1. Spirit Fanfics >
  2. Banned Love >
  3. Now I Know Who I Am

História Banned Love - Now I Know Who I Am


Escrita por: YeaahCams

Notas do Autor


Primeiro capítulo, pois é colegas

Capítulo 1 - Now I Know Who I Am


Hoje é o dia que eu completo mais um ano de vida, mais especificamente 17 anos. Se não fosse pela falta da presença de meu pai, eu estaria mais animada para a festa que minha mãe tem planejado à uma semana. Eu não estou nem um pouco interessada em balões, bolos e doces, eu estou interessada em outra coisa. E minha mãe sabe muito bem o que é.

Há doze anos atrás foi a ultima vez que senti o cheiro de meu pai...

É dia de natal, eu aguardava ansiosamente para que meu pai chegasse com mais um presente. Mas ele não chegava nunca. Era estranho, minha mãe tinha me dito que chegaria ás oito da noite, mas o relógio já batia ás nove. Até que minha mãe recebe uma ligação desconhecida, ela vai atender... Espero que seja meu pai. Sua cara de espanto me assusta, vou até ela perguntando o que há de errado, mas ela não me responde. Talvez não tenha nada de errado, talvez meu pai esteja parado no trânsito e não possa vir, tudo bem, eu espero até amanhã pelo meu presente.

Minha mãe desliga o telefone, ela diz algo para minha tia Vilma e sai porta a fora. Tento ir atrás dela, mas sou impedida pelas mãos fortes de minha tia. Ouço o barulho do carro sendo ligado e, também, o ouço acelerando. Com o tempo o som que era tão audível se torna em silêncio. Ela se foi.

Assustada pergunto o que houve a minha tia, mas ela não me diz nada. As lágrimas começam a sair, não sabia o que estava havendo e ninguém queria me contar. Saio correndo para meu quarto, estava irritada. Eu tinha apenas cinco anos mas não era burra. Sabia que algo de muito estranho estava acontecendo. Caio no sono...

Acordo sentindo as mãos de minha mãe me acariciando. Ela voltou. Abro os olhos, que são automaticamente queimados pela luz forte.

- Onde está o papai, mamãe?

- Filhinha, eu sei que vai ser difícil para você ouvir isso, mas seu pai foi conhecer alguém de muito longe e eu não sei se ele irá voltar tão cedo.

- Vamos lá com ele então, mamãe! Eu te ajudo.

- Não dá, ele se foi antes de eu conseguir falar com ele, não sei onde fica. Com o tempo você vai entender, eu juro.

E foi aí que começou a mentira, ela mentiu pra mim e ainda mente. Não do mesmo jeito que antes mas de um jeito pior, ela se nega a me contar. Sim, eu realmente não sei se meu pai morreu, nem se ele está bem ou o que aconteceu naquela noite. Não sei nada.

Minha mãe não tem vergonha de me presentear, de me fazer uma festa e tudo mais... Ela não percebe que eu estou morta por dentro, há um vazio dentro de mim. E ela não entende isso. Ela acha que o fato de eu não saber o paradeiro de meu pai é simplesmente algo insignificante.

Ouço sua voz me chamar do primeiro andar, sei que os convidados chegaram e é agora que eu vou começar a atuar, como em todos os anos.

Desço com meu vestido amarelo de renda, que por sinal é meu vestido favorito e então ao chegar no primeiro andar, vejo diversas pessoas cantando “Parabéns para Você”. Reconheço algumas, mas muitas das pessoas são conhecidos da minha mãe que nunca vi na vida. Procuro minhas amigas e logo as vejo, dou um sorriso largo para elas. Com certeza, elas são tudo que  eu tenho, minha família de verdade.

Quando a cantoria é abafada e o bolo se aproxima de mim nas mãos de minha mãe, apago as dezessete velas e faço um desejo: saber o que houve de verdade com meu pai. O mesmo desejo que faço desde que ele se foi, mas houve uma alteração. Quando era criança eu desejava reencontra-lo, hoje desejo saber o que aconteceu. Pois tenho quase cem por cento de certeza de que ele se foi. 

Vou conversar com as minhas amigas em uma das mesas e vejo que vieram muito bem arrumadas, como se fosse uma festa gigantesca. Samy está com um vestido curtíssimo, assim como Chloe e Nanda.

- Vocês acabaram de sair de uma festa ou é impressão minha? – perguntei rindo da situação.

- Nada disso. Na verdade, nós vamos para uma festa depois que acabar aqui. – Nanda respondeu. Já ia desejar uma boa festa para elas, até que ela continuou: - E você também vai.

- Tá doida, Nanda? Hoje é meu aniversário, nunca que minha mãe vai deixar...

- Já falei com ela e ela deixou, Hails! Vai dizer que tu não quer ir lá, conhecer os meninos novos da universidade? – Samy falou e eu quase surtei por dentro, tava realmente querendo sair, pensei que não ia ter uma festa tão cedo.

- É claro que eu quero ir, mas pensei que minha mãe não ia deixar. To chocada que ela deixou. Vamos ver alguma coisa pra eu vestir, porque eu não tenho a mínima ideia!

Fomos correndo para o meu quarto. Assim que chegamos Chloe começou a tirar todas as minhas roupas do armário e começou a escolher quais eram boas, apesar de que eu não tinha nenhuma que prestasse ela sempre achava uma forma de torna-las ótimas, essa é Chloe!

- Achei! – ela falou com uma felicidade, que parecia que tinha levado alguns séculos para achar uma roupa realmente boa no meu armário. – Usa esse shorts preto com essa blusa. Vai ficar lindo! Se ficar com frio coloca esse casaco.

- Já disse que você poderia ser uma ótima estilista? – ri.

- Quem dera! Agora vamos voltar lá para baixo antes que sua mãe mude de ideia.

A minha festa estava bem chata para ser sincera. Não conhecia ninguém, eram todos amigos da minha mãe e algumas pessoas da minha família que só apareciam para se aproveitar da comida. Finalmente olhei o relógio e faltavam apenas 50 minutos para a festa começar.

Eu e as meninas subimos para o meu quarto, fui logo para o banheiro tomar banho enquanto Nanda decidia que maquiagem ia fazer em mim, já que eu sou horrível nisso. Samy estava vendo quem ia para a festa pelo iParties, um aplicativo que fazia o convite para essas festas que elas me convidam de vez em quando. Nunca me interessei em baixar, mas parece uma boa. Lá dava para ver todos que iriam, então ela já estava achando os caras que ela se interessava para cassa-los na festa. Era engraçado como Samy era ansiosa, ela não conseguia esperar para ver as pessoas na festa, ela tinha que ver os 150 convidados com antecedência.

- Achei um menino que combinaria muito com a Hails, olhem! – ouvi seu grito do banho, logo imagino que elas estejam correndo para ver quem era, mas sinceramente não estou muito no clima para ficar com alguém, acabei de terminar com Jackson. Sei que já faz um mês, mas não me sinto preparada.

Desliguei o chuveiro e peguei a minha toalha para me secar. Abri o armário atrás de outra toalha pois meu cabelo estava pingando e estava insuportável. Aproveitei para escovar os dentes enquanto meu cabelo secava. Passei um hidratante facial pois minha pele fica muito ressecada depois que passo essas bases que a Nanda arruma para mim. Não a culpo, eu sempre esqueço de comprar bases novas e acabo sem nenhuma, ela que me empresta sempre.

Sai do banheiro enrolada na toalha, pois a roupa estava em cima da minha cama. Comecei a me vestir na frente delas, já que estavam acostumadas com o fato de eu sempre esquecer a roupa fora do banheiro.

Quando acabei, Nanda logo veio para começar a fazer minha maquiagem. Ela aplicou tantos produtos que nem me relembro. Quando terminou, ela soltou um sorriso tão largo que foi contagiante para todas nós.

- Que felicidade é essa? – perguntei sorrindo.

- Primeira vez que eu consigo fazer um delineado perfeito de primeira. – começamos a rir. Mas logo me lembrei que tinha que secar meu cabelo. Tirei a toalha da minha cabeça e comecei a seca-lo.

Estava finalmente pronta. Faltavam apenas vinte minutos para a festa começar, então saímos correndo de casa. Pegamos carona com um amigo de Chloe, ele parecia legal mas não falou muito com a gente, apenas com Chloe.

Chegamos na festa uns 10 minutos depois de ter começado e já estava completamente lotada. Não estava me sentindo muito a vontade, já que todos dançavam e eu morro de vergonha. Então fiquei sentada em um dos sofás depois de pegar um copo de vodca com energético. De vez em quando chegava alguém para falar comigo, mas ninguém que eu me interessasse. De repente veio um casal ocupar o lugar vago que tinha do meu lado, era só o que faltava, eu ficar de vela. Mas pelo contrário do que eu imaginei, eles começaram a conversar comigo.

- Qual seu nome? – o menino perguntou.

- Hailey... – eles me olharam como se eu tivesse dado uma resposta incompleta, então decidi falar logo meu sobrenome. – Hailey Baldwin

- Ahh... Mas não vai me dizer que você é filha do Stephen Baldwin. – a menina falou com os olhos arregalados. – Alias, meu nome é Clarisse e o dele é Justin.

- Não, não... Quem me dera. Meu pai morreu a muito tempo atrás. – tentei parecer natural, mesmo que o assunto tenha me deixado um pouco comovida.

- Oh... Me desculpe, eu sinto muito. – ela falou como se tivesse pena de mim, algo que eu realmente não preciso que sintam de mim.

- Não precisa ter pena de mim, eu nem tenho certeza se ele está morto, talvez ele tenha arrumado outra mulher, outra filha... – comecei a chorar, não sei porque eu estava falando isso para dois desconhecidos, talvez seja o efeito da bebida. – Ele me deixou, ninguém entende o quanto isso me fere por dentro, me sinto vazia. Ele me deixou, porra, o que eu fiz para merecer isso. – me deitei no colo de Clarisse, por mais estranho que isso fosse, eu estava desabafando com estranhos. Os dois me olhavam perplexos. -  Me desculpem, eu não devia estar falando essas coisas.

-Ah tudo bem, deve ser a bebida, sempre acontece comigo... Eu sinto muito, nós sentimos. – Justin falou com um olhar sereno. Eles eram legais, e eram os únicos que estavam comigo ali naquela festa que até o momento não estava tendo a mínima graça. – Tenho que te apresentar uma pessoa.

Fiquei um pouco curiosa e com medo ao mesmo tempo, eles me guiavam diante da multidão até chegar no jardim. Tinham poucas pessoas lá, então não sabia exatamente de quem eles estavam falando.

- Cody! Tenho alguém pra te apresentar, irmão. – Justin parecia animado, mesmo que eu estivesse aparentemente confusa e com os olhos embargados.

O garoto saiu de perto de algumas pessoas com quem conversava e se aproximou, logo ele me fitou de cima a baixo e soltou um sorriso safado, como se estivesse com segundas intenções. Continuei normal, não estava interessada em sexo, na verdade nem sabia que era para isso que Justin e Clarisse tinham me levado à aquele local, estava pensando em onde as meninas estariam nesse momento.

- Então, Cody... Essa é Hailey. Hailey, esse é Cody. – Justin anunciou e, simplesmente, sumiu junto de Clarisse.

- Prazer... Não sei se você pensou errado ou sei lá, mas eu não estou atrás de sexo. Só estou aqui porque Justin e Clarisse me trouxeram até você, mas se essa é sua... – fui interrompida.

- Shh... Calma aí. Eu não vou te obrigar a nada, eu só achei que Justin estava me oferecendo você, naquele sentido que você sabe. Mas se você não quer...Podemos conversar. – ele sorriu e pegou na minha mão, me levando para algum lugar que eu não lembro mas tinha uma arvore lá, ele se sentou e voltou a beber no seu copo. – Sério que você não vai sentar? Olha, eu sei que não é um dos lugares mais confortáveis, mas cara, é uma arvore, elas são legais para consolar.

Pois é, eu estava falando com um bêbado, que eu nem conheço, no meio de uma festa que eu tinha ido com as minhas amigas que sumiram. Eu só posso estar sonhando.

- Quer um pouco? – ele ergueu o copo, mas eu neguei, eu sei lá o que tem naquilo. – Relaxa, não vou te drogar, é só vodca pura. Toma, vai te deixar feliz.

Peguei o copo e tomei o liquido apenas para agrada-lo, ele não parecia o tipo de pessoa que daria um boa noite cinderela para alguém. Me sentei do seu lado e comecei a viciar naquele liquido que queimava minha garganta, era ruim porém me deixou tão feliz depois de um tempo. Eu estava oficialmente bêbada.

Não lembro exatamente quando começamos a ficar, mas eu não ligo, ele beijava tão bem... Sentia falta de beijar alguém desde que terminei com Jackson e ele parecia um cara legal.

- Tem algum problema se eu for ver onde minhas amigas estão?

- Tem. – ele fez cara de sério, mas depois começou a rir loucamente. Não sei onde eu ia achar um bêbado tão engraçado, geralmente são irritantes e insuportáveis, por esse motivo, me nego a ser um deles, acho que é a primeira vez que fico bêbada de verdade. Quando paramos finalmente de rir, ele me olhou com uma cara tão inocente, foi impossível não achar fofo. Ele era bonito, mas eu não conseguia sentir atração por ele, era apenas uma certa carência que eu sentia, que acabou fazendo com que eu ficasse com ele. Acho que era isso, carência. A carência me fez ficar com um desconhecido, um tal de Cody que me foi apresentado por outros dois desconhecidos. Estranho, eu não parecia ser eu mesma. Acho que não tinha ainda descoberto quem era eu sem Jackson, mas agora eu sei. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...