História Bad things - Camren - Eu te amo

- Tá na hora! Tá na hora! - apareceu Normani, animada. - Tá na hora! Tá na hora! Tá na hora! - logo, ela nos puxou para o 1º andar.

Descemos e encontramos toda a família Jauregui reunida. Ao fundo tocava uma música qualquer e todos nos aguardavam. Normani tinha descido numa rapidez. Lauren e eu ainda descíamos as escadas com as mãos entrelaçadas.

- Tentamos impedir a Dinah. - comentou Mike, divertidamente.

- Como se isso fosse possível. - disse Clara.

- Namorando mulher mais velha? Sexy. - disse Vero para Lauren, esta que revirou os olhos com meio sorriso.

Lucy me estendeu uma caixinha, séria. Ela não gostava de mim.

- É um colar. Dinah quem escolheu.

- Obrigada. - agradeci sorrindo, mas ela apenas ignorou, fazendo-me desmanchar o sorriso.

Dinah puxou Lauren para perto de mim e ela me abraçou, enterrei meu rosto na curva de seu pescoço, e ouvi um barulho de flash. Dinah havia tirado uma foto nossa.

- Este é da Vero. - me estendeu o presente.

Encarei Vero e ela me encarava sorrindo em expectativa, ao seu lado estava Lucy que revirara os olhos. Balancei a caixinha e a olhei:

- Já instalei no seu carro. - disse, com um sorriso convencido. - Finalmente vai ter um som decente.

- Vero! - repreendeu Lauren, me fazendo rir e apenas dizer que estava tudo bem.

- Esse foi o do Mike e da Clara. - peguei outra caixinha, que desta vez Normani me estendia.

Os olhei, e eles me olhavam sorrindo.

- Uma coisinha para iluminar o seu dia. - disse Mike.

- É, você anda muito pálida. - completou Clara, divertidamente.

Havia um tipo de fleche para abrir um tanto afiado, e acabei me cortando quando fui abrir. Um pequeno filete de sangue escorria pelo meu dedo que acabou molhando o tapete da sala.

Parei de observar meu dedo e levantei o olhar. Normani olhava fixamente para meu sangue e Lauren a encarava. A vi correr em minha direção, e fui arremessada por Lauren. Acabei batendo na parede e caindo em cima de uma mesa que tinha alguns jarros de flores, fazendo cortar meu braço desta vez.

Caí no chão, mas ainda vi Normani tentando correr para cima de mim, mas a Lauren a jogou fazendo ela cair em cima do piano. Em menos de um segundo - literalmente - ela se levantou, Mike tentou golpeá-la mas ela desviou,Vero tentou segurá-la mas ela conseguiu escapar. Logo, Lucy, Vero e Mike a seguravam e Dinah se pôs em sua frente fazendo a fitá-la.

- Amor, está tudo bem. É só um pouco de... sangue. - disse a loira, que engoliu em seco na hora de dizer "sangue".

Meu braço estava sangrando muito.

- Tire Normani daqui. - disse Mike, correndo até mim para analisar meu braço.

Vero prendeu os pulsos de Normani, e a levou para fora.

- Desculpe, eu não posso. - ouvi Dinah dizer antes de um barulho de porta soar. Ela havia saído.

- Desculpe. - ouvi Lucy dizer e ela também se retirou.

Todos saíram exceto Lauren, Clara e Mike que analisava meu braço.

- Vou ter que dar uns pontos nisto. - disse o homem, enquanto analisava o corte. - Cuide da Normani. Ela deve estar muito chateada consigo mesma. Duvido que ouvirá alguém além de você. - disse a Lauren que retirou-se.

[...]

- Eu não queria fazer festa. - disse a Mike que retirava os cacos de vidros do meu braço.

- Não foi culpa sua. - disse compreensivo. - Ela ainda está se adaptando.

- Como consegue? - perguntei ao homem que apenas sorria levemente.

- Anos e anos de prática. - respondeu-me.

- Nunca cogitou ceder ao instinto? - perguntei.

- Não. Eu sabia quem eu queria ser. Queria ajudar as pessoas. Mesmo estando condenado para sempre.

- Condenado? Tipo ao inferno? - ele apenas assentiu. - Você não poderia ser condenado. Nunca. É impossível. - disse, com sinceridade e admiração que sentia por ele.

- Obrigado, Mila. - agradeceu, fazendo-me sorrir. - Você sempre foi muito... Condescendente conosco.

- É por isso? - perguntei-o, que me fitou confuso. - É por isso que ela não quer me transformar?

- Imagine a situação inversa. Se você pensasse como Lauren. Levaria a alma dela? - perguntou-me, pondo fogo no pano de sangue.

Observei o fogo. Eu seria capaz de levar sua alma?

[...]

- Não pode me proteger. - disse assim que Lauren estacionou o carro em frente a minha casa. - Não de tudo. Em algum momento, algo vai nos separar. Pode ser um acidente, uma doença ou uma velhice. Enquanto eu for humana. A única solução é me transformar.

- Isso não é solução. É uma tragédia. - disse ela, saindo do carro em seguida e parando de frente para mim, abrindo a porta.

- Não vai me querer quando eu for uma vovó.

- Camz, você não entende meus sentimentos por você? - perguntou-me.

- Mike me disse... o que pensa sobre sua alma. Eu não concordo. Não se preocupe com a minha.

- É melhor entrar.

- Ainda é meu aniversário. Posso pedir uma coisa?

- O quê?

- Me beija.

Logo ela me puxou pela cintura grudando nossos corpos. A princípio tudo era apenas uma carícia de lábios. Resolvi pedir passagem com a língua e ela logo entreabriu os lábios, adentrei sua boca em busca de sua língua. Minha língua percorria cada canto de sua boca e vez ou outra encontrava-se com a dela. O ar me faltou, forçando-me a terminar o beijo com um chupão em seu lábio inferior.

- Eu te amo. - sussurrei, com nossas testas grudadas.

- Eu te amo. - sussurrou de volta.