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História Bad Romance - Dor


Escrita por: Nerissora

Notas do Autor


E surpresa, e antes do previsto, chega mais um capitulo de Bad Romance.
Boa leitura.

Capítulo 11 - Dor


CAPITULO 11

 

A romance that I cannot describe, I still remember

The way you taste, the smell of your skin, the touch of your face

 

(Um romance que eu não posso descrever, eu ainda me lembro

Do seu gosto, o cheiro da sua pele, o toque do seu rosto)

 

Elas caminhavam animadas pelas as ruas da ilha chamada Maui, se encantavam cada vez mais pelo lugar, viam os mercadores em suas barracas montadas no meio da rua gritando os produtos que vendiam, as pessoas conversando. Às vezes Sakura era obrigada a tampar os olhos de Ryuu, pois as vezes passavam em bares que tinham mulheres quase nuas na entrada dançando para chamar atenção de homens carentes.

Porém uma coisa que não passou despercebido pelos olhos de Noelle foi ver Akito, sendo seguidos pelos seus seis imediatos entrar em um desses bares, e pelo que pode ver era o mais conhecido da cidade, já que havia uma fila enorme para entrar, mas o que lhe chamou mais atenção foi que eles entraram sem nenhum problema, na verdade cortaram a fila.

- Você viu alguma coisa Noelle?

Perguntou Tenten parando ao lado da amiga e vendo para o que tanto ela ficava olhando. Noelle olhou para Tenten e deu um pequeno sorriso, achou melhor não comentar nada, nesses últimos dias, verá que suas amigas estavam começando agir estranhamente diferente quando estavam perto desses homens e podia ver pelo olhar que elas lançavam que provavelmente estivessem gostando deles. E que ela, Noelle, estivesse gostando daquele maldito capitão.

- Nada Tenten, achei que tivesse visto algo interessante, mas foi apenas minha imaginação. Melhor irmos, antes que fiquemos para trás.

Dizendo isso Noelle voltava a caminhar, com Tenten ao seu lado, não demoraram muito para encontrar as outras garotas, que estavam paradas em frente ao uma casa de dois andar, na verdade, o que deveria ter sido uma casa, já que havia apenas parte dela, a maioria havia sido queimado, e aos poucos a parede de tijolos ia caindo. O que chamava atenção já que fora a única parte que não fora reconstruída.

- Porque não arrumaram essa casa?

Sakura olhava para o resto da casa, e sentia certa angustia em ver aquilo, e a história que Shikamaru lhe contara horas atrás surgia em sua mente. Talvez aquela casa fosse para ser uma lembrança daquele dia.

- Porque minha jovem, essa casa, pertencia a um casal muito bondoso.

E uma voz surgia atrás do grupo, assustando as mesmas. E lentamente elas foram se virando e deram de cara com uma velhinha que as olhava com um pequeno sorriso, em suas mãos estava uma bengala que usava para se apoiar, suas roupas eram bem simples, um vestido de cor azul claro, seus cabelos brancos estavam presos em um coque alto, seu rosto era cheio de rugas, a única coisa que não viam era a cor dos olhos da mesma.

- Casal?

Ino parecia bastante interessante naquela história, pois existia algo nessa ilha que lhe era de extrema familiaridade.

- Sim, sim, venham comigo tomar um chá e lhe contarei a história deles.

As cinco mulheres se entreolharam, estavam desconfiadas com tanta bondade daquela senhora, mas viam que Ino parecia bastante interessada no assunto. Suspiraram e concordaram com a ideia, Ryuu também queria ouvir a história do casal bondoso daquela senhora.

A senhora foi caminhando na frente, sendo seguida pelo grupo, a casa da mesma não ficava tão longe do local onde estavam. A casa que pertencia essa senhora era bem simples, diferente das outras que viram até agora. Entraram logo depois que a senhora entrou na casa, notaram que dentro era bem mais simples, a casa tinha apenas três cômodos.

Sentaram-se em nas cadeiras e esperaram pacientemente a senhora voltar com o chá e as xícaras. Não demorou para que isso acontece, logico que Temari a ajudou entregar as xícaras para cada uma, e leite quente para Ryuu que bebia animado, e esperava pela história.

- Então senhora...?

Temari dizia colocando a última xícara na mesa e sentando, enquanto a senhora sentava na última cadeira e que ficava na ponta mesa.

- Eu me chamo Gaia Conello. Mas me chamem de Gaia, por favor. – A senhora dizia enquanto bebericava seu chá, as garotas faziam o mesmo e esperavam Gaia começar a contar a história. – Bem, então onde eu estava... A sim ia contar para vocês sobre o casal Yamanaka. Eles eram o casal mais belo e bondoso que já tinha visto em toda minha vida, sempre estiveram disposto ajudar todos aqui. Eles se chamavam Inoshi e Kirochi Yamanaka, eram donos de uma floricultura, a que vocês viram agora pouco...

- Aquilo era uma floricultura? – Tenten interrompia Gaia, e tão logo recebi olhares de reprovação das suas amigas.

- Oh! Claro que sim minha querida, era a mais bela floricultura, eles sabiam fazer todos os tipos de flores florescerem nessa ilha, até as mesmas que pertencia à outra ilha. Eram bastante conhecidos não apenas aqui, mas em outras ilhas. Por muitos anos, eles tentaram ter filhos, mas por algum motivo que ninguém sabia, eles não conseguiam.  Então eles resolveram viajar atrás de novas flores, ficaram, apenas dois anos fora da ilha. Mas quando voltaram, tiveram a maior surpresa e um dos milagres, Kirochi havia finalmente engravidado.  Todos aqui na ilha ficamos muitos felizes com isso. Para Kirochi, foram longos nove meses, até que o bebê nasceu, era uma garotinha tão linda, seus cabelos eram mais loiros que dos seus próprios pais. E eles finalmente haviam virados uma família feliz.

- O que aconteceu com eles? – Agora que interrompeu a senhora fora Ino, que sentia certa familiaridade com aquela história, apesar que a sua única lembrança era do dia que fora tirada da sua família e sua vila destruída, não se lembrava nem no nome deles.

- Estava para chegar nessa parte, já havia se passado cinco anos desde do nascimento da filha dos Yamanaka, então um belo dia, a ilha estava se preparando para o grande festival que fazíamos a todo ano para agradecer o nosso Deus. Mas enquanto preparávamos, um navio da marinha tinha atracado em nossa doca estranhamente ninguém havia descido. Achamos estranho, porém não nos importamos com isso, pois estávamos mais preocupados com o arranjo do festival. Havia anoitecido, e o festival tinha começado, a família Yamanaka e muitas outras famílias estavam lá, dançando comemorando. Então sem mais e sem menos, pessoas vestidas de piratas e com uniforme da marinha, desciam do navio que ficara quieto o dia inteiro, e começava a nos atacar. Tudo que me lembro daquele dia foi ver pessoas correndo por suas vidas, crianças sendo raptadas, mulheres sendo mortas ou estupradas, homens tendo seus corpos esquartejados. Nossas casas todas foram destruída. Kirochi sobreviveu, mas ela deseja ter sido morta, já que fora estuprada várias vezes, seu marido Inochi, havia sido pego pelos homens e só nosso Deus sabe o que aconteceu com ele.

- E que aconteceu com a filha deles? – Noelle bebericava seu chá e cada vez mais ficava interessada na história, agora começava a entender mais ou menos a raiva daquelas pessoas contra a marinha.

- Ninguém sabe os que sobreviveram disse que a viram sendo levada. Outros acham que forma e jogada junto com os corpos queimados. Mas ninguém sabe que aconteceu com a pequena Yamanaka.

- O que aconteceu com a Kirochi? Você disse que ela sobreviveu a esse ataque. – Disse Ino olhando para a senhora que bebia seu chá com toda calma que tinha.

- Sim, sim, eu disse, ela se matou um tempo depois. Ela não tinha mais motivos para continuar a viver, sua floricultura, seu marido e sua filha tinha tudo sido tirado dela.

- E você sabe por que levaram o senhor Inochi? – Essa era um questão que passava na mente de Tenten.

- Infelizmente não saberei te dizer, muitos dizem que foi por causa do seu conhecimento em plantas. Nem sabemos se ele ainda está vivo.

- Mas porque vocês aceitam piratas, porque vocês aceitam livremente a prostituição, sei que em algumas ilhas, isso é proibido. Mas aqui, é como se fosse uma cidade sem lei. – Temari questionou a senhora, que se remexeu na cadeira um pouco.

- Porque minha querida, estávamos quebrados, não tínhamos mais nada, casa, comida, nada, então um grupo de piratas apareceu aqui uma semana depois do incidente. Eles disseram que poderiam fazer com que essa ilha ficasse reconhecida e que a felicidade aqui voltaria aqui, porém tinha uma condição, as regras, leis, seriam as deles, em outras palavras, algumas coisas aqui são totalmente livre, mas outras não. E bem foi o que aconteceu, deixamos a nossa ilha nas mãos desses piratas, que além de nos trazer a vida, de nos ajudar a reconstruir esse lugar, nos deram proteção;

- Eu só não entendi uma coisa. Porque vocês ainda mantem aquela casa daquele jeito. Já que o restante foi tudo reconstruído. – Hinata se remexia um pouco na cadeira enquanto dizia isso.

- Porque foi um pedido de Kirochi, ela disse que a casa deveria ficar desse jeito até que seu marido ou filha retornassem para a ilha, isso é se tivessem vivos ainda. E eles iriam reconstruir do jeito que gostariam, e então respeitamos a sua vontade.

- Isso é bonito da sua parte. Uma última pergunta, como se chamava a garotinha? Talvez, a gente possa ter conhecido ela. – As palavras de Sakura, fizeram com que Gaia pensassem um pouco.

- Peço desculpas minha querida, mas essa velha não se lembra de qual era o nome dela. Minha memoria é bem falha nessa parte. Mas vocês devem estar se perguntando o porquê de eu lembrar os nomes dos pais dela, e o dela não. É porque, eles sempre cuidaram de mim.

- Bem, a história foi bastante interessante Senhora Gaia, mas precisamos ir, temos algumas para fazer de urgência. Graças à senhora pudemos entender um pouco mais sobre a história desse lugar. Muito obrigada pela história e o chá.

Enquanto Noelle dizia isso, ela se levantava que era seguida pela as outras cinco mulheres e o pequeno garoto. Gaia se levantou com certa dificuldade, e as acompanhou até a porta. E novamente elas agradeceram pela história e o chá. Foi então que Gaia que se tocou que não havia perguntou o nome daquelas garotas.

- Esperem, vocês não me disseram seus nomes?

- Sinto muito, eu sou Noelle, esses são: Ryuu, Temari, Tenten, Sakura, Hinata e Ino.

Noelle ia apontando para cada pessoa, na qual cada um dizia que era um prazer conhecer. Gaia agradeceu e então fechou a porta da sua casa, assim o grupo voltou a caminhar entre a multidão que parecia que enchia cada vez mais.

Gaia ficou parada segurando a porta, enquanto em sua mente repassava os nomes daquelas garotas, até que um nome lhe fez mais sentido, um nome que lhe era bastante familiar: INO.

- Esse nome era da filha de Inochi e Kirochi. Será que é possível que seja ela? Apesar que ela se parece muito com Kirochi. Esperem.

Gaia abria a porta novamente, enquanto gritava para que elas esperassem, mas já era tarde, as garotas já haviam se misturado com a multidão. Ponderou se deveria ir atrás das mesmas, precisava tirar aquela dúvida. Pegou sua bengala e começou a procurar o grupo, sabia que acharia facilmente, era um grupo que se destacava muito, pela a beleza daquelas mulheres.

- Ino, você está bem? – Hinata perguntou para amiga que estava calada desde que deixaram a casa de Gaia.

- Ah! Sim, estou Hinata. É que essa história mexeu muito comigo. Ver a capacidade do ser humano cometer tanta barbaridade com seus iguais. Tirar vidas e roubas outras por apenas prazer, dinheiro. Isso me parece tão injusto, quantas famílias mais precisara ser destruída por essa marinha?

Nenhumas das garotas responderam a questão de Ino, porque sabiam que ela estava certa, em todas as histórias que ouviam de pessoas que foram parar na mansão enquanto viviam lá, a marinha estava envolvida. 

Não souberam por quanto tempo mais andara pelas largas ruas daquela ilha, resolveram então irem para uma rua mais calma, onde pudessem descansar um pouco. Estavam sentadas em alguns bancos que estavam ali, Ryuu estava sentado no chão, brincando com algumas pedras que achará, havia poucas pessoas ali, e maioria era bêbados, que tinham se perdidos. Estavam conversando animadamente, que não notaram quem um grupo de oito homens se aproximavam delas.

- Ora, ora que temos aqui. – Disse um dos homens parando na frente das mulheres, ele era o mais gordo do grupo, era careca e tinha uma cicatriz no lábio inferior.  Fez com que as mulheres parecem de conversar e os encarassem.

-Acho que encontramos o que estávamos procurando. – Disse o segundo homem do grupo, esse já era mais magro que o primeiro, porém tinha um corpo atlético, podia se notar isso já que ele não usava nenhuma camiseta, que além de revelar o corpo atlético, mostrava várias cicatrizes, de vários tamanhos e forma, ele não era careta, na verdade tinha seus cabelos negros presos em um rabo de cavalo e uma bandana passava sobre a sua cabeça.

- Nos desculpem, mas temos que ir.

Temari ia se levantando, o restante do grupo foi fazendo o mesmo, porém quando estavam prestes a se virar para sair dali. Dois homens de aparências iguais, ambos possuem olhos verdes, cabelos brancos e tinham um corpo um pouco menos atlético que o rapaz da bandana, eles ficaram parando na frente delas, impedindo de saírem dali.

- Como disse querida, encontramos o que estávamos procurando. Ami juntamente com seu mestre nos pagaram bem para recuperar vocês. E isso foi mais fácil do que eu imaginava. - O rapaz de bandana falava enquanto se aproximava de Ino, tocava no cabelo da mesma e puxava um fio loiro até seu nariz, na qual respirava fundo para sentir o cheiro do mesmo. – Pelo que estou vendo os produtos estão sendo bem cuidado. Então, agora sejam boas garotas e nos acompanhe.

- Chefe, o que fazemos com esse pivete? – Disse um dos homens de aparência igual, enquanto apontava para Ryuu que se agarrava nas pernas de Sakura que o segurava contra si.

-Ele não esta na lista de recuperação... Mate-o. - Respondeu de imediato o rapaz de bandana, fazendo com que o seu companheiro sorri-se com aquela ordem.

Sakura pode ver que o homem retirava da sua cintura uma arma e começava apontar para Ryuu, que se encolhia cada vez mais atrás da mesma.

- Parem, deixem-no ir, ele não ira falar nada para ninguém. – Temari entrou na frente de Ryuu, impedindo o rapaz de atirar, o mesmo olhou com um ar de fúria. – Iremos acompanhar vocês sem resistência, se o deixarem ir... Sem nenhum ferimento.

O rapaz que era o chefe daquele grupo, encarou Temari por alguns segundos, parecia pensativo na proposta da mulher. Soltou um suspiro e com um sinal mandou o outro guardar a arma, que fez contra gosto.

- Tudo bem, ele pode ir.

- Você ouviu Ryuu, sai daqui, corra, corra como nunca correu. Volte para o navio, e não diga nada para ninguém. Você me entendeu?

Temari se agachara na frente do pequeno e colocara as suas duas mãos no ombro, fazendo com que preste atenção em suas palavras, o que conseguira, pois o mesmo balançava a cabeça conforme lhe era orientado.

Ryuu olhou para todas as garotas que acenavam a cabeça para que ele fizesse isso, deu uma última olhada para a mulher a sua frente. Se desagarrou das pernas de Sakura, e então colocou a se correr para longe dali.

Todas as mulheres respiraram aliviadas, então voltaram atenção para os homens, que sorriam e as olhavam de cima para baixo, várias e várias vezes. Então antes que as pessoas pudessem entender o que estava acontecendo ali.

- PAREM!

Ryuu gritou e lançava pequenas pedras nos homens, fazendo com que as garotas parassem de andar e olhassem para o garoto que corria na direção deles, com as pedras em mãos.

Fora tudo rápido, rápido demais para elas entenderem, um instante o garoto estava correndo em suas direções, e em outro, estava caído no chão, e lentamente uma poça de sangue se formava embaixo dele. Hinata, Sakura e Ino gritaram ao ver a cena a sua frente e desesperadamente elas tentavam correr em direção a Ryuu, mas foram impedidas pelos homens, que as pegavam e jogavam no ombro, e continuavam a andar como se nada tivesse acontecido, fazendo com que elas gritassem por socorro, mas não demorou muito para que eles tampassem a boca das mesmas.

 Temari, Tenten e Noelle tentavam entender o que tinha acontecido, foram então que viram o rapaz de bandana estava apontando uma arma na direção do garoto, e da mesma sai uma pequena fumaça, sinal de que havia sido acabada de usar. O mesmo aconteceu com as três, foram pegas pelo restante dos homens do grupo e levadas a força para longe de Ryuu, que continuava caído no chão, e a poça de sangue aumentava cada vez mais.

Não sabiam exatamente para onde estavam sendo levadas, tudo que viam eram que a cidade de Maui ficava para trás, e arvores e mais arvores iam surgindo. Pareciam que estavam entrando em uma floresta. Hinata, Sakura, Ino e Temari estavam chorando e muitas vezes se sacudiam em uma tentativa de se livrarem das mãos de seus raptores.

Tenten pensava em alternativas para saírem dali, sabia que não era hora para chorarem ou se desesperarem, estava chateada com que aconteceu com Ryuu, mas agora estava mais preocupada com o seu destino e das suas amigas.

Noelle também não chorava, mas diferente de Tenten, essa não pensava em nada, sua mente esta em branco, entrará em estado de choque ao ver a cena de Ryuu caído e ensanguentado, sabia que uma criança daquele tamanho seria impossível de viver. E lembranças do pequeno começavam a invadir a sua mente, desde primeiro dia que se conheceram, ele se tornara importante.

Não souberam por quanto mais tempo tinham andado, só sabiam que fora um bom tempo, porque o sol já começava a se pôr e o céu começava a escurecer. Porém de repente, a visão da floresta sumiu, e uma escuridão tomou todas elas, o som de passos e agua pingando podia ser ouvido com nitidez.

- Bem, esse esconderijo, deve ser bom por enquanto. Quem quer que esteja com elas, não vai procurar elas.

Disse o homem careca acendendo uma tocha, assim revelando que estavam em uma gruta. Os homens que carregavam as mulheres a jogaram no chão, sem nenhum cuidado, o que fez que levassem um xingado do chefe. Eles usaram algemas nas seis jovens, tanto nas mãos quanto nos pés, sendo que as algemas dos pés, possui pesos para que não saíssem do lugar.

- Porque você matou aquele garoto?

Ino disse depois de um tempo calada, o homem de bandana apenas sorriu e acendeu um cigarro, deu um trago, e se aproximou da loira, soltando o fumaça no rosto da mesma, fazendo com que ela tossisse.

- Porque eu quis. Eu dei a chance dele fugir, ele não quis, simples.

- Ele era apenas uma criança... Seu maldito.

Sakura gritou enquanto tentava se livrar das algemas, mas fora impossível, o homem então saiu de perto de Ino, se aproximou de Sakura, admirou por alguns minutos. E logo depois um som alto e agudo se espalhou pela gruta, a bochecha de Sakura começava a ficar vermelha e marca de cinco dedos surgia.

- CALADA... Entendam, vocês não são nada, são apenas vagabundas, que servem para servir os outros, são escravas, lixos, não tem direito de nada.

As seis mulheres encararam aquele grupo com certa raiva, e desejavam todo mau para eles, mas sabiam que o homem estava certo, eram apenas escravas, e ninguém viria para salva-las.

Horas antes do rapto, em um bar bastante conhecido, e um dos melhores de Maui, um grupo de seis homens conversavam entre si e bebiam animadamente, como sempre fizeram.  No palco, algumas mulheres nuas dançavam sensualmente, para alguns homens que olhavam hipnotizados, mulheres vestidas apenas com uma tanga e com seios amostras eram as garçonetes. Uma vez ou outra mulheres seminuas apareciam para se esfregar nos rapaz, que aceitavam de boa vontade.

- Isso, que é vida. – Disse Gaara, enquanto olhava para a mulher sentada em seu colo que se esfregava sensualmente, e dava pequenas risadas, ao sentir que o mesmo começava a ficar excitado com aquilo.

- Devo concordar com o Gaara, tivemos uma viagem bastante problemática até agora, nada como algo para relaxar. – Shikamaru bebericava sua cerveja, enquanto recebia carinho da mulher sentada ao seu lado, que acariciava o cabelo do mesmo.

- Tudo isso por conta do nosso capitão. – Sasuke se deliciava com a visão da mulher da sentada em seu colo de frente para ele, a mesma enchia o copo de cerveja dele.

- Claro, claro, todos nós merecemos isso. – Akito levantava seu copo, como um brinde que fora seguido pelo restante do grupo, menos por Naruto, que estava perdido em seus pensamentos, detalhe que não passou despercebido pelo capitão. – Naruto, vamos aproveite isso, não é todos os dias que temos essas belas visões.

Mas nada do loiro prestar atenção na conversa, Akito balançou a cabeça para Neji, sinal para dar um pontapé no mesmo, e foi que aconteceu. Naruto deu um pequeno grito de dor e depois olhou com raiva para Neji.

- Que merda foi essa Neji?

- Ordens do nosso capitão.

- Naruto, você não está aproveitando, está perdido nesses pensamentos. Ou seria em mais em alguém. Você sabe que não deveria se envolver com ela, ela é apenas uma escrava.

Aquelas palavras foram o suficiente para o loiro se levantar de seu lugar com raiva, e encarar todas as pessoas ali presentes.

- Ela pode ser uma escrava, na verdade, elas podem ser escravas. Mas pelo menos elas ter muito mais dignidade do que essas mulheres aqui, que vendem seus corpos, por acharem mais fáceis de ganhar dinheiro, ou achar um homem rico idiota o suficiente para casar com elas. Elas pelos usam de suas habilidades para conseguir o dinheiro, porque vocês sabem muito bem que elas poderiam até agora ter vendido seus corpos para ganhar o dinheiro para o acordo idiota que você fez Akito, porém elas não fizeram isso. Sinceramente, elas conseguem ter mais valor que todos nós juntos. E tem outra coisa, elas não são escravas por querem, mas porque foram obrigadas a isso, porque foram tiradas de suas famílias a forças. E não me venham dizer que aconteceu o mesmo com todos nós. Nós tivemos um destino diferente, nós tivemos uma pessoa para nos salvar de um destino igual delas. E sabe o que eu mais admiro nelas, é a força de vontade de viverem, de ajudar os outros, de sorrirem mesmo sabendo que seu destino será um dos piores, porque você, Akito, é ganancioso, aponto de vendê-las, e não liberta-las, e para piorar, todos vocês apoiam isso.  E sinceramente, pelo que eu estou vendo, estamos virando uma dessas pessoas pela qual odiamos, essas pessoas que usam os outros humanos para ganhar dinheiro. Isso me decepciona muito.

As mulheres olharam assustadas para o loiro que fechava suas mãos em punhos, para se controlar e não atacar o seu amigo, capitão. Os cincos rapazes estavam espantados com as palavras do loiro, não imaginavam que ele se sentia dessa maneira. E antes que algum deles disse algo, Naruto saiu do loca, sabia que se continuasse naquele lugar, coisa boa não viria, mas finalmente disse o que pensava de toda aquela idiotice. Sim, eles eram piratas, mas porque precisavam agir de forma contra as regras e leis, seu antigo capitão ensinou alguns ideais diferentes. Mas estava vendo o seu grupo, seu bando, seus amigos, começaram a se esquecer disso.

- O que deu nesse homem, meu Akito? – Disse a mulher que estava sentada no colo de Akito, e acariciava o rosto do mesmo.

- Sinceramente eu não sei. Mas não vou deixar ele estragar a minha noite com você, bela Kaila. – Akito dizia enquanto esfregava as coxas desnudas da mulher, que ria. Olhou para seus imediatos que ainda estavam quietos, e perdidos nas palavras de Naruto. – Ou vocês vão deixar, que ele abale assim vocês. Ele está apenas estressado, amanhã, verá como estará se desculpando.

Shikamaru, Sasuke e Neji se entreolharam, e sabiam que seu capitão estava certo, o loiro estava bem estressado ultimamente, talvez a caminhada sozinha, pudesse lhe fazer bem.

- Akito, vou ver como o Naruto está?

E como Naruto, fez Gaara saiu do ambiente cheio de pessoas, as palavras do loiro o tinham incomodado profundamente. Sabia que ele estava completamente certo, só fazia parte daquele grupo por causa do seu antigo capitão, que lhe prometeu que iriam achar sua irmã perdida e que ajudariam todas as pessoas que estivessem em perigo. E parece que ele mesmo se esqueceu dessa promessa, e isso o deixava mais decepcionado consigo mesmo.

Olhou em volta, e nada de achar a cabeleira loira de Naruto, imaginou que talvez ele estivesse voltado para o navio. E estava certo, pois encontrará  Takashi, Iori e Kazuo no meio do caminho, que lhe informaram que Naruto, havia lhe ditos para irem dar uma volta, pois precisava ficar sozinho. Ao chegar às docas, verá Naruto, sentado em um dos barris que ficava ao lado da rampa que dava acesso ao navio. Sentou ao lado do loiro, e nenhum dos dois resolveram falar naquele momento.

- Gaara, você acha que falei muita merda naquela hora?

- Sinceramente cara, sim, você falou bastante merda... Mas você está certo, esquecemos o porque de fazermos parte desse grupo, e porque somos um grupo de piratas temidos e diferentes dos outros.

- Desculpa, mas era preciso. Porque não aguento mais ver, elas serem tratadas como objetos, algo sem valor.

- Eu sei, Naruto, e por incrível que parece, muito de nossos tripulantes tem começado a gostar da companhia delas, até acham que elas fazem parte da tripulação.

- Você está certo, notei isso outro dia. Eles estão aceitando elas melhor.

- Apenas, deixe Akito, pensar melhor sobre que disse. Pode não parecer, mas você os deixou bastante incomodados. Até mesmo as prostitutas.

- Bem, não pedirei desculpa por isso. Porque é verdade

- Sim, eu sei que é. Podemos pegar o exemplo da Kaila que tenta a todo custo se casar com Akito.

- É realmente.

Assim os dois amigos ficaram conversando animadamente durante por um tempo. Até que Iori apareceu branco, ofegante.

- Senhor Naruto, Senhor Gaara... Aconteceu uma calamidade.

- Se acalme Iori, e nos diga o que aconteceu. - Naruto se aproximava do rapaz e o ajudava a respirar.

- Ryuu foi ferido gravemente.

- O QUE? – Naruto e Gaara gritaram uníssonos e o desespero começava a tomar conta deles.

- E... E as garotas foram raptadas.

- O QUE? – Os dois gritaram novamente juntos, e mais ainda ficavam desesperados.

- Uma senhora chamada Gaia, nos contou tudo que aconteceu, ela disse que estava indo atrás delas, quando viu um grupo de oito homens cercarem elas. E pareciam estar discutindo algo, ela não soube dizer o que. E que em determinado momento, Ryuu saiu correndo, mas depois voltou e começou a tirar pedra contra esses homens. E depois um homem de bandana, atirou contra ele, acertou no ombro. Mas ele perdeu muito sangue, não sabem se vai sobreviver.

Iori já adiantou toda a história, assim que viu que os dois imediatos começavam a caminhar, o rapaz se tornou o guia para leva-los até o local onde Ryuu estava.

- Sasuke já está sabendo?

- Sim, sim Naruto, Kazuo foi atrás dele, assim que soubemos do acontecido.

- Esses homens que pegaram as garotas, sabem para onde as levaram?

- Sim, senhor Gaara, a senhora disse que as levaram em direção para uma floresta. Ela acredite que devem estar escondidos em uma gruta que era usada antigamente.

Logo chegaram em uma casa de dois andares que possuía uma placa com os dizeres “Clinica Médica Masuda” e assim que colocaram os pés dentro do estabelecimento, viram um Sasuke sendo segurando por Shikamaru e Neji, e Akito que conversava com o médico que se encontrava assustado com toda aquela situação.

- Então, senhor, o garoto vai sobreviver? – Akito dizia com certa autoridade.

- Sim, sim, ele vai ficar bem, conseguimos estocar o sangramento, por sorte não acertou o coração. Ele precisará ficar em repouso por alguns dias, até que podemos ter certeza que esteja estabilizado. – O médico disse se abaixando logo em seguida, ao ouvir os insultos que Sasuke proferia.

- Entendo, obrigado, por favor, tome conta dele por enquanto. – Akito se curvou para o homem a sua frente, e caminhou até Sasuke, dando um soco em seguida. – Se acalme o médico disse que ele vai ficar bem. Agora, precisamos encontrar a pessoa que fez isso.

Sasuke esfregou a parte que levará o soco, e encarou seu capitão. Respirou fundo e seu capitão estava certo, precisava se acalmar, e encontrar o canalha que feriu seu irmão.

- Sabemos onde eles estão. – Naruto disse depois que verá que todos estavam em silencio. – Estão em uma gruta.

- O único problema, é que não sabemos como chegar lá. – Gaara completou a informação de Naruto que agradeceu.

-Bem, pediremos informações. - Akito disse dando um pequeno sorriso, sorriso esse que deixou seus companheiros assustados. – Iori, Kazuo e Takashi, vocês ficaram aqui de vigia, vai que esses homens voltem.

Os três rapazes concordaram com a cabeça e tomaram as suas posições. Sasuke deu uma ultima olhada para a cama na qual seu irmão dormia tranquilamente, antes de seguir Akito que saia do local junto com seus imediatos.


Notas Finais


E espero que vocês tenham curtido mais esse capitulo
E estive pensando, em ajudar meus leitores que escrevem fanfic.
Então você meu caro leitor, que tem alguma fic, mas gostaria que mais pessoas lessem, mandem ela para mim, através de mensagem e no próximo capitulo, eu estarei indicando ela na notas finais.
E fique claro, não quero nada em troca, pois sei como é chato você escrever e poucas pessoas se interessar.
Não fiquem com medo e mandem elas.


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