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História Be my alpha - ... Ela se encontra com o verde do mar...


Escrita por: QuaaseGay

Notas do Autor


EMA HOJEEEEEEE E PARA COMEMORAR, JUNTAMENTE COM O REMIX MARAVILHOSO DE HAVANA

Trouxe uma att <3 espero que gostem!! <3

divirtam-se mimadinhos <3

Capítulo 22 - ... Ela se encontra com o verde do mar...


Fanfic / Fanfiction Be my alpha - ... Ela se encontra com o verde do mar...

Camila

Ainda eram cinco e meia da manhã quando acordei na cama de Lauren. A morena agarrava minha cintura de maneira possessiva, como se estivesse com medo de que eu desaparecesse. A cama estava totalmente bagunçada e somente uma parte do cobertor cobria nossas pernas entrelaçadas.

Sorri para o rosto pacífico da minha garota, acariciei sua bochecha e beijei sua testa, a ponta de seu nariz e seus lábios. Era tão bom passar a noite junto dela, respirei o cheiro de morango que seus cabelos exalavam, eu poderia me acostumar a acordar assim todos os dias.

Ela resmungou e me puxou mais contra si quando eu me movimentei, não queria sair de perto dela, mas o efeito do inibidor estava passando, além do mais, eu precisava ir para casa. Com cuidado, consegui sair debaixo de seu corpo.

A brisa fria que entrou pela janela me fez arrepiar e me dar conta de minha nudez. Fui até a janela e puxei as cortinas, depois cobri o corpo de Lauren corretamente. Rapidamente peguei a camiseta do Bulls e vesti, logo em seguida coloquei minhas calças e meus coturnos. Vesti a jaqueta e peguei minha regata branca.

“Bom dia, meu amor. Sinto muito ter saído assim de seu quarto, tive que ir para casa. Volto logo. Beijos”

Deixei o bilhete em seu criado mudo, logo abaixo da rosa que havia trago ontem e me aproximei mais uma vez, dando-lhe um beijo nos lábios. Como eu queria ficar para vê-la acordar, mas se Michael me pegasse aqui, seria uma grande confusão.

Fui até a varanda de Lauren e pulei, chegando ao chão firmemente. Prendi minha regata no elástico da legging e coloquei minhas mãos nos bolsos da jaqueta. A camiseta que eu vestia tinha o cheiro de minha ômega, dando-me a sensação de estar sempre com ela.

Assim que cheguei em casa, abri a porta com cuidado e fui até o quarto de minha irmã. A pequena dormia tranquilamente, toda esparramada e com a coberta jogada no chão. Ri baixinho da cena e a cobri novamente, dando-lhe um suave beijo na testa.

Eu queria muito passar o dia inteirinho com Sofi, mas era o fim de semana do aniversário de Lauren, então resolvi dedicar o meu tempo em Miami apenas à ela. A única pessoa que sabia que eu estava aqui, era a minha mãe. Se minha irmã mais nova ou meu pai soubessem, não iriam desgrudar de mim.

Tomei um banho rápido mas relaxante, pensando no quão diferente estava a minha garota. Desde que começou a trabalhar, venho sentindo emoções estranhas em Lauren. Ela parecia insegura, com medo e estava sempre me pedindo para reafirmar os meus sentimentos por ela.

De início, achei que ela estava afim de outra pessoa ou havia feito merda. Mas depois comecei a sentir um medo quase sufocante por parte dela. Como se ela estivesse entrando em uma espécie de pânico.

Aquilo me deixou muito preocupada, já que era o seu aniversário, decidi vir até aqui, não só para comemorar com ela, mas também para ver como ela estava. No dia anterior ao seu aniversário, eu estava trabalhando quando sei um pânico gigantesco subir pelo meu corpo, esmagando meu coração e eu sabia que esse sentimento não era meu.

Foi quando eu tomei a minha decisão e comuniquei a Shawn que iria para Miami na madrugada. Contei ao meu amigo o que eu estava sentindo e ele prontamente disponibilizou o jato para mim. Eu nunca iria me acostumar com a riqueza dele e a forma simples que ele conseguia resolver as coisas.

Foi somente ela me ver que senti seu alívio. Ela estava com medo de me perder, mas não queria me dizer o motivo disso. Lauren pensava que eu poderia trocá-la por outra, mas eu não conseguia entender de onde ela havia tirado essa ideia.

Claro que eu havia falado para ela de Sophie, a ruiva estava cada dia mais próxima de mim, mas nunca foi motivo para a insegurança de Lauren, a morena, por mais que não fosse muito com a cara da ruiva, nunca havia se irritado ou demonstrado algo mais além de um leve e saudável ciúmes.

O problema não era Sophie.

Com esses dias que eu passei em L.A, senti muita coisa em mim mudar. A começar pelo meu corpo, que havia ficado mais forte e com leves definições que antes não tinha. Ninguém precisou me explicar que minha rápida evolução dava-se pelo meu gene Alpha. Nosso corpo se desenvolvia e curava mais rápido que os dos ômegas devido a composição genética desse pequeno cromossomo.

Mas não era apenas isso. Senti como se estivesse pronta para cuidar, proteger e amar. De uma forma diferente de como eu me sentia antes. Antigamente eu pensava que jamais conseguiria atingir a maturidade antes dos vinte e um, já que eu não tinha experiências “sociais” suficientes para completar o desenvolvimento.

Eu aprendi sobre isso no meu terceiro ano, em biologia. Meu Alpha Interior havia atingido sua maturidade máxima, isso significa que assim que ele encontrasse o Omega Interior correto, haveria a mordida.

Alguns só atingiam o nível máximo de seus desenvolvimento maturacional próximo de seus vinte e um anos, outros aos dezessete - como era o meu caso - mas essa mudança sempre ocorria nessa faixa etária.

Espero o tempo que for pelo Omega Interior de Lauren.

Sorri para o meu reflexo no espelho, eu vestia uma calça moletom da Hollister preta e uma regata da mesma cor. Ultimamente ando usando só roupas assim, confortáveis, até meus jeans haviam se aposentado.

Notei que minha mãe havia feito a mala que eu pedi. Durante todo esse tempo, eu sobrevivi das roupas de Shawn e de Cam, comprei somente cuecas. Eu estava esperando receber para poder comprar algumas roupas e finalmente poder sair para conhecer a cidade.

Um dia eu pedi algumas camisetas que eles não usavam tanto e customizei, ficaram mais femininas, bom, não pude fazer o mesmo com as calças, então não tinha outra escolha a não ser usá-las ridiculamente largas em casa.

Até a que a volta inesperada foi muito mais positiva do que eu pensei, já que agora tinha as minhas roupas e não precisaria gastar meu salário com isso.

Saí de casa arrastando a minha mala para a casa de minha ômega, de lá eu iria para o aeroporto. Escalei com facilidade até a janela dela, Laur ainda não havia acordado.

A passos leves, fui até a cozinha e fiz uma salada de frutas para ela, eu sabia que Lauren acordaria com fome. Tomei o cuidado de fazer o menor barulho possível e assim que eu tinha terminado de limpar tudo que eu havia usado, subi novamente.

Eram oito da manhã, era maldade acordá-la a esse horário, mas eu queria muito aproveitar o dia, já que meu vôo seria às quatro da tarde. Com carinho, comecei a beijar todo o seu rosto, fazendo-a resmungar um pouco.

- Amor, acorda… - Falei baixo em seu ouvido. - Bom dia, dorminhoca.

A ômega resmungou algo ininteligível e virou-se para o outro lado, dei risada de sua personalidade rabugenta e puxei sua coberta até o início de sua bunda. Fui beijando toda a extensão de suas costas com carinho, até chegar em sua nuca e passar para seu pescoço.

Lauren nem se mexeu, mas eu sabia que já estava bem acordada.

- Bom dia… - Sussurrei em seu ouvido, a fazendo sorrir e abrir os lindos olhos.

Foi inevitável não ser sugada para dentro daquele mar verde que agora estavam clarinhos. O brilho feliz em seu olhar encheu o meu coração de alegria. Eu queria que aquelas esmeraldas brilhassem daquela forma sempre.

- Bom dia… - Falou enquanto se sentava e esticava os braços.

Admirei a pele branca de seu tronco desnudo. Leves marcas vermelhas e roxas se espalhavam pelos seus seios e barriga, marcas de uma noite muito bem aproveitada. Não havia malícia em meu olhar, não naquele momento. Eu estava apenas olhando o quanto o corpo dela era perfeito.

Lauren não tinha um corpo definido e sarado, posso dizer que era até bem imperfeito ao olhar dos outros, mas aos meus olhos, cada curva, cada relevo, cada forma, era uma obra de arte, digna de ser apreciada somente por aqueles que são capazes de amar até as imperfeições.

- Eu amo o castanho dos seus olhos. - Sua fala me fez voltar o olhar aos seus verdes.

- São comuns, como o da maioria. - Dei de ombros.

- Não. Não são como o da maioria. - Ela se aproximou e sentou-se em meu colo, rodando minha cintura com suas pernas. - Seus olhos ficam mais claros quando você me olha, ficam calmos… Semelhante à areia do mar. Não a branca, obviamente. - Revirou os olhos e rimos juntas.

- Qual areia então? - Passei meus braços ao redor de sua cintura, a puxando mais para mim.

- A cor que a areia adquire quando…

- Ela se encontra com o verde do mar… - Completei.

Ela sorriu para mim e encostou sua cabeça em meu ombro, dando um beijo carinhoso ali. A morena se levantou completamente e foi ao banheiro fazer sua higiene. Fiquei sentada em sua cama, esperando que ela terminasse.

Só então fitei o pote de salada de frutas, ela teria de comer quando saísse. Abri o criado mudo, pegando de lá de dentro uma pílula, já que não havíamos usado camisinha novamente.

Laur precisava passar por um ginecologista, nossa vida sexual não podia deixar de ser saudável, ainda mais ela que era uma ômega, precisava certificar-se de que estava tudo em ordem com seu sistema reprodutor. A alta quantidade de inibidores pode causar algum prejuízo se não tiver acompanhamento.

Assim que a morena voltou, tivemos uma conversa a respeito disso e ela concordou em marcar uma consulta apenas para se certificar de que estava tudo em ordem.

[...]

Eu havia tomado inibidor, então Michael não percebeu minha presença quando acordou junto de sua ômega. Eu e Lo estávamos deitadas na cama, assistindo Brooklyn Nine-Nine. Era horrível assistir um seriado de comédia e não poder rir à vontade porque seu sogro não podia saber que você estava no quarto da filha dele.

Até que tivemos a ideia de eu sair e bater na porta, pedindo a permissão dele para entrar. Então saí pela sua janela novamente, peguei minha mala que estava escondida atrás de um dos vasos e então, como se não tivesse passado a noite toda e parte da manhã ali, bati na porta.

O enorme alfa abriu a porta com uma carranca - como de costume - me olhou de cima a baixo e encarou minha mala. Minha ômega dava risada da situação em pé na escada, enquanto eu tentava argumentar com Mike, apresentando motivos pelo qual eu deveria entrar.

Acho que falar “Se você não me deixar entrar pela porta, eu entro pela janela” não seria um bom, então esse argumento estava fora de questão. No fim, senhora Clara interveio e me foi concedida a passagem. Almocei com eles, tendo que ter um bom jogo de cintura com Mike, que não parava de me fazer perguntas. Era quase uma entrevista de emprego.

Passar o final de semana com Lauren me fez renovar todas as energias. A saudade que eu estava era imensa e já havia começado a machucar de verdade. Talvez eu devesse vir um fim de semana por mês. Passamos o dia entre carinhos, beijos e risadas. Até cheguei a comentar sobre Dinah e Normani, quando ela contou que ainda estava brigada com a melhor amiga.

Dinah nunca mais me mandou um sms ou fez uma ligação. Dada sua frieza nas últimas mensagens, eu também achei melhor não falar nada, não queria brigar com a minha única amiga. Mas eu sentia uma saudade esmagadora dela, talvez eu devesse ligar quando chegasse em Los Angeles.

Lauren me acompanhou até o aeroporto, viemos de uber, um motorista muito divertido nos levou, fazia piadas e contava histórias engraçadas sobre a sua vida. Se era verdade ou não, não fazia diferença, saímos de lá com a barriga doendo de tanto rir.

Chegamos no saguão de embarque quando meus instintos ficaram em alerta. Imediatamente agarrei a cintura de Lauren e a puxei contra meu corpo. A morena sorriu, provavelmente pensando que eu estava querendo beijá-la, mas ficou tensa assim que reparou em minha expressão.

- O que houve, amor? - Passei meus olhos por todo o espaço, focando em um garoto, sentado na última fileira de cadeiras, atrás de várias pessoas. Tinha um boné preto cobrindo o seu rosto mas aquilo não me impediu de reconhecê-lo.

Luís.

- Lauren. - Chamei, usando a voz de alfa e tive sua total atenção. Eu detestava falar assim com ela, mas precisava que ela me obedecesse. - Preste atenção e faça tudo que eu ordenar.

Minha ômega apenas assentiu, me olhando nos olhos. Olhei, disfarçadamente, mais uma vez para o lugar em que o garoto estava, ele aparentemente não havia se tocado de que eu já havia o descoberto.

- Vamos lá fora, você vai entrar no primeiro táxi que parar e vai para a casa de Chris.

- Chris? Por quê? - Franziu o cenho, ela já estava ficando assustada.

- Luís está aqui. - Arregalou os olhos. - Não olha! - Falei assim que a vi tentar virar a cabeça. - Por favor, faça o que eu estou mandando.

Eu não parei de usar a voz de alfa, não queria controlá-la, mas era de extrema importância que ela fizesse exatamente o que eu falei. Minha ômega não pareceu se importar com o meu tom, fez exatamente o que eu disse.

Assim que o carro saiu com Lauren, vi Luís entrar em outro táxi. Rapidamente atravessei a rua, me jogando em frente ao carro que conseguiu frear antes de me atingir. O garoto se encolheu no banco traseiro.

Covarde. Nem para mostrar a cara.

Ouvi alguns xingamentos do motorista e me retirei de sua frente, com isso o carro de Lauren já havia se distanciado, ele não teria como segui-la e não saberia seu destino. Ou pelo menos eu esperava que não tivesse conhecimento do endereço de Chris.

O taxista seguiu o seu caminho e eu acompanhei com o olhar até o mesmo fazer a curva. Rumei de volta para o aeroporto e fui para onde o jato me esperava, ligando para Chris, a fim de avisá-lo sobre Lauren.

Estava à caminho da aeronave quando liguei para outro número que já estava virando bem conhecido para mim.

- Fala Camilk, que manda?

- Fala para algum colega seu tomar conta de Lauren. Não a quero andando sozinha.

Lauren

Cheguei segura à casa de meu irmão. Passei o caminho todo tensa, mas assim que me vi sendo abraçada por ele, relaxei. Eu havia passado um final de semana maravilhoso com a minha alfa e aquilo havia me deixado de excelente humor.

Meu irmão e eu conversamos bastante, contei para ele sobre Camila estar em LA e sobre meu mais novo emprego. Falei também sobre o chilique de papai e de como ele havia ficado bravo. Mas Chris me defendeu e me apoiou, além de dizer que estava orgulhoso de mim.

Eu e Ashley estávamos cozinhando o jantar quando a leve dor de cabeça que eu sentia desde que deixei o aeroporto começou a piorar gradativamente. Mal consegui comer quando a comida ficou pronta.

Meu cérebro dava piruetas, se chocando contra as paredes do crânio, era a mesma dor que eu havia sentido antes, só que dessa vez eu não tive enjoos e não precisei ser internada. Ainda tive que ouvir meu pai falar que era culpa de Camila.

Deitei na cama e apaguei completamente, eu só esperava que dormir fizesse aquela dor passar. Eu queria muito trabalhar no dia seguinte.

Acordei melhor, sem resquícios da dor e mandei uma mensagem para minha alfa. Devido aos acontecimentos, não havia perguntado se ela havia feito uma boa viagem. Sua resposta chegou rapidamente e engatamos em uma conversa descontraída.

Nem tudo são flores, cheguei no início da escada, pronta para trabalhar e já pude ouvir a discussão de meus pais, mais uma vez a respeito de Camila e meu trabalho. Não era possível! Eu já estava tão saturada do comportamento de meu pai que desci os degraus aos pulos, chegando na cozinha rapidamente.

- JÁ CHEGA! - Gritei, fazendo ambos se assustarem e olharem para mim. - NADA DO QUE EU FAÇO É BOM PARA VOCÊ! NADA! EU NÃO TIRO NOTAS BOAS O SUFICIENTE. EU NÃO ARRUMO ALFA DECENTE, EU NÃO ARRUMO EMPREGO DECENTE, EU SEQUER ARRUMO A PORRA DA COZINHA DO JEITO QUE VOCÊ GOSTA! - Eles olhavam para mim chocados.

Nunca, em dezessete anos eu havia gritado com eles, muito menos com o meu pai. Ele me encarava atônito, sem acreditar em meu comportamento e em minhas palavras.

- Nada do que eu faço te agrada. - Respirei fundo, tentando me acalmar. - Nada.

- Tá vendo? - Ele falou para a minha mãe. - Foi só essa garota entrar na vida dela, que Lauren já começou a gritar com a gente.

- A CULPA DISSO É SUA! NÃO DELA! - Berrei outra vez.

- Escuta aqui mocinha, se gritar outra vez-

- Vai fazer o que? Tirar minha netflix? - Debochei. Minha mãe apenas sentou e cruzou os braços. - Eu não sou mais uma criança pai! Eu sei que tenho limitações, mas porra! Que custa me respeitar? Não consegue enxergar que eu estou feliz? Eu só levo esporro seu!

Ele abriu a boca mas eu não o deixaria falar.

- A Camila é a melhor alfa do mundo! Ela cuida de mim, me trata bem, me dá todo amor que pode, ela veio de L.A para cá somente para passar UM dia comigo. O dia do meu aniversário. A Camila tem as melhores notas de todo o setor alpha. TODO. O. SETOR. ALPHA. - Senti meus olhos se enxerem de lágrimas. - Que tipo de alfa você queria que eu arrumasse? Um qualquer? Que não cuida de mim e não se preocupa com estudos? - Sua expressão se suavizou um pouco.

Respirei fundo novamente e sequei minhas lágrimas. Minhas mãos estavam suadas e meu coração pulava no peito, mas eu não pararia agora. Ele iria ouvir absolutamente tudo, porque eu estava exausta. Esgotada.

- Ela trabalha desde os doze anos. - Passei as mãos pelos cabelos. - O pai dela é chefe de oncologia e a mãe é administradora de empresas. Ela, assim como nós, poderia ter tudo de mão beijada. Ainda assim, ela busca as coisas que ela quer, sozinha. Ela economiza desde os doze anos para comprar seu primeiro carro. Ela banca os próprios gostos, Camila se dedica a qualquer coisa que se dispõe a fazer. Que tipo de alfa seria melhor para mim, pai? Qual alfa se adequaria melhor à suas exigências?

Eu não sabia definir a expressão dele. Não sabia se estava irritado, envergonhado, triste. Sinceramente, eu não me importava mais. Meu pai sempre me sufocou com seu instinto protetor invasivo, eu o amava, ele era o meu porto seguro e meu herói, mas eu não podia crescer se ele continuasse me puxando para baixo.

- Eu arrumei um emprego. Foi fácil, sim, mas isso não tira o meu mérito. Eu fui atrás sozinha. É de férias, não vai prejudicar meus estudos. Estou indo atrás de minha independência, de minha maturidade. Você deveria me apoiar e não me puxar para trás.

Eles não falavam absolutamente nada. Apenas me encaravam, minha mãe tinha um olhar carinhoso e um pequeno sorriso nos lábios. Já meu pai, meu herói, tinha exatamente a mesma expressão.

- Tenham um bom dia.

E então fui rumo à Miami Iron Gym, começar mais um dia e ter que encarar meu pior pesadelo em forma humana. Keana.

[...]

Já me encontrava em casa, deitada na cama e trocando mensagens com Camz. Meu pai bateu na porta e eu rapidamente virei a tela do celular, para que ele não conseguisse ver com quem eu falava.

- Sei que está falando com ela, princesa. - Falou calmo e eu dei de ombros. - Podemos conversar?

- Depende, se for para falar mal de Camila e de meu emprego, não.

- Não vou falar mal. - Suspirou e se sentou na ponta da cama. - Vim te pedir desculpas.

- Como? - Em toda a minha vida, eu nunca havia visto meu pai pedir desculpas, a não ser para a minha mãe.

- Lauren, quando você nasceu… - Respirou fundo. - Eu prometi a mim mesmo que iria cuidar de você, sei que exagerei, mas em nenhum momento quis dar a entender que você não era uma boa filha ou não era o suficiente. Ao contrário, você é a melhor filha do mundo. Tudo o que eu fiz, foi porque eu me preocupo e se eu pudesse, te protegeria de absolutamente tudo.

Fui até ele e o abracei. Eu já chorava, ele me pegou no colo e fez carinho em minhas costas. Eu havia sentido falta dos carinhos de meu pai. Era bom estar com ele sem brigar e discutir.

- Eu te amo, Lauren. Você é a minha princesa, não vou negar que sinto ciúmes de Camila. Admitir que você tem alguém, é admitir que logo você não precisará mais de minha proteção. E você trabalhar, me faz perceber que logo não irá depender mais de mim.

- Você é o meu pai, eu sempre vou precisar de você. - Falei olhando em seus olhos.

- Mas não será como sempre foi. Me desculpe, filha, sei que estou errado e vou parar de fazer e falar essas coisas. Só quero que me entenda, é difícil te ver crescer e não poder fazer nada a respeito. E você está se tornando uma mulher linda… - Ele acariciou meus cabelos.

Claro que eu o perdoei, naquela noite, eu fui dormir melhor. E com o passar do tempo, meu pai foi parando com aquele comportamento detestável, eu entendia que era complicado para ele, mas eu precisava crescer. 


Notas Finais


Pai e filha se acertando <3 E o Luís hein? O que acham?
Espero que tenham gostado, amores <3

Beijos!


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