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História Before... - O movimento é o mundo


Escrita por: naalisaiph

Notas do Autor


Eu ia postar só na próxima semana, mas eu tô me sentindo péssima então achei que me sentiria melhor postando.

Capítulo 2 - O movimento é o mundo


Eu queria gritar. Eu queria chorar. Mas apenas sentei no chão e ele fez o mesmo. Yuta sorria. Ele não parava de sorrir um minuto sequer e eu odiava isso, mas amava ao mesmo tempo. Seu sorriso era o que eu mais amava no mundo todo. E como senti falta dele. 

— Por que foi embora? — era a única coisa que conseguia pensar. 

— Eu... Eu tive que ir, sinto muito.  

— Teve que ir?! — perguntei com um tom de indignação — Não vai ficar, não é? 

— Não, mas só vou embora quando eu souber que estará bem sem mim. 

— Eu não estive bem todo esse tempo! E você não estava ao meu lado. O que importa agora? Se eu não estava bem antes e não estou bem agora, que diferença isso faz para você? 

Yuta foi até mim e me abraçou. Aquilo foi tão doloroso como no dia que ele tinha ido embora. 

— Mas agora é diferente, Hansol. Você está começando uma vida nova! Precisa me deixar para trás. 

— Você me deixou para trás, Yuta! 

Ele não disse mais nada e eu me afastei. Fazia mais de um ano e meio que eu não o via, mais de um ano e meio que não escutava sua voz ou ouvia sua risada.  

— Eu vou te ajudar a seguir em frente, Hansol. Tem que seguir em frente. Se continuar a pensar em mim isso não te fará bem. Não deve ter sido fácil naquele hospital, eu imagino.  

— Não, você não imagina. Você não tem a mínima ideia porque não estava comigo lá! 

— Não adianta gritar, Hansol. O que passou, passou. Me perdoa. 

Eu não queria perdoá-lo. Não queria escutar uma só palavra porque aquilo doía como o inferno. Eu sentia tanta falta dele que parecia que eu morreria. Ele me olhava tentando entender o que eu pensava. E eu mesmo não entendia. Era um emaranhado de pensamentos desconexos causados por ele. Me levantei sem dizer nada e saí do apartamento. Yuta não me seguiu e me irritei com isso. Deveria insistir um pouco mais, não é? 

 

 

O barulho alto demais me assustou. Foi a primeira coisa que percebi. O barulho. Do metal. Dos meus gritos. Dos meus ossos. Do meu choro.  

A segunda coisa que percebi foi eu mesmo. E a dor. 

E sangue, porque era o que tinha em toda a parte. 

Meu corpo tremia. E eu pensei que não era pelo frio que fazia naquela noite de inverno, mas era pelo choque.  

Então chorei alto porque olhei em volta. Deve ter sido ali que meu mundo ruiu completamente. 

A solidão. 

O frio. 

A dor. 

O desespero. 

O carro em que eu estava... 

Metal retorcido. 

E eu...  

Um corpo retorcido, amassado, esquecido e sozinho entre o metal.  

Acordei com meu próprio grito saindo da minha garganta. O mesmo pesadelo dos últimos meses. Desde que eu acordei naquele hospital três semanas depois do que aconteceu, esse pesadelo não me deixava nem um só dia. As vezes eu nem precisava estar dormindo para aquele pesadelo voltar. As vezes, as lembranças voltavam casualmente e eu queria gritar. Toda vez uma enfermeira entrava para ver se eu estava bem. Mas ali eu não tinha uma enfermeira que me daria remédios para dormir. Eu não queria tomar os remédios, eu não queria me dopar mais do que já fui. Eu só não queria precisar deles. 

Automaticamente peguei o celular e digitei o número que eu conhecia tão bem. Eu não esperei que atendesse porque das poucas vezes que conseguia pegar um celular e digitava aquele número, ninguém atendia. 

Mas daquela vez foi diferente e eu escutei um suspiro do outro lado. 

— Pensei que não queria falar comigo — disse Yuta bocejando. 

— Eu não consigo dormir. Eu sonhei com aquele dia. 

— Que dia, Hansol?  

— O acidente, seu idiota! — falei bravo.  

— Ah, aquele dia. Isso já passou, Hansol. É passado, amor. 

E aquilo me fez parar. Yuta me chamava assim toda vez que eu estava nervoso e ele queria me acalmar. Uma vez ele me perguntou o que a palavra significava e começou-a a usar. Quando brigávamos, Yuta vinha até mim nem um dia depois e me abraçava carinhoso me chamando assim, dizendo que eu era o mundo todo dele. E eu quis chorar novamente. 

— Você não se sente nem um pouco culpado por ir embora?  

— É lógico que me sinto. Eu penso no que fiz todo o dia. 

— E do mesmo jeito vai embora de novo.  

— Isso mesmo.  

— Por que faz sentido para você e para mim não? 

— Nada faz sentido nessa vida, amor. O mundo não faz sentido nenhum.  

Eu conheci Yuta quando nós dois éramos crianças. Yuta tinha acabado de se mudar do Japão para a Coréia do Sul e eu fui seu primeiro amigo no novo país. E ele foi meu primeiro amigo porque eu não tinha ninguém. Crescemos juntos até termos 13 anos e Yuta ter que morar com seu pai no Japão. Foram os anos mais longos da minha vida. Conversávamos todos os dias e a saudade aumentava do mesmo jeito. Estávamos conversando por uma chamada de vídeo quando eu percebi que estava apaixonado por meu melhor amigo e eu disse para ele no mesmo dia. Yuta sorriu daquela maneira bonita de sempre. 

"Não demore para me pedir em namoro, eu sou um pouco impaciente." 

Eu lembro como eu fiquei vermelho e ele sibilou um "eu gosto de você" em japonês e eu só fui entender o que significava depois de uma semana. Então, quando Yuta completou 18 anos, ele voltou para mim. E desde aquele dia não nos separámos. Ou melhor, nos separámos quando ele me deixou. 

— Está pensando demais de novo, Hansol — disse rindo — Você pensa demais, amor. Não pense tanto. Isso não vai te ajudar. 

— E o que vai, Yuta?  

— Eu tenho um plano — eu quase podia ver seu sorriso naquele momento. 

— Qual plano? 

— Vou te ensinar a continuar sua vida sem mim, ou até te ajudar a arrumar alguém!  

— Eu vou te matar, Yuta! 

— Não vai, não. Estou falando sério. Eu não vou poder ficar com você e quero que seja feliz. Eu quero o melhor para você, Hansol.  

— Você é o melhor para mim. 

— Para com isso — disse com a voz triste — Já falei que não posso ficar. A gente acabou, Hansol. 

— Se quer o melhor para mim por que me deixou justo naquela época? Eu precisava de você, Yuta. 

— Porque... Eu tive que fazer isso. Não tem um porquê. Eu sinto muito por ter ido embora daquela maneira. 

— Você não tem ideia do quanto chorei. 

— Me perdoa — disse como uma criança.  

Eu queria respostas, queria que ele me dissesse por que tinha me deixado, por que tinha voltado apenas para me fazer sofrer mais, queria que ele parasse de pedir desculpas. Eu não queria continuar sem ele. 

— Eu tenho que desligar, amor. 

E ele o fez rápido. 

Por que ele me fazia sofrer tanto? Yuta nunca tinha me feito sofrer antes. Quando brigávamos, não passava muitas horas para ele se esgueirar para meu lado e pedirmos desculpas. Prometemos, muitos anos atrás, que não deixaríamos que 24 horas se passassem depois de uma briga. E nunca deixávamos. 

— Por que não fala desse namorado? — perguntou Taeil em seu consultório, me tirando dos meus pensamentos — Como se conheceram? Como foi o namoro de vocês? 

— Eu não quero falar dele — e suspirei — Eu fui no apartamento que a gente morava.  

— E como foi? 

— Estranho. Eu sinto falta de lá. Da vida de antes. 

Eu não contaria sobre ter encontrado Yuta, muito menos que liguei para ele desesperado no meio da noite. Eu sabia como Taeil diria que isso me faria mal e que eu não deveria colocar tanto peso da minha vida em outra pessoa. 

Me sentia morrendo por dentro, tão devagar que me sufocava. Tão devagar como naquele dia. 

Taeil e eu conversámos sobre qualquer coisa sem importância, ele não me pressionava a contar as coisas do passado, eu podia contar quando me sentisse confiante e no momento eu ainda não estava.  

— Tem falado com algum amigo?  

— Não. Eu não tenho amigos. Quer dizer... Os meus amigos eram os dele também. E... Eu não quero ver nenhum deles. 

— Tente se esforçar quando achar que está pronto. Eles tem coisas para te dizer, eu acho. 

— As coisas que todos já disseram. 

— E talvez você precise escutar. 

Taeil deu um sorriso reconfortante e avisou que nosso horário tinha acabado, dizendo um "até semana que vem" enquanto me levava até a porta. Saí do consultório sem muita pressa, entrei no elevador, saí do prédio e acho que já sabia que Yuta me esperava com seu sorriso. 

— O que faz aqui? 

— Vim te ver — disse andando ao meu lado — Preciso seguir meu plano. 

— Para de falar nesse plano idiota. 

— Não é idiota. Você precisa aprender! Quem sabe encontrar alguém? 

— Para... Por favor, para — eu pedi com a voz mais chorosa do que eu gostaria.  

— Desculpa, amor... Eu não posso. Se te deixar assim eu nunca vou me perdoar.  

E eu quis abraçá-lo, eu quis pedir que parasse de falar as coisas que me machucavam, mas não o fiz. Vi Yuta se afastar e segui meu próprio caminho para casa dos meus pais. Aquela não era mais minha casa. Minha casa era aquele apartamento pequeno perto da faculdade. Minha casa era Yuta. Eu me sentia um estranho lá dentro, sentia que incomodava o tempo todo, então ficava no meu quarto maior parte do tempo. 

— Filho — chamou minha mãe abrindo a porta — Vamos lá para baixo um pouco.  

Desci até o térreo com minha mãe tendo um sorriso no rosto. Eu queria ficar sozinho, mas não queria que meus pais se preocupassem e vissem isso como algum problema.  

Joohyun brincava no chão da sala enquanto eu e meus pais conversávamos sobre eles. Eu não tive tempo de perguntar como a vida deles estava naquele um ano e meio. Era visível como os dois estavam mais felizes por não me verem mais naquele hospital. Eles deviam ter sofrido, chorado e por minha causa.  

— Você poderia tocar piano para a gente. Joohyun nem deve se lembrar mais como você toca. 

Eu assenti e fui até o piano, me sentando no banco e olhando para as teclas na minha frente, meus dedos deslizaram sobre elas sem pressioná-las. E quando percebi, as lágrimas já estavam lá, embaçando minha visão e arrancando soluços de mim. 

— Hansol...  

Eu apenas pedi desculpas por aquilo, subindo para meu quarto o mais rápido que podia. 

Yuta e eu costumávamos tocar piano juntos. Ele se sentava ao meu lado e tocávamos qualquer melodia que aparecesse na nossa cabeça. Às vezes, Yuta ficava deitado no chão, olhando para o teto e falando de seus planos mirabolantes para o futuro enquanto eu tocava alguma música que ele gostasse. Ele sempre tinha planos demais, nada parecia distante ou impossível para ele. Eu sempre amei isso nele. 

— Deveríamos fazer uma viagem para a Capadócia — disse uma vez — Podemos ver os balões! Podemos andar de balão, Hansol! Isso seria incrível!  

— Não temos dinheiro, Yuta — disse tocando uma música que ele havia pedido minutos antes. 

— Nós damos um jeito, Hansol. A vida é curta demais para não fazer uma viagem para conhecer o céu da Capadócia. Ou conhecer o mar do Havaí. Ou a beleza da Nigéria. Ou então as montanhas congeladas do Canadá.  

— Vamos viajar para Busan primeiro, ok? Depois pensamos no depois. 

E aquela viagem para Busan foi a melhor da minha vida. Depois viajamos para a ilha de Jeju, depois para o Japão para visitar seu pai que ainda morava lá. E a promessa de que viajaríamos para a Turquia, Havaí, Nigéria ou Canadá continuou apenas na nossa mente, assim como tantos outros planos pensados como se fossemos ficar juntos para sempre e embalados pelas notas do piano. 

Eu não sabia se ainda podia tocar bem como antes, talvez minha habilidade motora não estivesse tão boa ainda ou eu tivesse esquecido como era. 

 

 

A primeira lembrança depois da dor do acidente, foi a irritação. Eu acordei por causa daquele barulho chato que as maquinas faziam ao meu redor e por um momento achei que era meu despertador avisando que estava na hora de ir para a faculdade. Mas percebi logo em seguida os fios em mim, percebi as dores e o pior de tudo foi não perceber o movimento do meu corpo, apesar de doer. Um grunhido desesperado e sem voz saiu de mim. Eu não conseguia falar ou me mover, eu mal respirava. Quis tirar o tubo que saía do meu pescoço, mas minha mão não se levantava mais que alguns poucos centímetros. Era o máximo de movimentação que eu conseguia. 

Porque o movimento é o mundo e o mundo é sangue e dor. 

Era meu sangue que corria gelado por minhas veias. Era a dor que estava presente em cada pedaço do meu ser. O barulho das máquinas ficava mais insistente a medida que eu me desesperava mais e mais. Uma enfermeira e um médico entraram correndo, verificando meus sinais vitais e injetando algum medicamento pelo acesso no meu braço esquerdo. 

— Ji Hansol, precisa prestar atenção, ok? — pediu o médico falando com calma — Tente fazer qualquer movimento — meus dedos levantaram quase em um espasmo enquanto eu chorava — Ótimo, isso é muito bom. Agora quero que me escute. Se lembra o que aconteceu? — ele olhou para minha mão e entendeu a resposta quando ela não se moveu — Você sofreu um acidente de carro. Você está no hospital agora. Está tudo bem, está sendo cuidado, mas precisa se acalmar. Não tente falar, ok? 

E o remédio começou a fazer efeito aos poucos até que eu voltasse a dormir. Quando acordei novamente, mais calmo e ainda com muita dor, eu quis implorar que me dessem algo para dormir ou para me matar. A dor era tão insuportável que eu queria implorar para morrer. Mas eu não podia pedir. Isso era desesperador. O mesmo médico veio me ver um pouco depois. 

— Quer conversar? — eu levantei os dedos — Quer saber sobre o acidente? — meus dedos não levantaram — Quer saber o que aconteceu com você? — minha mão tremula levantou com rapidez — Você sofreu um acidente sério, Hansol. Você fraturou o maxilar e a traqueia então fizemos uma cirurgia para a correção e não poderá falar por um tempo ainda. Você fraturou a perna direita e a bacia, sofreu uma lesão nos nervos e um dano neurológico de média complexidade. É possível que sinta dor, mas seu corpo não consegue reconhecer os comandos de movimento. Isso vai mudar, ok? Não vai ficar assim para sempre. Você também teve um pequeno edema cerebral que não acreditamos que deixará sequelas permanentes. O seu coração está bem debilitado, teve três paradas cardíacas, mas por sorte os exames mostram que o órgão se recupera bem, seus pulmões estão fracos porque teve uma contusão pulmonar e respira por aparelhos, fizemos uma traqueostomia — apontou para o tubo que saía da minha garganta — Mas seu pulmão já está bem melhor e logo poderá respirar com a máscara. Você teve que passar por algumas cirurgias nesse tempo — eu queria perguntar quanto tempo — você passou por uma cirurgia por causa de uma laceração no baço, uma cirurgia para tratar um coágulo no cérebro, outra para corrigir as lesões no fêmur e na bacia. Teve muitas complicações e você passou muito tempo desacordado. Hansol, não vai ser um caminho fácil, mas prometa que não vai desistir — levantei os dedos e ele sorriu. 

Eu não respondi que não desistiria porque tinha noção do que isso significava. Eu levantei porque parecia que era o que eu tinha que dizer. Nenhuma palavra foi imediatamente assimilada por mim, eu ainda demoraria um bom tempo para entender o que todas aquelas palavras significavam. 

Eu queria perguntar se Yuta tinha ido me ver, se ele estava lá e se eu poderia vê-lo, mesmo que eu estivesse todo quebrado e isso fosse assustá-lo, mesmo que eu não pudesse falar nada. Ver Yuta me deixaria mais calmo. Mas ele nunca entrou naquele quarto. 

Ficar acordado ali era a pior coisa depois da dor. Eu podia ver da janela do meu quarto para o corredor toda a movimentação dos médicos da UTI, as vezes eu via alguns correndo e voltando com uma expressão frustrada, aprendi que era aquela expressão que faziam quando alguém morria. Então eu contava quantos mortos teve no dia no meu andar. Não tinha um só dia que eu não quisesse ser um dos pacientes a entrar naquela lista. 

Quando tiraram as armações da minha boca e me deram liberdade para falar, eu não o fiz, falava apenas quando pediam para examinarem como estava minha voz ou se sentia dores na traqueia quando falava. Em todos os outros momentos eu ficava em silêncio. Eu não tinha o que dizer, se começasse a falar eu chamaria por Yuta e eu ainda sentia raiva dele.  

"Ele me deixou... E justo agora eu preciso dele mais que nunca" eu pensava o tempo todo "Eu não vou passar por isso sem ele".  

Mas eu passei. Passei por toda a dor torturante do pós-operatório, da recuperação e da fisioterapia que foi mais agonizante do que eu imaginei. A primeira vez que sorri e chorei sem ser pela dor ou por Yuta foi quatro meses depois de despertar quando finalmente consegui ficar em pé com a ajuda do fisioterapeuta e das barras. Alguém tinha gravado um vídeo, talvez meu pai que me mostrou meses depois. Não dei um passo sequer e meu momento de pé não durou nem ao menos dez segundos completos, mas eu chorei como uma criança feliz.  

O movimento do meu corpo voltou, meu coração e pulmão se recuperaram melhor do que imaginado, nenhuma sequela cerebral, talvez uma ou outra dor suportável na perna para o resto da vida. Eu tinha me recuperado melhor do que todas as expectativas. 

— Você é um sobrevivente, Hansol — disse uma das enfermeiras. 

Mas as vezes eu não queria ser. 


Notas Finais


Perceberam que as músicas que tinham no começo dos capítulos sumiu? Eu decidi tirar, mas fiz uma playlist com as músicas que tinham (e as que seriam dos capítulos seguintes). Tentei deixar na ordem, então a desse capítulo é a primeira música https://open.spotify.com/user/nalimtt/playlist/3V3eHtUvHPPj9JYnqM2hjR


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