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História Beautiful Liar - Prioridades


Escrita por: Brokeen

Notas do Autor


Oioioi, tudo bom??
Eu tinha dito que atualizaria toda sexta-feira, e aqui estou eu postado o primeiro capítulo!!
Esperei tanto por isso auahsuhaus ♥
Bem, eu tinha organizado uma playlist para cada capítulo, mas não sei se vocês iriam gostar, portanto, vou deixar o link da música lá em baixo. Procurei alguns sites para quem lê pelo celular ouvir, mas infelizmente não achei nenhum útil :(( Mas se tiverem a música, deixarei o nome dela junto ao link e vocês podem colocar pra tocar se quiserem ;)

Enfim, boa leitura e até lá embaixo!!

Capítulo 2 - Prioridades


Fanfic / Fanfiction Beautiful Liar - Prioridades

- Vai ficar segurando vela até quando? – Sehun se postou à frente do amigo, cansado da situação.

 - O quê?! – Perguntou com a voz elevada devido ao som estridente da música tocada ao fundo.

 - Você é um idiota! – Sehun exclamou.

 - Não estou te ouvindo! – Jongin tornou a gritar, mas sabia o que o outro estava dizendo, só não queria dar atenção ao amigo.

 - Está sim, seu idiota! Vamos sair daqui! – Sehun gritou novamente para que conseguisse tomar a atenção do moreno para si.

 Precisava tirá-lo dali antes que coisas piores acontecessem. Jongin tomou outro longo gole de sua vodka e bateu o copo no balcão ao sentir sua garganta em chamas.

 - Não vou embora agora! – Gritou e Sehun rolou os olhos. Jongin virou o rosto para a multidão e viu Kyungsoo e Minah se beijando, novamente. Sentiu seu maxilar travar, mas não quis dar atenção ao que estava acontecendo e sentindo.

 - Você adora se molestar. – Sehun puxou o braço de Jongin e o arrancou de lá. – Você por um acaso é burro? – Indagou sentindo-se indignado pelo amigo, não queria sentir tal coisa mas odiava ver o amigo daquela forma.

 - Pare com isso! – Soltou a mão de Sehun de si já na portaria. – Por que está aqui se quer ir embora?

 - Não sou eu quem quer ir, é você. E aliás, por que estamos aqui? – Jongin olhou para a multidão e tornou a pensar em alguma razão, mas não existia. – Te arrastaram para cá e me trouxe de embrulho, não foi? – O moreno continuou em silêncio, sua respiração estava acelerada e as pontas de seus dedos formigavam. Olhou para cima mas viu apenas borrões de luzes. Tinha bebido demais.

 - Eu queria me divertir. – Sehun suspirou cansado de ouvir mentiras e enrolações.

 - Isso não é se divertir, é se destruir, vamos para casa.

 - Não posso, eles vão nos procurar.

 - Eles estão pouco se fodendo para nós dois. – Concluiu e Jongin empurrou o ombro do mais novo rudemente.

 - Isso não é verdade, não fale assim.

 - Você só se nega a acreditar que não é verdade. Por que os juntou afinal?

 - O quê?

 - Por que os apresentou? Você é um idiota! – Exclamou novamente.

 - Eu queria vê-lo feliz com alguém.

 - E você está feliz? – Felicidade... Fazia algum tempo que Jongin não sabia qual era esse sentimento ou até mesmo o seu significado. A via nos olhos de outros ao seu redor, mas não sabia distingui-la e se odiava por tê-la arrancado de si mesmo.

 - Isso não é algo para se preocupar.

 - Vamos embora logo. – Sehun empurrou Jongin até o estacionamento.

 No meio do caminho sentiu alguém segurar seu ombro, virou e viu Minah. Seus cabelos estavam jogados em seu rosto e seu batom já não tinha mais cor. Ela estava rindo debilmente para o mais alto à sua frente.

 - Ei, aonde vai? – Segurou Jongin. Ele se afastou por causa do cheiro de bebida alcóolica transmitida pela mulher a sua frente, mas não estava tão diferente dela, talvez não fosse o cheiro que o fizesse querer se afastar.

 - Preciso ir.

 - Por que? Kyungsoo estava procurando você. – Sehun e Jongin se olharam, mas Sehun acenou negativamente com a cabeça, sabia o que o amigo estava pensando.

 - Precisamos mesmo ir, podem continuar com o momento de vocês, garanto que não vamos fazer falta. – Sehun proferiu deixando o amigo em silêncio.

 - Achei que estavam se divertindo. – Minah contestou confusa.

 - Observando vocês dois se divertirem? – O garoto pálido indagou irritado.

 - Ninguém pediu para que ficassem apenas nos observando, é uma boate, há várias pessoas se divertindo e bebendo, deveriam fazer isso também.

 - Sabemos disso, continuem com o que estavam fazendo, nós já vamos. – Jongin acompanhou Sehun até o carro.

 - Não quero que saia assim, queria que fosse uma noite legal!

- Não é uma noite legal Minah, e nem vai ser se vocês... – Jongin o interrompeu.

 - Chega. É melhor nós irmos. Diga à Kyungsoo que nos encontramos na empresa. – Ela assentiu decepcionada.

 - Você é um idiota. – Repetiu novamente enquanto ligava o carro.

 - Okay, não se esqueça de escrever isso na minha lápide, agora vamos.

 

♥♥♥

 

- Eu não deveria ter saído de casa. – Resmungou enquanto tomava um gole d’água junto com a aspirina.

Fazia apenas alguns minutos que tinha acordado, não sabia que horas eram ou quantas horas havia dormido. Só se lembrava de ter acordado no chão com a cabeça explodindo. Sehun havia tomado a cama de seu quarto para dormir, fato que fez Jongin jogar um balde de água no rosto do outro para que acordasse e saísse de seu cantinho precioso.

 - Percebeu isso agora? – Sehun passou por ele para ir até a geladeira checar o que tinha para comer, estava morto de fome.

 - Isso, continue jogando essas merdas na minha cara. Você é uma ótima companhia. – Anunciou enquanto apertava suas têmporas.

 - Cara, ele nem te ligou. Deve estar em recuperação após transar ou ainda está no ato. – Jongin mordeu o lábio com força e bateu o copo de vidro no mármore da pia.

 - Sério, se for continuar aqui para falar essas porras, é melhor ir embora antes que eu soque a sua cara. – Deixou claro e Sehun suspirou.

 - É para isso que amigos servem, não é mesmo? Para serem socados e xingados, muito obrigado pela consideração Jongin. – Fez drama enquanto escolhia um dos donuts da bandeja lacrada que achou na geladeira.

 - Por nada, agora se quiser se dirigir a porta por vontade própria antes que eu te surre daqui, irá fazer um grande favor. Não quero machucar meus punhos.

 - Sabe do que você precisa? De uma foda. – Jongin suspirou tentando manter sua calma. A cabeça ainda latejava e os punhos estavam cerrados. Não era uma boa hora para receber provocações. Apenas o fato de ter acordado no chão já fazia querer estraçalhar a cara de Sehun. – Você precisa comer muito, comer pra caralho.

 O moreno voltou sua atenção para Sehun que estava com um donuts pela metade enfiado em sua boca e se perguntou o que ainda estava fazendo tendo aquela criatura perto de si servindo como um conselheiro, que aliás, nem para isso prestava.

 - Puta que pariu, cadê o Luhan? Sério, faça uma visita a ele e satisfaça seus prazeres idiotas, ao invés de ficar se preocupando com a vida sexual dos outros. – Sehun rolou os olhos. – E não permiti que tocasse em meus donuts! – Enfiou o resto do donuts na boca de Sehun e o fez se engasgar. Jogou a garrafa de água da geladeira para ele. – Vai dar para o Luhan e me deixe em paz! – Exclamou.

 Sehun suspirou enquanto observava Jongin exaltado. Não disse nada até terminar de comer e então suspirou novamente. Parecia até ser mais maduro com essa reação, coisa que não estava nem perto de ser.

 - Você que precisa dar Jongin, mas não é de sexo que eu estou falando, é de amor. Você precisa dar seu coração para ele. – Falou calmamente. Jongin franziu a testa e permaneceu em silêncio por pouco tempo.

 - Eu já dei isso a ele várias vezes, mas parece que ele ainda não percebeu.

 - Porque você tirou a chance dele de perceber alguma coisa em relação aos seus sentimentos, você se bloqueou, e agora sou uma das suas cobaias de sofrimento. – Jogou a garrafa de água para Jongin.

 - Você fala merda demais. – Murmurou enquanto empurrava Sehun para fora de seu apartamento.

 - A verdade parece merda para você porque se nega a aceitá-la. – Falou antes de cruzar a porta. – Ah, e só para deixar claro, eu não dou nada para o Luhan, a situação é bem contrária. – Jongin rolou os olhos e enquanto observava o amigo entrar no elevador, pôde sorrir.

 Era um sorriso triste, mas sabia que Sehun entendia o que estava acontecendo consigo, e isso já era o suficiente. Por alguns segundos achara que Sehun tinha adquirido alguma decência, coisa que de fato não havia acontecido, mas gostava de tê-lo ao seu redor quando Kyungsoo não podia.

 Havia conhecido Sehun no ensino médio. E desde então o aturou e o manteve perto de si quando caiu na real de que nem sempre Kyungsoo estaria ao seu lado para fazer companhia. Sehun era a única pessoa que sabia do que Jongin sentia e o moreno era grato por não ter que carregar isso tudo sozinho, podia conversar abertamente com Sehun e isso o aliviava imensamente quando tudo estava insuportável demais para aguentar.

 

♥♥♥

Uma semana depois

 

 Jongin apertou seu casaco escuro por causa do vento frio que batia contra corpo seu esguio e logo viu Kyungsoo pela vitrine do café que estava a caminho. Seus olhos se encontraram por um momento e o mesmo viu Kyungsoo rir de algo. Sentiu algum calor passar por seu peito e assim que adentrou ao café viu que o riso de Kyungsoo era para alguém à sua frente.

 Ninguém mais que Minah, sua namorada. Já esperava por isso. Minah se virou e sorriu para Jongin, que retribuiu com um sorriso de lado, forçado.

 - Estávamos te esperando. – Minah manifestou-se, dando um beijo carinhoso na bochecha gelada de Jongin.

 - Kyungsoo disse para vir agora. – Jongin se sentou. – Ele disse que queriam dizer algo importante. – Seus olhos pararam nos grandes do mais velho e o mesmo assentiu. – O que é? – Indagou curioso.

 Sentiu algo estranho passar por si quando Minah e Kyungsoo se entre olharam e sorriram um para o outro, como se ele não estivesse ali.

 Já estava acostumado com os dois juntos. Mas assim que viu o casal entrelaçarem os dedos e apertarem carinhosamente sentiu algo estranho passar por seu peito. Um grande aperto, seu coração estava se espremendo. Algumas vezes sentia isso na presença do casal que eram seus amigos, mas agora era diferente. Tinha percebido que estava um pouco excluso da proximidade dos dois, mas não dera atenção para o que estava sentindo. Sempre foi assim, não havia motivos para se sentir indiferente.

 Mas ultimamente tinha percebido uma estranheza no olhar de Kyungsoo quando olhava para Minah ou quando o casal estava juntos. Não era mais como se ele tivesse vontade de estar perto de sua namorada, suas ações eram mais como mecânicas, forçadas. Mas Jongin se forçara a não se preocupar com isso, afinal, se até Kyungsoo ignorava seus próprios sentimentos, por quê o moreno teria que lidar com eles?

 - Temos que contar algo. – A voz de Minah saiu primeiro. Jongin arqueou suas sobrancelhas, queria parecer surpreso, mas estava apenas sendo desdenhoso. - Tudo bem, juntos? –  Minah perguntou para Kyunsoo e o mesmo concordou.

 - Estamos noivos. – Suas vozes saíram em uníssono e o moreno ficou perplexo por alguns segundos, tentando processar a informação.

 - Como? – Perguntou mais surpreso do que achou que estaria. Bem mais, na verdade. Era como se alguém o tivesse acertado com um soco e ele ainda estivesse tentando processar a dor.

 - Vamos nos casar! – Exclamou Minah animada.

 A garota de cabelo longo e escuro tinha em seu rosto um grande sorriso de felicidade, mas Kyungsoo não, parecia sério agora que presenciava a expressão vazia do melhor amigo.

 Minah sempre foi mais eufórica. Na verdade, qualquer um pareceria mais eufórico que Kyungsoo, principalmente no momento em que estavam. Ele era contido, sempre foi. Mas Jongin o entendia, mesmo que não dissesse nada, eles tinham uma conexão desde mais novos.

 E agora Jongin via claramente que o sentimento de Kyungsoo sobre tudo não passava apenas de obrigação. O mais novo sabia de toda a verdade escondida ali naquele olhar do mais velho ou na felicidade repentina de Minah, e o motivo não era apenas o casamento, era o que tinha por trás dele.

 Jongin pigarreou. Não sabia como agir à situação.

 - Parabéns... aos dois. – Sua voz estava carregada de decepção e surpresa, mas tentou esconder isso dando um sorriso, por mais que não fosse sincero.

 Kyungsoo tornou a ficar  ao reparar que Jongin não ria por vontade própria, ria por obrigação, para a felicidade de outros. Ambos sempre tiveram essa ligação e agora Kyungsoo estava ressentindo por perceber que em Jongin havia o mesmo sentimento que estava preso em si.

 - Parabéns? – Indagou Kyungsoo indiferente.

 - Obrigada. – Minah pronunciou novamente. - Fico feliz que esteja feliz... Por nós dois. – Tornou a tomar a frente de Kyungsoo.

 - Estou, claro que estou feliz, por que não estaria? – Jongin encarou profundamente Kyungsoo e apertou seu punho.

O menor não demostrou nenhuma preocupação. Estava escondendo o que realmente sentia de Jongin, não deveria compartilhar toda a carga de seus sentimento e mesmo que não fosse por querer, Jongin conhecia muito bem seus pontos fracos. Ainda ressentindo, voltou a dizer.

 - Desculpe, eu preciso ir. – Ainda tentava se conter. Tinha algo a mais em seu tom, em seu olhar... Em tudo. – Estou realmente feliz pelos... dois. – Sua voz saiu trêmula e se levantou. – Até mais.

 - Espere, você acabou de chegar! – Minah tentou o conter, mas Kyungsoo a segurou.

 - Deixe ele ir. Ele precisa ir. – Disse em baixo tom e Jongin cruzou a porta do estabelecimento de volta ao tempo frio.

 Mordeu seu lábio com força ao sentir uma dor se alastrar em seu peito. Ele sabia que não devia ficar assim, não poderia. Adentrou em seu carro e ficou por um tempo encarando o volante a sua frente, sentindo seus olhos enxerem d’água.

“Você é um tolo, um idiota, um imbecil.”

Suspirou tentando recobrar seu fôlego, mas o que saiu foi um soluço. Tomou a iniciativa de ligar o automóvel e deu partida enquanto sentia seus sentidos perderem o foco.

 

♥♥♥

 

Um ano atrás

 - Jonginnie! Tem certeza que é uma boa ideia? – A garota indagou novamente em dúvida e ansiosa. O moreno a sua frente ria com sua reação infantil, mesmo que sentisse insegurança com o que continuava a dizer.

 Estavam no refeitório da Universidade em que frequentavam juntos. Jongin cursava publicidade e administração junto com Minah, fazia um ano e alguns meses que se conheciam. Minah começara a mostrar interesse por Kyungsoo, e Jongin como um bom amigo, esperava que os dois se entendessem melhor.

 Kyungsoo já estava no penúltimo ano do curso que fazia, era um dos mais bem sucedidos na Universidade. Sendo assim um sênior renomado para os iniciantes, fato que chamou bastante a atenção de Minah, que passou a admirá-lo, tornando a situação desconfortável para Jongin.

 Passara grande parte de sua vida ao lado de Kyungsoo, era desconfortável escutar a colega falar de seu amigo de cinco em cinco minutos, por isso teve a ideia de juntá-los, pelo menos iria beneficiá-los em algo, por mais que estivesse prejudicando a si mesmo.

 - Sim, Kyungsoo é um bom rapaz, eu conheço ele melhor que a mim mesmo, passei mais da metade de minha vida com ele. Ficará feliz de tê-lo por perto, eu garanto. – O rapaz tentava passar segurança para sua voz, mas por mais que seu tom continuasse do jeito que queria, seu coração não.

 Os sentimentos avulsos nunca obedeciam o rapaz, e tinha medo do que poderia provocar a si mesmo e a quem amava se seus sentimentos viessem à tona. Por isso que estava fazendo o que achava melhor para o seu melhor amigo. Talvez se o visse com outra pessoa, amando outra pessoa, seus sentimentos iriam diminuir e logo parariam de existir, pelo bem dos dois. Mas ainda sentia-se aflito ao pensar na ideia de perder Kyungsoo para a Minah, por mais que achasse que esse era o certo a fazer.

 A garota sorriu e abraçou Jongin apertado. Minah sentia-se atraída por Kyungsoo por algum tempo e usara sua aproximação com Jongin para conseguir ficar perto de Kyungsoo, o que já estava conseguindo aos poucos. Tinha dito a seus pais sobre a reputação de Kyungsoo na Empresa da família Do e na Universidade, o que apenas ajudou seu desejo de tornar Soo apenas seu.

 Mas Jongin não sabia dessa obsessão da garota por Kyungsoo. Se soubesse nunca os teria apresentado. Mas infelizmente, já estava longe demais.

 Um dia depois do encontro de Kyungsoo e Minah, o rapaz foi a procura de seu amigo. O achou em uma lanchonete próxima à faculdade. Tinha percebido que Jongin estava um pouco ausente do habitual em sua vida. Mas sabia exatamente onde o encontrar, por mais que achasse que Jongin estivesse fugindo.

 - Como foi com Minah? – Jongin perguntou casualmente e Kyungsoo franziu os lábios com desdém, roubando o frappuccino do moreno e o tomando em poucos goles para mostrar sua indignação ao amigo. – Ya! Eu paguei por isso! – Reclamou e Kyungsoo suspirou.

 - É, pagou, interessante. O mais interessante também é você estar me empurrando para aquela garota.

 - Ela gosta de você. – O mais velho bufou.

 - Okay, e o que eu tenho haver com isso?

 - Poderia dar uma chance à ela? – Abaixou seu tom para fazer a pergunta. Falar cada palavra que poderia tirar Soo de si o machucava.

 - Se cansou de fazer companhia em minhas noites solitárias e monótonas? Quer mesmo se livrar de mim desta maneira? Arrastando-me para uma garota que se diz sua ‘’amiguinha’’? Você está mesmo falando sério, Kim Jongin? – O moreno abaixou os olhos e encarou suas mãos por baixo da mesa.

 - Não seja dramático. – Murmurou e Kyungsoo bufou.

 - Tudo bem, estou sendo dramático, certo... –Jongin o olhou de soslaio e percebeu que Kyungsoo o continuava encarando, mas de uma forma diferente.

Jurou estar ficando louco por causa do que sentia pela pessoa a sua frente, mas a conexão que os ligava era forte demais para estar apenas imaginando coisas. Kyungsoo não estava com raiva, estava decepcionado. Ele sempre fazia essa cara quando seu pai não o parabenizava quando fazia algum feito depois de tanto esforço, quando não sentia orgulho dele. E agora Kyungsoo estava direcionando esse olhar para Jongin. Estava desapontado, desiludido, magoado.

 Os dois sabiam que o momento não pedia por sentimentos assim, mas Kyungsoo não podia se conter. Estava com medo de que Jongin o afastasse para longe, não queria isso por mais que sua intuição estivesse dizendo o contrário do que ansiava. Por isso que sempre evitou qualquer relacionamento que fosse assim que entrara na Universidade, porque o real relacionamento que tanto ansiava era com Jongin, de dois amantes, duas pessoas apaixonadas.

 - Se quer realmente que eu dê uma chance para ela, eu o farei. – Kyungsoo murmurou resignado e Jongin apenas observou o mais velho enquanto o mesmo cruzava a porta do estabelecimento. Voltou seu olhar para a mesa e encontrou o dinheiro lá.

 Kyungsoo havia pagado pelo frappuccino.

 

♥♥♥

 

  - Eu sinto como se ele não quisesse mais ficar ao meu lado, ele está me evitando, oppa! – Minah reclamou pela centésima vez e Jongin assentiu, fingindo estar prestando atenção em suas reclamações cansativas enquanto se mantinha entretido no filme que passava na tv de seu apartamento.

 – Eu tento conversar com ele, mas ele sempre age rispidamente e me responde rudemente, sendo que tem vezes que apenas me ignora! – Jongin controlou-se antes de jogar o recipiente de pipoca para cima, mas apenas se conteve a colocá-lo na mesa de centro da sala.

 - É melhor ignorar do que te tratar mal. – Jongin murmurou tentando não passar sua irritação para a voz.

 - As duas coisas são as mesmas para mim, eu não sei mais o que fazer, eu o amo tanto... Eu só queria que ele demonstrasse isso, mas eu sei que ele sente algo, eu sinto isso. – Jongin segurou-se para não rolar os olhos com desdém.

 Um casinho de meses não era comparado com uma relação de anos, Minah só poderia ser cega ou idiota para não perceber o que realmente estava acontecendo ali. Mas Jongin preferia que não percebesse, aliás, queria que os dois não percebessem o que ele realmente sentia e iria lutar para esconder isso.

 Por causa de seu amor por Kyungsoo, Jongin iria protegê-lo das consequências que seus sentimentos iriam lhe trazer. Poderia deixar sua própria felicidade de lado para ver seu amor bem sucedido.

 Mas Jongin não sabia de uma coisa, sucesso não traz felicidade.


Notas Finais


Música: I Hate U, I Love U - Gnash ft Olivia O'brien.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=BiQIc7fG9pA

Então pudinzinhos, obrigada por todo o carinho e pelos comentários e favoritos!! Isso é imensamente importante para mim! Obrigada :))
Ficaria muito feliz em saber o que estão achando da Fanfic até agora, realmente é muito importante ao passar dos capítulos saber a opinião do leitor!
E, ah! Quero avisar que a maioria dos capítulos terão essa passagem de tempo entre passado e presente, isso é para entenderem os acontecimentos do presente com as justificativas no passado ;)

Então é isso, espero que tenham gostado e espero ver o que estão achando!
Também estou no twitter: https://twitter.com/Brokeen95
Beijos e até o próximo!!


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