1. Spirit Fanfics >
  2. Bad Reputation >
  3. Figth and Hugh

História Bad Reputation - Figth and Hugh


Escrita por: isasmermaid

Notas do Autor


Puta atualização rápida essa, hein? Não se acostumem, vai demorar pra acontecer de novo hahaha

Gente meu trabalho está consumindo minha vida inteirinha, então decidi postar logo esse capitulo que estava pronto. Me perdoem se eu demorar para atualizar agora é que preciso escrever um novo capitulo inteirinho e nem tempo pra dormir to tendo grrrr

PRECISO QUE LEIAM ISSO AQUI:

Eu sei que o começo é muito chato. Sei que vocês querem eles juntos logo, mas não posso fazer a história deles acontecer do nada, né? Começo é assim mesmo, porém percebam que a estória do romance já está começando a engrenar, principalmente nesse capitulo.

Óbvio que eu também estou ansiosa para fazer eles se beijarem e transarem muito (brincadeira, ainda não decidi se essa fanfic terá hot e, se tiver, quantos serão), mas eu não me perdoaria por cometer o mesmo erro das minhas antigas estórias, já pular pro romance sem ter criado uma base para ele.

ÚLTIMA COISA: TEM MAIS UMA REVELAÇÃO SOBRE O ACIDENTE, PERCEBAM!!!

Boa leitura, amo vcs e agradeço pra todo sempre os comentários e favs

Capítulo 5 - Figth and Hugh


Fanfic / Fanfiction Bad Reputation - Figth and Hugh

Point of View — Camila Cabello

10h43min, segunda-feira

 

O problema de ser maltratada até por aqueles que um dia juraram te amar, é que você aprende a não esperar mais nada de ninguém. Você está sempre pronto para que o pior aconteça e sua crença de que algo bom pode te acontecer é destruída após tantas decepções. Para mim, acreditar que alguém quer apenas me pagar um café, sem humilhações e violência é como o impossível e o irreal. Se nem eu, dona da minha própria verdade e conhecedora de todas as minhas capacidades e defeitos desejaria ser minha amiga, porque outra pessoa iria desejar? Eu pertenço à solidão, aos maus tratos, a humilhação e aos vermes sujos.

Ontário é a cidade da perfeição. Se você não se encaixa nessa categoria não pertence a ela. E eu, a assassina prostituta estou bem longe de encontrar meu lugar aqui. Famílias ricas, herdeiros milionários, cidade doente pela religião, cega pela máscara da perfeição que não existe.

Eu não pertenço nem a minoria, ao lado “B” que eles me encaixaram. Todos da cidade me designaram a viela dos vermes, traçada a eternidade da escuridão e humilhação. O pastor da cidade, Alejandro Cabello — conhecido também como meu pai — foi o último a concluir onde eu pertencia. Eu nunca pertenci a esse lado, mas decidi me encaixar, pois de acordo com a cidade, é melhor pertencer ao lado errado do que pertencer a lugar nenhum.

Empurrei a porta da lanchonete assim que cheguei, adentrando na mesma. Todos estavam com a atenção em Normani Kordei e Cameron Dallas possivelmente discutindo. Parece que até o lado perfeito tem suas discordâncias.

Assim que dei mais alguns passos para próximo do balcão, Normani jogou uma jarra inteira de café em Cameron. Essa seria apenas mais uma cena comum na Teeneger’s se eu estivesse no lugar do rapaz, mas como não era todos, até mesmo eu, se espantaram com a situação.

   — Nunca mais ouse chamá-la de vagabunda assassina na minha frente, entendeu? — Normani apontava o dedo à altura do nariz do moreno, cuspindo as palavras com ódio, suas veias estavam saltadas e seu corpo inteiro tremia. Não era necessário nenhum super poder para descobrir de quem ela falava — Eu estou cansada de vocês, idiotas, a humilharem sem motivo. Todos sabem que os boatos são mentira, já chega de dizer que Camila é uma assassina! — A morena se desabou em lágrimas e eu não estava longe de acompanhá-la.

— Você não precisa fazer isso, está tudo bem — Aproximei dela que logo percebeu minha presença, ignorando todos os olhares e sussurros sobre a situação — Irá se manchar por algo que não vale à pena, por favor, para — Envolvi seu corpo em meus braços, abraçando-a com força. Fazia tanto tempo que eu não abraçava alguém que já não me lembrava como se efetuava o gesto. Ela correspondeu ainda mais forte, acariciando minhas costas e molhando meus ombros com suas lágrimas.

— Essa vadia matou a própria irmã e você ainda a defende? — Foi à vez de Jack Johnson gritar para que todos ali presente ouvissem. Um rapaz loiro, magro e muito rico. Filho dos Johnson, donos de todas as indústrias de automóvel da cidade e um dos melhores amigos de Cameron Dallas e Shawn Mendes — Todos viram a mensagem no celular dela, todos sabem do ódio que ela tinha pela própria irmã e sabem muito bem quem levou Catarina para a ponte.  — Meu coração acelerado gritava tudo que eu não conseguia dizer. As lágrimas que escorriam de meus olhos, desespedaçava meus órgãos e trancava minha garganta. Eu queria gritar, mas não conseguia. Afastei Normani de meu corpo, tinha medo que ela se sujasse com o que eu sou. Ela não merecia estar nos braços de alguém que carrega o pecado no sangue e a repugnância dos próprios pais.

JÁ CHEGA! CALEM A BOCA! — A porta da lanchonete bateu, levando a atenção de todos para quem gritava. Shawn Mendes tinha a pele vermelha de raiva, seus olhos furiosos queimavam aqueles que me amaldiçoavam. Abracei meus braços esquivando para a parede mais próxima — O SHOW ACABOU, ENTENDERAM?

— Qual é a sua, Mendes? — Cameron, ensopado pela cafeína, levantou-se da cadeira e seguiu até o amigo — Já é a segunda vez que você defende essa assassina — Seus corpos estavam quase colados, o dedo do moreno estava diretamente apontado para o rosto de Shawn que apenas o encarava em silêncio — Já que Catarina morreu você decidiu tentar transar com a irmãzinha? Ou apenas declarar seu amor e esperar ela te trocar por outro? — Não foi necessário mais que dois segundos para o punho de Shawn encontrar o rosto de Cameron.

Tudo acontecia muito rápido, mas os golpes pareciam serem atingidos em câmera lenta. Minha visão estava turva e não acompanhava os movimentos. Sentia meu corpo imundo pelas palavras dos rapazes, os vermes andavam por minha pele contaminando a verdade do acontecido. Eu me sentia culpada por toda situação. Eu sabia que aquilo era por minha causa.

Um barulho estrondoso de uma possível cadeira encontrando o chão ecoou me trazendo de volta a realidade. Olhei entre o balcão e pude enxergar Shawn Mendes deitado com o sangue escorrendo pelo seu nariz e boca. Ele logo se levantou, seguindo até minha direção e me puxou pelo braço. Eu não tinha mais controle sob meu corpo, apenas deixei que ele me guiasse para fora daquele local.

 Eu sentia a mão de Shawn Mendes em minha pele e apesar da pressa e de toda a raiva ele me segurava com cautela. Seus dedos alisavam meu pulso com leveza, me guiando pelas ruas calmas de Ontário.

— Será que dá para me dizer onde estamos indo? — Engoli a seco — Você está sangrando muito, sabia disso? Está sujando suas roupas e... Meu Deus fala alguma coisa, pare de me puxar sei lá para onde e limpe seu rosto! — Firmei a voz, notando a velocidade de nossos passos diminuírem.

Shawn Mendes parou em frente a uma esquina. Ainda de costas e com a mão em meu pulso, ouvi sua respiração acelerada começar a se estabilizar. Ele permaneceu quieto, mas pude notá-lo coçar a garganta e suspirar. Tentei dizer algo, mas o medo de ser maltratada tomou conta de meus músculos, me torturando com o silencio que estávamos presos.

      — Podemos ir para sua casa? — Arregalei os olhos — Eu preciso me limpar — Sua voz voltou com a calmaria e assim que seu corpo se virou em minha direção pude ver seus olhos magoados.

É claro que ele estava magoado, Cameron Dallas sempre foi um de seus melhores amigos e ele acabou de acertar vários socos em sua cara.

— Se gostar de drogas e prostituição — Eu tentei soar brincalhona, mas o rapaz apenas desviou o olhar para o horizonte — Nós podemos — Sorri sem mostrar os dentes, mas ele não notou.

Agora foi a minha vez de guiá-lo. Peguei em seu pulso, puxando para o lado contrário do caminho que estávamos seguindo. Seu rosto cabisbaixo fazia com que o sangue escorresse mais rápido, pensei em pedir para ele pressionar os machucados ou, ao menos, levantar a cabeça, mas decidi apenas deixá-lo com seus pensamentos. Eu entendia bem como era levar uma surra de quem nós amamos e imagino que seja ainda pior quando é você que começa com a violência.

 

*

 

Meu coração palpitava freneticamente em meu peito desde que chegamos ao apartamento. Shawn Mendes não disse absolutamente nada sobre o local quando subiu as escadas ou encontrou Dinah fumando seu baseado na porta ao lado da minha.

Ele estava quieto, seus olhos entregavam o medo e a tristeza que sentia. Eu também estava com medo, sei que ele tinha mais motivos no momento, mas isso não foi o suficiente para afastá-los de mim. Tinha medo dos maus tratos que poderiam vir a qualquer segundo. Apesar de ter me acostumado com a humilhação, eu não queria ser maltratada agora. Não agora, não por ele. Eu estava gostando de estar do outro lado, do lado que pode ajudar alguém que precisa.

Shawn Mendes estava sentado em meu colchão mofado. Seu olhar fixo no chão manchado enquanto o sangue o sujava sem piedade alguma não pareciam incomodá-lo. Seus lábios tinham um corte fundo, sua testa um arranhão da sobrancelha até alguns fios do cabelo e o nariz já dando indícios de um possível inchaço.

Peguei minha pequena caixa azul no banheiro onde guardava os primeiros socorros e fui a sua direção, estava com medo do que viria a seguir, mas decidi apenas fazer o que achava certo.

— Posso? — Apontei primeiro para o machucado na testa que, no momento, era o que mais sangrava. Agachei-me a sua frente retirando o lenço com anti-séptico, ele assentiu.

Todo o processo foi silencioso, apenas os grunhidos de dor de Shawn Mendes vez ou outra ecoavam pelo quarto. Assim que eu terminei de tratar seus ferimentos, guardei os remédios e me sentei no chão levando meus olhos para o rapaz.

— Obrigada — Suspirei — Eu ainda não sei o porquê fez isso, mas obrigada — Ele me encarou profundamente com seus olhos intensos, passou a língua pela ferida dos lábios e abriu um leve sorriso.

— Obrigado — Ele suspirou me imitando — Eu ainda não sei o porquê fez isso — Apontou para os ferimentos do rosto — Mas obrigado — Deixei um riso escapar sentindo minhas bochechas esquentarem.

Shawn Mendes se levantou do colchão e, para minha surpresa, sentou-se ao meu lado no chão, dando um leve empurrãozinho em meu braço com o seu ombro. Tentei segurar meu sorriso mordendo o lábio inferior, pois não queria que ele soubesse como sua companhia estava me afetando emocionalmente.

Esse é mais um dos problemas de ter sido tão maltratada. Quando você permite que alguém entre em sua vida para provar que é diferente, o menor dos gestos te deixa com a esperança que ele pode ser verdadeiro.

— Espero que Cameron Dallas esteja mais machucado que você — Eu brinquei, mas ao notar sua expressão abalada percebi que com o tempo esqueci o significado de humor na hora errada — Desculpa é que...

— Está tudo bem, Camila — Interrompeu — Ele sempre foi um babaca com você, tem todo o direito de odiá-lo — Ele forçou um riso nasal.

— Eu não o odeio — Levei minhas mãos para o joelho, começando a desenhar círculos com a ponta dos dedos. Senti seu olhar me analisar, então continuei — Eu não odeio ninguém dessa cidade, acredite que quiser.

— Então você não me odeia? — Seu tom estava mais suave. Ri, negando com a cabeça — Como pode não odiar ninguém depois de tudo que fizeram e ainda fazem? Você é o que? Deus? Juiz? Feiticeira? — Ele riu e eu acompanhei.

— Bruxa — Levantei as sobrancelhas fechando a expressão.

— Sabia! Bruxa de Blair — Nós dois rimos. Senti o lado esquerdo de meu peito esquentar e meu corpo relaxar, como se todo o peso das humilhações tivessem sido arrancadas de meu corpo — Por quê? — Shawn Mendes mordeu seu lábio inferior, aproximando-se de mim — Por que não nos odeia? — Respirei fundo sentindo o amargo das palavras em minha boca.

— Porque eu sei como é ser odiada por alguém — Engoli o amargo com dificuldade — Sei que ódio pode destruir uma pessoa e transformá-la no que não é.

— Mas eles não conseguiram destruir quem você é — Senti sua mão gélida tocar minha bochecha. Esquivei-me por reflexo, mas ele continuou a segurar meu rosto. Tentei fugir de seu olhar, mas meus olhos foram para os seus como imãs — Céus Camila, você sempre foi linda assim? — Arregalei os olhos sentindo a vergonha dominar minhas bochechas. Percebi que ele logo se arrependeu e fitou o chão como se fosse à coisa mais interessante do mundo — Desculpa... Eu não queri...

— Tudo bem — Afastei meu corpo do seu repreendendo a mim mesma por fazer isso. Eu queria que ele me tocasse de novo e isso me assustava — Você não me conhece, por isso está dizendo essas coisas — Ele tentou me interromper, mas eu fui mais rápida — Eu me pareço muito com ela, não é? Por isso que você está me achando... Quer dizer, ela sempre foi a mais bonita.

— Camila para... — Agora eu tinha suas duas mãos em meu rosto obrigando-me a olhar em seus olhos hipnotizantes — Para de tentar me afastar de você — Shawn Mendes levantou-se um pouco ficando de joelhos em minha frente. Nossos corpos estavam mais próximos, nossas respirações estavam se tornando única e meu olhar estava preso nos seus que imploravam algo indecifrável. Sentia-me vulnerável, entregue a um lugar desconhecido, longe da sujeira e dos vermes — Eu não vou desistir de você.

Aconteceu rápido, como a vida ou a morte. Minha cabeça girou viajando entre milhões e milhões de pensamentos. Ele disse. Ele disse tudo que eu precisava ouvir de alguém durante esses dois anos. Shawn Mendes ressuscitou minha esperança nas pessoas e no respirar dia após dias com a certeza que algo melhor virá. Eu sabia que me arrependeria, mas meu coração insistiu em aquecer meu corpo como se estivesse nascendo novamente, trazendo de volta as verdadeiras cores do meu nascer do sol.

— Por que agora? — Mordi o lábio, nervosa, tentando conter as lágrimas que ameaçavam a cair — Por que depois de dois anos justo o rapaz que sempre foi apaixonado pela Catarina está dizendo que não desistirá de mim? — Senti sua respiração pesar e seus dedos deslizarem para meu queixo. Fechei os olhos sentindo o toque queimando minha pele — Quando foi que sua opinião sobre mim mudou? Por que ela mudou? — Minha boca já estava tremula e meus olhos já se afogavam em lágrimas.

— Teve um dia, durante todos os outros — Ele fez uma pausa, respirando fundo — Mais um dia normal que você estava atrás do balcão, assistindo televisão e ignorando toda maldade a sua volta. Você soltou uma gargalhada quando o bob esponja ficou cantando “estou pronto promoção” — Shawn Mendes riu do próprio tom de voz que utilizou, sentou-se no chão novamente, levando suas mãos para meus ombros — Cameron entrou e te chamou... Sabe... De coisas horríveis, destruindo o sorriso que estava em seus lábios, você apenas pegou sua jaqueta embaixo do balcão e saiu correndo para que as pessoas não te vissem chorando. E, naquele dia, pela primeira vez eu senti raiva dele por fazer o que todos nós fazíamos. Não me pergunte como ou o porquê isso aconteceu, pois eu não vou saber te responder Camila, simplesmente aconteceu. Desde então eu tive vontade de ir atrás de você quando você saia por aquela porta, mas só quando ele te agrediu que tive coragem.

Eu estava sem ar. Meus pulmões imploravam por oxigênio, mas meu coração relaxava cada músculo que fazia parte do meu sistema. As palavras sumiram e a ansiedade tomou conta da minha lucidez. Então, em um ato de loucura eu pulei em seus braços, chocando nossos corpos num abraço desesperado. Eu o abracei e ele correspondeu.

Eu sabia que isso me destruiria, mas não tinha nada a perder. Vivia uma mistura de ansiedade e depressão, partindo da linha tênue entre o triste e o tedioso. Era cansativo sentir tanto, desgastava meus ossos, maltratava meu peito, adoecia-me. Então eu viveria o abraço enquanto ele durasse, pois se o final seria o mesmo, sinto que devo aproveitar pela primeira vez em dois anos, a esperança que as estrelas brilhem no céu da minha janela.


Notas Finais


vocês gostam dos capitulos assim? um pov da camila e um do shawn? ou preferem mais de um do que de outro?

até o próximo, amo vcs xuxus


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...