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História Before Playing - Piloto


Escrita por: GihAs

Notas do Autor


Esta é uma antiga fanfic minha que finalmente decidi publica-la. Há algumas modificações mas acho que melhorou bastante, espero que gostem.

(A esquerda temos Gregory, logo ao seu lado Filipe, depois Caitlin e por último Raphael)

Capítulo 1 - Piloto


Fanfic / Fanfiction Before Playing - Piloto

Meu nome é Caitlin e tenho 12 anos, sou uma garota com uma ótima vida, ou pelo menos era. Vivia com meus pais numa rua com várias casas, todos os dias eu saia para brincar com meus colegas. Exploravamos bosques, brincavamos no playground ou jogavamos video game, tudo isso depois da escola, é claro.

Minha vida era singela, poucas coisas porém, feliz. Eu simplesmente vivia como toda criança merece, liberta e segura.

Ah, deixe-me apresentar-te meus amigos, Filipe, Raphael e Gregory. Sou a única garota do grupo porém lhes garanto que sou muito bem acolhida pelos três.

Estamos juntos há muito tempo, já que temos a mesma idade digamos que crescemos colados. 

Gregory é o nosso "líder", ele sempre decide nossas brincadeiras além de também ser o mais inteligente. Filipe é um garoto fofo e talentoso, manda super bem em jogos e fica em primeiro lugar em todos eles, mesmo assim vale a pena competir.

Ah Raphael... o que falar sobre ele ? Incontáveis elogios poderiam estar aqui, já sei, que tal falar sobre sua incrível energia e animação pra tudo, ele é um pouco fechado porém demais!

Sempre observei todos de uma maneira feliz, porém ao mesmo tempo um tanto magoada por não ser tão incrível. Não faço muita coisa além de cozinhar, qualquer um se fascina por meus biscoitos, sem querer me gabar é claro. Mesmo assim ainda sou chegada em uma adrenalina, por mais desajeitada que eu seja, vivo caindo e ralando os joelhos.

Tenho uma explicação para tantas referências ao passado. Não é uma coisa agradável de se contar, não foi minha evolução de garota para uma guerreira mágica ou uma princesa assim como nos desenhos animados que eu assistia na televisão. Foi a minha evolução de garota para uma alma aprisionada e condenada que por incrível que pareça começou de um modo tão ingênuo.

Mamãe acabou se atrasando para o almoço, o que me fez sair de casa mais tarde, foi até legal pois o dia estava quente e de madrugada havia chovido. Sobraram poucas poças de água, pulei em todas sem uma mínima preocupação já que meus sapatos estavam sujos.

Fui em direção a casa do Filipe, o dia estava bem quente então procurei correr pouco porém fui por um atalho que eu havia descoberto há algum tempo. Cheguei a casa dele, como sempre com um jardim muito bonito e bem cuidado, não sabia exatamente o nome de todas aquelas flores mas eu adorava passar por ali para ir até a faixada da casa de meu amigo.

Eles não tinham campainha, procurei dar uma olhada nas janelas antes de bater na porta, mas como sempre, fechadas e tapadas pelas cortinas. Dei uma leve batida, fui rapidamente atendida pela senhora Petterson, a mãe de Filipe e também a mulher de quem pertencia um jardim tão belo. Ela saiu com seu avental, seu chapéu de palha com enfeites de margarida e com seu olhar gentil de todas as vezes:

- Ah, boa tarde Caitlin!

- Olá senhora Petterson, ér... eu queria saber se o Filipe está.

- Oh querida, ele e Gregory acabaram de sair, estavam sem o Raphael e disseram que iriam até sua casa, por acaso não trombou com os dois no caminho ?

- Que chato, desta vez eu vim por um atalho para fugir do sol então não acabei os vendo. Bem, muito obrigada de qualquer modo.

- De nada meu doce...

Senhora Petterson sorriu de um jeito carinhoso e retornou para dentro de casa. Desci da faixada e me despedi do belo jardim.

Raciocinei um pouco, se Raphael não estava com eles alguma coisa havia acontecido até porque Gregory teria chamado-o primeiro já que moram perto.

Subi as ruas correndo, com muito cuidado para não tropessar em alguma coisa, algo que sempre acontece quando corro assim. Cheguei a calçada de frente para a casa de Raphael, parei um pouco para descansar da correria, em vez de ir até a faixada fui na lateral da casa, onde tinha uma árvore grande cujo dava na janela mais alta, a do quarto de Raphael.

Escalei a árvore com um pouco de esforço, havia muito tempo desde que não fazia aquilo. Me acomodei em um galho e por sorte, as cortinas estavam abertas. Raphael estava em sua cama lendo um gibi da sua liga de heróis favorita, para chamar sua atenção bati no vidro.

Ele me percebeu rapidamente e abandonou o gibi na cama, abrindo a janela para conversar comigo:

- Raphael, o que aconteceu ? Está de castigo novamente ?

- Caitlin! Que surpresa você por aqui. Na verdade... minha mãe disse que eu não poderia sair do quarto até terminar a lição de casa.

- Está perdendo seu tempo lendo gibis ? Qual é, nesse ritmo vai ser mantido em cativeiro.

- Caitlin, Caitlin. Sabe que eu brinco muito e levo demais as coisas na irônia, mas, também devia saber que eu sou um gênio mirim e não deixo de fazer a tarefa. - Ele aponta para sua escrivaninha, lá tinha alguns cadernos com aparentemente respostas completas e livros nas páginas exatas dos exercícios. - Terminei antes que a Karen, nossa empregada, servisse o almoço.

- Está louco ? Por que não conta pra sua mãe ? Já deve estar quase na hora do trabalho dela precisa sair daí rápido!

- Eu contei mas... sabe como ela não acredita muito em mim, aquelas idas a diretoria acabam com toda a confiaça da minha mãe. Além do mais ela já saiu de casa há uma meia hora.

- Fácil, venha comigo. - Estendi minha mão para ele, um pouco nervosa se segurando para não corar as bochechas.

- Ei ei ei! Não sou tão fácil assim senhorita maria-chiquinhas loiras! Estou um pouco faminto de doces, a mamãe não quis comprar sobremesa.

- Pare de zombar das minhas marias-chiquinhas! - Alcancei um biscoito embrulhado em papel-toalha no meu bolso do macacão e entreguei a ele.

- Wow Caitlin você é a melhor! - Raphael pegou o biscoito, desembrulhou rapidamente, dando uma mordida e virando os olhos como um modo de alívio.

- Vamos rápido, Filipe e Gregory nos espera! - Não esperei ele dar a mão então o puxei rapidamente.

Ele deu uma leve escorregada no galho mas o segurei pelo braço e deu mais um daqueles olhares de agradecimento que funcionam como uma flecha de ouro cortando meu coração.

Descemos a árvore com cuidado e fomos andando a caminho do parque, o lugar onde nosso quarteto se encontrava todas as tardes para decidir do que brincar...



Notas Finais


Desculpem por ter ficado grande, acho que me empolguei... ^^


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