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História Be Together - Sem ela


Escrita por: shecamrenhot

Notas do Autor


Odiei escrever esses capítulos mas era o destino que eu queria dar pra fanfic desde o começo aproveitem ta chegando ao fim. :( to escrevendo uma fanfic nova ja postei aqui e no wattpad deem uma olhadinha pra ver se gostam vou deixar o link do wattpad no final :)

Capítulo 17 - Sem ela


            Pov Camila Cabello 

Ainda estava sentada no banco daquela praça, tentando me recuperar para voltar ao hospital e enfrentar tudo que me esperava lá. Era como se meu corpo não respondesse ao meu comando, eu não me movia dali e nada parecia real, parecia apenas mais um pesadelo parecia que eu ainda iria acordar com Lauren ao meu lado. Mas o tempo passava e a realidade era nítida era tudo real. 

-Camila. -Ouso alguém me chamando com alívio na voz. 

Me viro e observo Lucy se aproximando. Ela se senta ao meu lado e fica em silêncio por alguns minutos. 

-Sabe eu estava pensando. -Ela diz quebrando o silêncio. -Ela não gostava de nos ver assim, ela era tão alegre, e eu penso que se for pra ela sair dessa ela vai precisar da gente da nossa força. 

-Porque ela não tem. -Digo olhando o vazio. 

-Não tem o que?  -Lucy pergunta confusa. 

-Ela vai precisar da nossa força porque ela não tem. 

-Exatamente, e eu tenho certeza que só dela sentir que estamos lá, principalmente você ela já vai ter aonde se agarrar pra sair dessa. 

-Eu não sei se consigo Lucy. -Digo encarando ela. 

-Você não está sozinha. -Ela segura mão e faz um carinho leve. -Você é a pessoas mais importante pra Lauren e ela é minha melhor amiga, vou cuidar de você. 

Me aproximo e a abraço, ela faz um carinho em meus cabelos com ela ali eu me sentia um pouco mais forte, ao contrário dos sonhos eu não estaria sozinha nessa. Minha família meus amigos e Lucy estariam comigo, isso não diminuiria o peso de tudo que estava por acontecer, eu precisaria de muita força de vontade para passar por tudo aquilo e ficar bem não importasse qual fosse o resultado.

-Vamos pro hospital. -Nos levantamos e entramos no carro. 

Minutos depois já estávamos no hospital, eu e Lucy tínhamos ficado o caminho todo em silêncio, por mais que tivessemos que ser fortes e ter esperança o medo do futuro pesava muito em nos duas, nós tínhamos a consciência de que Lauren poderia não acordar mais de que talvez nunca mais a veríamos novamente. 

-Preciso falar com o médico e saber mais a respeito do quadro dela. -Digo saindo do carro. 

-Eu vou ficar chamo o medido depois vou ficar mais um pouco com ela. -Lucy some logo em seguida pelos corredores 

Me sentei na recepção esperando o médico ficar livre para poder falar comigo, o hospital parecia calmo agora ao contrário de quando eu tinha chegado. Imaginei naquele momento quantas famílias choravam ao lado dos filhos pais netos mães mulher marido, aquilo tudo me doía tanto imaginar quantas pessoas sentiam o mesmo que eu ou pior, quantas pessoas já estariam chorando a perda de alguém que amava muito. Imaginar quantas pessoas teriam morrido por causa de ódio gratuito, não entrava na minha cabeça a humanidade precisava urgentemente de amor. 

-Camila?. -O mesmo médico que tinha falado comigo mais cedo me chama. 

-Sim. -Digo me levantando e o cumprimentando. 

-Vamos até minha sala por favor?. -Ele sai andando e eu o sigo até sua sala. 

Não era pequena, havia uma mesa um computador máquinas que eu não tinha ideia para que serviam. 

-Lauren chegou cedo aqui, como muitas vítimas, tentamos encontrar coisas que nos levassem a qualquer parente dela más não encontramos.-Ele se senta e me convida a fazer o mesmo. 

-Ela já estava em coma quando chegou?. -Perguntei me sentando

-Ela já chegou inconsciente com hematomas e um corte profundo na cabeça, rapidamente fizemos todos os exames precisos na cabeça dela, já era certo o coma porque ela estava desacordado e não respondia a nem um estímulo. 

-Então é muito grave. -Eu lutava para não me desesperar queria saber tudo sobre o caso dela. 

-Ela sofreu traumatismo craniano, as chances dela acordar são pequenas, e se acordar as  consequências vão ser graves. 

-O que isso que dizer?. -Eu não conseguia mais conter as lágrimas. 

-Ela pode acordar sem os movimentos do corpo, ou com fala e audição prejudicadas. 

-Não é possível. -Abaixo minha cabeça na mesa. 

-Ela pode acordar. -Ele diz tentando me consolar. 

-Pode acordar paraplégica. -Digo tentando me recompor. 

-Você pode desligar os aparelhos dela, se a família concordar. 

-Eu nunca faria isso, se ela tem uma chance, mesmo que mínima ela vai lutar até o fim e eu vou lutar com ela. 

-É muito bonito ver que no meio de tanto ódio que estamos vivendo ainda existem pessoas que amam com sinceridade. -Sorrio pra ele. 

-Você nem imagina o quanto. -Aperto a mão dele e saio de sua sala. 

Estava com o telefone na mão observando aflita a tela com várias mensagens e chamadas perdidas, sabia que a esse ponto a notícia do atentado já tinha se espalhado pelo mundo e que provavelmente nossas famílias ja estivessem sabendo do ocorrido, receber tal notícia pelo telefone não séria ruim para nossas famílias, séria péssimo eu não sabia como dar aquela notícia a eles mas não podia esperar mais, eles tinham o direito de saber. Disquei o número da mãe de Lauren, ouvindo o barulho da chamada quando ela atendeu minha voz não saiu de imediato aquilo era muito difícil pra mim. 

-Camila. -Ouso a voz de alivio de Clara ao me atender

-Oi. -Digo respirando fundo e tentando conter o choro. 

-Vimos a notícia do atentado ficamos preocupados com vocês, por que Lauren não atende o telefone?, liguei pra ela mil vezes. -Ela disse tudo em um fôlego só parando para receber minha resposta. 

-Ela..... Ela. -Era como se alguém prendesse minhas palavras eu sabia que doiria mais falar aquilo em voz alta. -Ela sofreu um acidente. -Finamente saiu, junto com lágrimas pessadas que saltavam de meu rosto. 

-Não, fala que é mentira não pode ser minha filha. -Sua voz era desesperada e abafada por causa do choro que já era nítido em sua voz. 

-Eu queria que não fosse verdade como eu queria. 

-Camila. -O pai de Lauren toma o telefone da esposa que provavelmente estava em estado de choque. 

-Vocês precisam vim pra ca ela precisa de vocês e eu também. -Já ouvia os soluços dele ao telefone também. 

-Vamos arrumar tudo, cuida dela Camila. -Ele disse antes de desligar.

Sabe quando você está tão triste que nem uma outra notícia por pior  que fosse conseguiria piorar seu estado?, era assim que eu me sentia eu me sentia fraca, aquele dia tinha acabado comigo, eu nunca pensei que viveria um dia tão péssimo eu só queria acordar e perceber que tudo que aconteceu até aquele momento era mentira pensar no futuro me assustava. 

-Camila. -Ouso a voz de Lucy ao fundo me tirando de meus pensamentos. 

-Como ela está?. -Pergunto fitando Lucy que se sentou ao meu lado em umas das cadeiras. 

-Como se dormisse tranquilamente. -Ela fala olhando para o chão não me encarava. 

-De qualquer jeito é assim que imagino ela, dormindo, talvez para me sentir melhor, pensar que ela possa estar sofrendo internamente piora a minha situação. 

-Falou com a família dela?. -Ela perguntou agora levantando o olhar. 

Seu rosto era cansado já podia observar pequenas manchas roxas ao torno de seus olhos, sabia que eu estava igual ou pior fisicamente. 

-Falei, foi muito difícil, agora tenho que falar com a minha sei, que a essa hora os pais de Lauren já os avisaram. 

-Você deveria ligar, talvez fique mais tranquila depois de falar com eles. 

-Não sei, eu sinto como se nada pudesse me deixar tranquila, Lauren é uma parte de mim sem ela o meu estado é esse. -Digo secando as lágrimas que teimavam em sair. 

-Eu posso imaginar, eu me sinto péssima e sei que pra você deve ser mil vezes pior. -Ela diz respirando pesado e se encostando na cadeira. 

-Você pode ir pra casa descansar vou ficar com ela. -Digo tomando sua atenção. 

-Eu vou mas volto pra você poder comer alguma coisa se não não vai  aguentar em pé. -Ela me oferece um sorriso cansado que retribuo. 

-Tudo bem, obrigada Lucy. -Digo me levantando junto com ela e a abraçando forte. 

-Se precisar de qualquer coisa me liga. -Ela diz se afastando. 

-Pode deixar. -Ela se vai me deixando sozinha na recepção. 

Respirei fundo e levei minhas mãos ao rosto me enterrando nelas, eu teria que tirar forças de onde não tinha. 

[......] 

Depois de alguns minutos sentada naquela cadeira tomei coragem para ir ao quarto de Lauren. Ver ela naquele estado sugava todas as esperanças que eu lutava para ter naquele momento. Entrei no quarto, que só não estava silencioso por completo por conta dos malditos bips dos aparelhos ligados a ela. Sentei em uma cadeira ao seu lado e tomei sua mão na minha fazendo um carinho leve com o polegar, respirei fundo e a olhei seu peito, subia e descia devagar em uma respiração lenta e calma assim ela até parecia bem. 

-Nunca tive um dia tão difícil em minha vida. -Falei como se ela pudesse me escutar. -O médico disse que você pode não acordar nunca mais, mas disse também que você tem chances de acordar. -Respirei fundo outra vez sentindo as lágrimas molharem meu rosto novamente. 

Era fato que eu não sairia bem daquilo tudo, como eu poderia ao menos considerar a hipótese?, Lauren era meu alicerce era por ela cada sorriso idiota que eu dava, cada lágrima que saia de meus olhos de tristeza ou felicidade era por ela que eu acordava todos os dias completa por sentir ela ao meu lado. Era por ela que eu me arrumava todos os dias para receber seus elogios as vezes exagerados. Os sonhos não me prepararam em nada e eu ainda não entendia o sentido deles, porque tinha que ter algum motivo para aquilo tudo estar acontecendo comigo não só comigo com Lauren também, pior com Lauren porque não era eu que estava sem movimentos em uma cama de hospital com médicos falando que eu poderia não acordar mais, ela estava sofrendo mais que eu e eu só queria estar ali no lugar dela ou com ela, eu não me importaria em viver sem ter ela ao meu lado, porque ela era o sentindo da minha vida e estava perdendo ele aos poucos. 

-Eu não vou conseguir. -Disse sussurrando tão baixo que só pude ouvir em meus pensamentos. -Deitei minha cabeça sobre sua cama ainda segurando sua mão. 

Me permitir chorar naquela hora como não tinha chorado desde o começo daquele maldito dia, era como se tivesse um abismo em meu peito me sugando aos poucos.


Notas Finais




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