História Banned Love - Nanda's Message

A casa de Justin era grande, não me assustei já que seu carro custava no mínimo a renda da minha família anual. Comecei a contar para ele o que tinha acontecido e ele estava chocado, ele disse que não conhecia nenhum vizinho suspeito ou que tivesse namorado alguma mulher com quem tivesse praticado violência. Tentamos ligar para minha mãe e ninguém atendeu. Decidimos esperar um tempo e então tentamos novamente. Então, alguém atendeu e não era minha mãe.

- Posso saber quem é? – pergunto assustada.

- Blair. O que vocês querem com Robert?

- Não quero nada com Robert, esse telefone é da minha mãe!

- Pois bem, não é mais. Vou passar para Robert.

Ouço barulhos e conversas do outro lado da linha, até que o celular de minha mãe chega à Robert.

- Oi filha! – porra esse homem não sabe me chamar de enteada não?

- Filha o caralho! Tu sabe muito bem que eu não sou sua filha e que meu pai está bem morto e que Deus o guarde, passa o celular pra minha mãe e deixa ela em paz.

- Se quiser que eu deixe ela em paz, você sabe as condições, ela já lhe disse. – como ele sabe?

- Como você sabe se eu sei ou não? Idiota.

- Ela foi obrigada a me contar das conversas que teve contigo, filha. – de novo?

- Se eu fosse sua filha, você não iria querer me prostituir?

- Não quero te prostituir meu amor, quero te levar para o mundo do dinheiro fácil. Capitalismo é difícil demais! – que idiotice.

- E isso é o que? Para de falar asneira.

- Você quer ou não libertar sua mãe, pensei que a amasse. – aquilo mexeu comigo. Eu a amo, mas não quero me prostituir, também não quero ela nas mãos de Robert de novo. Eu estou sendo egoísta. Olho para Justin, ele está confuso, já que não ouve nada.

- Quero, você sabe disso. Tire-a daí. Eu faço qualquer coisa. Não tem outra condição?

- Morte. Essa é a condição. – morte?

-Morte? Você quer me matar, Robert? Eu não era sua filha? Hipocrisia é foda. – estava com medo mas ao mesmo tempo estressada com as contradições de Robert.

- Não, você vai matar alguém para mim. Vai tirar esse puritanismo de si, senhorita. – senti seu sorriso malicioso de longe, qualquer um sentiria. Olhei assustada para Justin, ele perguntou ‘o que foi?’ sem som, porém não respondi.

- Não vou matar ninguém, não!

- O QUE? – Justin gritou.

- Shh – sussurrei.

- Não vai? Então eu vou.

- Pode matar então, não vou matar esse aí que você quer. – falo. – O inimigo é seu, não meu.

- Quem disse que a mesma pessoa que eu vou matar, é a que você vai? – ele quer matar a MINHA MÃE.

- Você não faria isso!

- Hahahaha... Você que acha. – e desliga o telefone.

Olho para Justin, ele parece tão confuso quanto eu. Não sei, parece que minha vida virou um redemoinho, o próprio inferno. Primeiro, minha melhor amiga morre, hoje foi seu funeral onde o meu pior inimigo me vê e decide sequestrar minha mãe em troca de me prostituir, parece no mínimo um filme.

- Ele quer que eu mate alguém para libertar minha mãe, eu não vou tirar a vida de alguém inocente.

- Por que ele quer isso? – Justin está claramente não entendendo nada.

- Não sei, por diversão. Ele faz isso todo dia, ele disse que quer tirar minha parte puritana, não entendo. Minha vida está um inferno, Justin.

- Vou ligar pro meu amigo, talvez ele consiga te ajudar.

Justin liga para um tal de Chaz Somers, chamou ele para vir a casa dele. O cara era muito gato, ele era simpático e aparentemente gostou de mim.

- Oi gata, que problemão hein. Se quiser eu mato esse Robert pra você. – ele pisca pra mim, dou uma risadinha.

Justin olha para Chaz de um modo estranho e logo ele muda de assunto.

- Bem que eu queria que Robert morresse mesmo. – falo.

- Ótimo, eu resolvo pra você! Metralho ele hoje mesmo.

- Que isso Chaz? – Justin se exalta imediatamente e eu rio.

- Calma J, ele está brincando. – passo a mão na perna de Justin.

- Porque você não conhece ele.

Olho para Chaz e rio dele, ele pisca para mim novamente e Justin olha feio para ele. Penso em como que Chaz resolveria aquilo para mim sem que Justin ficasse bravo. Estava pensando em minha mãe, como que ela estava, se ela estava bem e, principalmente, viva.

- Qual o nome dele? – Chaz pergunta.

- Robert Partens.

- Sei quem é, já se meteu com a minha gangue Justin. Fácil de matar, nunca matei por não merecer.

Gangue? Olho para Justin, que parece não querer me contar. Recebo uma mensagem de Nanda.

‘Onde você está? Sua mãe está aqui em casa, disse que Robert apareceu. Vem aqui em casa, Hailey. URGENTE. Beijos, Nanda.’

- Justin! A minha amiga disse que a minha mãe está na casa dela e que é para eu ir lá.

- Deixa eu ver... – ele pega meu celular, e diz: - Vamos lá então.

- Valeu, Chaz. Não precisa matar ninguém não, moleque.

- Moleque não, Sr. Bieber. Tchau, senhorita, vamos marcar algo. – e pisca de novo, dou um sorrisinho simpático e me despeço.

- Desculpa, Hails, Chaz é assim mesmo. – Justin diz.

- Ele é bonito até e não precisa se desculpar.

Justin fica quieto e abre a porta da garagem para irmos para a casa de Nanda, estava ansiosa para abraçar minha mãe.

Entramos no carro e ele continua em silêncio.

[...]

Ao chegarmos na casa de Nanda, decido perguntar porque ele está tão quieto.

- O que foi, Justin?

- Nada, estou apenas pensando em Nanda.

- Não acredito.

- Ok.

Saio do carro e quando abro a porta da casa de Nanda, vejo a cena que eu menos esperava. Realmente minha vida havia se tornado um inferno.