História Baby vs Daddy - War of hormone - Insecurity

Após aquela magnífica, ou melhor, esplêndida festa, Namjoon e Jin não pensaram duas vezes e foram direto para o aeroporto para assim pegar o aviao para Dubai.

Hoseok não poupo esforços para alugar o melhor quarto do melhor hotel de Dubai, para que assim o novo casal pudesse desfrutar seu matrimônio em perfeita estadia.

— Você acredita que estamos aqui?. — Jin perguntou ao mais novo enquando observava a sacada do quarto onde estavam hospedados.

— Sim, estando com você eu acredito em tudo. — Namjoon respondeu abraçando o mais velho por trás.

— Ja falei hoje que amo você?. — Jin virou-se de frente para seu marido.

— Ja, mas não custa nada ouvir novamente. — Nam disse sorrindo.

— Eu amo você. — Jin sussurrou.

— Eu também amo você. — Nam sussurrou igual ao mais velho.

Uma leve brisa fria invadiu a sacada, batendo em contato com o rosto de ambos.

Namjoon suspirou, talves ele não estivesse acreditando que realmente estavam ali, e ainda mais casado. Ele sentiu o mais velho lhe apertar mais forte, tentando encontrar abrigo em seu peito.

— Esta frio, vamos nos deitar?. — O Kim mais velho perguntou.

Nam nada respondeu apenas se afastou do mais velho e pegando em sua mão o conduziu até a cama.

Se deitaram,e claro que Jin não perdeu a oportunidade de deitar sobre o peito de seu amor, e ser consumido pelo calor do outro.

Namjoon estava feliz.

Namjoon esbanjava felicide, talves não desse para perceber mas o mesmo estava muito feliz, tão feliz que o universo não seria capaz de distinguir o que ele sentia.

Namjoon estava triste.

Por outro lado, num lugar bem escondido de seu coração, o mais novo estava triste. Triste por lembrar da promessa não cumprida que ele fez para sua "Noona",triste por saber que ela poderia estar ali no lugar de Jin, mas o mundo foi traiçoeiro e à levou de si.

Namjoon estava confuso.

Poderia ele tar arrependido de seu casamento?

Poderia ele estar pensando na possibilidade de terminar o que nem começou ainda?

Não, ele não estava tão confuso assim. Tudo bem, ele queria sua "Noona" ali com ele, mas queria Jin também.

Em alguns momentos até brigou com sigo mesmo, pois não achava correto pensar assim, ele sabia que amava o mais velho, amava com todas suas forças.

Namjoon estava relembrando.

Em outros momentos, se pegava relembrando de acontecimentos passados.

Você escolhe a maneira como quer viver sua vida, você escolhe suas ações, suas falar, sua personalidade.

"— Baixinha, irritada e chata. Iremos ser grandes amigos." — Debochou o pequeno Kim de 9 anos para a aluna nova.

" — Debochado e arrogante. Iremos ser grande inimigos." — Rebateu a mais velha.

Você faz as escolhas que lhe agrada, entra no caminho que gosta.

" —Se for pra ser sua colega, prefiro ser atropelada por um ônibus!." — Gritou a mais velha.

" — E eu me certificarei de ser o motorista." — Namjoon sorrio de canto.

Você faz de tudo para que sua vida seja completamente planejada... Mas existe algo que você não pode lutar...

" — Eu quero que você pare de chegar perto de mim." — A mais velha disse encomodada com a presença do mais novo.

" — Acontece que você é apenas um ano mais velha que eu entao não tenho que te obedecer, alem do mais estou me lixando para o que você quer, ou deixa de querer. " — Namjoon respondeu impaciente.

" — Eu odeio você." — Ela disse fazendo Nam rir de canto. " — É eu odeio você, e quero que você vá tomar... ".- Nam a interrompeu.

"— Me odeie o quando quiser, mas me faça um favor... " — Ele suspirou e continuou. " — Guarde para você."

E sem perceber seus olhos o enganaram e automaticamente marejaram. Fazendo mais lembranças virem.

"— Você esta bem?." — Nam perguntou para a mais velha que chorava.

"— Aqueles garotos do quarto ano me derrubaram."— Choramingo a pequena.

"— Vem, eu lhe ajudo. "— Nam estendeu a mão para ela.

Desde aquele dia algo mudou em relação a eles. Ela não dizia mais que o odiava, e nem mesmo ele fazias suas brincadeiras bobas sobre a mais velha. E com isso a amizade de ambos foram crescendo.

dias viraram semanas, semanas viraram mêses, e mêses viraram 4 anos.

Tudo estava indo bem, ambos cursava o sétimo ano juntos, eram inseparáveis. Até que tudo aconteceu.

Com 14 anos a "Noona" foi diagnosticado com câncer, naquele dia, naquele maldito dia Namjoon chorou, chorou mais do que achou que poderia chorar. Gritou mais do que sua garganta pudesse aguentar. E se isolou.

Ele sabia como iria terminar, sabia por tudo que ela iria passar, e sabia que nao iria conseguir ser forte pelos dois.

"— Eu estou bem, logo estaremos correndo novamente."— Disse a mais velha, enquando fazia sua quimioterapia.

"— Você esta dizendo isso a 4 meses. "— Os olhos de Nam marejaram.

"— Desculpa."— Ela sussurou.

A quem ela estava querendo enganar, ela mesma sabia que não estava tudo bem, os remédios não faziam efeitos e seu estado estava piorando.

Namjoon não aguentou tudo aquilo, não aguentou ver sua melhor amiga daquele jeito. E sumiu.

Noona às 00:42

"Como você esta? "

Noona às 00:43

"Faz tanto tempo desde nosso último contato, queria saber como está.

Noona 00:44

"Como anda a vida?, tem se alimentado?, e a escola?

Sinto sua falta..."

Noona 00:45

"Espero que esteja bem...

Queria dizer que eu estou, mas estarei mentindo.

Queria notícias sua, por que você sumiu? "

Noona 00:46

"Eu ainda espero por você, e mesmo sabendo que você nunca virá... eu ainda tenho esperança, pois é ela que me faz viver"

Noona 00:47

"Eu procurei você no facebook, você foi embora e nao deixou vestígios...

Preciso lhe ver mais uma vez...

Noona 00:48

"Quero ouvir sua voz, quero dividir o mesmo espaço que você...

Eu quero tanta coisas, mas que na verdade, eu apenas queria"

Noona 00:49

"Queria ter te abraçado mais quando tive tempo, queria ter olhado mais para você, para assim decorar cada detalhe de seu rosto

Noona 00:50

" Por favor,eu preciso de você, juntos vamos sair dessa.

PS: melhores amigos"

Namjoon voltou. Mas se arrependeu.

Ela estava estabilizada -ao menos era o que o Kim pensava-, respondendo bem aos tratamentos, e os meses quase se tornaram um ano, quando tudo aconteceu de forma rápida.

Namjoon tinha apenas 14 anos quando sua Noona morreu.

Novamente Namjoon estava a pensar sobre a morte dela, e se questionar se ele poderia ter feito algo para que isso não tivesse acontecido.

Pobre Namjoon, ele estava tão destruido que nem percebia, e estava se destruindo ainda mais ao pensar nela.

E Enquando aquela turbulência acontecia na cabeça de Namjoon, Jin apenas durmia tranquilamente, sonhando com uma famlia que iria contruir com Namjoon.

E com trilhões de pensamento correndo em sua cabeça, Namjoon adormeceu.

•●•●•●•●•●

Eram 2 da madrugada, Jimin durmia ao lado de Jungkook, aparentava estar em um maravilhoso sono.

Enquanto isso, Jungkook estava sentado na cama com a cabeça entre os joelhos, seu rosto coberto de lagrimas, e em sua mão uma lâmina, a sua lâmina amiga, aquela que a meses sequer havia tido contato com seu corpo —sua coxa para ser mais específica—

A algumas horas atras, logo após o novo casal ter ido para Dubai, Jimin o questionou por que ele não contava sobre seu passado, e agora, lá estava o pobre Jungkook relembrando de seu maldito passado, relembrando de tudo que lutou para esquecer.

Hoje fazia 1 anos desde que perderá sua mãe; exatamente 345 dias haviam se arrastado vagarosamente desde o dia em que levará bruscamente a alma de Jungkook, somente para si, sem ,no mínimo, o questionar sobre seu consentimento.

Jungkook permanecia inquieto, perturbado. Sofria de insônia e era tomado por pesadelos que persistiam em lembrá-lo daquele dia; o dia que tomara sua mãe de sí. Tudo para o moreno permanecerá como ilusão:somente um sonho.

Continuara a guardar o momento em que notaria não passar de um pesadelo, e acordaria para buscar consolo em sua querida mãe.

Jungkook havia se tornado apenas um corpo vazio, sem vida. Pois sua alma havia sido levada embora junto com sua mãe.

Quando conhecerá Park Jimin, sentiu como se ele estivesse vivo de novo, e por algum tempo esqueceu-se de seus verdadeiros sentimentos, e agora, ai parado ele conseguiu se lembrar, e sentir tudo o que ele estava conseguindo superar.

Jungkook sentia raiva do mundo, pois o mesmo havia sido tão cruel consigo. Se fosse pedir muito, desejava fechar os olhos e não abri-los nunca mais.

Quando pequeno, sua mãe gostava de sair para caçar consigo, e assim ensinou ao menos todas as suas habilidades. Ensinou que tudo que vem fácil, vai fácil. E que o tempo iria lhe tirar quem ele mais amava, entretanto, colocaria alguem melhor no lugar. Ensinou que a mentira é algo que consome a alma, e que prejudica muitas pessoas.

Jungkook se sente vazio.

É um vazio eterno.

Se sente silencioso.

Um silêncio sufocante que grita as coisas que o alfa tenta esquecer, não importa o quanto ele tape os ouvidos, o silêncio lhe faz fazer leitura labial de suas lembrança.

Ele não sente nada.

Ele não sente nada, porque sente tudo, ao mesmo tempo. Ele não sente nada nunca, porque ta sentindo sempre.

E de todas as coisas que ele ja sentiu, a falta de sua mãe é a mais recorrente.

Jungkook sente dor.

É doloroso porque ele não senti nada e acaba sentindo tudo.

Jungkook sente culpa.

Se ele tivesse mantido a calma, ela estaria aqui.

Jungkook sente raiva.

Se ele não tivesse perto daquele carro... se ele... não existisse isso não teria acontecido.

Jungkook se levantou de sua cama e foi para a sala, onde encontrou Yoongi sentado, o mesmo lhe olhou e pode ver nos olhos do mais novo que o passado estava lhe assombrando novamente.

— Senta aqui, vamos conversar. — Yoongi disse baixo para não acordar os outros três.

Jungkook andou lentamente ate o sofa que o mais velho estava sentado e sentou-se.

— Ele perguntou sobre meu passado. — Jungkook solucou com suas lágrimas caindo.

— Qual o problema?, fale para ele. — Yoongi disse confiante, apenas ele, Nam e J-Hope sabia sobre seu passado.

— Não é tão facil assim. — Jungkook disse baixo, olhando para seus pés. A sua lâmina ainda estava em sua mãos, e ele passou a encará-la, cogitando a ideia de utilizá-la novamente depois de mêses.

— Se cortar só vai piorar. — Yoon sussurou pondo sua mão sobre a lâmina e a pegando.

Jungkook olhou para o mais velho, seus olhos vermelhos, seu nariz fungando e recordou quando teve sua primeira crise após a morte de sua mãe,relembrou quem o ajudará naquele momento.

Naquele maldito dia Jungkook estava exauto

Seu corpo estava exauto.

Não sentia mais suas mãos. Na verdade, não sentia mais parte nenhuma de seu corpo.

Os cacos de vidros lhe rasgavam a pele, e alguns deles lhe entraram em seus pés ,contudo, nem aquela dor conseguia distraí-lo.

Sua mente estava em branco, a voz de Namjoon ecoava em sua cabeça 

"Voce à matou. Você matou sua mãe"

E por algum motivo Jungkook não podia dizer que era mentira

— Jungkook!.— A voz de Yoongi ecoou um pouco, pois o mesmo estava no corredor, ao lado de fora da sala de treino, onde Jungkook gostava de treina suas danças. — Kook... Por favor...Abra a porta...

Junto com a fala do mais velho, tinha batidas frenéticas sobre a porta.

As costas de Jungkook estava encostada no espelho atrás de sí ,o espelho que cobria toda a parede daquela sala. Agora, estilhaços de vidros estava sobre o chão e sobre seu corpo também. Havia sido inevitável; nenhum espelho daquela sala continuava intacto.

E sua mãe Yeon estava morta.

— Jungkook. — Mi Yoongi falou mais alto. — Jungkook... Por favor...

Sua mãe sempre lhe dizia que ele era um péssimo motorista, e ela tinha razão. Jungkook não conseguia se lembrar muito; apenas as luzes dos faróis, e um caminhão vindo na contramão, sua mãe gritando, tirando o sinto de segurança do seu filho para então destravar as portas e jogá-lo para fora do carro. Tudo tão abrupto ,poderia até mesmo se surpreender com os reflexos de sua mae, já que ela mesma continuou parada, com os olhos arregalados esperando a batida.

Bem, a batida aconteceu, mas havia apenas Yeon no carro para recebê-la.

"Yeon esta morta por sua culpa. Sua culpa"

Aquilo doía, doía pois ele acreditava em tais palavras.

Antes, os gritos, o choque dos automóveis e as luzes.

Agora, o sangue, o vidro partido.

Depois, mais nada.

As luzes; os sangues; e mais nada. 

Yoongi por fim conseguiu entrar, e fez os curativos necessários, e juntos voltaram para a casa onde Jungkook morava.

— Me desculpe. — Yooni disse alisando os cabelos do mais novo.

Yooni tentou de tudo para deixar Namjoon longe do mesmo, ja que Yeon era como uma mãe para Nam, o mesmo não pensou duas vezes e o culpou pela morte da mulher.

— Obrigado. — Jungkook agradeceu.

Yoongi apenas sorriu e bagunçou de leve o cabelo do moreno.

Jungkook ja havia chorado tanto, mas agora nada mais saía. Queria gritar, mas era como se algo impedia de abrir a boca; queria berar para mundo que era sua ,sua, sua culpa por Jeon Yeon estar morta.

E o Min o abraçou forte, e Jungkook parecia alheio a qualquer fatos externo. E estava. Por que em sua cabeça, apenas três coisas se repetiam sem para

As luzes; o sangue; e então, nada mais.

●•●•●•●•●•

Taehyung estava sendo abraçado por Hoseok, enquanto o mesmo olhava para o teto, ele estava se perguntando onde que Yoongi havia ido, e por que estava demorando tanto.

Taehyung teve medo.

Medo do mesmo ter ido embora.

Taehyung lembrou.

Lembrou de algo que a muito tempo não lhe pertubava. G-Dragon.

Mas por que ele lembrou?

Sera por culpa?

Culpa por te o desprezado quando o mesmo queria apenas amá-lo.

Sera por saudades?

Saudades das aventuras que faziam junto.

Saudades de seu primeiro amor, saudades daquele que se entregou pela primeira vez.

Taehyung chorou.

Ele tentou ao máximo abafar seus soluços, mas foi algo impossível, Yoongi entrou pela porta do quarto, e o mais novo fingiu estar durmindo.

— Não precisa fingir, eu escutei seus soluços. — Yoongi disse calmo, tão calmo que Taehyung estranhou.

Tae abriu os olhos e olhou para o branquelo que lhe deu um sorriso e se deitou ao seu lado.

— Onde você estava?. — Tae pergutou com aquela sua graciosa voz rouca.

— Conversando com o Jungkook. — Respondeu baixo, afinal, não estava nem um pouco afim de acordar o Jung.

Tae sorriu e virou-se para Yoongi, ficando de conchinha com o Jung. Yoongi depositou um selar demorado nos labios do mais novo e se virou para assim ser abraçado pelo mais novo.

Aquela conversa com Jungkook, havia o deixado pensativo.

Namjoon havia perdido seu primeiro amor. S/N.

Jungkook sua mãe. Yeon.

Yoongi, bom, poderia dizer que era aquela beta mas não, eu estarei mentindo.

Yoongi ja amou, amou intensamente, amou tanto e preferiu deixar em segredo.

Ele não quis dividir com ninguem sua dor.

Yoongi tinha 16 anos quando tudo aconteceu.

Yoongi abriu os olhos com dificuldade, tanto para abrir quanto para se acostumar com a luz.

Olhou para o lado esquerdo e viu um aparelho,o som indicava que estava tudo bem, olhou para a direita e viu um soro sendo injetado em sua veia.

— Funcionou. Você acordou. — Uma enfermeira disse ao adentrar em seu quarto.

Yoongi estava no hospital.

O mesmo piscou algumas vezes, pois sua visão estava embaralhada.

— Onde esta a Shinyon?. — Foi a primeira coisa que ele perguntou.

Byun Shinyon era sua namorada, sua primeira namorada, estavam juntos há um ano ,ela que o ajudará com seu lobo, ela que o ajudou quando não havia ninguem para lhe explicar sobre aquilo.

Ela foi sua primeira ômega.

— Vou chamar o doutor. — A enfermeira disse assustada.

Yoongi não conseguiu ficar parado,e com sua mão esquerda retirou aquele soro e se levantou indo até a porta,sentiu seu corpo doer,principalmente seu peito,o ar lhe faltou,e teve que se enconstar na parede ou iria cair ao chão.

— Onde você vai rapaz?. — O medico disse tocando no ombro de Yoongi.

— Cade a Shinyon?. — Perguntou novamente.

— Vamos à minha sala. — E novamente ninguem o respondeu.

Com a ajuda da enfermeira seguiu o medico até a sala,onde entrou e se sentou.

— Será que dar para me dizer onde está Shinyon?. — Yoongi estava impaciente.

— Você lembra do acidente?. — O medico perguntou enquanto assegurada uma caneta esperando que o mais novo respondesse.

— Acidente? que acidente?. — Yoongi não estava entendendo nada.

– Você caiu da ponte, na noite em que você e ela voltavam do aniversário do seu amigo Chanyeol. — O medico disse suspirando.

Yoongi se viu caindo,sentiu seu pulmão encher de água,seu corpo pesava. E entao ele lembrou.

— E onde esta ela? ela ja sabe que estou bem?. — Ele estava nervoso. — Ontem ela disse que tinha uma festa hoje e queria que eu a acompanhasse. — Ele disse preocupado.

— Ja se passará 6 anos Min Yoongi. — O médico disse baixo.

— 6 anos?, isso é uma piada. — Yoongi disse levantando da cadeira. — OK, OK, ja deu amor, pode parar de se esconder. — Ele disse olhando para todos os cantos da sala, na esperança que fosse uma brincadeira.

O médico se levantou e pegou um papel na gaveta.

— Ela disse para você ir para esse endereço quando acordasse.

Sem pestanejar Yoongi pôs vestes mais decentes e saio em direção ao tal endereço.

Muitas coisas haviam mudado em Seul, existiam prédios antes inexistente.

Após alguns minutos caminhando, ele se deparou com a casa de sua namorada, essa era a casa do endereço lhe dado. Não havia grandes reformas, mas dava para notar que fazia tempo que ninguém à pintava.

Yoongi se aproximou do portão e entrou, bateu algumas vezes na porta mas ninguem atendeu, Shinyon nunca escutava suas batidas, pois sempre estava ouvindo música.

Então ele arriscou-se a tentar abrir a porta, e por sorte estava destrancada, o mesmo chingou Shinyon mentalmente por ter deixá-la assim, afinal sabe lá quem poderia entrar lá sem que a mesma pudesse notar.

Suga estava nervoso. Enquanto subia as escadas seus passou eram firmes, ele iria chingar muito ela por ter feito essa maldita brincadeira.

"6 anos"

Suga pensou e sorriu de canto, como Shinyon foi boba em pensar que o Min iria acreditar naquela encenação. 

O mais velho adentou o quarto, mesmo achando estranha a ausência dos país da mesma.

Olhou para cada extensão do quarto e então à encontrou.

Andou até a cama, contando rápidamente oito cadernos.

virou a capa do primeiro, que estava escrito 2009.

"Oi.

Eu não sei como começar isso, mas, os médicos me disseram que você vai ficar em coma. Foi um choque, me perdoe, quebrei nossa promessa e chorei.

Mas eu não vou desistir, continuarei todos os dias aqui com você, e escreverei todos os dias aqui, para quando você acordar, não se sentir mal por perder algumas coisas. Eu te amo."

— O quê?. — Ele pronunciou em voz alta, confuso, e folheou algumas páginas.

"Hoje é a décima semana aqui, você ainda não apresentou nenhuma melhora, sequer se mexeu. Mas não vou perder as esperanças, eu continuarei ao seu lado todos os dias. E quando você acordar, vamos viver juntos, como eu prometi. Eu te amo."

Folheou mais páginas, indo para quase metade.

"Esse é meu terceiro mês aqui. Daqui a uma semana você vai fazer outros exames, não estou cansada, não se preocupe. Sinto muito a sua falta, espero que você acorde logo. Eu te amo"

Ele fechou o primeiro caderno.

Pegou o segundo, de capa vermelha, escrito 2010.

"Hoje faz um ano. Eu venho aqui todos os dias, mas você ainda continua imóvel. Calma, eu não desistirei de você! Eu ainda estou aqui, esperando você acordar e viver a sua longa vida comigo. Eu te amo."

Passou para o final do caderno.

"Um ano e sete meses.

Você finalmente apresentou uma melhora, nunca estive tão feliz em minha vida. Eu te prometi, você vai acordar e ficar bem, espero você aqui. Eu te amo"

Pulou os dois caderno verde escrito 2011 e 2012, e pegou o preto, com escritas em prata em um grande 2013.

"Feliz aniversário! Eu te amo, espero que você acorde logo. Hoje faz 4 anos e oito meses que você está aqui, mas logo você acordará, eu prometo."

Folhou mais algumas folhas

"Suga... Eu não consegui perdoar Chanyeol. É tudo culpa dele. Ele sabia que você tinha medo de fantasmas, e se fingiu de um no orfanato para que você ficasse com medo... Fez você correr... E aquela tempestade... E o rio.

Me perdoe, mas, se não fosse por ele, você estaria aqui."

Folheou mais algumas folhas

"Min... quatro anos e seis meses.

Os médicos não querem mais deixar você aqui, não posso permitir que eles desliguem suas máquinas. Acorde, por favor. Eu te amo."

Ele fechou o caderno pegando assim o penúltimo.

"Hoje fazem cinco anos que eu estou aqui, esperando você acordar. Me pergunto como você está. Minha vida não tem sido a mesma sem você, não consigo seguir em frente. Acorde, estou te esperando."

Folhou.

"Eu perdoei Chanyeol. Foi difícil, e ainda está sendo. Mas, você nunca gostou das nossas brigas, e então eu decidi perdoar. Por favor, acorde."

Peguei o último caderno.

"Seis anos!

Finalmente descobriram o seu problema, você poderá acordar! Estou tão feliz. Eu cresci bastante, espero que você ainda me ame. Você precisa de um transplante, e logo irão arrumar para você. Mal posso te esperar, eu te amo"

Nervoso, o mais velho pulou para a ultima folha, mas não tinha nada escrito, então, voltou até a ultima folha escrita.

"Eu não escreverei mais cartas. Espero que entenda o por quê; eu precisarei viajar por um tempo. Mas eu prometo, nós nos encontraremos um dia. Siga em frente, sorria, viva os 6 anos e dois meses que você ficou em coma. Arrume um novo amor, visite Chanyeol, cuide da sua saúde. Eu te amo."

— Como assim. — Min estava chorando.

As lagrimas desciam queimando o rosto do agora indefeso, Yoongi.

Yooni olhou para a escrivaninha e andou até a mesma, vendo um papel vermelho com um simples laço preto, que segundos depois ele descobriu ser uma carta. E abrirá a mesma.

"Bem, essa será a última carta. Eu prometo.

Muitas coisas aconteceram e está tão difícil continuar. Não sei se você irá me perdoar; mas agora, só isso me resta. Sinto muito por não poder ir atrás de você para te dizer o que sinto, mas eu não conseguiria ver seus lindos olhinhos fechados sabendo que eu poderia ter abri-los. 

Pensei muito sobre esta partida, e entendi que isso é o melhor a se fazer. Pode ser que você não entenda meus motivos, mas isso o tempo irá te mostrar. Assim eu espero. Estou te deixando hoje, com essa vontade de continuar.

Suas pegadas pela minha vida irão continuar em mim, indeterminadamente. E eu lembrarei de você e de todos os nossos momentos. Porque o que a gente grava no coração, nunca se apaga. E eu não quero que se apague; por mais que doam algumas de nossas lembranças juntos, eu sei que eu pude amar você tão intensamente, que até eu mesmo duvido.

Vou embora para que você seja livre. Você tem uma vida pela frente, pois eu lhe ajudei em tê-la. E eu quero que você encontre alguém que te entenda melhor do que eu e que seja melhor do que eu. E eu não sei se farei o mesmo, afinal não sei o que vai acontecer depois.

Do céu vão cair lágrimas frias e salgadas. Lágrimas de tristeza, saudade e de dor; mas eu sei que em um momento, elas vão cessar. Porque tudo na vida passa, até mesmo o amor. E então, volte a olhar para vida com esperanças novamente. Esperanças em um novo amor e em uma nova vida, mas sem mim.

Cuide bem de você de agora em diante, eu não estarei mais aqui. Nos dias frios, se agasalhe bem, e não sinta minha falta te abraçando enquanto estávamos em frente à lareira e cobertos com nosso edredom favorito. Essas lembranças logo não farão mais sentido. E um novo amor estará debaixo das suas cobertas.

Me perdoa.

Eu queria ter sido melhor pra você 

Quando eu soube que por um transplante você acordaria, e que éramos compatíveis, eu tive sentimentos diferentes.

Por um lado, eu estava realmente feliz.

Você iria acordar, e eu sempre te protegi de tudo, e você acordando pronta para viver sua vida, foi uma felicidade que não cabia em mim."

Mas, por outro lado, eu estava destruída. Você teria a sua vida. Mas eu não faria parte dela.

E isso, era, definitivamente, a pior coisa para mim. E, não consegui esconder minha frustração ao descobrir que eu não o veria acordada outra vez."

Digo, eu estava muito feliz com você acordando, não tenha dúvidas. Mas, saber que não ouvirei a sua risada, sua voz, não te zoarei, eu fico triste.

Mas, no fim, eu estava feliz por saber que você terá sua vida de volta.

Espero que você me entenda, e se preferir me odeia, apenas lembre que eu te amei intensamente por seis ano, e mesmo não estando mais presente, irei te amar até mesmo depois que meu coração parar de bater

Com amor;

Sua Byun Shinyon"

Ah! aquele maldito dia...Yoongi chorou tanto, foi tão dificil para ele acreditar. Que ele buscava durmir sempre que possível pois assim logo ele iria acordar daquele pesadelo.

Yoongi se sentia vazio, ele havia acabado de perdê-la e não sabia como agir.

Naquele momento ele queria ter seus país, mas os mesmos o abandonaram no orfanato.

Um ano se passou e aquela dor não diminuía, e ele passou a viver na floresta ,longe de tudo e de todos. Ficar na forma de lobo o ajudava a não pensar tanto, e ele descontava sua raiva em suas prezas, até em fim, conhecer a matilha de Jungkook.

Hoseok foi o primeiro a lhe encontrar, o mais novo por algum momento achou que Yoongi fosse malvado, afinal, o mesmo se encontrava com seus pelos ensanguentados, e um olhar vazio, que chegava a dor só de olhar.

Logo em seguida foi Jungkook e por ultimo Namjoon.

— Ainda acordado Min. — Hoseok o puxou de suas lembranças.

— S-sim... mas... estava indo durmi agora. — O mais velho respondeu nervoso.

— Você esta bem?. — Hobie perguntou levando sua mão que abraçava Tae, até o quadril do branquelo. — Eu ouvi você fungar, e você nunca faz isso, você esta gripado? ou estava chorando?.

— Não... eu... acho que... estou começando a me gripar, não se preocupe anjo. — Yoongi respondeu suspirando.

— Anjo?, você deve estar mesmo ficando doente. — brincou Hoseok.

Yoongi sorriu nasalmente, e agradeceu em pensamentos por ter aquelas duas criaturas ao seu lado.

Prometedo a sí mesmo que iria ser mais amoroso com os mesmo.

Afinal, Yoongi havia encontrado uma pessoa para dividir suas cobertas, ou melhor, duas pessoas.