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História Berdella - Doces ou travessuras?


Escrita por: sexuaIly

Notas do Autor


[+++] UEPA, um especial de halloween aqui. eu estava planejando ele desde setembro e assim que eu tinha terminado eu até coloquei no desafio dos cem temas o que estava por vir. Era pra ser postado ontem mas preferi hoje mesmo pra ficar mais no "clima."

[+++] Kierran foi apenas um nome aleatório que eu escolhi. Mas pode imaginar quem você quer.

[+++] Caso vocês não gostem de cenas pesadas não leia, mentira pode ler sim; boa leitura!

Capítulo 1 - Doces ou travessuras?



31 de Outubro de 2016. — Casa da avó, seis e meia da noite.

A avó importunada pela sensação de cansaço e dor. Se pudesse teria um ataque ali mesmo, na verdade estava quase indo a óbito ou seria por suas doenças no coração ou por sua indisposição. O neto estava se preparando pra sair e pegar doces e travessuras. Não necessariamente pegar isso, até porque se fosse analisar ninguém iria dar. E se desse seria por frustração mesmo.

— Meu doce, pegue um casaco para usar. Eu estou vendo que esta noite está prometendo ser mais fria do que se pode imaginar — A avó dizia, preocupada com o neto. Como qualquer avó ficaria.

— Ei, para desse negócio ô vó! Não tá tão frio assim, além do mais que fantasmas não usam casaco. — O neto dizia sorridente, afinal qual é o problema festejar um dia das bruxas fantasiado de fantasma? Pro neto, nenhum. Pra avó, demais.

— Deixa de ser ingrato, moleque! Eu me preocupo com você. Mas já que você não quer usar-lo não será eu que vou obrigar-lhe a usar. Já sabe, né? — A idosa falava impaciente em ver a rebeldia do neto ao não querer usar um mísero casaco.

— Claro, antes das vinte e três horas tenho que estar em casa. Vó, sinceramente, por que não posso ficar até o dia virar? — O menino perguntava.

— O mundo está perigoso Kierran. Agora vá logo ou eu vou diminuir o horário pras nove. — Disse a avó dando um abraço pro neto e dando-lhe um beijo em sua testa, o mais novo comemorou o ato e retribuiu. 

Assim que viu seu neto sumir pela rua e se encontrando com os seus amigos a preocupação subiu em sua mente. Ela sabia que o garoto não seria capaz de uma atrocidade, mas sabia muito bem que seria fácil pra ele cair em lábia de gente que não presta. Sentou-se em sua cadeira de balanço e se aconchegou ali, aproveitando que a lareira estava acesa. E ficou ali, imóvel na cadeira esperando a hora que o neto voltasse só assim ela estaria em paz consigo mesma. As noites de Seattle não são uma das mais quentes.

31 de Outubro de 2016 — Rua do Sangue, Seattle. Oito e vinte da noite

O menino estava lá curtindo com seus amigos. Que diabos um adolescente quase adulto estaria fazendo na rua pra pegar doces em pleno dia de bruxas? Kierran não tinha esse consentimento, talvez seja porque foi muito mimado pela avó. De qualquer maneira ele estava quase há duas horas na rua e nenhum sinal de doces ou alguma travessura. Bem, ele estava lá era mesmo pra curtir com os amigos e não pegando doces mas de qualquer maneira saía fantasiado de verdade ele pensava que estava assustando alguém com aquela fantasia pobre e horrenda. Não, ele certamente não estava.

Kierran estava conversando com um amigo seu. "Qual assunto?" você deve está se perguntando, ou talvez não. Mas pra esclarecer o assunto era sobre garotas. Sim, por mais que seu amigo e ele fossem uns completos virgens que a única coisa que sabiam fazer era se masturbar por nenhuma garota os querer. "Uns derrotados na vida", como diria o amigo de Kierran.

— Sabe aquela loirona do terceiro ano? Ela é linda, seus cabelos loiros são como o sol e seus olhos castanhos-claros como chocolate. — Dizia o amigo.

— Se você estiver apaixonado por favor faça questão de se manter longe de mim. Não quero ser obrigado a ter que ouvir suas declarações de amor platônico — Kierran disse impaciente com sua mísera fantasia de fantasma.

— Cala a boca! — Disse o amigo. — Não estou apaixonado, apenas acho ela bonita. Olha pra mim, você acha que vou perder meu tempo com essas garotas chatas que só querem saber é colocar silicone e cada vez mais parecer como atriz pornô? Deus me mantenha longe. — Disse o amigo, o que entendia suas dores e felicidades.

— Mudando de assunto... sua fantasia é o quê? Um Frankenstein? Um drácula? Ou você quis inovar e veio de uma daquelas bonecas do Monster High? — Kierran disse confuso.

— Não é nada disso! Eu sou a mistura de um lobisomem com um Frankenstein. Eu sou fabuloso! — O garoto nem tanto mais velho que Kierran disse feliz pela sua fantasia um tanto... estranha.

Teve um blackout na hora, havia um número mediano de pessoas e isso dava terror ao Kierran, era sua primeira vez naquela situação desesperadora. Tanto que assim que todas as luzes da rua - ou quem sabe do bairro também - se apagaram as coisas que o menino poderia ouvir era: barulhos, gritos, sons de tiros. Esse Dia das Bruxas estava mais macabro do que se poderia ter ideia.
Seu corpo em uma situação de risco correu e correu. Não sabia para onde estava indo até que ouviu uma voz.

— Não quer ficar na minha casa até o blackout passar? — Disse um cara vestido de palhaço e isso o dava medo pois ele estava horrível, nem ao menos o garoto poderia ver sua imagem pois já estava desesperado e o menino soltou um "não, obrigado" pro estranho. — Você não vai vir? Ninguém nega um convite meu moleque! — Disse o palhaço nervoso, ele correu novamente.

Depois de minutos correndo ele se deparou com uma floresta, de fato não queria entrar lá. Mas como somos seres desprovidos de inteligência foi o que ele fez. Se soubesse o quanto isso foi errado... pra conclusão o erro foi ter aceitado a péssima ideia de curtir o Halloween.

Assim que adentrou na floresta ele não viu o barranco que tinha e ali caiu, sua cabeça bateu em uma grande pedra e ali mesmo desmaiou. 

31 de Outubro de 2016 — Rua do Sangue, Seattle. Não se sabe o horário.

Kierran acordou. Demorou um bom tempo pra perceber onde estava e quando se deparou estava acorrentado em uma maca num ambiente mal iluminado, onde a poeira, sujeira e o suor predominavam abundantemente. Ele tentou sair de onde estava preso, não conseguiu aliás ele não sabia de nada do que tinha acontecido após ter batido a cabeça.

Tinha um lampião que estava quase acabando aos poucos. Aquilo só o dava mais nervoso e fazia suas pernas tremerem, ele começou a gritar. Gritou mesmo, sua garganta doía o tanto que gritava, seu pulmão estava cansando de tanto ar que bombardeava.
— Como estás? — Disse o palhaço e possivelmente maluco. Assim que ouviu sua voz o reconheceu de longe, era o estranho do blackout isso só fez com que o menino quisesse ainda mais sair de lá.

— Eu mandei você me responder: COMO VOCÊ ESTÁ? — O palhaço disse novamente colocando mais medo em Kierran.

— E-E-Eu estou bem. — Disse o menino gaguejando, não estava suportando mais aquilo.

— Bom menino. — Disse o palhaço macabro sorrindo maleficamente pro menino. O que dava mais nervoso e aflição e isso o deixava mais louco.

No ato despercebido Kierran sentiu uma faca sendo introduzida em seu olho esquerdo. Pra piorar a situação a faca não quisera sair, o maníaco puxou e puxou a faca e nada. Na quinta puxada ela saiu. Kierran gritou. Gritava mais do que estivera a momentos atrás, ele queria sua casa, ele queria estar com a avó nesse momento.

Foi ai que ele pensou na avó. Ah, ele estava mais preocupado com ela do que com si próprio. Ele a amava tanto, e agradeceu pela avó ter cuidado tão bem dele.

Então o maníaco enfiou a mesma faca no olho que estava bom, ele agradeceu novamente por ter conseguido enxergar até alguns segundos atrás. O homem era tão possessivo, tão maluco, que fizera o prazer de arrancar o globo ocular dos dois olhos. Ele conseguia sentir o sangue jorrar e sua visão ficar preta, o homem que estava o fazendo sofrer ria abusivamente.

Kierran novamente gritou, berrou, fez escândalo as ninguém poderia ouvir suas exclamações de dor, ele estava triste por não ter preferido ficar em casa. E se estava difícil pra ele sair ainda com seus olhos em perfeito estado, imagine agora em que nada ele conseguia enxergar.

— Por favor! Pare! Não faça mais isto. O que eu fiz pra você fazer isso comigo? — Disse Kierran apelando.

—  Você me recusou. Não aceitou minha ajuda santificada. Nesse horário você já estaria morto. Você mesmo não se poupou — Dizia o palhaço demoníaco rindo. Ele só fazia isso: rir. — Não se preocupe você não morrerá agora. Ainda são onze horas. Você ficou um bom tempo dormindo mocinho, significa que você está com energia, precisamos gastar elas. — Completou.

Kierran estava cansado de tanto suplicar, não suportava mais. Era uma dor imensa, ainda mais depois que escutou que eram onze horas.

Lembrou dele na casa da avó dizendo que estaria em casa nesse mesmo horário. Nesse momento, Kierran imaginou a avó esperando o menino voltar. Sua aflição era até mesmo visível ainda que fosse tudo em um sonho. Ele tinha medo, muito mais do que qualquer dia em sua vida.

— Sabe por que chamam essa rua de "Rua do Sangue?", meu pai costumava me dizer que era por causa de um açougue que tinha no final dessa rua. Queria que ele estivesse aqui pra contar, se não tivesse sido esquartejado pelo seu filho. No caso eu. — Kierran apenas escutava e tremia de medo. — Eu já digo outra coisa: essa rua se chama assim por causa de tantos sangues que já derramei nesse lugar. Todos os sangues foram escapulidos do corpo por causa de mim. Me sinto honrado. Você não acha? — Completou e isso deixou Kierran mais nervoso. Pelo que Kierran conseguia escutar ele estava sentado em uma cadeira e descascando algum alimento e o engerindo.

O psicopata ainda não parou: — Por que você nunca responde minha pergunta? Você está sem olhos, não sem ouvidos! Deveria eu fazer com que você falasse? — Disse o palhaço satânico e sentiu um dedo encostar em seus lábios, provavelmente os dedos do maníaco. Assim que escutou a última frase deu por conta de sua língua, ele poderia ficar sem língua também.

— Não, não vou cortar sua língua caso você esteja imaginando isso. Quero ver você sofrer e quero escutar seus gritos, nisso eu sei que você irá fazer. — Kierran tremeu-se com as palavras tão frias e secas.

Escutou  de electricidade e logo entrou em alerta, e começou a se debater sob a maca. Já se esperava o que estava por vir. E isso o lhe deixava nervoso.

Sentiu o objeto com eletricidade entrar em contato com sua pele, mais precisamente no seu braço. Ele estava apenas de bermuda porque era apenas isso e o pano de fantasma que usava, até que perdeu-o no blackout.

Ele novamente gritou, e como de costume isso deixou o psicopata feliz. O maníaco gozava de alegria por causa do tal ato.

Tirou as calças do menino que estava mais pálido do que uma alma penada. Isso o fez com que Kierran tremesse de medo. Não tinha mais o que fazer, cedo ou mais tarde iria morrer e sua avó... bem, ele espera que a sua criadora esteja boa. Mesmo sabendo que a mulher não pararia de ficar quieta enquanto não visse seu rosto.

Por estar apenas de cueca isso o deixou mais nervoso, não se sabia o que poderia acontecer. E bem, o maníaco colocou o objeto eletrizante em cima de seu pênis e o deixou lá, por exatamente dez segundos. Kierran gritou como nunca tinha feito.

O objeto voltou a pertubá-lo, deixando e prolongando mais os segundos em que o objeto continuava em sua pele. Após isso ele já estava tremendo por causa do ocorrido. Como ele queria ser um fantasma de verdade agora, e não sentir essas dores. Após estes pensamentos o mesmo escutou o barulho de duas facas indo uma contra a outra. Ele chorou, o que tanto ele segurou agora ele soltou. O medo e a tensão corrompia a sua pele.

A faca entrou em contato com a sua pele, arracando-o um pequeno pedaço. Kierran gritou como ninguém, ficava decepcionado por saber que não havia um ser que poderia lhe ajudar. Estava triste por ter nascido. Não desejaria isso nem pro seu pior inimigo.
Logo após alguns poucos minutos, Kierran sentiu que não podia continuar mais vivo.

— Algum pedido? Hoje é por conta da casa. — O homem riu alto, isso doía os ouvidos do garoto

— Diga a minha avó que eu a amo demais. — Kierran disse suplicando.

— Seu pedido foi encomendado e está vindo a caminho. — Disse o homem.

Kierran se entregou a morte, queria permanecer vivo mas sabia que na situação em que se encontrava só tonha duas escolhas: morrer, ou morrer. Ele preferiu fazer isso. Talvez pra que as dores que o mesmo sentiu não o machucasse mais. Ele só queria que a avó ficasse ciente do quanto ele tentou lutar pela própria vida.

A avó ainda continuava lá, esperando o neto. Ela acredita de que o mesmo possa estar com vida mesmo tendo mil pensamentos ruins. Ah, como é lindo a preocupação de alguém que realmente ama. Ultrapassa tudo, até mesmo a morte.  Horas depois o corpo do neto foi jogado e pendurado na estatua principal da cidade, como era o dia do local naquele dia (primeiro de novembro) muitos iam ao centro comemorar, e a avó foi pensando que o neto teria dormido na casa de algum amigo. Quando chegou lá viu um mutirão de pessoas que estavam em volta da estátua e chegando-se mais perto a avó viu que era o corpo do neto esquartejado e então chorou, chorou muito.

E de longe o psicopata estava observando a cena, já imaginando a sua próxima vítima: a avó. Assim que voltou pra casa abalada o psicopata entrou e a matou com dois tiros: um em cada olho e depois cinco facadas; a avó morreu ali mesmo e assim avó e neto se encontraram no céu.

Sobre o psicopata? Talvez vivo, cometendo mais vítimas. Assim, digo-lhe: Cuidado no dia das bruxas, porque nem sempre pedimos doces e travessuras nesse dia; alguns pedem socorro.


Notas Finais


FELIZ DIA DAS BRUXAS antecipadamewnte, ou nao depende de qual dia voce ira ler mas enfim; ah e rua do sangue pelo que eu saiba não existe inventei mesmo pq so irada s2.


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