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História Before You Go - Her


Escrita por: shtcouldbeworse

Notas do Autor


Ola, boa tarde!

Capítulo 27 - Her


— O trânsito está horrível.

— Não fale isso, garoto.— William disse entredentes.— Ela ja está nervosa o bastante.

— Foi mal…

— Tá sentindo contrações?

— Para falar a verdade,— expliquei.— não estou sentindo dor. Isso é ruim?

— É bom, pelo menos não vai partir dentro do carro.

— Mãe!— gritei.— Droga, esqueci de ligar para o Ben…

— Ligue e mande ele levar suas coisas, não tem como você passar em casa agora.

               Xx

— Ben?

— Oi, bebê. Já está em casa? Tô saindo agora do hospital.

— Tenho uma coisa pra contar… tá sentado?

— O que houve?

— Fica calmo…

— Anna, você tá me assustando! O que tá acontecendo?!

— Minha bolsa estourou…

— Quê?! Agora? Puta merda! Eu te disse pra ficar em casa!

— Se acalma, Benedict! Eu tô bem, meus pais estão me levando para o hospital.

— Onde vocês estão?

— Chegando no centro…

— Droga… vou mandar alguém ir pegar suas coisas lá em casa.

— Eu tô com medo…

— Fique calma, respire fundo… já estou indo para aí..

— O trânsito está uma droga, será que vai dar tempo?

— Vai dar tudo certo. Eu vou ter que desligar, meu amor.

— Não…

— Não se preocupa, vai dar tempo.

— Tá bom, não demora… eu te amo.

— Te respondo isso quando eu chegar no hospital, até daqui a pouco.

                     Xx

— Pai, esse carro não anda?!

— Eu tô indo o mais rápido que posso querida.

— Mãe… a dor tá vindo.

                    —


Meu pai estacionou o carro na porta do hospital onde já tinham enfermeiros me esperando, com certeza isso foi ordem de Benedict.

— Olá, Anna. Como se sente?— uma enfermeira perguntou.

— Como você acha que eu me sinto?!— gritei.— Mãe, vem comigo.

Os enfermeiros quiseram me por na maca mas eu recusei, enquanto eu andava pelo hospital, um deles apareceu com uma cadeira de rodas, resolvi aceitar. O elevador parecia estar parado enquanto subiamos para o quinto andar, que era a maternidade. Senti uma pontada horrível e por um minuto achei que ia morrer.

— Mãe...— rosnei.

— Você tem que respirar, Annalice.— a enfermeira maldita falou novamente, mal a conheço e já a odeio.

— Que porra você acha que estou fazendo?!

— Filha, se acalme…

Quando desci do elevador, encontrei Kate no corredor.

— Anna, vai nascer?— ela perguntou, aparentemente entusiasmasa.

— Sim.— choraminguei.— Parece que estou tendo um derrame.

— Venha, eu te acompanho até o quarto.— Kate me levantou da cadeira.

— Nada do Ben?— Perguntei.

— Já deve estar chegando.

                       —

— Ainda não dilatou o suficiente para a criança nascer.— Dra. Lindsay dizia enquanto me examinava.

— Como não? Eu não aguento mais sentir dor!— choraminguei.— Onde é que o desgraçado do Benedict se enfiou?

— Uma enfermeira volta mais tarde pra te examinar.— a mulher sumiu no corredor.

— Mas o que… enquanto isso eu fico aqui com dor?!

— É o procedimento, querida.

— Eu não aguento mais…

— Aguenta sim, respire.

— Preciso me mexer… não dá pra ficar aqui...— Leah me ajudou a descer da maca, quando saí no corredor dei de cara com Patrícia, Alice e Louise.


— Anna!— Alice acenou.

— Vai nascer!— Louise dava pulinhos enquanto me observava.

— Todo mundo chega, menos Benedict?! Cacete!— e lá vem mais uma contração…

— Ele já está vindo, querida.— Patrícia tentava me acalmar.

— Cadê a desgraçada da enfermeira?!

— Annalice!— minha mãe reclamou.

— O quê?! Meu bebê não vai nascer sozinho!

— Ei, você.— Patrícia cutucou as moças de jaleco que conversavam no corredor.— Eu quero uma enfermeira para minha nora, agora.— Imediatamente uma das garotas sumiu no corredor para achar uma enfermeira.


Até que isso tem lá suas vantagens…


3 minutos depois a enfermeira me olhou novamente, e ainda não estava na hora. A última contração foi tão forte que quase fiz xixi em mim mesma.


— Eu não vou conseguir…

— Fique calma, claro que vai.

— Cadê o Ben, mamãe?— meus olhos estavam inchados de tanto chorar.

— Ele vai chegar, aguarde mais um pouco…

— Oi.— Benedict entrou acompanhado de minha médica na sala com um sorriso no rosto. Por que esse babaca está sorrindo?!

— Onde diabos você se meteu, seu filho da puta?!

— Eu te chamo se precisar, Lindsay.— a mulher sorriu educadamente, saindo logo em seguida.

— Annalice...— minha mãe cobriu o rosto, aparentemente incomodada com meu palavriado.

— Oi, meu amor.— ele sorriu.— Como se sente?

— Um lixo!— choraminguei.— Onde você estava?

— Conversando com sua médica.— ele respondeu.— Ela disse que não está na hora.

— Eu não sei se vou aguentar, tá doendo muito…

— Olhe pra mim,— Ben me sentou na maca e se instalou entre minhas pernas.— vai dar tudo certo.

Agarrei a gola de sua camisa me retorcendo a outra contração, a coisa estava conseguindo ficar pior do que eu imaginava. Eu não sabia se chorava, soluçava ou se respirava.

A cada dez minutos uma enfermeira aparecia para me dizer que não estava na hora, o que me fazia chorar mais ainda, Benedict estava ao meu lado me fazendo carinho e me ajudando a respirar a cada contração que sentia.

— Leah, fique aqui com ela, eu já volto.— o semblante tranquilo dele mudou, aparentando preocupação.

— Não, fique aqui!— implorei, agarrando a ponta do seu jaleco.

— Hm, Leah… achei a Dra. e diga a ela que Anna está sangrando, rápido.

— Sangue?— Olhei para a pequena poça de sangue que se formava na cama e me assustei. Leah saiu correndo, uma enfermeira entrou acompanhada de Lindsay na sala, arrastando um carrinho com coisas que não sabia identificar.

— Agora é hora de fazer força,querida.— uma das enfermeiras me posicionou na maca com a ajuda de Ben, eu me senti como quando tinha 5 anos e tive que tirar sangue pela primeira vez, só que isso era 50 vezes pior.

— Vai ficar aqui, não vai?— olhei para ele, que assentiu.

— Vamos Anna, no três você empurra.


Um, dois, três, empurre.

De novo… um dois três… isso.

Respire, de novo… vamos. Um, dois… estamos vendo ela, faça força! Isso, de novo… você aguenta, está quase lá!  Agora, faça toda força que puder no três! Um, dois, três… isso!


— Nasceu?

— A pressão dela está caindo.

— Anna?

     …

                   —

Acordei completamente dolorida numa sala diferente. Ao lado de minha cama tinham flores e balões cor de rosa, a TV estava ligada com o volume mínimo. Minha mãe folheava uma revista sentada numa poltrona ao meu lado.

— Mãe?

— Oh, finalmente acordou.— ela me olhou, sorrindo.— Como se sente?

— Como se tivesse sido estuprada por um caminhão...— passei a mão na minha barriga, agora vazia.— Cadê minha filha?

— Está com Benedict, conhecendo a família.— ela respondeu.

— Eu quero ver minha filha, pode pedir para que a tragam?

— Não é preciso, olhem eles aí.

Benedict entrava na sala com um pequeno embrulho sendo ninado em seus braços, sua roupa já não era a mesma, por quanto tempo eu dormi?

— Deixe-me a ver...— Ben se aproximou e estendeu os braços para o meu colo.

— Ela está dormindo...— ele sussurrou.

— Ela é tão linda.— meus olhos se encheram de lágrimas enquanto encarava o pequeno rostinho em minha frente, fiquei feliz em perceber o quanto ela parecia comigo.

— Minha bonequinha… Por quanto tempo eu dormi?— Perguntei.

— Bom,— Ben encarou o relógio em seu pulso.— já são 6 da manhã, acho que você dormiu bastante.— ele riu.

— Caramba.

— Você desmaiou, quase me matou do coração.— Ben beijou meu rosto.— Fiquei preocupado.

— Eu estou bem.— de repente a carinha tranquila de minha filha mudou para um rostinho zangado, que chorava alto.

— Acho que ela está com fome...

Ofereci seio a minha filha, que recusou bastante até aprender como funcionava, o choro acabou virando barulhinhos de satisfação.

— Bom, vou deixar vocês sozinhos.

Minha mãe se despediu e saiu da sala.

Benedict parecia hipnotizado em adoração à filha, o que achei muito fofo.

— Tá feliz?— Perguntei.

— Você não sabe o quanto.— ele sorriu.— Eu te amo.

— Também te amo.— sorri, o beijando.— Todo mundo já a viu?

— Sim, minha mãe está louca por ela.— ele riu.— até Travis veio vê-la.

— Não sabia que ele já tinha voltado….— resmunguei.

— Vemos isso depois.


Notas Finais


Até mais!


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