Meses separados, cada um aprendendo novamente a viver suas vidas sem a presença um do outro. A vida de regina não tinha deixado de ser movimentada, com Maya me casa os dias pareciam passar cada vez mais rápido, mas sempre faltava alguma coisa, a presença de roland e Robin.
Por outro lado Robin também tinha movimento em sua vida, entretanto Roland já entendia o que estava se passando ao seu redor e diariamente perguntava quando iria voltar pra perto de sua irmã e sua mãe.
- ela fala comigo papai, ela quer a gente em casa de novo – dizia roland seguindo seu pai pela casa.
- roland, sua irmã ainda é um bebê, já falamos sobre isso.. não tem como ela conversar com você – respondia Robin visivelmente cansado de explicar o que para ele parecia lógico.
- mágica papai, ela tem magica que nem a mamãe regina – o menino subiu numa cadeira que estava na cozinha e encarou o pai que começou a preparar um sanduiche.
- sua irmã não tem mágica roland...- Robin suspirou pesado e colocou o sanduiche na frente do seu filho que começou a comer, sem falar mais nada.
Regina tinha acabado de sair do seu carro, estacionado em frente a escola primária de storybrooke, ela pega sua pequena da cadeirinha no banco de trás do carro e assim que se vira para se direcionar ao portão dá de cara com Robin deixando Roland com uma das freiras. A morena se aproxima e faz o mesmo, entregando sua bebê a mesma freira.
- Robin... – diz ela com um pouco de encanto em seu tom de voz
- Regina – o loiro nem conseguia disfarçar, apenas abriu um sorriso olhando nos olhos castanhos dela – você...está.... linda
- ér...obrigada – disse ela sorrindo lisonjeada, colocou as mãos dentro dos bolsos do seu sobretudo preto – não sabia que você trazia roland nesse horário.
- na verdade eu não trago, mas ele insistiu tanto em vir pela manhã hoje que eu decidi fazer a vontade dele – contou.
Já dentro do pátio da escola roland olhava para sua irmã como se agradecesse a ajuda. Maya transmitiu os pensamentos de sua mãe para seu irmão, informando o horário que as duas sairiam de casa e quando a menina estaria na escolinha.
Regina e Robin seguiram andando pelas redondezas da escolinha e conversavam sobre tudo, menos sobre eles. Depois desse tempo separados, não acreditavam que deviam “importunar” a vida do outro com seus próprios sentimentos.
- você ouviu? É o sinal da escolinha – disse Robin
- é mesmo, vamos buscá-los – regina saiu andando na frente
- eu queria levar o roland pra passar um tempo com a Maya hoje a noite, se não for te incomodar
- ah claro, pode levar! A maya sente falta do irmão...
- não vai receber ninguém hoje a noite? Não quero incomodar – perguntou ele, sondando.
Regina riu como se o que ele disse não fizesse o menor sentido.
- claro que não – ela para de andar e olha pra ele – porque eu receberia alguém? Você sabe muito bem que eu não gosto de muita gente perto de mim
- é, eu sei..
Os dois continuaram andando e ficaram em silencio por alguns segundos. Assim que chegaram na frente da escola Robin puxou um novo assunto.
- eu sinto falta do reino, da vida que levávamos lá.
A morena olhou para ele como se partilhasse do mesmo sentimento e sorriu sem mostrar os dentes.
- eu também...
- talvez tudo tivesse sido diferente se nunca tivéssemos saído de lá – pontuou ele.
- eu tenho certeza que teria sido diferente – ela disse olhando para o loiro.
Os dois foram interrompidos pela voz de roland que veio correndo e abraçou a morena.
- mamãe regina!
A morena se abaixou, ficando na mesma altura que ele e sorriu lhe dando um beijo na testa.
- roland, você cresceu? – perguntou a morena brincando com os cabelos ondulados do menino
- cresci sim, papai disse que eu tenho que tomar conta da casa enquanto ele estiver fora – confessou o menino inocentemente.
A morena que estava ajoelhada até então, levanta a cabeça olhando pra Robin e logo volta seu olhar para roland novamente.
- quer dizer que seu pai tem te deixado sozinho? – perguntou regina.
- não! Eu não deixo ele sozinho... – Robin se defendeu.
- não mamãe, ele me deixa com a granny quando ele sai com a tia Ruby – mais uma vez a inocência de roland prejudica Robin.
- tia Ruby? – regina se levanta e olha pra Robin que estava claramente procurando uma resposta suficientemente boa
- regina, eu....
- tudo bem Robin, você não me deve explicações – disse, calma e serena, forçando muito bem o seu sorriso, abraçou roland e foi se afastando – te amo pequeno – foi em direção ao portão, onde Maya estava no colo de uma das freiras.
- quando vamos voltar pra casa da mamãe regina, papai? – perguntou roland enquanto segurava a mão de seu pai, que lhe guiava para o caminho de volta para casa.
- eu não sei filho... pelo visto, tão cedo não vai ser – respondeu ele.
X
Mais tarde naquele mesmo dia, Regina deixou Maya sentada na cadeirinha enquanto preparava a papinha da menina, estava impaciente, as palavras de roland não saiam da sua cabeça, ecoavam para que ela tivesse mais certeza que Robin havia superado sua relação com ela. A morena larga o pratinho de sua filha em cima da pia e começa a andar de um lado pro outro em frente a menina que aguardava seu jantar.
- “sinto falta do reino, da vida que levávamos lá..” que grande mentiroso – com as mãos na cintura, usava apenas uma camisola (short e blusa) de seda preta e curta – eu não estou com ciúmes, é claro que não, só acho no mínimo curioso o modo como ele superou rápido, e ainda por cima ... a Ruby??? Sério??? Nunca achei que ela fizesse o tipo dele, acho que depois de mim ele perdeu a sensibilidade para mulheres
Maya que estava sentada na cadeirinha, entortou a cabeça como se estivesse confusa com o nervosismo de sua mãe.
- desculpa filha, eu não deveria estar falando assim do seu pai na sua frente – suspirou – vamos, está na hora de comer e depois vai dormir okay?
E assim aconteceu, regina alimentou sua filha e depois de pouco tempo ninando-a, maya dormiu com a cabeça apoiada no peito da mãe. Regina cuidadosamente subiu as escadas e a colocou dentro do berço. Vendo que a menina estava segura e que não iria mais acordar, a morena saiu do quarto de bebê e foi em direção ao seu, deitou-se na cama e mais uma vez as palavras de roland voltaram a ecoar em sua mente.
- eu não aguento mais!! Sai da minha cabeça!!
- eu tenho pedido a mesma coisa durante todo esse tempo que passamos separados para a sua voz que não saia da minha cabeça e o seu cheiro que insiste em ficar no meu travesseiro – respondeu Robin que estava de pé em sua frente.
A morena se sentou rápido com o susto que levou.
- como entrou aqui? – perguntou ela pegando o hobbe e vestindo.
- pela janela é claro – disse ele como se fosse a coisa mais normal do mundo
- você precisa aprender a usar a campainha – respondeu a morena, indo fechar a janela.
- e nós precisamos conversar – rebateu o loiro.
- não temos mais o que conversar Robin... só vamos remoer um passado que insiste em nos machucar – regina olhou para ele como se implorasse para não tocar no assunto.
- regina, você vai me ouvir! – ele foi firme e a morena engoliu seco.
- tudo bem, pode falar – cedeu.
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