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História Bad Reputation - Trust


Escrita por: isasmermaid

Notas do Autor


Hi Babes!! Voltei e preciso dizer que meu deus eu amei ler a teoria de vcs, sério... Acho que todo mundo acertou um pouquinho, nem que seja uma palavra hahaha. Enfim, esse capitulo é, digamos assim, revelador. Por isso nao quero enrolar muito, boa leitura <3

PS: alguém conhece quem ou sabe fazer capa para fanfic? Tipo essa de Bad Reputation mesmo, estou colocando as ideias da fic do justin em pratica e ando precisando de alguém para trabalhar nisso.

Capítulo 13 - Trust


Fanfic / Fanfiction Bad Reputation - Trust

Point of View — Shawn Mendes

 

O sangue que se misturava com a água e corria até o ralo da pia deixava-me anestesiado. Eu não queria sentir-me tão satisfeito por não ser o dono do sangue que sujava minhas mãos, mas a sensação de vingança consumia-me em uma porcentagem absurda, mesmo sabendo que os belos socos acertados na cara de Cameron não iriam apagar o que ele fez.

Eu não conseguia nem ao menos sentir medo por saber que não conseguiria parar de bater nele se Camila não interferisse e me tirasse de cima dele. Talvez, de uma maneira exagerada, eu pudesse matá-lo e, mesmo assim, não conseguia arrepender-me e sentir que fiz a coisa certa.

Camila estava sentada em minha cama, ela não disse uma palavra desde que adentramos em casa e aquilo, de certo modo, incomodou-me. Pensei que ela não aceitaria vir até aqui, porém no pouco que dialogamos parecia estar tudo bem, afinal, meus pais viajavam a negócios e não voltariam tão cedo, como sempre.

Terminei de lavar minhas mãos, limpando rapidamente o machucado em meu lábio inferior, logo fechando a torneira e alcançando a toalha pendurada ao lado do espelho. Olhei-me pela ultima vez e, ao avistar meu estado, lembrei da primeira vez que estive assim que também foi por Camila e também foi pelo soco de Cameron. Suspirei, pendurando novamente a toalha no cabide de parede e seguindo até o quarto.

— Eu não quero mais que você brigue com ninguém por minha causa — Sua voz soou firme. Camila tinha a atenção no carpete cinza que cobria o chão. Revirei os olhos, dando mais alguns passos em sua direção.

— Ele mereceu — Agachei-me a sua frente, observando-a esquivar-se de meu olhar — Camila, você precisa denunciá-lo.

— Quantas vezes eu vou precisar dizer que eu não vou denunciar ninguém, Shawn? — Ela travou o maxilar e eu pude notar algumas lágrimas formar-se no canto de seus olhos. Suspirei fundo, apoiando minhas mãos em seus joelhos. Eu a encarava piedoso, esperando que ela me entendesse o que, de fato, aconteceu — Não me olhe assim, por favor — Concordei silencioso iniciando um leve carinho no jeans de sua calça.

— Eu nunca mais deixarei que nada de mal te aconteça, tudo bem? — Direcionei meus lábios até os seus, colando-os num selinho afetuoso. Camila acariciou meus cabelos, ainda observando o carpete. — Tudo bem? — Insisti e ela assentiu, deixando um sorriso formar-se no canto de sua boca. Deslizei meu polegar em sua bochecha, beijando-a logo em seguida. Levantei, indo em direção a meu guarda-roupa para procurar uma camisa que não estivesse suja com o sangue de nenhum ex-amigo.

Minha cabeça doía. Eu não queria que a conversa terminasse novamente dessa maneira. Camila precisava denunciar Cameron, colocá-lo atrás das grades ou ao menos fazê-lo pagar pelo que fez, seja com a justiça ou o caralho que fosse. Mas, de algum modo, eu a entendia. Entendia seus princípios e toda a situação que a leva contra a denúncia. Por mais que eu soubesse que ela diz a verdade, ninguém mais acreditaria. 

Peguei uma camiseta cinza, retirando a que usava e jogando em qualquer canto do quarto. Não me importei se Camila estava ali, mas ao virar-me para olhá-la, percebi seu olhar atento em meu corpo. Sua íris estava tentadoramente obscura ao analisar agora meu abdômen exposto. Ela percebeu que eu a olhava divertido e suas bochechas coraram. Sorri com a cena.

— Desculpe, eu não...

— Hey, tudo bem amor, nós estamos juntos. Você pode me olhar o quanto quiser — Brinquei vendo suas bochechas avermelharem ainda mais. Ela sorriu, encarando-me de uma maneira tão pura que me tirou o ar.

— Gosto quando me chama de amor — Eu não saberia descrever o tamanho do sorriso que se abriu em meus lábios — Gosto do seu corpo também — A ultima frase foi soada tão baixa que eu jurei estar delirando. Senti um calor percorrer minhas veias, desejando-a em meus braços. Camila conseguia ser sexy e adorável ao mesmo tempo e isso me tirava à sanidade.  

Fui até ela novamente, agachando-me entre suas pernas. Pude sentir sua respiração descontrolar quando toquei sua coxa, mordi o lábio com força, punindo-me por desejar que ela estivesse ofegante de outra maneira. Isso era algo que me corroia por dentro, o fato de Camila ser tão pura e transparecer uma fragilidade emocional tão grande que desejá-la mais intensamente parecia errado. Como se desejar um anjo em sua cama fosse um pecado, o que se for analisar, realmente é.

Ri de meus pensamentos, depositando apenas um beijo atencioso no canto de sua boca e levantando para colocar a camisa.

Camila pareceu desconfortável, mas era quase impossível decifrá-la quando tudo em seu corpo pede desesperadamente para senti-la.

— Você ainda não me perguntou como aconteceu e quando aconteceu — Ela desviou meus devaneios tomando minha atenção. Franzi o cenho, confuso — Sobre o Cameron — A latina suspirou, mordendo os lábios em nervosismo.

— Quero que você se abra comigo quando sentir que pode — Terminei de ajustar a camisa em meu corpo passando os dedos nos fios bagunçados de meu cabelo — Quero que confie em mim para decidir o melhor momento de contar.

Camila pareceu extremamente surpresa com minhas palavras. Eu não podia negar que também estava, pois todo meu consciente gritava para saber e entender. Mas o bem dela parecia muito mais importante que a curiosidade para saber algo que só a causaria mais dor.

Um silêncio estabilizou-se no quarto e eu pude perceber que ela observava cada canto de meu quarto. Desde a cama até os quadros emoldurados encima da pequena estante no canto do cômodo. Segui até o colchão onde ela estava e sentei ao teu lado, tomando sua mão com a minha e acariciando-a de uma maneira que desenhava círculos na costa da mesma.

— Você sente vontade de fazer sexo comigo? — Um engasgo cresceu em minha garganta com o susto que tomei ao ouvi-la tão seria ao perguntar. Tossi algumas vezes, recompondo minhas cordas vocais que pareciam secas.

— O que? — Perguntei quase sem fôlego, percebendo-a me olhar serena — Que pergunta é essa Camila?

— Eu quero sentir que sou amada, Shawn — Ela suspirou e eu deslizei minhas mãos para sua coxa — Eu quero que alguém me toque da maneira correta; eu quero sentir que sou desejada por alguém que... — Camila pegou minha mão levando-a até seu rosto — Alguém que seja você.

— Camila... — Minha voz soou como um suspiro falho. Sentia-me pronto a entrar em combustão com suas ultimas palavras.

— Não precisa ser agora — Interrompeu — Não precisa ser hoje, sei que estraguei qualquer clima, se é que tinha um — Se você soubesse o que se passava em minha cabeça, Camila — Mas acho importante que saiba que eu quero. Você sempre parece evitar e, bom, eu não sei se é porque não quer ou tem medo de algo...

— Cala a boca, por favor — Agarrei seu rosto, puxando-a para meus lábios.

Camila segurou meus cabelos de imediato, enrolando meus fios em seus dedos dando leves puxões delirantes. Tomei controle do beijo assim que minha língua invadiu sua boca. Subi minhas mãos por suas costas, onde agarrei seus fios compridos, puxando-os para trás com cautela, porém forte o suficiente para separar nossas bocas entregando as respirações ofegantes.

— Você é a garota mais sexy que eu já conheci — Sussurrei em seu ouvido, beijando logo abaixo de seu ouvido. Camila suspirou em um gemido, cravando as unhas em meus ombros — Eu quero você a cada segundo que passa — Meus lábios roçavam em seu ponto de pulso a cada palavra que eu proferia — Quando você estiver pronta, eu vou continuar te querendo ainda mais que hoje e, com certeza, muito mais que amanhã. — Depositei o ultimo beijo em seu pescoço, subindo para seus lábios, onde ataquei de uma maneira necessitada.

Encerramos o beijo pela necessidade de oxigênio em nossos pulmões que já clamavam desesperadamente. Olhei no fundo de seus olhos, encontrando sua alma pura e completamente perfeita. Eu a amava. Sabia disso e a cada minuto ficava cada vez mais nítido. Eu a amava e não sabia nem dizer como isso chegou a acontecer. Não saberia definir se comecei a amá-la quando vi a essência de criança em seu sorriso ou a mulher forte que se esconde em suas lágrimas. Eu a amava de uma maneira que nem sonharia amar alguém, nem mesmo Catarina. Era estranho, confuso e assustador, mas eu amava a garota que um dia jurei — sem intenção nenhuma de tornar real — odiar até os últimos dias de minha vida. Mas que agora, trocaria sem pensar a palavra odiar pela amar.

— Eu confio em você — Camila disse, entrelaçando seus braços em meu pescoço — Eu confio em você mais do que já confiei em mim — Sorri, iniciando um carinho nos fios de seu cabelo atrás da orelha — Foi a Catarina que levou Cameron até meu quarto — Ela apertou as mãos nas minhas costas numa maneira de demonstrar que aquilo a incomodava. Tentei dizer que ela não precisava fazer isso, mas ela interrompeu — Eles estavam bêbados, pareciam voltar de uma festa — Sua voz soou amargamente fraca — Pude ouvir as risadas no andar debaixo. Estávamos sozinhos. — Ela fez uma pausa deixando um soluço escapar, logo se recompondo. Puxei-a para mais perto, envolvendo sua cintura em meus braços — O barulho dos sapatos batendo nos degraus se tornava cada vez mais alto e eu ouvi Catarina dizer “pode ir, faça o que quiser, ela não pode ser virgem pra sempre”. Eu me cobri com a coberta, senti que algo daria errado e então a porta se abriu. — Meu peito doía e uma falta de ar extrema atingiu meus pulmões — Cameron entrou e... Shawn, eu gritei tanto para ele parar, eu pedi; implorei; orei e supliquei. Mas ninguém me atendeu, nem mesmo a Catarina. Ela estava lá, no quarto ao lado, ouvindo meus gritos e não fez nada. — Camila não derramou uma lágrima, a expressão em seu rosto estava indecifrável, ao contrario de mim, que chorava sem controle das lagrimas que escorriam. — É por isso que eu não posso denunciá-lo Shawn. Denunciar o Cameron seria aceitar que o que ele fez foi errado, mas além de tudo, aceitar que Catarina foi cúmplice do assassinato de uma grande parte de minha alma. Um pedaço que eu tento reconstruir todos os dias, desde que ela se foi.

Eu não sabia como agir ou reagir. Meu mundo havia desabado. De todas as maldades direcionadas a Camila que tinha o prazer infeliz de presenciar, saber que Catarina fez parte do pior, deixou-me devastado. Ela sempre foi alguém que todos clamavam ser especial, boa, importante e incrivelmente apaixonante. Meu subconsciente se negava a imaginar que a Catarina que eu conheci, pode fazer algo tão imperdoável como o que Camila contará utilizando as palavras que carregavam tanta dor.

— Me desculpa — Foi à única coisa que eu disse antes de senti-la me abraçar por cima dos ombros ao ver-me chorar ainda mais. — Me desculpa por não me apaixonar antes por você e impedir que tudo isso acontecesse.  


Notas Finais


E ai... Vocês já imaginavam, não é? Um capitulo que começou amorzinho e terminou revelador uuuuuu

p.p.s: o capitulo mais revelador de todos está próximo, acalmem

vejo vcs no próximo, amo todos dms


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