resolvi guardar e trazer comigo, afinal era uma das únicas coisas que tinha dela

Rapidamente, desviei o olhar para minha mão. Encontrei ali, nosso anel. Eu respeitava acima de tudo nós dois, e sabia que usá-lo não seria certo, porque não estávamos juntos. Teríamos que começar uma vida nova daqui em diante, seguir em frente e enfrentar a vida nova que teríamos que ter agora.

Tirei o anel do dedo, e guardei no bolso. Quando chegasse em casa, com certeza o guardaria em algum lugar melhor. Peguei a poção e andei em direção à Mark Clanet, que ainda estava parado no mesmo lugar.

- Mark. – Indaguei, e o mesmo se virou para mim, com um sorriso. – Ahn... Pode me dizer onde está o cofre do laboratório? Preciso guardar esta última que sobrou. Era para ser de Mary, mas... Acho que você já sabe que não precisei utilizá-la.

Ele assentiu e me guiou até uma salinha não muito longe da que estávamos. Ao abrir a porta, prestei atenção na mesma, na qual não enxerguei absolutamente nada demais. Era um espaço com um sofá grande, e um carpete vintage que cobria o ambiente todo. Havia vários quadros por toda a sala, mas apenas isso.

Mark andou em direção até um dos quadros. Era pintado com uma mistura de cores diferentes, mas não o entendi muito bem. Não deu tempo de analisá-lo pois Mark o abriu. Sim, tecnicamente ele o abriu. Desencostou da parede, e lá, havia um... cofre. Confesso que fiquei surpreso, uma sala grande dessas simplesmente para deixar um cofre escondido.

Ele digitou uma senha que não pude ver qual era, e o mesmo se abriu. Ah, agora entendi porque tanto sigilo! Tinha muita grana naquilo. E coisas de valor. O cofre não era muito grande, todavia cabia muita coisa. Mark pegou o vidrinho com a poção de minha mão, e o colocou lá dentro. Fechou, e colocou tudo como estava antes.

- Então Vargas – Ele se virou para mim, com um sorriso misterioso -, quer ir ver sua família?

[...]

Todos foram bem receptíveis. Minha mãe quase surtou, e minha irmã ficou feliz em demasiado. Receberam-me bem, no entanto, as perguntas começaram a surgir.

- Meu filho, eu nem acredito! – Minha mãe acariciava meu rosto, com lágrimas nos olhos. – Por onde você se meteu? Meu Deus, nunca mais suma assim!

- Calma, Sra. Vargas, ele irá te explicar tudo, acho que só precisa de um descanso! – Clanet riu enquanto dizia.

- León! – Ouvi a voz miudinha que tanto reconhecia.

- Elena! – Gritei ao vê-la.

Minha irmã pulou no meu colo me abraçando fortemente. Já não estava mais tão parecida como a última vez que a vi. Parecia que tinha crescido, apesar de só ter ficado fora alguns meses. Seus cabelos negros iam um pouco acima da cintura, e seus olhinhos verdes como os meus estavam brilhando mais. Elena tinha quatorze anos, mas sempre aparentou ter menos.

- Onde você estava, León?!

- Gente prometo explicar tudo, só preciso descansar antes. – Disse, forçando um sorriso. – Estou muito feliz em vê-las!

Estava muito feliz em vê-los, mas eu estava triste também. De coração partido, para ser mais exato.

- Meu filho, estou irritada com você, mas não mais que feliz. Vá, descanse, faremos um belo jantar de boas-vindas no qual você poderá contar tudo sobre o que houve. Mark seja bem-vindo para jantar conosco, chame Amanda também.

- Perfeito, assim falo com todos juntos. – Disse.

Subi as escadas indo até meu quarto. Ele estava como antes, nada fora do lugar e sem nenhuma poeira. Minha mãe deve ter cuidado de tudo, para ficar como se eu nunca tivesse ido.

Meus quadros pendurados em cada canto do quarto, minha prateleira no canto com vários livros de trabalho juntamente com meu diploma e meus méritos, meu armário no outro canto e minha cama no centro. A sacada da janela estava fechada. Decidi abri-la para dar um ar fresco ao quarto.

Iria tomar um banho, até que me lembrei de algo: meu anel. Tirei-o do bolso e o guardei em uma caixinha no fundo de minha gaveta que ficava sempre trancada. Lá ele estaria protegido para sempre.

Tirei os sapatos e entrei no banheiro. Tomei um banho, deixando a água escorrer por cada centímetro de meu corpo, fazendo com que o limpasse e a mente também.

Joguei-me na cama e esperei pelo sono vir. Não demorou muito, até que já estava dormindo profundamente.

 

O relógio despertou. Olhei para o lado e vi que eram 19h25. Vesti-me e me preparei para o jantar.

Ao chegar na sala de jantar, vi minha irmã, Clanet e Amanda sentados, conversando. Minha mãe acabara de se sentar.

Andei até a mesa e me sentei em um dos lugares também. Amanda me cumprimentou, e colocamos a conversa em dia. Após o jantar terminar, fomos à sala para todos me ouvirem.

Contei para eles cada parágrafo da minha viagem, para onde fui, porque eu fui, e tudo que precisavam saber. Contei até sobre Violetta e o amor que deixei para trás. Todos ficaram bem tocados, até Mark que já sabia da história completa. Contei tudo que passei e tudo que vivi.

- Que você nunca mais faça isso, Leonard Vargas! – Minha mãe me repreendeu quando terminei de contar.

- Ai, mãe, não seja tão dura com o León. – Elena dizia - Ele acabou de deixar o amor da vida dele para trás e você fica reclamando. Além do mais, ele é o primeiro a viajar no tempo! Qual a probabilidade disso?

Todos rimos. Mas no fundo, eu sabia que doía muito.

Quando já era tarde, todos foram embora. Foi o momento em que me joguei na cama novamente, e, enquanto o sono não chegava, pensava nas coisas.

Mesmo que tudo estivesse de cabeça para baixo, precisava seguir em frente. Trabalhar, ter apoio da minha família e dos meus amigos, e viver a vida, assim como Violetta faria. Eu prometi a mim mesmo, naquela noite, que eu não ficaria me torturando. Não adiantaria me torturar. Eu teria que tocar minha vida, porque não teria Violetta de volta, nunca.

O dia de amanhã, seria uma nova etapa. Um novo amanhecer.

 

[...]

 

Um ano depois.

 

(POVs Olívia)

- León pelo amor de Deus, para com isso! – Puxei a garrafa de uísque de sua mão.

- Qual foi, Olívia?! Deixa de ser chata, me devolve isto! – Ele exigiu, com a voz toda bêbada.

- Para! Não vou te dar, León! Levanta dessa cama, já está na hora de levantar. Você prometeu que não jogaria sua vida no lixo, mas olha só pra você!

- Do que importa, Olívia? Minha vida já está uma bosta desde que eu voltei. Eu tentei andar para frente mas não dá! Eu sou um idiota. Me devolve essa bosta, caralho! – Ele gritou, ainda jogado em sua cama.

- Não! Sua mãe me chamou aqui porque ela sabia que eu era a única que poderia te ajudar já que o Mark está trabalhando, o que você deveria estar fazendo, León! – Sentei-me ao seu lado, e o encarei. – Continuar se lamentando, se afundando no álcool não vai trazê-la de volta! Você precisa levantar e encarar as coisas.

- Eu – ele dizia, com a voz trêmula de tanto beber – quero que a vida se foda. Vai embora, Olívia.

- Não vou te deixar aqui, você é meu amigo, León.

Ele se levantou e rodeou o quarto, ameaçando cair por já não se aguentar de pé.

Corri até ele e o ajudei.

- Vamos, você precisa tomar um banho, tá com cheiro de álcool por todo seu bendito corpo.

Ajudei a levá-lo ao banheiro, e enchi a banheira. Sai do banheiro e pedi para que ele tomasse um banho.

Ah, meu Deus, o que farei para ajudar ele? Ele precisa esquecer essa menina que ele deixou para trás um ano antes, se não ele jamais vai viver novamente. 


Notas Finais


Salto no tempo, SIM!
Mas vocês vão entender tudinho nos próximos capítulos. León acho que ficou meio... Muito mal. E quem será essa Olívia? León bêbado? O que esse um ano fez?
Mais uma vez, não me matem! Hahaha

Espero que tenham gostado! Deixe seu comentário pra mim saber o que você achou, responderei todos! <3
Beijos e até a próxima semana! ^_^

Ps: Fiz há algum tempo um vídeo de Violetta (a novela/série em si) e um Leonetta. Pra quem gostar e quiser ver, deixo os links aqui!
Violetta - https://www.youtube.com/watch?v=2ntjLbyrHHY
Leonetta - https://www.youtube.com/watch?v=BSBdTTfSxGs


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