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História Before The Right Time - Capítulo Vinte e Quatro


Escrita por: EduardaSales17

Notas do Autor


Demorei mas cheguei 😂💁🏻 Internet hoje me restou de um jeito, consegui agora entrar no site pra responder os comentários e postar o capítulo! Aproveitem ❤️

Capítulo 24 - Capítulo Vinte e Quatro



Jon observava a sala cheio de lordes, soldados e os Selvagens que ainda estavam em Winterfell. Tinha se passado duas semanas desde que foi consagrado Rei do Norte. Ele estava aprendendo com Davos a como administrar a cidade como Rei. Tudo aquilo era novo para ele, a um atrás ele era um membro da Patrulha da Noite e desde então as coisas mudaram rapidamente. Tinha sido morto e trazido de volta a vida, reencontrou Sansa e juntos conseguiram retomar Winterfell. 

Jon tentava se manter ocupado o dia todo para não pensar em Ygritte. No dia em que ela foi embora, foi preparada uma festa para comemorar a vitória na batalha e o reinado de Jon Snow. Ele mal conseguiu comemorar, foi para o quarto e prometeu que esqueceria aquela mulher. Desde então tinha focado em fazer Winterfell voltar a ser como era antes, com a ajuda de Sansa eles estavam aos poucos se recuperando da batalha.

— Quero que todo meistre do Norte busque referências sobre Vidro de dragão. – Jon começa a discursar em pé sob os olhares atentos de Sansa, que estava sentada ao seu lado. — Vidro de dragão mata os Outros, vale mais que ouro para nós. Precisamos encontrá-lo, miná-lo, precisamos fazer armas contra eles. – Jon observa todos ao redor, estava na hora que começarem a se preparar para a Grande Guerra. — Todos com idades entre 10 e 60 anos cavarão diariamente com lanças, picos, arcos e flechas.

— Estava na hora de ensinar esses garotos a lutarem. – Lorde Glover comenta e todos concordam.

— Não será apenas os garotos. Não podemos defender o Norte com metade da população. – Os cochichos se tornam mais altos após a decisão de Jon. O Rei lembrou automaticamente de sua irmã, Arya, ela teria gostado de sua decisão. 

— Espera que ponha uma lança na mão de minha neta? – Lorde Glover levanta de seu assento, indignado.

— Não pretendo ficar tricotando enquanto homens lutam por mim. – Lyanna Mormont levanta de sua cadeira para encarar o Lorde que desafiava a decisão do Rei. — Posso ser pequena, Lorde Glover, e uma menina mas sou nortenha tanto quanto você.

— É mesmo. Ninguém duvida... – O Lorde se sente recusado depois de escutar as palavras da jovem.

— Não preciso da sua permissão para defender o Norte. – Lyanna o interrompe. Ela recebe os olhares orgulhosos de Davos e Brienne, que admiram a força da garota com apenas 10 anos. Ela vira-se para encarar o Rei. — Treinaremos cada homem, mulher, menino e menina na Ilha dos Ursos.

— Ao preparar o ataque, temos de fortalecer nossas defesas. – Jon volta para o assunto da Guerra. Depois das palavras de Lyanna Mormont , os Lordes tinham concordado com a proposta de Jon. — Só o que nos separa do Exército dos Mortos é a Muralha, e ela não é bem-guarnecida há séculos. Não sou o Rei do Povo Livre, mas para sobrevivermos a este inverno juntos...

— Você nos quer ocupando os castelos? Os homens? – Tormund levanta.

— Vimos o Rei da Noite em Durolar. O castelo mais perto de Durolar fica em Atalaialeste do mar. Peça para Edd acomodar as mulheres em um castelo mais próximo e que permita a participação das mulheres que desejam lutar nos treinos. – Jon não pôde deixar de pensar que aquela decisão deixaria Ygritte feliz. Por mais que não ficassem juntos, ele desejava coisas boas para ela.

— Então é para lá que vamos. Parece que somos a Patrulha da Noite agora. – Tormund se diverte e consegue as risadas dos lordes.  Ele volta para seu lugar.

— Se eles passarem pela Muralha, os primeiros castelos no caminho são Última Lareira e Karhold. – Jon volta a discursar.

— Os Umbers e os Karstarks traíram o Norte. – Um nortenho o interrompe. — Seus castelos deveriam ruir, sem ficar pedra sobre pedra.

— Os castelos não cometeram nenhum crime. Precisamos de fortalezas para as guerras que virá. Deveríamos dar a Última Lareira e Karhold a novas famílias, famílias leias que nos apoiaram. – Sansa manifesta sua opinião. Jon a encara incomodado com as palavras da irmã, ela estava o contrariando na frente de todos os representas das Casas do Norte. Os lordes concordam com a opinião de Sansa e Mindinho gosta do que ver.

— Os Umbers e os Karstarks lutaram ao lado dos Starks por séculos. Eles foram fiéis por gerações. 

— E eles quebraram o acordo. – Sansa o interrompe. Ela não conseguia acreditar na atitude que Jon estava tomando, não era a atitude que um Rei deveria tomar.

— Não vou tirar as famílias de suas casas ancestrais por causa de crimes de filhos imprudentes. – Jon responde contrariado.

— Não há castigo por traição nem recompensa por lealdade? – Sansa o enfrente e toda a sala começa a cochichar. Jon respira fundo tentando manter a paciência com a irmã.

— Os castigo para traição é a morte. – Jon encara Sansa. — Pequeno-Jon Umber morreu no campo de batalha, assim como Harald Karstark.

— Eles morreram lutando por Ramsay. Dê os castelos as famílias dos homens que morreram lutando por você.

— Quando eu era Senhor Comandante da Patrulha da Noite executei homens que me traíram. Executei homens que se recusaram a seguir ordens. – Jon olha para todos que estavam presentes na sala. Ele não queria ser como os outros, queria seguir o exemplo de seu pai e gostava de fazer aquilo que Ned provavelmente faria. — Meu pai sempre disse “O homem que dita a sentença deve manejar a espada”, eu tento seguir essas palavras. Não punirei um filho pelo pecado de seu pai, nem tirarei uma uma família da casa que foi dela por séculos. Essa é a minha decisão e a minha decisão é final. – Jon volta seu olhar para Sansa, que apenas balança a cabeça e vira o rosto. — Ned Umber. Alys Karstarks.

Jon chama as duas crianças que representava as casas que foram aliadas dos Starks por séculos mas que na Batalha dos Bastardos optaram por Ramsay. Os representantes tinham sido mortos e seus filhos tinham sobrevivido e Jon planejava esquecer a traição e trazer de volta a aliança que eles mantiveram por séculos. Jon pede que os dois se aproximem.

— Por séculos nossas famílias lutaram lado a lado. Peço que prometam sua lealdade mais uma vez á Casa Stark, para ser nossos vassalos e nos ajudar quando necessário. – Os dois jovens pegam suas respectivas espadas e se ajoelham. — As guerras dos passado não importam mais. O Norte precisa se unir, todo o Norte sobrevivente. Ficarão ao meu lado, Ned e Alys? Agora e sempre?

— Agora e sempre. – Os dois jovens repetem as palavras e os Lordes comemoram a aliança restaurada.

Jon Snow sorri com a comemoração dos lordes. Suas palavras tinham surgido efeito, ele circula pela sala cumprimentando a todos e conversando brevemente sobre a Guerra. Ele se despede e sai da sala, sendo seguido por Sansa.

— Jon...

— Você é minha irmã, mas eu sou o Rei agora. – Jon diz incomodado com a situação. 

— Vai começar a usar coroa? – Sansa ironiza e continua o seguindo.

— Ao me questionar diante de todos, você me compromete.

— Não posso questionar mais?

— Claro que sim.

— Ninguém questionava Joffrey. Acha que ele era um bom Rei? – Sansa se arrepende do que foi dito no momento em que Jon vira para encara-la.

— Você acha que eu sou o Joffrey? – Jon sente-se magoado. Ele estava fazendo o que achava melhor para o Norte, ao contrário de Joffrey que fazia só o que era melhor para ele mesmo.

— Você é a pessoa menos parecida com ele de todos que eu já conheci. – Sansa suspira.

— Obrigado.

— Você é bom nisso, sabe? – Sansa sorri. Por mais que não concordasse com algumas atitudes de Jon, ela admitia que achava que seu irmão não seria capaz de assumir tamanha responsabilidade. 

— Em quê?

— Comandar.

— Não. – Jon ri, negando com a cabeça. Era tão bom que foi morto pelos seus próprios irmãos.

— É sim. – Sansa o incentiva. — Eles realmente o respeitam, mas você tem de... por que você está rindo?

— O que nosso pai dizia? – Jon lembra, rindo das palavras usadas pelo seu pai. — Tudo antes da palavra “mas” é besteira.

— Ele nunca me disse isso.

— Não, ele não falava assim na frente das filhas. – Jon ri lembrando de como Ned Stark tomava cuidado para não falar algo proibido na frente de Arya ou Sansa.

— Porque estava tentando nos proteger. Não queria que víssemos como o mundo é sujo, mas não pôde me proteger, assim como você não pode. Pare. – Sansa não podia negar que teve uma infância linda e foi protegida de todos os modos. Mas no momento em que pôs seus pés para longe de Winterfell, ninguém foi capaz de protegê-la do que sofreu.

— Eu paro, mas você tem que prometer que vai parar de me comprometer.

— Não estou fazendo isso. – Sansa se irrita por Jon continuar andando e o puxa pelo braço. — Você precisa ser mais inteligente que nosso pai. Mais inteligente que Robb. Eu os amava, sinto falta deles mas cometeram erros e ambos foram decapitados por isso.

— E como devo ser inteligente? Ouvindo você?

— Seria tão difícil assim? – Sansa se ofende com a desfeita.

— Um corvo de Porto Real, Majestade. – O mensageiro se aproxima, interrompendo a discursão.

Jon estranha e pega a mensagem, e agradece o mensageiro. Sansa o olha apreensiva, imaginando que o reino já deve estar sabendo da independência do Norte. 

— “Cersei Lannister: Primeira de Seu Nome, Rainha dos Ândalos e dos Primeiros Homens, Protetora dos Setes Reinos”. – Jon lê os títulos da mensagem enviada e caminha.

— O que ela quer? – Sansa o segue.

— “Venha a Porto Real submeta-se, ou tenha o destino dos traidores.” – Jon observa a neve caindo, aquele era seu lugar favorito em Winterfell.

— Você pensa tanto no inimigo do Norte, que se esquece daquele do Sul. – Sansa sentia medo que Cersei resolvesse os atacar, eles ainda estavam se restabelecendo após a Guerra.

— Penso no Rei da Noite porque o vi. Você também não pensaria em outra coisa! – Jon argumenta. Ele apenas havia escutado falar de Cersei Lannister, a viu uma vez mas foi quando o Rei era Robert, aliado de seu pai. Ele sabia que a rainha era perigosa mas não mais do que a morte.

— A Muralha nos separa do Rei da Noite, mas nada nos separa de Cersei.

— Milhares de quilômetros nos separam. O Inverno chegou e os Lannister são do Sul, nunca chegaram ao Norte.

— Você é militar, mas eu a conheço. Ela não para enquanto não destrói o inimigo. Encontrou um jeito de matar todos que a contrariaram. – Por mais que soubesse das maldades de Cersei, Sansa não podia negar que aprendeu muitas coisas importantes ao lado dela.

— Você fala como se admirasse ela. – Jon nota a expressão duvidosa de Sansa.

— Aprendi muito com ela. – Sansa respira fundo. — Eu tenho medo que ela nos ataque. Eu sei que você se preocupa com o Rei da Noite, mas Cersei pode muito bem planejar acabar com a sua vida.

— Eu prometo que vou me cuidar. – Jon sorri torto.

— Como você está? – Sansa o encara.

— Cansado, ontem estava resolvendo...

— Não estou falando sobre comandar. – Sansa o interrompe e Jon não entende aonde a irmã quer chegar. — Desde que a Selvagem foi embora, eu só vejo você focado nos planejamentos da Guerra.

— O Inverno chegou, não podemos perder tempo. – Jon tenta desconversar.

— Eu sou sua irmã, Jon. – Sansa segura na mão de Jon. — Sei que foi difícil para você ter que escolher entre ela e a cidade. Você pode conversar comigo.

— Eu gostava...gosto dela, não sei direito. – Jon gagueja. — Mas ela foi egoísta em pedir para que eu fizesse essa escolha, eu não posso abandonar o Norte, a minha Casa, na hora em que ela mais vai precisar.

— Eu entendo você. Você é um Rei agora e um Rei precisa tomar atitudes a favor de seu reino. – Sansa percebe o incomodo de Jon. — Você sabe que uma hora ou outra terá que casar com alguém importante para fazer uma aliança, de preferência nortenha. O povo detestaria uma rainha estrangeira.

— Sansa, eu tenho tantas coisas para me preocupar agora. – Jon ri. 

— Você não poderá fugir por muito tempo. – Sansa o adverte. Jon nunca pensou em outra mulher que não tivesse sido Ygritte, tirando ela teve outra, mas foi por pouco tempo, ela teve que ir para longe. Pensou em como Daenerys estaria, o que ela acharia do Norte ser independente.

                                          •••

Daenerys sentia o vento forte predominando o local. Não era tão forte como o frio que sentiu na Muralha e nem tinha neve, mas a sensação de estar no lugar que sempre desejou voltar era mais assustador do que tudo. Ela sempre imaginou como seria sua volta e agora que estava ali tão próxima, sentia um pouco de medo do que estava por vir. Ela sente o navio parando e Verme Cinzento tomando a frente para ajudá-la a descer no barco. Daenerys aceita a ajuda e é acompanhada por Missandei e Tyrion.

Daenerys chega em terra firme e olha apreensiva para os seus amigos, que a incentivam com o olhar. Ela toma a frente e encara a areia no chão, se abaixa e coloca a mão sob para sentir. Sempre escutou histórias contadas por Viserys, e alguns mercadores sobre Pedra do Dragão. E ela estava finalmente ali. Daenerys se levanta e os guardas tomam a frente para abrir o portão.

Ela caminha enquanto observa o castelo que estava sendo habitado por Stannis, ainda havia bandeiras com o símbolo Baratheon. Sua primeira atitude é retirar a bandeira e vai até. Quando entra no castelo, Dany vai até o Grande Salão para encarar o Trono, que foi ocupado por tantos príncipes que assumiram o Reino. Mas sua principal curiosidade é a Câmara da Mesa Pintada, que tinha a mesa com o mapa de Westeros, ela passa as mãos para sentir a textura da mesa. Seu ancestral, Aegon O Conquistador que o tinha construído. Daenerys percebe a presença de Tyrion e vira-se para o encarar.


— Devemos começar?


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Deixem seus comentários!!! Teve as cenas do 7x01, com algumas alterações mas o importante é que o reencontro Jonerys chegando cada vez mais perto ❤️


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