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História Beber, Rezar e Esquiar ( Em revisão) - A promessa.


Escrita por: MonaJoker

Notas do Autor


Aloha!!

Boa leitura.

Capítulo 9 - A promessa.


Fanfic / Fanfiction Beber, Rezar e Esquiar ( Em revisão) - A promessa.

—Tudo bem?. - Jungkook perguntou enquanto abraçava seu esposo pela cintura. Encostou o queixo em seu ombro e olhou com admiração a vista da sacada.

 

—Sim. Vou sentir falta desse lugar, ele é muito lindo. - Fechou os olhos, aceitou de bom grado aquela brisa fresca da manhã.

 

As malas do casal encontravam-se arrumadas e encostadas na parede perto da porta. Finalmente viajariam para a Índia, estavam animados e ansiosos. Não sabiam o que esperar, afinal, era uma cultura e um lugar totalmente diferente.

 

Uma parte dos planos havia mudado. Na noite passada, Jimin estava mexendo no tablet do esposo, olhava varias paginas que tinham como assunto o País dos Deuses. Em uma delas, viu um anuncio aberto sobre retiro de casais e espiritual, e esse aconteceria em um templo um pouco longe do hotel que haviam escolhido. O ruivo pesquisou mais um pouco, e soube que se tratava de uma viagem sabática. Nada mais do que um  período para refletir, descansar a mente olhar para dentro de si.

 

Conversou com Jungkook, deu a ideia de cancelar a reserva do hotel e usar o dinheiro para pagar o retiro de casais. O moreno aceitou na hora, afinal, haviam viajado para se encontrarem como casal... certo?.

 

Certo.

 

—Nós podemos voltar um dia. Assim que der. - Sorriu, inclinou um pouco para frente e beijou a bochecha gelada do menor.— Precisamos ir para a recepção, logo o taxi vai chegar para nos levar até o aeroporto.

 

— Tudo bem. Vamos. Está com a pasta de documentos e informações do voo?.

 

—Estou sim. Ah, já liguei para o Hoseok e avisei que fomos até o correio pela manhã e enviamos alguns presentes para eles. - Jungkook sorriu e afastou-se do outro, entrando no quarto.

 

—Ah, que bom. Havia esquecido de avisar a Yoongi sobre isso. - Ergueu os braços para cima, espreguiçando seu corpo e estalando os ossos. Seria uma longa viagem .

.

.

.

 

—Vamos sentir saudades. - Jin declarou com um lindo sorriso no rosto. Abraçou Jimin de forma apertada e logo fez a mesma coisa com Jungkook.

 

— Precisamos manter contato. - Namjoon também abraçou o casal em sua frente. — Vamos ficar mais uma semana em Toscana e logo partiremos para Seul. Estamos com saudades da nossa garotinha.

 

— Sim. - Jin sorriu e agarrou a mão de Namjoon, e esse lhe deu um beijo cálido na bochecha. — Pelo o que vocês disseram, nós infelizmente moramos longe lá em Seul. Mas vamos manter contato, porque assim que vocês chegarem lá podemos marcar algo.

 

Jimin concordou com a cabeça.

 

— É uma excelente ideia. Infelizmente não temos uma data certa de retorno.

 

— Pois é. - Jungkook sorriu. —Vamos apenas...deixar as coisas rolarem. Não estamos ansiosos para voltar ainda.

 

— Do fundo do meu coração, eu desejo que o casamento de vocês se mantenha firme.- Jin segurou a mão de Jimin e Jungkook. — Não deixem que coisas externas abalem a união de vocês. São tão bonitos juntos, de longe da para ver que vocês dão certo. Então... não estraguem tudo.

 

— É, não estraguem tudo. -Namjoon concordou. — Não ajam de cabeça quente e lembrem-se, quando as coisas estiverem difíceis... insistam mais ainda. -Sorriu.

 

— Obrigado. - Jungkook sorriu.

 

Estavam ali, perto da porta de vidro da sala de desembarque. O numero do avião já havia sido comunicado pelo alto-falante. Estava na hora. Apesar de pouco tempo de convivência com Namjoon e Jin, sentiam que todos ali já haviam formado um laço de amizade.

 

— Precisamos ir. - Jimin disse, em um tom baixo.

 

— Precisam. Boa viagem, e boa sorte nesse caminhada.- O esposo de Namjoon sorria.

 

O casal ficou ali na porta, enquanto via os outros dois entrando por ela.

 

Desejavam com toda a sinceridade do mundo, que o casamento deles entrasse no eixo.

 

 

                                                                                                [...]

 

Chocante e Intensa.

 

Eram essas as palavras para descrever a Índia.

 

Ambos estavam dentro de uma espécie de triciclo grande, chamado de Tuk Tuk. Era o famoso taxi na Índia, o veiculo sequer possuía portas e fazia um barulho alto como se a qualquer momento o troço fosse desmontar no meio da rua.

 

Por falar em rua, aquilo era simplesmente uma loucura. O Transito não possuía uma ordem, os carros e motos misturavam-se na mesma faixa e as bicicletas pensavam que eram motocicletas. Pessoas andavam com cestas na cabeça no meio da rua, como se não existisse perigo. E por incrível que pareça, apesar do caos, nenhum dos dois haviam presenciado um acidente no caminho.

 

—Será que aqui as pessoas não tem medo de serem atropeladas?.- Jimin perguntou baixo enquanto olhava a movimentação lá fora. Era tudo muito novo para si. Em Seul, não era comum ver vacas andando normalmente em meio das pessoas e muito menos ver crianças descalças correndo perto dos carros e pedindo dinheiro.

 

— Pelo visto, não. - Jungkook passou o braço pelo ombro de Jimin, e o puxou para si quando viu um senhor estranho se aproximar perto demais do taxi que havia parado. O Velho estendia ambas as mãos, suas unhas estavam sujas assim como seu rosto. A expressão cansada do homem mostrava que peregrinar debaixo do sol quente era uma tortura. Jungkook puxou uma nota de quinhentas rupias do bolso e entregou ao senhor, e esse, juntou as duas mãos e curvou-se...dizendo um tímido ''Dhanyavaad- Muito obrigado-''.

 

O caminho até o templo havia sido um pouco longo. O casal em todo o caminho percebeu que a Índia era uma mistura de pobres e ricos. Se andassem um pouco, veriam casas ou hotéis bonitos e se andassem mais um pouquinho, veriam também lajes e barracões. Apesar da mistura, ambos sabiam muito bem sobre o sistema de divisão da sociedade, eram conhecido como ''castas''.

 

Pelo o que haviam pesquisado e entendido, o sistema de castas funcionava de acordo com a hereditariedade da pessoa e status de posição social de sua família. Haviam os Brâmanes, Xatrias, Vaixias e a casta mais baixa... Os Sudras. E os que não faziam parte de nenhuma dessas, eram conhecidos como Párias ou Intocaveis. Jimin achou esse sistema ruim e de certa forma desumano. Pois pelo o que pesquisou, um Sudra, que era a casta mais baixa... mesmo que ficasse rico um dia, permaneceria sofrendo maus-tratos de outros. Mas infelizmente não poderia falar nada, afinal, não morava naquele país e era obrigado a respeitar suas tradições. Mesmo discordando.

 

Viram o homem terminar de colocar as malas na frente do templo, que estranhamente não estava movimentado. Eram os únicos ali na entrada.

 

— Posso dar um conselho, senhores?. - Ravi, o indiano taxista, Perguntou timidamente.

 

— Pode sim. - Jimin sorriu.

 

— Se querem visitar a Índia e andar por aí, sugiro que chamem um tradutor para ir junto. Nem todos aqui falam inglês, principalmente os homens mais humildes. Poucos tiveram ou nunca vão ter uma oportunidade de aprender uma língua nova. - No final, deu um sorriso triste.

 

O casal querendo ou não, compadeceram-se com a realidade daquele País.

 

—Ravi, você pode nos dar o numero do seu celular. Se tivermos que sair, gostaríamos de chamar você para nos levar. - Jungkook sorriu.

 

— Como...Como um motorista particular?. - O homem de pele morena e com cheiro de tabaco arregalou os olhos e sorriu animado. Puxou um celular grande e grosso, e esse, ainda possuía botões como aqueles típicos celulares que quando caem no chão...quebram o chão em vez do aparelho. — Seria uma honra senhor, significa que gostaram do meu trabalho!.

 

O Indiano ainda animado, passou o numero do seu aparelho para os dois.

 

— Precisamos entrar. - Jungkook disse e subiu alguns degraus do templo. Agradeceu por não ser tantos.— Muito obrigado.

 

— Eu que agradeço. Tenham um bom encontro espiritual. - Juntou as duas mãos e curvou-se. — Namastê.

 

Virou-se, mas antes que pudesse entrar no seu Tuk Tuk, Jimin o chamou.

 

— Ravi...

 

— Sim?.

 

—Desculpa a pergunta, é que eu realmente não entendo muito sobre isso. Mas... o que significa Nasmatê?. Desde que chegamos aqui, algumas pessoas disseram isso para nós. É tipo um obrigado?....

 

Ravi sorriu.

 

—Não senhor. Obrigado é Dhanyavaad, Namastê ou Namaska significa... O Deus que habita em mim, saúda o Deus que há em você. Vocês irão ver muito esse cumprimento aqui na Índia. - Sorriu e entrou no seu Tuk Tuk velho e amarelo.

 

Jimin aproximou-se de Jungkook e o ajudou com as malas, abriram aquela porta imensa e de madeira do templo.

 

— Eu tenho um Deus em mim?. - Disse para o marido enquanto sorria. — Dessa eu não sabia.

.

.

.

 

— E esse aqui...será o quarto de vocês. - Amnon, o israelense que guiava o casal, abriu a porta do quarto.

 

O mesmo era bem simples. Possuía uma cama de casal, as paredes eram pintadas de um azul claro que ja estava descascando, havia um guarda roupa cor de vinho, cômoda ao lado da cama e um ventilador.

 

E havia uma passagem sem porta, presumiram que era o banheiro.

 

— Nossa, aqui esta muito quente.- Jimin largou a mala no chão e passou a costa da mão em sua testa úmida.

 

— Bem- vindo a Índia. - Amnon disse que forma humorada.

 

— Aqui está o pagamento do retiro. - Jungkook aproximou-se com um envelope na mão, dentro, havia a quantia exata do pagamento.

 

— Muito obrigado. - Sorriu. — Bom, vocês chegaram atrasados para participarem da reunião com o mestre Hajesh e os outros casais. Todos já estão em seus devidos quartos descansando. O voo de vocês atrasou, não é?.

 

— Infelizmente sim. - Jimin fez uma careta e retirou seus sapatos. — Sentimos muito.

 

— Não há problema. Isso não é raro de acontecer por aqui. Pois bem, vocês irão vestir umas peças que estão no guarda roupa, calçarão as sandálias que esta naquela sacola ali. - Apontou para uma sacola em cima da cama. — E me encontrarão perto do Jardim, vou levá-los até o mestre Rajesh, ele irá querer falar com vocês. E por fim, pedirei para que alguém os acompanhe até o refeitório, vocês também chegaram atrasados para o almoço. Devem estar com fome.

 

O casal deixou um sorriso sem graça aparecer e acenaram com a cabeça, Fazendo o guia rir.

 

— Certo, certo. Nos vemos em alguns minutos. Com licença. - Virou-se e saiu do quarto, encostando a porta.

 

Jungkook deu mais uma olhada pelo quarto. Aquele cômodo precisava urgentemente de uma reforma. Ele respirou fundo, sentindo o cheiro ruim de naftalina, as famosas bolinhas brancas para afastar baratas e traças. Enquanto estava distraído pensando se iriam sobreviver naquele local, sentiu um par de braços lhe abraçar por trás.

 

Sorriu automaticamente.

 

— Precisamos nos arrumar. - Jimin ficou um pouco na ponta dos pés e beijou a nuca do esposo. Afastou-se, indo até o velho guarda roupa cor de vinho.

 

— O que tem para nós?. - Jungkook olhava com certa curiosidade.

 

Viu o ruivo tirar peças brancas la de dentro. Não iria mentir, aquelas roupas não eram exatamente as peças da ultima moda. Eram brancas, leves e largas.

 

— O tecido dela é gostoso. - Jimin sorriu enquanto passava a mão por debaixo da camisa. O pano corria como se fosse água pela ponta de seus dedos. Era fresco e macio. — Eu acho que é de algodão.

 

— Bom, então vamos nos arrumar. - Jungkook puxou a sua blusa por cima da cabeça, deu um suspiro de alivio. Havia se refrescado um pouquinho graças aquele ato. Queria muito tomar um banho gelado, mas naquele momento estavam mais do que atrasados. Retirou os sapatos, os deixando na beirada da cama. Não demorou para levar os dedos até o botão da sua calça, segurou o cós e a escorregou para baixo.

 

Livre, Pensou.

 

Agora sabia como Adão e Eva se sentiam sem roupas. É claro que uma cueca era melhor do que folhas cobrindo seu membro.

 

— Jungkook...

 

— Ham?. - Levantou a cabeça e olhou para o marido, que ja estava usando a calça de algodão soltinha, a unica coisa que a fazia se prender ao corpo....era o elástico na cintura.

 

— Será que dá para parar de ficar olhando para a sua própria cueca e trocar de roupa logo?. -Revirou os olhos.

 

— Porque esta incomodado?. Não sou bonito?. - Mexeu as sombrancelhas rapidamente com uma cara maliciosa.

 

— É claro que você é bonito. - Jimin aproximou-se com um sorriso gentil no rosto. Passou os braços pelos ombros de Jungkook, inclinou-se mais um pouco e o beijou.

 

Jungkook deixou que um sorriso leve estampasse sua face. Seus braços começaram a descer pelas costas nuas do ruivo, até chegar em sua cintura. Abriu a boca, deixando que a língua do menor lhe invadisse. Beijar Park Jimin era muito bom, e por deus, como era.

 

O ruivo sentiu a mão boba de Jeon querer entrar na sua calça para chegar em sua bunda. Rapidamente, levou o braço para trás e segurou a mão do moreno que ja ia entrando.

 

— Não é hora pra isso. Precisamos mesmo ir.

 

Jungkook revirou os olhos. Infelizmente Jimin tinha razão.

 

— Certo, Certo.

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.

.

 

— Nós pedimos desculpas pela demora. Nosso voo havia atrasado. - Jungkook disse de forma acanhada.

 

— Não precisa de desculpas, meu jovem. Imprevistos acontece. - O mestre Rajesh sorriu compreensivo.

 

O casal estava no chão brilhoso e encerado do templo de oração e meditação. Estavam sentados na frente de Rajesh. Era um senhor magro e de cabelos brancos. Sua pele era bastante enrugada e quase não haviam lhe sobrado dentes na boca. O homem estava enrolando em apenas um pano branco, típica vestimenta dos Indianos. Em sua testa, encontrava-se uma espécie de ponto grande vermelho.

 

Jimin sentia medo do vento bater e quebrar aquele senhor ao meio. Ele aparentava ser bastante frágil e cansado. Mas pelo o que tinham ouvido falar, aquele ali em sua frente, era um grande sábio.

 

— Bom...- Ele sorriu, mostrando seus poucos dentes. — Como não participaram com os outros, irei explicar. Vocês precisam ter em mente que não será nada fácil, antes de se encontrarem como casal...vocês irão se encontrar primeiro.

 

Jimin franziu o cenho.

 

— Desculpa, eu não entendi.

 

— Se há um problema entre vocês, isso significa que há um problema dentro de vocês. Precisam ver e trabalhar em cima disso. Nós iremos ajudar. Aqui terá meditações, Yoga, terapia do riso, os dias de silencio e entre outras coisas. - O homem puxou um pouco de folego. — Precisamos trabalhar o lado espiritual, precisamos trabalhar a mente. Não estão na Índia por acaso, nada é por acaso. Há algo acontecendo dentro de vocês.

 

O casal pareceu refletir um pouco. De fato, sentiam que havia algo dentro deles. Mas não entendiam o que era.

 

Despertaram dos pensamentos, assim que sentiram o senhor segurar suas mãos.

 

— Não sei quais são as crenças de vocês. Mas aqui, irão encontrar as coisas que vocês acreditam. Seja Deus, a mãe natureza, o universo ou todos os Deuses. Irão se aprofundar nos lugares mais sombrios da mente e coração. - Ele sorriu e deu um leve aperto na mão do casal. — Não será fácil, olhar o que temos dentro de nós...é difícil. Nos sentimos impuros e indignos. Mas precisam atravessar o grande rio para chegarem ao outro lado.

 

— E se... não gerar resultados?. Quer dizer, não quero ser pessimista...- Jungkook disse.

 

— Você está aqui por que quer ou porque foi forçado?.- O velho lhe encarou.

 

— Porque eu quero.

 

— Então não precisa se preocupar com os resultados. Só pelo fato de você estar aqui com seu esposo...mostra o quanto você quer. E precisamos querer para tudo dar certo.

 

Jungkook acenou e sorriu.

 

— Eu posso chamar o senhor de mestre Yoda?.

 

— Jeon!. - O ruivo bateu em sua perna e o repreendia com o olhar.

 

— O que??. Mas ele parece!.

 

— É falta de educação!.

Rajesh deu uma risada baixinha, porem, prolongada. Desde o começo da conversa, havia percebido que a personalidade de ambos eram fortes. Daria um pouco de trabalho para lapidar aqueles dois diamantes brutos.

 

Pegou um potinho pequeno que estava ao seu lado, lentamente ia desenroscando a tampa do objeto. Molhou um pouco o dedo indicador na tinta vermelha, levou o dedo ate o centro da testa de Jungkook e la deixou um circulo de tinta. Molhou seu dedo mais uma vez e levou a mão até a testa do ruivo, fazendo a mesma marca.

 

— Olhos para ver o mundo real e se manter firme...- O senhor apontou para os olhos do casal. E logo, apontou para o circulo vermelho. — E o olho espiritual para sempre guiar quando estiverem perdidos. Aqui, eu tenho dois ajudantes que serão professores. Amnon e Taehyung. Eu....muito velho. Não posso cuidar de tudo sozinho.

 

— Que isso, o senhor esta na flor da idade. - Jimin disse com um sorriso doce em seus labios. O que arrancou risadas de Jungkook e de Rajesh.

 

Ficaram um tempo conversando com o senhor, até que o mesmo teve que se retirar para descansar. Uma mulher os acompanhou até o refeitório, onde o casal poderia almoçar e depois voltar para o quarto e descansar.

 

                                                                                          

                                                                                           [...]

 

Jimin levantou com tudo da cama, sentando-se na beirada da mesma. Sentia seu coração acelerado e a garganta seca. Olhou ao redor, tentando acostumar sua visão no ambiente quase escuro. O cheiro de naftalina o fez lembrar de onde estava.

 

Suspirou baixinho e pôs a mão no peito, tentando acalmar seus batimentos e respiração. Havia tido um pesadelo com Jungkook, as cenas de um acidente de carro ainda eram vivas em sua mente. Ele estava lá, mas não podia fazer nada a não ser assistir Jeon morrer na sua frente.

 

Foi tão real...

 

Olhou para o lado e vislumbrou o marido esparramado de barriga para cima na cama, Jungkook era um homem calorento então tomava quase todo o colchão para si. Jimin ficou o olhando por alguns segundos, conferindo para ver se ele realmente estava a salvo.

 

Foi só um pesadelo, ele esta bem. Dizia mentalmente para si mesmo.

 

Inclinou um pouquinho e selou a sua boca com a de Jungkook, deixando um leve toque quentinho. Queria esquecer aquele pesadelo, era muito sangue e isso o assustava. O ruivo mordeu o interior da bochecha e alcançou o celular na cômoda ao lado. Suspirou quando viu que era uma da manhã.

 

—O que faz acordado?. - A voz rouca de Jungkook assustou o esposo. O moreno, com seus cabelos totalmente bagunçados, sentou-se na cama e abraçou a cintura de Jimin.

 

—Eu tive um pesadelo. - Disse baixinho, como se os casais dos outros quartos pudessem ouvir. — Desculpa se te acordei.

 

— Não tem problema. - Beijou a nuca do menor, causando um arrepio pelo corpo do outro. — Quer conversar sobre o pesadelo?.

 

— Não. - Virou-se e o encarou. — Mas foi com você.

 

Jungkook apenas acenou com a cabeça, mostrando que compreendia. Era obvio que Jimin estava um pouco abalado por ter sonhado com algo ruim. Não podia fazer muita coisa, então apenas trouxe Jimin para sentar de frente para si em seu colo enquanto o abraçava.

 

O ruivo aceitou aquilo de bom grado, era bom ficar com Jungkook daquele jeito. Deixou o rosto na curvatura de seu pescoço e plantou um beijo. Usou uma das mãos para acariciar o rosto de Jungkook.

 

— Eu te amo. - Declarou, enquanto olhava a face do mais novo. Era estranho, sentia-se fragilizado e não gostava desse sentimento. Só de imaginar que aquilo poderia de fato acontecer com seu marido, um embrulho ruim em seu estomago se formava. — Promete que vamos ficar velhos juntos?. Eu juro que paro de reclamar sobre a toalha na cama, sobre o copo sujo na pia e a televisão alta a noite.

 

Jungkook franziu o cenho, estava estranhando Jimin daquele jeito.

 

— Jimin, o que voc-...

 

— Só prometa.

 

O moreno continuo olhando o rosto do menor. Levou os dedos até a testa de Jimin e tirou uns fios que ali estavam.

 

— Eu prometo. -Disse por fim. — Vamos ficar velhinhos juntos, brigar muito para ver quem é que vai ficar com a cadeira de balanço e vamos varrer a calçada todos os dias enquanto falamos mal dos vizinhos. - Escutou a risada de Jimin preencher o local, e isso aqueceu seu peito. Era mil vezes melhor o sorriso lindo dele do que um rosto com uma expressão pesada.Sentiu o ruivo segurar seu queixo e o beijar com carinho, a boca do menor era quente e acolhedora .

 

Naquela madrugada, Jimin dormiu no peito de Jungkook enquanto abraçava sua cintura. E esse, abraçava Jimin de forma protetora e zelava seu sono.

 

A promessa que havia feito era real, e faria de tudo para que ela se cumprisse.


Notas Finais


Que bonito, o aniversario é meu e vocês que ganham presente!.

Avisando que terá mais lembranças do passado dos dois!!.

Espero que tenham gostado.


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