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História Bad Reputation - Por amor


Escrita por: isasmermaid

Notas do Autor


Eu to apaixonada por vcs, sério. No capitulo passado eu escrevo sobre desistir, mas não estava falando exatamente sobre EU desistir e sim vcs desistirem da fic por eu ter cagado nela. Mas, mesmo com o mal entendido, eu fiquei extremamente feliz com todas as mensagens de apoio que me deram, sério. Vocês são incriveis não sei nem explicar o amor que sinto por cada um.

Enfim, aqui está a famigerada continuação que demorou, mas espero que tenha valido a pena. (sinto muito se não)

Capítulo 15 - Por amor


Fanfic / Fanfiction Bad Reputation - Por amor

  Shawn Mendes — Point of View

 

Starbucks. 10h39min.

— Você realmente está apaixonado por ela. É até gay ver isso em seus olhos — Jack Johnson provocou-me, enquanto bebericava o café preto agregado na caneca de porcelana que estava pendurada em seus dedos. Revirei os olhos, rindo.

— Fico feliz que tenha entendido isso numa boa, cara — Fui sincero, sentindo um alivio percorrer meus músculos. Há muito tempo eu sentia falta disso, da proximidade que tinha antigamente com meus amigos. — Eu realmente precisava disso. — Digo, por fim.

— Eu sinto muito por tudo que aconteceu — A mão do loiro pousou-se em meu ombro, acariciando-o num gesto masculino que expressava solidariedade e compreensão. Assenti firme, dando dois tapinhas em teu pulso. — As coisas realmente tomaram um rumo que não esperava, mas fico feliz que estamos conseguindo passar por isso — Abri um sorriso no canto dos lábios, assentindo com a cabeça mais uma vez. — Você sempre será como um irmão, Shawn.

— Nós sempre seremos irmãos, JJ. — Confirmei sentimental. Camila estava certa, fazer as pazes com as pessoas próximas estava fazendo bem a minha alma. Sorri novamente ao lembrar-me dela. — Espero que um dia você sinta-se a vontade de conhecer a Camila, não irá se arrepender.

— Eu estou completamente à vontade para conhecer a garota que furtou o coração do meu melhor amigo. — Jack entortou os lábios num curto sorriso, mudando a expressão rapidamente para uma seriedade incomum, ainda mais vindo dele. — Eu a devo desculpas. Muitas desculpas. — Tentei conter a surpresa, mas meu semblante totalmente espantado entregou-me na hora. Engasguei com o liquido preto assim que tentei ingeri-lo para disfarçar.

— É sério? — Perguntei ainda mais atônito.

— Eu não acredito mais que ela tenha feito o que vivemos dizendo que fez. Desde o dia da cafeteria em que Camila disse aquilo sobre o Cameron, às coisas começaram a fazer mais sentido — Franzi o cenho confuso. Mas logo meu amigo tratou de continuar — Cameron surtou de uma maneira fodida, ele começou a dizer coisas sem sentido, toda vez que tentávamos tocar no assunto o cara surtava e era assustador. Ele se afastou da gente assim que percebemos e... Bom, está mais que claro pra mim e para os outros caras. Cameron inventou essa má reputação para que ninguém acreditasse no crime que cometeu quando ele viesse à tona, pois sabe... Uma hora todos iriam saber.

Senti tudo ao meu redor pesado. Era como se todo oxigênio tivesse sido arrancado de meus pulmões, fazendo minha cabeça girar a 360 graus. Como eu não havia pensado nisso antes? É claro. Puta merda é obvio. Eu conheço a Camila, sei que ela nunca faria o que dissemos que ela fez e... Porra, tudo fazia mais sentido agora.

Atordoado, aliviado e desesperado, tratei de despedir-me rapidamente de meu amigo. Eu precisava ver minha latina o mais rápido que pudesse. Precisava dizer que agora mais do que nunca acreditava em sua inocência e, mesmo ela deixando certas duvidas sobre isso, eu sabia que minha garota nunca faria algo assim.

 

Segui em passos desesperados até o apartamento de Camila. As ruas pareciam sentir meu desespero, pois a cada passo meu corpo trombava com o de alguém, obrigando-me a parar e pedir desculpas rápidas.

Assim que subi os degraus e cheguei até a porta de madeira desgastada, optei por não bater, sentia-me livre para entrar e sair sem avisos e, com o desespero que sentia esperar uma resposta para entrar só me deixaria ainda mais nervoso.

 — Amor, eu estava com o Johnson, nós nos acertamos e... — Senti uma adrenalina feroz atingir cada átomo meu quando avistei uma poça de sangue no carpete manchado. Meus olhos lacrimejaram no instante que o coração agrediu dolorosamente meu peito com os batimentos aceleradas. — Camila... — Sussurrei, tendo minhas pernas fracas demais para sustentarem o peso de meu corpo. — CAMILA! — Rasguei a garganta em desespero ao gritar com uma angustia saboreada de medo.

— Aqui — Sua voz falha chegou com dificuldade aos meus ouvidos. Segui até o banheiro, sentindo meu coração travar na garganta com o enorme nó que se formava.

Era como uma cena de suspense, onde você não sabe o que irá encontrar atrás da porta, mas tem total certeza que não agradará em nada. E, como imaginei, estava certo; Camila estava escorada na pia, envolvida numa poça de sangue que escorregava de seus pulsos segundo a segundo. Seus olhos inchados marcados pela maquiagem borrada olharam-me melancólicos, enquanto ela tentava limpar-se com uma toalha branca já empoçada de vermelho.

Meu mundo havia desabado diante daquela cena. Eu não sabia como reagir e nem toda adrenalina em meu organismo era capaz de mover meus músculos paralisados diante daquilo. Rezei, mesmo não sabendo se estava fazendo certo, para que os cortes em seu pulso não fossem letais. Pude facilmente identificar que eram na horizontal, ou seja, cortes utilizados para “aliviarem” o sofrimento mental. Meu corpo ficou pesado, precisei encostar-me na parede mais próxima para me manter em pé.

— O que... O que você fez Camila? — A voz que saia de minha boca era embargada pelo choro que necessitava sair. Lentamente, ela fechou a torneira, mantendo a cabeça cabisbaixa. — Por que você fez isso? — Olhei-a pela ultima vez, percebendo o sangue escorrer ainda mais rápido de seus cortes. Corri rapidamente para ela, agarrando seu braço e pressionando os machucados com a toalha. — PORRA! CAMILA, O QUE VOCÊ FEZ? — Gritei, não tendo mais controle do que dizia e no tom que pronunciava.

— E-eu... Eu não sei... — Seus olhos se desabaram em lágrimas assim que encontraram os meus. Puxei-a para mim em necessidade, clamando para que tudo melhorasse naquele abraço. Sentia meu corpo doer ao envolvê-la em meus braços. Entreguei-me a um choro exaltado, soluçando mais que conseguia respirar. — Desculpa — Ela sussurrou abafada em meu peito. Uma pontada de raiva atingiu-me, causando uma reação que não esperava; eu surtei. Surtei de uma maneira que nem os olhos castanhos conseguiam me acalmar.

  — Desculpa? Mas que droga Camila — Comecei alterando meu tom de voz — Olha pra você. Olha o que você fez. — Afastei seu corpo do meu, fazendo-a necessitar da pia do banheiro para manter-se em pé. — Você acha que é assim? Toda vez você fode tudo por alguma porra, diz que não sabe ou não quer explicar, pede desculpas e acha que vai ficar tudo bem? — Fiz uma pausa, puxando o ar que faltava — Eu to cansado! Porra Camila, eu to cansado de ver a garota que eu amo viver num momento radiante como o sol do meio dia e segundos depois ser atingida por uma neblina de tempestade; eu estou me desgastando para te fazer feliz e... — Percebi o espanto em seus olhos implorando-me misericórdia. Eu conhecia bem aquele olhar e, todas as vezes que ele me atingia, era como uma luta exaustiva em minha mente. Parei, respirando fundo e acalmando meus hormônios. — Desculpa amor, eu não queria... Eu... Droga, eu só não consigo te ver assim.

Camila não disse nada, apenas assentiu devagar, segurando os pulsos com certa euforia. Ela sabia que eu não queria dizer aquelas coisas; ela me entendia.

 

 

— Eu o denunciei — A latina quebrou o silencio, enquanto eu enfaixava seus pulsos com cautela, após lavá-los e realizar todos os cuidados necessários. Levantei o queixo, observando-a continuar — Cameron. — Ela suspirou, fechando seus olhos tristes — Hoje de manhã, eu faltei ao trabalho e fui até a delegacia. Eu denunciei o Cameron por estupro. — Engoli a seco, esperando que ela continuasse, pois não sabia o que dizer diante disso. Depositei um beijo próximo ao curativo, assim que terminei. — Eu tentei contar tudo, mas era como se houvesse um bloqueio que me impedia de lembrar os detalhes. Eles disseram que abririam uma investigação, só que não pareciam acreditar em mim. — Camila deixou uma lágrima escapar, escorrendo por sua bochecha. Levantei-me do chão que estava puxando-a para meu colo.

— Por que você não me chamou? Eu poderia ter ido com você — Afaguei seus cabelos, tentando conter a imensa vontade de chorar. — Foi por isso que você machucou os pulsos? — Soei a ultima frase com certa culpa, temendo que estivesse fazendo algo errado.

— Depois que eu deixei à delegacia — Os dedos de Camila apertaram forte a camisa que usava — Tudo começou a se encaixar em minha cabeça. Uma sujeira interna se estabilizou em mim, eu me sentia imunda, Shawn. Tentei me limpar no banho, mas nada parecia o suficiente. Aqui dentro estava sujo — Ela apontou para seu coração, cravando os olhos castanhos nos meus. — Eu só queria me limpar e que tudo aqui dentro parasse de doer. Quando vi, já estava jogada no carpete em uma poça de sangue enquanto segurava a tesoura.  

Era estranho, mas eu conseguia entender exatamente toda a dor que Camila sentia. Eu estava presenciando todos os demônios que a atormentavam enquanto a via em meus braços, exausta demais para lutar contra eles. Eu precisava lutar por ela; esse era o meu dever.

— Por que você mudou de ideia? Por que decidiu denunciá-lo? — Perguntei finalmente, mesmo sabendo que deveria parar de insistir naquilo.

— Eu queria me sentir o suficiente para você. Queria livrar os pecados que me rondam para não sentir culpa em estar ao seu lado. — Um soco atingiu meu estomago, composto por culpa e amor. Eu não queria que ela tivesse feito isso por mim, mas estava feliz que finalmente havia feito.

— Você é mais que o suficiente para mim, Camila — Acariciei teus cabelos, retirando uma mecha que escondia parte de seu rosto, colocando-a atrás da orelha. — Com ou sem pecado, você é tudo que eu preciso. — Inclinei-me para beijá-la, puxando sua nuca para facilitar nosso encontro.

Camila tinha um gosto salgado nos lábios por conta das lágrimas que derramou, mas isso não impedia de sentir o doce que se encontrava em sua língua aveludada. Beijei-a com paixão, sentindo todo amor e intensidade que ela tinha para dar. Eu amava beijá-la, assim como a amava.

— Eu prometo que nunca mais farei você se sentir insuficiente. — Digo, encerrando o beijo com selinhos — Você vale tanto Camila, quando vai perceber isso? — Seguro seu rosto com minhas mãos, afundando-me em teu mar castanho escuro.

— Eu tenho defeitos demais para valer alguma coisa. Eu tenho pecados demais em minhas mãos — Camila olhou para os curativos em seu braço, mordendo o lábio inferior em seguida.

— Eu quero entender o porquê de você se culpar por algo que não fez — A latina abriu os lábios para dizer algo, mas eu interrompi ao continuar — Eu sei que se culpa pela morte da sua irmã, mas já te conheço o suficiente para saber que você carrega a culpa de outras pessoas nas costas. Camila, eu sei que é inocente. Está na hora de você saber também.

Não deixei que minha latina respondesse, apenas beijei-a ainda mais. Eu tinha medo de perdê-la para as paranóias que massacravam sua mente, mas não deixaria que elas a tirassem de mim. Finalizei o momento com um beijo protetor em sua testa, aconchegando-a ao meu lado na cama.

— Por favor, nunca mais faça isso — Sussurrei, tocando no curativo que rodeava seus pulsos. — Eu não tenho mais forças para te ver sofrer.

— Eu juro que nunca mais faço isso — Ela beijou minha bochecha — Odeio te ver mal por minha causa e, meu Deus, dói pra cacete, não sei como as pessoas fazem isso direto. — Camila colocou a língua para fora, fazendo careta. Não consegui evitar gargalhar, vendo-a me acompanhar no riso.

 — Está vendo? Isso é pra você aprender — Brinquei, fingindo dar sermão com a cara fechada.

— Na próxima eu optarei só por chorar, é mais fácil. — Ela sorriu colocando a língua entre os dentes, dando um ar mais leve e adorável.

— Não vai ter próxima — Inclinei-me, agarrando sua nuca para beijá-la — Eu não vou deixar mais nada te machucar, nem mesmo você.  

Camila ajeitou-se em meu peito, impedindo-me de beijá-la. Ri, sabia que ela estava me provocando com suas fases momentâneas de humor. Olhei-a fechar os olhos, preparando-se para dormir mesmo ainda sendo dia.

Eu era louco por ela. 


Notas Finais


logo logo terei novidades, aguardem...

(se eu demorar a atualizar é porque estou viajando e não consegui de maneira nenhuma tempo para escrever).

Me sigam nas famosas redes sociais e sejam meus amiguinhos.

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