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História Back for you - Quer sair comigo?


Escrita por: AmadoraAutora

Notas do Autor


OIIII CUPCAKES!!!!! Meu coração fica apertado quando eu fico presa na rotina e não consigo andar com os capítulos, mil desculpas, as coisas andam tão complicadas por aqui, mas quem disse que o coração e a mente não fica tendo mil e umas ideias para essa partezinha que eu gosto muito. Eu não vou desistir disso aqui e conto muito com o apoio de vocês! Capítulo 33 com todo carinho pensando em vocês, se tiver qualquer erro peço dez vezes mais desculpas!!! Estou feliz pois o anterior pude apresentar o personagem Freddie e agora tenho mais um para apresentar, aguardo ansiosamente para saber o que acharam, espero que gostem.
Amo vocês!!!

Um boa leitura <3
Xx Ju

Capítulo 33 - Quer sair comigo?


Fanfic / Fanfiction Back for you - Quer sair comigo?

Pov Isabela

Três minutos, parece pouco, mas para mim já é muito. Talvez eu devesse voltar para onde eu estava, terminar também o que eu deveria estar terminando. A mecha do meu cabelo persistia em cair em meus olhos ao invés de ficar atrás das minhas orelhas. Perdi as contas de quantas vezes já coloquei ela em seu canto.

Me curvei ao bebedouro sentindo a água gelada passar pelo o meu peito e entrar rapidamente em meu organismo, minha mente constantemente jogava um aviso para que eu se acalmasse logo, antes que eu tivesse um ataque cardíaco. 

Tentei até fugir, porém quem disse que eu consigo?

As paredes parecem se transformarem em ímãs num instante que meu plano de fuga pretende entrar em ação, o chão parece ter se formado em uma cola altamente forte porque meus pés mau consegue se locomover, assim sendo a alternativa restante era de eu me escorar na parede e esperar, como fiz.

-- Ei cheguei!!! - levei um susto, o tal do piloto automático decifrando o dono daquela voz em segundos sabia muito bem que nenhum mau poderia me fazer. Como uma onda de sentimentos bons se instalasse em meu corpo e cada músculo contraído se mostrava diferente depois.

-- Está atrasado. - cochichei me aprofundando e deliciando o seu cheiro.

O coração desacelerava e acelerava por conta dos beijos trilhados em minha clavícula e todo pescoço, embora ele tentasse explicar o motivo pelo o qual não chegou no horário de sempre as palavras se tornavam sem som, não pretendia ouvir qualquer coisa, pois mais uma vez lá estava eu me encontrando perdida em seus olhos. Até ele perceber e sem sinais ou delongas preenchemos a distância de nossos corpos. Nos beijamos.

-- Pra que essa pressa toda? - questionou assim que nos faltou ar em nossos pulmões.

-- Não é pressa, Z! Só não pretendo que sejamos vistos, e pronto. - respondi dando de ombros.

-- Não estamos fazendo nada de ruim, muito pelo ao contrário. - disse Zayn ajeitando aquela mecha chata ao mesmo tempo que eu o observava mordendo um dos seus lábios.

Coisas como essas de colocar uma mecha atrás da orelha, me deixa abobada como nos outros dias, sua proteção e carinho vem á tona sem que ele mesmo dê conta de seus atos. Tudo para ele basta ser simples e singelo. Antes que ele possa estar bem, pode ter a certeza que sempre vai perguntar se precisa de alguma coisa ou se você passa bem.

Optou por beijar o topo minha cabeça e afagar uma das maças do meu rosto. Sorri.

-- As vezes penso que possa ter vergonha de mim. - afirmava nítido.

-- Não, não, não. - falei rapidamente. - Você sabe Zayn.

-- Eu ainda não sei. - disse pondo as suas mãos no bolsos de sua calça, enquanto continuava a olhar para mim. - Estamos assim faz semanas.

Vendo ele encostar na outra parede, abaixei os meus olhos para os nossos tênis. Esse bebedouro se encontra escondido entre duas paredinhas, quase duas pilastras, mesmo ele tentando ficar longe estamos praticamente perto um do outro.

-- Só não quero que ninguém saiba. - respondi novamente. - Não por agora. Desse jeito está tão bom.

-- Bela, não tem como ninguém saber. Estamos em aulas diferentes, eu na classe de reforço e você no seu debate. - na sua voz dava para ver que ele não queria tentar me confortar, mas era o que tentava transmitir. - O pessoal também está em outra.

É verdade, tudo é pura verdade, faz semanas que estamos nesse lance de se escondermos como duas crianças a sair por aí para se beijarem longe de seus "pais", finjo que sei o porque de termos que nos esconder, porém vire e mexe eu acredito saber e quando eu sei a explicação evapora.

Ele não precisa de nenhum reforço na tal matéria, pois pelo o que eu sei ele passa bem em todas as sua avaliações e eu mal consigo prestar atenção na palestra filosóficas das quintas, minha visão embaça só de ficar olhando para professora. Antes mesmo de nos vermos, eu e ele, estamos trocando mensagens, ou seja, meu rendimento é zero naquilo.

É melhor nessas escondidas aventuradas, pois  não vejo isso de forma diferente.

Também nego que possa ser medo, digo receio, quem pode nos dizer ou avisar o que está por vim caso decidimos tomar qualquer passo á frente, que pensamos está realmente nos levando pra frente, mas na verdade tudo não se passa de sermos puxados mais pra trás do que antes.

-- É que eu não penso e nem quero estragar tudo, envolver o que sentimos e o que vivemos com os nossos amigos. Podemos de uma hora pra outra mudarmos um com outro, com eles, eles mesmo também podem mudar comigo e com você. - tentei explicar.

-- Ok, não precisa se explicar. - se aproximou novamente. - Será que ficaremos assim constantemente?- disse ele segurando a minha cintura.

Minha garganta secou, as palavras desapareceram e sem saber o que falar a minha expressão facial respondeu por mim.

-- Desculpa. - falei mais baixo do que eu queria.

-- Tudo bem. - disse prontamente segurando firmemente o meu rosto, depositando um beijo no canto da minha boca. - Temos ainda dois minutos. - falou engraçado ao olhar seu relógio invisível em seu pulso conseguindo me fazer rir.

-- Acho que sim. - sorrimos e nos beijamos com desejo, acabei me desprendendo dele aos poucos, não queríamos, mas ao lembrar que a professora palestrante notará a minha falta. - Z, eu preciso ir. - o de se esperar não conseguíamos nos soltar, selávamos as nossas bocas novamente. - A senhora Mills. - sorri. - Z, ela vai acabar me fazendo uma pergunta difícil.

-- Podemos esticar esses dois minutos? - perguntou com o seu melhor sorriso e o tom castanho de seus olhos lançavam para um mais escuros.

-- Claro que sim! - disse dando um selinho antes de partir. - Que tal um hambúrguer? - perguntei andando de costas e atenta antes que ele pudesse me prender em seus braços novamente, talvez isso acontecesse e eu não faria tanta questão de me soltar.

-- GrillBurgue´s, 20:30hrs. - disse ele em tom baixo, embora já estivéssemos em uma distância considerável.

Balancei minha cabeça em resposta e andando mais rápido até a porta azul, antes que eu adentrasse de longe ele mantinha contanto aos meus movimentos atrapalhados com a maçaneta da porta.

Pov Bia

Atirada no chão cinzento com pouco de sono, os fios do meu cabelo em minha face não estava servindo para me manter acordada, mesmo tendo seis vozes ao meu redor a falarem tanto sem eu entender a que assunto discutem, suspirei, agora me mantendo de olhos abertos era para toda decoração do quarto. Os posters, CD e DVD, livros, fotos, amuletos, enfim...

-- A Universidade inteira está falando sobre isso.

-- E eu ainda nem procurei saber e ao menos não sei o que fazer. Achei que seria uma coisa simples, é muito tudo complicado. - dizia Larissa.

-- Por que? Já tenho ideia do eu vou querer. - disse Rebeca.

-- Shiuuuuuu!!!! Então não fale pra gente. - disse Mari com o dedo indicador sobre a boca de Beca.

-- Tá eu pergunto mais uma vez. - Beca se encontrava perdida.

-- Acho que eu posso entender o que a Mari quer dizer com o "Shiuuu". - Ju abriu a boca e riu levemente. - Eu vejo que podemos influenciar uma a outra, caso eu escolha uma área que realmente é do meu interesse talvez vocês concordem em fazer o mesmo só por causa da minha companhia e pensar que desse modo será mais divertido e melhor.

-- Seria legal. - disse Mari.

-- Sim, isso é verdade. - disse Beca dando de ombros. - Mas eu já tenho a minha escolha e vocês nãooooo!!! Indecisas...

Antes de ralhar Mariana pigarreou a chamar atenção de Beca e falou.

-- Tomara que desista e se lasque para decidir outra! - baixei as minhas pernas cruzadas para ver a cena que era de se esperar observar a Ruiva jogar a seus cabelos a frente da outra.

Nos fazendo rir.

-- É como no médio, Lari tinha me dito que ainda dava para que pudéssemos estudar juntas no  e fazer mesmo curso técnico, queria ter ido para ficar com ela e nos diverti, de cara já sabia que qualquer hora as coisas ficaria difícil e também era hora de cada uma tomar seus caminhos. - suspirou e continuou. - Então, decidi encarar o desfaio que meu pai tinha me dado, fui lá e consegui.

Passamos os três anos do Ensino Médio longe uma da outra, as circunstâncias no deixaram sem escolhas pra podermos se encontramos sempre e lidar com a dificuldade de não nos vermos, aos poucos acabamos acostumadas com a ideia.

Pelo que eu sei Ju até o ano passado se sentia realmente sozinha, talvez mais do que as outras no novo colégio que estudava e a decisão a tomar sobre o seu caminho, futuro, o que escolher, somando com a pressão dos nossos pais, tem que passar no vestibular, enfim a surpresa veio e as nossas cartas acabaram sendo aprovadas por aqui.

Como amiga e como Ana Beatriz sinto-me mais aliviada em poder estar com Ju amanhã quando não só ela, mais todas terem que escolher o início de uma nova fase e lá me encontrarão em forma de apoio dizendo verbalmente oi mentalmente: VAMOS LÁ MINHAS VACAS!!!!!

-- Isabelaaaaaaaaaa!!!!! Saí daí!!! Fica fuçando as coisas dos outros sem autorização, já tá me dando nervoso. - disse Mari com uma de suas mãos na testa.

-- Falou a menina que anda  com um grampo no bolso da calça. - disse Beca rindo e se protegendo como sempre achando que Mari vai fazer alguma coisa, mas ela simplesmente abraça a pequena fada Rebeca.

-- Só quero achar uma coisinha peculiar nesse quarto! - disse Bela com a voz maliciosa, escutei e pelo a sua voz falava parecendo não fazer questão em nos enxergar de tão atenta a sua procura por algo. - E concordo com você, Beca.

Estávamos subindo as escadas todos juntos depois que as aulas acabaram, por conta do almoço ser legumes e alguma outra coisa a maioria preferiu ficar sem comer, em vez de eu conseguir parar na minha porta chegamos logo em um quarto mais próximos de nós. Nesse caso é o do queridíssimo Louis, infelizmente.

Ficaria um pouco mau eu sair sem nenhuma educação deixando todos para trás, eu só não sai porque a curiosidade também me ocupava para saber sobre esse quarto. Eles ficaram até a pouco conosco, mas foram tirados da nossa companhia com uma mensagem os convidando para uma partida de futebol.

Desde que coloquei os pés nesse habitat a expectativa mais a curiosidade se esvaram em minutos e até então só penso em qual momento sairemos daqui, as meninas estão confortáveis pelo o fato do dono do quarto não se importar que fiquemos sem a sua presença.

O cheiro desse quarto é uma mistura do seu suor com algum perfume barato que eu tanto conhecia quando toda porcaria de vez ele se aproxima para dizer uma das suas babaquices. A sensação de inalar esse cheiro aumenta em instantes a minha raiva repentina.

Paro e penso para saber o que eu fiz para ele?

Só me trata nas piores babaquices! Por algum momento do nosso dia como aquele das roupas cheirosas onde a calma nos proporcionou cinco minutos de paz, conversamos civilizadamente como dois adultos diferente de duas crianças infelizes com o amiguinho do lado.

Talvez aquele Louis eu goste mais, talvez eu faria de tudo um pouco para ter a mesma companhia para se jogar conversa fora, cativar bons laços, enfim você pode escolher qualquer um dos meninos e direi que posso conversar com cada um abertamente sem frescuras e receios.

Já com Tomlinson a tarefa é difícil até porque antes de falarmos uma palavra jogamos desaforos na cara do outro sem piedade. Todo lado bom moço, prestativo em ajudar qualquer um que apareça com seus problemas existi, mas só para alguns e eu estou fora dessa lista, de fato esse Louis eu nunca poderei conhecer e me apresentar.

-- Bia! Biaaaaaaaa!!!!! - berrou Lari com o rosto em cima de mim, estremeci assustada fazendo Ju rir.

-- Aí meu Deus!!! - Ju limpava os seus olhos aquosos de tanto gargalhar.- Pensava em que menina? Foi longeeee.

-- Nada. Pensava em nada. - menti prontamente me confundindo com as minhas próprias palavras.

-- Pensei que estivesse morrendo depois desse suspiro e ficar eternamente olhando pro teto. - disse Larissa.

-- Só me desliguei quando vocês começaram com esse papo adulto e chato de sempre. - essa parte é verdade.

-- ACHEIIIIIIIIIII!!!!!! - Bela gritou escandalosamente assustando todas da roda.

Me virei de barriga para baixo para ver o que tinha acontecido pelo o fato de eu estar no meio da roda, antes deitada conseguia observar todas menos Isabela, agora via ela saltitante balançando algumas revistas pelo o ar e pela minha preguiça procurei não tentar saber do que se tratava.

Depois de soltar mais um guincho pude vê-la se jogando o seu corpo na cama daquele ogro.

-- Quer me matar do coração?! - disse Ju com mão no peito.

-- Andem! Vejam isso!!! - falou folheando as páginas.

Continuei e ali fiquei vendo as outras se aproximarem, deitando ao lado de Isabela, algumas preferiram se sentar também e logo depois todas tinha as expressões mais bizarras. 

-- Ohhh meu Deus!! Não acreditoo!!! Louis ainda usa isso?! - disse Bela não sabendo se falava ou se ria da situação

- Ouw! Você não vai abrir mais páginas! - disse Lari rindo.

Teimosa, quer dizer curiosa, Bela se atreveu abrir mais duas páginas que de longe eu eu liguei os pontos e sabia do que se tratava.

-- Uhhhh!! - disse ela após ver o que queria ver. - Acho que você, Lari, tem razão. É melhor ficarem fechadas e voltarem para o sei esconderijo

-- Eles são completamente ridículos a ponto de terem revistas com conteúdo nudez de mulheres! - dizia Ju balançando a cabeça ao fechar os olhos e relembrar do que tinha visto.

-- Isso é completamente errado, Vovó! Concordo com tudo que disse. - falou Mari abraçando Ju, ambas riram da encenação.

-- Bia, o que acha? - perguntou Beca se virando para me olhar.

Me levantei ficando próxima da beirada da cama.

-- Nenhuma surpresa era de se esperar, ainda mais vindo de Louis. Acredito que seja complicado para ele encontrar uma parceira que possa chegar até lá come ele. - falei descruzando os braços e pondo em minha cintura. - Pelo os meus cálculos, ele é chato, estúpido, implicante...

-- Pode deixar que a próxima eu sei. - Bela se levantou da cama a bater as palmas de sua mão para expulsar a poeira cinzenta. - E infantil. - falou caminhando até mim, me puxando para um abraço.

-- Nossa como acertou?- disse brincando com a mesma.

-- Pensei que seria...Fascinante, lindo, amorzão da minha vida... - Larissa falou me obrigando a colocar as língua para fora e dar dedo do meio pra ela.

-- Acho que vamos ter que esperar mais um pouquinho para ver o amor se descoberto. - disse Beca entre Ju, Mari e Lari com o seu melhor sorriso.

-- Não ia dizer mais nada, né! Porém já digo, vai demorar... - disse Lari rindo.

-- Rídiculas. - falei ao mesmo tempo que revirava os meus olhos, só de pensar que essas palavras pudessem virar realidade o enjoo subia o meu estômago até a minha garganta.

-- Gente, vou dormir! - disse Mari entre os bocejos.

-- Aqui? - perguntou Lari.

-- Não né, no meu quarto, Dona Bananinha.

-- Então, vamos nessa! - disse Bela se desprendendo de mim e caminhando até a porta.

-- Pensei que nunca mais iríamos sair daqui! - disse ironizando.

-- Seria o pior pesadelo. - disse Ju rindo com a minha cara de total aprovação.

-- Deixa as minhas sardas, Ruiva falsificada! - Larissa ralhava atrás de mim.

-- Te amo amiga e do jeito que você é. - eu segurava a porta para as donzelas passarem de maneira lerda. O rosto de Larissa brilhava com o tratamento carinhoso e raro vindo de Mariana, é as vezes somos surpreendidas pela as duas, duas garotas sem muitos abraços e beijos. - Mais continua sendo bananinha. - completou Mari vendo Larissa fazer a pior expressão.

Fingiu está desapontada mais uma vez com o seu apelido, logo  desmentiu e sorriu acompanhando o passo da fileira.

-- Estou precisando de bala. Vou procurar uma loja de doces, sorvetes e afins, alguém quer algo de lá? - ofereceu Ju ao passar perto de mim.

-- Bala e chicletes! - falou Beca já no corredor.

-- Quero chocolate! - berrei ao pensar no que eu escolheria, elas estavam bem na frente.

Fechei a porta atrás de mim respirando tranquilamente, agora, aliviada por finalmente me livrar daquele espaço, o mesmo que me remete a sensações confusas e oscilatórias que eu não recomendaria nem ao meu pior inimigo. E assim segui as meninas observando o quanto meus tênis precisam serem limpos urgentemente ao meio de tantos pensamentos e a vida corrida.

Pov Juliana

Sob o meu corpo arrumei o casaco impedindo que o vento gelado não atravessasse e com ele chicoteava o meu cabelo que simplesmente não fazia questão de parar em seu lugar. Na faixa de pedestre, depois de atravessar a rua com o semáforo em vermelho coloquei a minha mão fria em meu bolso para notificar as notas, algumas moedas, a listinha e se esquentar, prosseguindo a minha caminhada.

Pela a longa calçada minha admiração por como a cidade se erguia aumentava a cada passo dado, as construções, a arquitetura em si, tudo se transformava do monótono para algo fantástico, espaços diferentes e legais para se passar o tempo é o que mais encontramos.

Já a pequena aqui, mal pode arranjar um tempinho que seja para tudo isto, bem que eu queria trocar as horas de estudo, os dos problemas da vida, e tudo, para se passar por cada restaurante e lojinhas encantadoras á jogar tempo.

A tarde nos ressaltava que logo, logo a noite surgiria e aos poucos os letreiros brilhantes tomariam vida chamando atenção de quem passasse e por aqui, ao meio de tantos, procurei algum que relacionava seu nome a doces e afins. Até encontrar, antes parei perdidamente na lojinha que esbanjava as dez fofuras na vitrine, todos os filhotes dali só queriam atenção e um colo, pequenos e cheios de carinho para oferecer.

O cheiro que percorria a o meu nariz revirava o meu estômago e de qualquer um com uma pizzaria mais à frente.

Vendo o sapatinho azul caído ao chão, logo procurei achar o dono, com tantos rostos em meu campo de visão deparei com uma moça bem vestida e apressada atravessar em diagonal uma ponta á outra da calçada, ia sem perceber que deixara os sapatinhos passar batido ao sair da loja chique de roupas.

Peguei e chamei a sua atenção.

-- Eii moça! Caiu. - disse estendendo para ela.

-- Ohhhh muito obrigada. - respondeu agradecida e com um largo sorriso em seu rosto.

-- De nada. Quer ajuda? - me ofereci ao ver a mesma repleta de sacolas e com dificuldade carregava o bebezinho no colo.

-- Pode me ajudar com a cadeirinha.- disse ela apertando o botão para acionar as portas de seu carro para que destrancassem.

Abri a porta, pus o meu chocolate quente no paralelepípedo e só depois com o maior cuidado peguei o serzinho de olhos cinzentos a me olhar entusiasmado. Como o de costume fiz o mesmo ao  que sempre faço ao meu irmão nos passeios de família, deixei ele confortável o bastante, em seguida travei os cintos bem maiores que os seus bracinhos.

-- Pronto. Tchau rapazinho. - disse ao terminar, falei abobada, a voz que sempre usamos achando que falamos a língua dos bebês.

Fechei a porta delicadamente para não assusta-lo, peguei o meu chocolate sentindo a saudade de bons tempos esquentar o meu coração.

A mãe contornou o carro após arrumar a mala, olhou para o seu filho e antes de se despedir agradeceu novamente dizendo que é muito raro ver os britânicos quererem se comunicar com o próximo. Ao ouvir o carro partindo me dei a total conta que longe da Universidade eu já estava, cansada de tanto andar e não achar nada, balancei o copo frio percebendo também que não tinha mais nada ali.

Intercalando o meu olhar entre onde eu estava até a outro lado, a melhor coisa a se fazer é voltar, as meninas que me desculpem por não conseguir levar nada de bom, perto da lixeira pública a dois metros um banquinho de madeira com almofadas fazia de serventia aos clientes do lugar, presumo que o dono seja mesmo gentil em oferecer acomodação fora ou é mais para chamar compradores em seu agradável negócio.

Sentada, repousei a minha cabeça entre a vidro marfim e a madeira do banquinho, sem pedir, o nome Rebeca veio em minha mente como uma palavra em caixa grande da mesma forma que escrevemos no computador.

Eu me sentia e me sinto péssima faz dias, talvez eu tente ser discreta, mas quase sempre em vão, as meninas já me alertaram o quanto ando estranha ultimamente, com a mesma pergunta, a minha resposta não seria diferente em dizer que nada de errado acontecia.

Carregando o título da pior das amigas possíveis optei deixar as coisas normais como são, porém a tentativa fracassou inúmeras vezes, o coração e a mente relembram a cada momento de tudo, ainda mais quando tinha a certa ousadia de intercalar a minha atenção aos dois.

A si mesma com aquela vozinha bem no fundo da alma, a pergunta que não para de martelar é por quanto tempo vou parar de ser uma irracional e explicar tudo, a palavra que põe o fim nisso é nada menos que a coragem. Depois de tantos anos de amizade, posso sentir uns dos sentimentos mais descabíveis: a porcaria do ciúme.

O barulho do sino vindo da porta e a risada de um casal que passava bem a minha frente saiam de lá com um saquinho cheios de guloseimas, na qual dividiam, conseguindo me tirar completamente do transe e da volta que dei em meus pensamentos. Arrumei a minha postura, de maneira rápida caminhei até a porta podendo ler as grandes letras com formato daqueles pirulitos vermelhos e brancos, que denunciavam o nome do estabelecimento.

Sem questionar muito, Dulce Sabor e toda a sua decoração mais os tijolos coloridos da fachada com as cores desbotadas dava a melhor sensação.

Ao adentrar a loja o sininho em cima da porta fez que o barulho se propagasse pelo o ambiente, um lugar grande, bem grande e cheios de prateleiras de madeira até é as de vidro, de momento acredito que por aqui tenha todos os doces do mundo.

De relance enxerguei os chocolates com avelãs empilhados em tamanhos e provavelmente diferentes, pelo o corredor peguei uma cestinha e a cada passo enchia a minha mão variando de um doce para outro, espero que após levar para a Universidade eu e as meninas não tenhamos problemas com o diabetes ou ser tendenciosas.

Com aroma ainda mais forte e gostoso, na bancada um vidro preso dava a oportunidade de eu ver um menino, talvez com oito anos ou menos se aproveitando da máquina de chocolate e fazendo a arte de criar bombons e bolinhos. Por um descuido acabei esbarrando em alguma coisa, o chão virou um mar de pacotes brilhantes, demorei uns dois segundos para recolher a burrada.

-- DROGA!!! - na tentativa de falar somente pra mim acebei deixando escapar alto.

-- Ei! Tudo bem, pode deixar. - uma voz puxada por algum sotaque desconhecido chamou a minha atenção.

A pessoa a quem tinha uma voz bonita por sinal, se prontificou de fazer a mesma coisa. Ajoelhado recolhia mais barras do que as minhas pequenas mãos poderiam recolher.

-- Foi minha culpa. Desculpa, não quero causar problemas! Receio que seu patrão possa deixa-lo encrencado, mil desculpas! - falei finalmente levantado o meu olhar e um rapaz com cabelos de fios loiros volumosos e uma barba para fazer, me encarando com os olhos castanhos delicados.

-- Ele é o meu avô, nenhuma encrenca. - disse descontraído, rimos.

Ri frouxamente por causa do alívio, ainda bem que é negócio de família. Já pensou se o moço é despedido?

-- Brasileira? - perguntou.

Queria entender como as pessoas conseguem acertar a minha nacionalidade, quase sempre acertam de primeira até parece que eu ando com uma bandeirinha do Brasil na minha testa. É divertido essa identificação fácil deles e a cara espontânea que vem logo depois de terem acertado.

-- Escutei o "droga" que disse. - falou ele, um pouco abismada com a clareza que pronunciou a palavra em português.

-- Sim. - disse dando de ombro, levantei e ele também. Coloquei as barras em suas caixas meio que desorganizadas em relação como o mesmo separava por ordem. - Juliana. - respondi sorrindo e ajeitando o meu cabelos por toda a minha cara.

-- Prazer, Juliana! Me chamo Filippo. - se apresentou balançando o retângulo dourado no avental ao me ver olhar.

-- Desculpe-me mais uma vez, devo andar com mais atenção. - disse pegando a cestinha.

-- Não faz mal, já resolvemos. - disse brincalhão. - Procura alguma coisa em especial?

-- Ohhh sim...Vocês tem Nutella?

-- Temos sim, por aqui. Humm. Aqui. - disse Filippo se virando e pondo o produto em minhas mãos.

-- Aquelas ali são artesanais? - apontei para a primeira pilha que já tinha visto assim que cheguei.

-- Sim. - ouvi ele dizer ao andarmos e pararmos em frente aos vidrinhos.

-- Nossa quantos sabores. - disse impressionada em ler tantos nomes. - Estou pensando em levar um ou dois...

Ele riu ao ver a minha indecisão, dois potes serão poucos para seis gulosas experimentarem. Tenho pouco dinheiro no bolso, não poderei levar mais, quero escolher algo que não me arrependa em ter gasto.

-- Então, Filippo, qual me indica? - falei rindo da minha própria voz tentando sair divertida.

-- Bom, senhorita Juliana os melhores em minha opinião são ps de chocolate a framboesa, chocolate a caramelo e chocolate a palha italiana. - ele falava ao mesmo tom, tornando a nossa conversa engraçada.

-- Gostei do senhorita. - disse balançando o meu ombro ao dele. Rimos mais uma vez, ele deve ter a minha idade ou ser próximo assim. - Vou levar os três, será que escolheu bem em falar desses? Olha! Minhas amigas não são fáceis de agradar.

-- Voltará em breve quando esses acabarem. - disse ele pegando os três, me encarava confiante das suas escolhas, os potinhos tinhas o tecido com as cores verde e vermelha, cores que lembrava de uma bela mesa típica de restaurante italiano. 

Era isso, seu sotaque vinha de lá.

-- Acho que é só. - disse ao olhar a cestinha cheia. - Aonde é o caixa?

-- Ali, vamos.

Balancei a minha cabeça em concordância e o segui. Quase próximo da vitrine um velhinho bem cuidado e com saúde ajeitava seus óculos de grau fundo em seu rosto na espera de um cliente a fechar sua conta, já a minha espera sorria de maneira fraternal.

-- Senhorita, três libras. - disse-me.

Sorri ao ouvir me chamar de senhorita do mesmo modo que seu neto, peguei as notas e as moedas do meu bolso o entregando, pronta para sair me aconcheguei ao meu casaco grandinho e pondo a mecha do cabelo para trás.

Aquele menino parece ter tornado os meus olhos como ímã por conta de tanta fofura em tamanho real, saudades da minha velha infância, como somos praticamente bobos em querermos crescer tão rápido e se tornar adultos, donos de seus narizes cheios de problemas adultos para resolver.

-- Aqui! - disse o rapaz me entregando a sacolinha marrom.

Seu nome não me falhava. Filippo é o seu nome.

-- Pelo visto ganhou uma pretendente, seu pirralho. - disse Filippo bagunçando o cabelo do menino que chegou para perto dele.

O Senhor chamou o garotinho e se curvou ao ouvido do mais novo cochichando, impossibilitando que eu pudesse escutar qualquer coisa que seja. Envergonhada e pessimista chequei se havia algo de errado em mim, olhei para as minhas roupas disfarçadamente e arrumei o cabelo caso estivesse pro ar, sentindo minhas bochechas queimarem só de imaginar.

O menino escutou o que tinha para ser ouvido e de repente contornou a bancada vindo em minha direção carregando um cubinho brilhoso consigo, não só carregava aquilo em mãos, também carregava um sorriso meigo no rosto.

-- Nicco. Me chamo Nicco, senhorita. - disse se apresentando, ainda mais encantada do que antes. - Pra você! - estendeu um doce enrolado ao saquinho transparente, seus olhos brilhantes cheios de luz piscavam de maneira bonita e sem igual.

Tive que me ajoelhar para ficar do seu tamanho, embora eu quase seja nomeada uma anã de jardim, assim ele não precisava esticar o nariz para falar comigo.

-- Ohhhh obrigada, pequeno Nicco. - falei abobalhada, encantada e contente com todo o gesto, peguei o presente e passei o meu dedo indicador em seu narizinho de forma carinhosa. - Sou Juliana, mas pode me chamar de Ju.

-- Ju! - disse ele sorrindo.

Não resisti e depositei um beijo em sua bochecha. Quero ter filhosssss!!!! Como esse...

De pé o abracei de lado olhando para seu irmão e avô agradecida, a qualquer altura do campeonato Davizinho já estará assim, doí o coração em ter quer viver meses longe e não poder acompanhar toda a rotina do ladinho.

-- Muito obrigada meninos e principalmente você!!- disse afagando o cabelo de Nicco.

-- Espero que agrade o doce de nossa terra, é típico, minha jovem. - disse o senhor.

-- Muito obrigada mesmo!- disse levantando o doce em minhas mãos. - Preciso ir. - falei ao ouvir o sino da porta anunciando movimentação de mais pessoas na loja.

Caminhei em direção a porta os deixando.

-- Tchau!! - disse á eles que me responderam em uníssono. - Espero voltar em breve.

-- Voltará. - disse Filippo me fazendo olhar para trás ao puxar a porta.

Sorri mais uma vez e parti notando que a noite já estava dando seu toque.

Pov Larissa

Nossa como está frio!! Aproveitei a ideia de Ju para sair por aí e conhecer as ruas sozinha, depois daquelas delicias trazidas por ela tenho a mera obrigação de achar a lojinha e comprar mais três potinhos, o de chocolate misturado com as framboesas estava divino...

-- Tchau! Boa Noite!!- falei para a vendedora que me acompanhara até a porta da loja, ela foi paciente em encontrar o vestido na dispensa de meu tamanho e gosto, mesmo eu não levando o vestido que namorei por dez minutos sorriu simpática e educada após me desejar uma boa noite também.

É bom andar com a própria companhia, rir dos tropeços ao caminhar e tentar demonstrar ser normal sem que as pessoas achem que tem uma retardada em seu caminho, andar com a sua independência e também analisar os mil e um pensamentos problemáticos junto aos acontecimentos dos últimos dias.

Pensamos tanto que as dívidas começam a martelar a nossa cabeça.

Olhando fixamente ao pontinho piscante, acordei de meu transe e comecei a piscar para desfocar a minha atenção naquilo e ampliando o meu campo de visão por toda aquela parte, acabei enxergando Isabela entrando em um restaurante.

Mesmo com a dificuldade em vê-la sabia que era ela, então acenei. Um pouco esquisito ela demorou em saber se balançava a mão ou não, quando tinha certeza que me via, eu acho, se aproximou de mim afobada e de lábios trêmulos.

-- Oiiiiii!!! - disse animadíssima.

-- Oi. Você bebeu? - perguntei rindo.

-- Não sua louca, é a Bel sóbria de sempre. - respondeu rindo também. - O que faz?

-- Acabei saindo para pegar ar e se distanciando do campus. Tentei encontrar mais doces, mas não achei. - disse observando que ela não estava a parar no lugar. - Desculpa, nem te avisei, podíamos ter vindo juntas.

-- Tudo bem, relaxa.

-- Você está mais maluca do que o normal, que animação...

-- É o frio, é melhor manda-lo para longe. - disse ainda mais inquieta.

Verdade. O frio por aqui anda indispensável no decorrer do dia, nem estou suportando com o agasalho e o vento frio á soprar nossos rostos. Concordei balançando a minha cabeça até ver ela olhando pra trás a procura de alguma pessoa, por tantos rostos não achei um conhecido, é coisa da minha cabeça.

-- Fome? - perguntou ao perceber que eu podia ver seu pescoço deslocar disfarçadamente.

O que está escondendo?!

-- Não já belisquei ali e está ótimo pro hoje.

-- Uma pena vou me deliciar com o saboroso hambúrguer quentinho. - suspirou ao imaginar.

-- Vai lá! - a encorajei.

-- Tá bom. Até mais!!

E Isabela se foi sem ao menos me abraçar que é costumeiro de fazer, não estou dizendo, ela chegou e continua diferente, mesmo eu não conseguindo decifrar o que seja.

-- Quero fritas!!! Você não me abraçou. - falei um pouco mais alto por ela já está longe de mim.

Seguindo o fluxo da porta imensa de vidro, sendo a última depois da família com um casal de crianças, segurou a porta e gritou respondendo.

-- Você não é de abraços! Esqueceu? - risonha adentrou o local

Antes de eu pensar em outra coisa, conforme estava fiquei após ter a sensação da água gelada bater em minhas pernas. A poça de água acumulada bem perto do paralelepípedo onde eu e Isabela conversamos segundos atrás, se remexia de um lado ao outro, pelo o reflexo ainda dava tempo de ao menos ver o imbecil sem atenção.

Levantando o meu olhar fixo para o retrovisor do carro azul, por um instante pensei que não devia ser, mas lá estava o desgraçado alto e magrelo com os cabelos escuros a cair em seu rosto. O som em volume misturado com a sua cantoria correspondia a quem eu sabia que era, simplesmente a pessoa passou batido.

-- Ohhh nãooooo!! Meu Deus!!! - resmunguei aos nervos.

Olhei para os dois lados e vendo a oportunidade de atravessar sem causar um atropelamento, com eu de vítima, caminhei furiosamente pela a faixa. Quando apercebo já estou entrando pelo o portão do estacionamento da Universidade querendo tirar satisfação com o dono do carro que eu conhecia e faço questão de desconhecer.

Passando bem ao lado e sentindo a parte da frente completamente quente do carro, o de se esperar ele tinha estacionado o carro a pouco tempo. Pelo o primeiro lance da rampa aberta aos lados, pelo o estacionamento meninas e meninos perambulava por toda parte, uns se atracando nos arbustos, outros saindo do campus.

No segundo lance senti as calças pesarem e o frio passar pela as minhas pernas, automaticamente meu cérebro formou a imagem do rosto dele em minha mente, não demorando muito para a fúria percorrer todo o meu corpo.

Harry Edward Styles, eu juro que te mato.

Bati na madeira freneticamente assim que pus meus pés na porta de seu quarto, meu pulso parecia que sairia do lugar a qualquer momento, foda- se o meu pulso e muito menos a porta, a vontade de esganar esse garoto já é maior. Não basta os flertes que infelizmente é difícil de se evitar, agora essa.

A porta se abriu e lá estava ele, antes rindo, até ver a minha mão quase deslizar em sua face. Assustado falou em seco.

-- Larissa?!

-- OLHA AQUI SEU BABACA!! DA PRÓXIMA VEZ ANDE DIREITO EM UMA VIA DO QUE CANTAROLAR ENQUANTO DIRIGE, PRESTE A PORRA DA SUA ATENÇÃO!! SE NÃO SABE EXISTE POÇAS QUE PODEM MOLHAR PESSOAS!!! - disse apontando para a minha situação.

-- Descul...- antes de dar a chance dele terminar, ousei em continuar.

-- OLHA JÁ NÃO BASTA TER QUE TE AGUENTAR O DIA INTEIRO!! QUAL É O PROBLEMA...É PESSOAL??? EU NÃO SEI...QUER SABER?? SAI AMANHÃ COMIGO???

Congelei ao sentir minhas pernas bambas, toda a minha força ir embora por um minuto, o que me restou foi fechar os olhos e tampar a boca com a minha mão. O que eu fiz?

A expressão predrificada só me deixava vermelha e sem reação nenhuma, meu coração acelerou mais do que o momento de raiva e a meia dúzia de palavras jogadas ferozmente sobre ele.

-- Harry... - minha voz saiu mais falha do que eu esperava.

-- Oi... - ele deixou de ficar imóvel, seu semblante era completamente confuso.

-- Harry. - agora eu só sei falar o nome dele e ele o meu, cacete, preciso falar algo e escapar daqui. - Eu me alterei, desculpa. - disse passando a mão em um lado de meu cabelo.

Por que estou a pedir desculpas? Droga!

Foi ele mesmo que me encharcou de água, simplesmente ele.

-- Olha tchau!! - dei as costas para ele assim que eu terminei.

-- Ei, ei, espere!! - parei, o chão deve ter grudado em meu pé.

Continuei estável relutando comigo mesma para que saísse, embora outra parte de mim insistia em não me deixar movimentar as minhas pernas.

Voltei a respirar, eu acredito, quando senti seus dedos largos no tecido do meu casaco, segurando o meu braço ele conseguiu me virar para ele.

-- É sério? - perguntou com dificuldade nas palavras. 

Os olhos verdes já puxava para um mais escuro, aquilo só me angustiava, pois sem saber o que responder no fundo a esperança em seu olhar era evidente. Quase o mesmo quando uma criança ganha seu presente inesperado.

Não cabe a mim ser um presente ou uma mala em sua vida, prefiro escolher em ser a sua mala sem alça ou não? Eu não sei? Pelo o visto ele estava a pensar que aquele pedido na mesa com todos fosse em vão, uma brincadeirinha, algo semelhante a nada real e sério.

Harry com os sues próprios olhos sabia o grau que temos um com outro.

-- Tá. Sim. É! - me odiei depois de responder desta maneira. - É  eu estou a te convidar para sair. - eu exatamente não sei quem está ganhando em confusão.

-- E...- novamente antes que ele pudesse falar qualquer coisa, o cortei.

-- Estou te chamando para sair, só não se esqueça antes de falar qualquer gracinha a minha vontade de te bater continua e de não te responder também. - cerrei os meus olhos.

-- Eu aceito! - disse Harry não ligando pelo o que eu falava, seus olhos estavam vidrados entre a minha boca e meus olhos, assim que respondeu parecia tirar um peso de suas costas.

-- Se não quiser ir, ótimo. Desculpa. Ahhhh eu não tenho que pedir desculpa. Esquece! - bufei.

-- O pedido? - disse ele cruzando seus braços e arrumando seus cachos em um curto tempo.

-- Não!

É impressão minha ou Harry não está sabendo onde parar seus braços. Ohhhh meu Deus ele está nervoso.

-- Tudo bem.

-- Tá. Tudo bem. - desviou dos meus olhos ao ver a monitora passar pelo o corredor.

Como vigia dos corredores deve ter ficado nervosa ou se assustado ao ouvir meu estardalhaço, abaxei minha cabeça em vergonha só de pensar que ela ouviu tudo e também em sinal de desculpas, minha dignidade já estava bem no fundo do poço, a senhora continuou seu trajeto com o rosto retorcido sobre nós dois.

-- Amanhã, ás 21:00. - tossiu antes de se pronunciar para chamar a minha atenção.

-- Sim! Amanhã ás 21:00! - respondi rapidamente, como eu quero que essa cena embaraçosa acabe de uma vez.

-- Ok. - e a onda de não saber o que dizer me pegou novamente.

-- Tchau. - olhando pela a última vez em seu olhar intrigante, pude dar as costas finalmente.

Pov Zayn

De mãos dadas caminhávamos despreocupados, quer dizer era mais Isabela, não me importo em andar de seu lado na frente de todos o do que querem falar de nós, eu não ligo e muito menos perco meu tempo. Acredito na chance de os meninos e as meninas levarem na boa, também sem saber o problema nisso que ela tanto tenta explicar em não podemos ser "vistos".

Se ela pensa assim e ainda podemos nos beijar pra mim ótimo. Chega ser uma sensação maravilhosa de cada parte dela, dos beijos e te-la como companhia sendo mais que bons amigos.

A hamburgueria que ficava a duas quadras depois da Universidade se encontrava com o movimento cheio, olhei para dentro para verificar se ainda restava um lugar para nós dois, por instante pensei que a minha própria garota queria me ver caindo em público.

-- Aliiiii...Aí meu Deus...Z!!! - falava.

-- Oi?! - disse ajustando o peso do meu corpo antes que eu beijasse o chão.

-- A Lari está ali e acenando para mim. Entre! Vou até lá e volto já. - disse apertando a minha mão em um justificativa amorosa que voltaria rapidamente.

Já do lado de dentro pela as paredes de vidro na entrada ainda pude observar a mesma caminhado até Larissa. Através do aquecedor moderado os agasalhos e cachecóis incomodavam, ao mesmo tempo que tirava de meu pescoço avistei com facilidade uma mesa para duas pessoas.

Deixando a peça na mesa e puxando a cadeira para sentar uma garota da mesa familiar frente à minha, manteve seus olhos fixos em mim sem contar ao morder seus lábios descaradamente, na cara dura, a garota estava me secando.

A irmã mais nova compreendeu o que a outra fazia, então tentou duas palavras para que ela parasse, não dando ouvidos restou para a caçula revirar os seus olhos.

O garçom coberto de tatuagens veio a mesa com cardápios em mãos e o smartphone para anotar o nosso pedido.

-- Hey cara!! Boa Noite!! O que vai pedir? - perguntou.

--- Ohhhh... - pigarrei vendo a menina acompanhar cada movimento que eu gesticulasse. - É que estou esperando a minha garota!! - falei em alto bom som para que ela se tocasse.

-- Ok. Algo em especial pode falar, pois eu aviso o quase chef da casa.

Disse o garçom me acompanhando ao rir.

-- Por agora uma cerveja, assim que voltar acredito que já tenha chegado.

-- Sim. - falou deixando a minha mesa e indo em outras.

Passado alguns minutos com a minha mão no queixo a sua espera, uma menina alta e magra de cabelos longos dava vida a entrada, ela conseguiu enrolar muito bem a Larissa pelo o sorriso ou era simplesmente por me encontrar no meio de tanta gente.

-- Nossa que rapaz bonito com a mão no queixo e sua cerveja. - disse selando os nossos lábios e só depois se sentou. - E aí já pediu?

-- Humm fiquei na dúvida de escolher um que não gostasse. - não pretendo estragar a noite com um hambúrguer.

-- Tudo bem. - disse pegando o meu copo e bebericando uma gole da minha cerveja. - Essa garota de trás está te secando? - disse rindo.

-- Como você descobriu?

-- Por que você acha que eu te beijei?- disse me fazendo rir.

-- E a Larissa?

-- Me pediu fritas. - falou.

Ficamos nos encarando por um instante, raramente ela ainda desvia seu olhos dos meus quando posso admira-la, acaba sentindo vergonha, mas no fim sempre acabo arrancando um sorriso nesse joguinho de flerte mesmo que já pulamos essa parte.

-- Para seu bobo! - disse ela rindo.

-- Você também estava...- retruquei. - E não tenho culpa se posso beijar a menina mais bonita desse país!

Sobre a mesa puxou a minha mão assim entrelaçando os nossos dedos e unindo nossas mãos. Prevalecendo o silêncio, apenas nos distribuindo carinho até que ela suspirou com a expressão de ter a total certeza antes de falar.

-- Z, desculpa pela manhã, espero que não tenha ficado magoado ou qualquer outra coisa, eu ainda não sei. - disse nervosa.

-- Eiii!! Não precisa se desculpar e pode despreocupar não estou magoado nem nada, eu te entendo e as coisas irão tomando o caminho, se gostarmos deixamos rolar, caso não, paramos e cada um pode tomar o seu caminho. - disse vendo a mesma esconder um sorriso de mim.

-- Você me surpreende. A única coisa que eu sei é que...- completou me olhando fixamente. - Eu gosto da sua companhia. - e terminou ao cochicho. - Eu gosto de você!

-- Eu também...- falei do mesmo modo.

Levantei as nossas mãos unidas deixando um beijo na sua palma, encostando no meu nariz e rosto. Se isso é uma viagem com prevista com parada ou não, a única coisa que me me importo é aproveitar o máximo ao lado da pessoa que aceitou as passagens.

Pov Rebeca

Ultimamente não sei se venho tendo crises de loucura ou sendo uma louca praticamente, levando tantos dias a pensar em várias linhas de raciocínio sempre acabo chegando na mesma conclusão. Tem algo de muito errado acontecendo.

Esse espaço estranho vem se tornando cada vez maior entre mim e a Ju, sinceramente eu não faço a miníma ideia do motivo, mas parece que ela travou em ter qualquer conversa longa comigo e resolveu ficar assim. Descartei a probabilidade de falar sobre isto com as meninas, pois de uma hora para outra elas iriam querer um explicação com a Ju, e se tem alguém que precisa dessa explicação sou eu.

Porém eu ando até com medo de chegar nela, depois do dia do armário que não abria, houve uma sequência de olhares atravessados que ela me deu. Coçando o meu cabelo e olhando bem para as folhas de cálculos bem debaixo do meu nariz, que eu deixei para última hora, não me faz nenhum sentindo em querer continuar se a cada letra e número que eu tente somar ou dividir a angustiante dúvida surgi.

Quer saber? Custe o que custar, se ela me jogar na janela está valendo, pelo menos posso morrer sabendo que eu tive uma explicação.

Dei um impulso na beirada da escrivaninha remexendo as folhas, a cadeira andou para trás, antes de continuar o caminho a porta parei de frente ao espelho para desprender aquele coque e refazê-lo outro mais descente, também na chance de o espelho me passar alguma coragem caso eu ouço uma resposta ruim.

Suspirei antes de virar a maçaneta e por os pés no corredor.


Notas Finais


E aí galera o que acharam??? Me contem. Então aí está o mais novo personagem Filippo, espero que agora em diante vocês gostem dele...E VAMOS FINALMENTE TER O ENCONTRO de LARISSA E HARRY!!!!!


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