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História Best Mistake - Eu prometo


Escrita por: Ptumblr

Notas do Autor


PRÓXIMO CAPITULO: 13/10/16.

Capítulo 34 - Eu prometo


Fanfic / Fanfiction Best Mistake - Eu prometo

Minha cabeça dói, meu corpo dói.

Abro meus olhos e o terror toma conta de mim. Sinto minhas costas queimando, meus braços doendo e estou sendo  amarrada para trás por uma corda muito grossa. Não consigo me mexer, estou deitada e para piorar, não consigo ver nada além do pano preto em meu rosto que fedia a mofo.

Aonde estou?

Sentia o sangue ainda fresco escorrer em meu nariz indo até meus lábios que doíam. Merda! Minha cabeça está explodindo.

Tento me mexer algumas vezes, mas não consigo e então quando tento me levantar sinto algo me empurrar com toda força e então caiu de cara no chão, com certeza quebrei meu nariz.

Estou no chão, jogada, amarrada e machucada.

Aonde diabos estou?

— Não se mexe, vadia.— Grita uma voz feminina, alta o suficiente para me fazer estremecer de medo.

Não me mexo, fico congelada naquele chão com a respiração fraca por conta da enorme vontade de explodir em lágrimas. Minhas costas e cabeça doíam tanto, eu não conseguiria descrever tudo o que estava sentindo naquele sufoco.

— O que faremos com ela?— Fala a mesma voz, só que agora mais baixa. Ouço passos de salto altos se aproximarem.— Temos que esperar ele chegar. Ele saberá o que fazer, certo?

— Vão nos matar. Quem é essa garota?— Ouço uma segunda voz, só que masculina.

— Por favor, eu não fiz nada...— Começo a soluçar e então sinto alguém chutar minha barriga com força, fazendo o sangue em mim jorrar para fora da boca. Minha garganta dói muito.

— Cala a boca vagabunda, eu mandei ficar quieta porra.— Grita a mesma voz feminina.

Começo a chorar, me esforçando ao máximo para não fazer barulho.

Não posso morrer hoje, não posso morrer hoje.

— Porque fez isso? — Pergunta a voz masculina com certa desaprovação na voz.

A moça ri.— Eu não sei, diversão.

O cara ri.— Você é má. Você nem sabe o que aconteceu direito, ela pode ter aparecido aqui por coincidência, Chaerin.

— Você é idiota? Estamos no meio do mato. Não há a menor chance disso ser uma coincidência.

Ainda no chão, escuto o som de botas se aproximarem.

— Aonde está?— Surge uma terceira voz, eu reconheci a voz. Já ouvi essa voz em algum lugar.— Oh! Levante-a…

E então ouço o eco dos saltos se aproximaram e então sou puxada pelos cabelos, sendo obrigada a me levantar mesmo não podendo nem mesmo mexer os braços.

E então tudo fica um silêncio total. Entro em desespero, olhando para os lados a procura de alguma coisa, ou alguém. Será que eles já foram? Cadê?

O som das botas contra o piso se aproximam e então o saco é arrancado da minha cara e um clarão invadiu meu campo de visão, me fazendo fechar os olhos com muita força. Pisco algumas vezes, tentando me acostumar com a luz e então, depois de um tempo consigo visualizar aonde estou e com quem estou.

Parados atrás do cara de cabelos pretos e todo tatuado, estão a mulher de cabelos prateados que vi mais cedo e um homem todo de preto e assustadoramente armado.

Olho ao redor e engulo o seco vendo tantos caixotes enormes nos cantos do depósito, que ao meu ver, era gigantesco. Pouca iluminação e muita poeira e sangue seco no chão. Meus olhos jorravam lágrimas, danificando minha visão por conta das lágrimas.

Minhas costas doem.

Cadê o Jimin?

— Oh, você...— Murmura o homem tatuado em minha frente, abrindo um sorriso no canto dos lábios.— Você é a namorada do Jimin, não é?

A mulher bonita de cabelos prateados atrás dele arregala os olhos, surpresa. Não respondo.

— O que faz aqui docinho?— Pergunta o homem, calmo. Cujo não lembrava o nome.— Liguem para o Jimin, ele com certeza nos dará bons motivos para essa linda garota estar aqui.— Ele sorri e a mulher apenas revira os olhos e começa a digitar no celular.— Olha para você, CL é uma péssima pessoa, não é?

Eles riem de algo, não entendi o que.                         

— Jimin… Venha nos encontrar agora.— Falava a moça, sorrindo.— Aonde está?... Por algum motivo, encontramos sua namorada…Como assim que namorada? Sua namorada?... Como é seu nome mesmo querida?— Pergunta a moça, fixando seus olhos em mim.

Engulo o seco, juro que seu abrir a boca, eu choro.

— M-Mery.

Mely?— Ela pergunta, juntando as sobrancelhas.— Mery?... Enfim, estamos no galpão. Você tem cinco minutos para chegar aqui, ou então eu corto a garganta dela... Então acho melhor se apressar.

— Lembra de mim?— O cara tatuado me chama a atenção, enquanto passava a mão pelos meus cabelos sujos de sangue e suor.—  Me chamo Jiyong, Kwon Jiyong.—  O sorriso dele se abre ainda mais quando sua mão coloca uma mecha molhada de sangue e lágrimas atrás das minhas orelhas.— Pode me chamar de G-Dragon, se quiser. Você é a namorada do Jimin, não é? Hun?

Abaixo a cabeça, estou acabada. Meu corpo dói, queima, arde. Eu só quero que o Jimin me tire daqui.

— Me deixe ir...— Peço, baixinho.

Mas eles não escutam. E ainda bem que não ouviram. Tudo o que mais quero é sair desse lugar, ir embora, fugir, mas eles certamente não vão me deixar sair, pelo menos não agora. Eu estou com medo. Eles me assustam, tudo ali me assusta. Me arrependo de ter vindo até aqui, de ter entrado no carro e de ter me escondido. Por que eu tenho sempre que mexer com o que tá quieto? Se Jimin não aparecer logo, eu posso morrer. E eles não vão hesitar em me matar, eu sou uma intrusa. Tive a brilhante ideia de espionar o que Jimin estava fazendo e acabei aqui, toda fudida.

Burra, eu fui burra.

—  O que faremos agora?— Pergunta a mulher, encarando o tal Jiyong.

— Podemos transar, enquanto ele não chega.— Ele responde, rindo.

— Estou falando sério.

Ele suspira.— Vamos esperar… Ou então podemos ver qual a cor dos seios delas.

Os dois homens riem, enquanto a moça apenas revira os olhos. Oro milhares de vezes, repetidamente em minha cabeça, implorando para que algum anjo ou algum milagre me tire daquele lugar.

— Ele chegou...— Um cara alto e de aparência japonesa entra no galpão, me fazendo levantar a cabeça ao ver Jimin passar pela porta todo molhado.

Seus olhos lacrimejam quando ele me vê e não foi diferente comigo, uma lágrima escorreu em meu rosto.

Ele corre até mim e me abraça forte.

— Que merda, você...— Ele para, e me encara.— Mery… Solta ela agora CL.

— Ela foi encontrada no meio do mato nos espionando, amor. Acha mesmo que ela vai sair assim tão fácil? Ela pode estar envolvida com a polícia.

Jimin tira uma armada cintura, apontando para a mulher. Quase que imediatamente, o homem tatuado que se nomeava G-Dragon aponta o revolver para a cabeça de Jimin.

— Que merda, ela não fez nada. Solta ela.— Fala Jimin, a voz dele estava rouca e fraca enquanto lágrimas escorriam em seus olhos.

A essa altura eu já estava me desmanchando em lágrimas. Lágrimas que rolavam e acabavam se misturando com todo aquele sangue que escorria do meu nariz e da minha boca.

— Até aonde eu sei, ela é suspeita.— Fala o cara armado.

— Ela não trabalha para a polícia, isso é burrice.— Jimin estava quase gritando.

— Jimin, me acompanhe por favor.

Jiyong fala, calmo ao guardar a arma na cintura e apertar o ombro do Jimin. Chimchim olha para a mão cheia de joias em seu ombro e respira fundo. Logo todos saem do local, me deixando sozinha naquele enorme vácuo. Começo a me debater, buscando alguma saída para aquela situação. Minhas mãos ardiam por causa do nó que deram na corda. Quanto mais eu me mexia, mais doía.

Meu Deus… Eu preciso sair daqui. Estou assustada.

E então as portas são abertas e Jimin entra correndo. Tira um pequeno canivete do bolso e começa a cortar a corda sem dizer uma palavra, assim que ele joga a corda no chão, pega em minhas mãos e prende a respiração ao ver os machucados.

— O que eu faço com você?— Ele murmura baixinho, e então ergue o olhar me abraçando forte o bastante para me fazer desabar em seus braços.

O que aconteceu com o tempo? Parece que por um momento, meu tempo passou em câmera lenta. O ar se esfria, tudo está em câmera lenta.

Ele olha para mim, sua expressão preocupada enquanto ele passa a mão pelos meus cabelos de forma ansiosa e trêmula. Seus olhos brilham, como as estrelas na noite escura enquanto uma única lágrima escorre.

— Vamos tirar você desse lugar.

Ele me pega no colo, me fazendo deitar a cabeça em seu ombro fraca. Não digo uma única palavra, eu não consigo. Estou tão assustada, tão em pânico que não paro de tremer e chorar.

Fecho os olhos, apenas me concentrando no perfume que ele usava misturado com o cheiro de chuva e erva doce. Era doce e suave.

— Você ficará bem, Mery.— Sussurrava Jimin, repetidamente.

Não me movo. E então assim que abro os olhos, vejo alguns guardas me encararem com desconfiança e então o céu chuvoso surge, nos molhando.

Jimin destrava as portas do carro e me coloca no banco de trás, pegando um casaco e me embrulhando, dando a volta no carro e então entrando e rapidamente ligando o carro.

Em silêncio, apenas escutando o som da chuva caindo. Observo Jimin que dirigia silenciosamente, de vez enquanto passando a mão pelo rosto e virando o rosto para ver se eu estava bem. Eu nunca respondia, apenas respirava fundo sentindo meu corpo inteiro amolecer e minha visão escurecer.

— Jiminie...— Falo, baixinho. Ele não se vira, mas vejo quando ele limpa uma lágrima que caiu.— Me desculpa…

Ele não responde, mas percebo o quanto triste ele está comigo.

Eu como sempre, fiz merda.

— E-Eu...— Sinto um enjoo me possuir e gosto de sangue em minha garganta.— Para o carro.

Peço, sentindo cada vez mais o vômito vir. Rapidamente o carro para e eu abro a porta, quase caindo para fora. Me apoio na porta e então acabo vomitando ali mesmo, em uma pequena estradinha de barro no meio da chuva. E me assusto quando vejo o sangue espalhado pela lama e chuva. Eu caio no chão, fraca e acabo vomitando ainda mais e mais.

Sinto a presença de Jimin se aproximar e me ajudar a se levantar no meio de todo aquele sangue.

— Preciso te levar ao hospital.— Ouço Jimin falar enquanto me carrega de volta pro carro.— Meu Deus, o que fizeram com você?

E como sempre, ele estava ali me ajudando. Como todas as vezes em que me coloquei em perigo, Jimin estava sempre por perto me ajudando. Ele deveria estar bravo comigo, gritando de ódio por eu ter feito tal coisa. No lugar dele eu teria surtado de raiva, mas ele não parecia nem um pouco bravo. Ele estava preocupado e eu pude ver o quanto triste ele estava.

Eu me sinto horrível.

Jimin é incrível.

Deito minha cabeça no couro do banco do corpo de barriga para cima, olhando para o teto do carro ao som da respiração e soluços quase silenciosos do Jimin.

— Hospital… Preciso te levar ao hospital…

Sinto minha respiração ficar cada vez mais pesada, com as pálpebras cada vez mais pesadas. Eu adormeço.

[...]

Acordo, sentindo minha cabeça doer. Vejo um clarão ofuscante, sinto uma dor horrível que me rasga por um momento intenso e então, viro o rosto me negando a suportar aquela luz terrível do quarto.

— Mery!?                         

Ouço uma voz familiar, quase inesquecivel.

Jimin surge, me encarando com aqueles olhos escuros. Viro o rosto, ainda tentando me acostumar com a claridade do local.

— A-Aonde estamos?— Pergunto, fraca.

Sua boca torce um pouco, e eu sei que ele não está feliz, mas ele não comenta. Solta um suspiro de alívio e engole o seco, posicionando sua testa na minha.

Seus olhos estão fundos, com olheiras profundas e o cabelo incrivelmente bagunçado, mas ele parece tão lindo e radiante quando me viu.

— Como se sente?— Ele pergunta, se sentando na ponta da cama ao segurar minha mão.

Respiro fundo e olho ao redor, odeio esse cheiro de hospital e produtos de limpeza.

— Minha cabeça dói...— Murmuro, rouca. Ele sorri de canto.— Aonde estamos?

— Hospital. — Ele responde.— Você me deixou preocupado.

Tento erguer um pouco o pescoço, o encarando. Ele está do mesmo jeito desde a última vez que o vi. Mesma roupa.

— Você está...— Ele ri, abaixando a cabeça.

— Horrível? É eu sei. Estou aqui a quatro dias sem parar.— Ele comenta, sorrindo sem graça. Arregalo os olhos, surpresa. Estou aqui a quatro dias?— Tirando a dor de cabeça, se sente bem?

— M-Meu corpo todo dói.— Digo, sentindo meu pulso doer assim que o ergo para segurar o rosto do Jimin. Meus pulsos estão com marcas horríveis, com algumas feridas cobertas com cascas e um pouco vermelho. Meus olhos começam a lacrimejar assim que as lembranças me vem à cabeça. Eu choro.— Jiminie...— Ele me encara, atento.— Desculpa por ser tão idiota. Eu estava tão preocupada com você, com medo do que poderia está fazendo…

Ele bufa.— Vamos esquecer isso por um momento, tudo bem? Eu preciso mesmo que você fique bem, porque eu me sinto a pior pessoa do mundo por não ter te protegido e evitado tudo isso.

Uma lágrima cai.— Eu quero bater em você… Como pode dizer algo tão imbecil?

Ele ri e antes que abrisse a boca para responder, o médico entra e sorri ao ver que eu estava finalmente acordada.  

— Como se sente?— Pergunta o Doutor, com um sorriso simpático.

— Bem...— Respondo, sem graça.

— Que bom. Er... Sr.Park Jimin, pode me acompanhar por favor?

Jimin concorda e o doutor então sai.

— Descanse.— Ordena Jimin, beijando meus pulsos avermelhados.

Ele sai do quarto, fechando a porta.

Não consigo ouvir nada além do som do ar condicionado. Observando, cada detalhe daquele quarto enorme e branco. Há um pequeno sofá de couro no canto do quarto para as visitar e lá, um casaco preto e o celular do Jimin. Ele dormiu aqui? Durante esses quatro dias?

Eu não sei o que pensar.

A porta se abre e então Jimin entra, de cabeça baixa.

— Jiminie...— O chamo, minha voz quase não sai.— Tudo bem?

Ele ergue a cabeça e coça a nuca, sorrindo.

— Hun, claro!— Ele responde, mas não me convenci muito. Algo de errado está acontecendo.— Como se sente?

— Quero fazer xixi.— Digo, fazendo uma careta. Ele ri e caminha até minha cama, colocando uma pequena escadinha para que eu descesse. Me ajudando a caminhar até o banheiro de porta marrom com o equipamento do soro que ainda estava com a agulha em minhas veias, ele abre e me ajuda a levantar a roupa do hospital,  e me ajudando a me sentar no vaso.

Foi constrangedor, mesmo ele não demonstrando nenhum sentimento além de preocupação, foi constrangedor ele levantar a minha roupa e me ajudar a sentar.

Meu mundo girou assim que sentei naquele vaso sanitário gelado, senti meu corpo mole e minha visão escurecer, mas logo depois volto.

— O que o médico queria?— Pergunto, tampando a parte descoberta com a mão.

— Você está liberada. Assim que o soro acabar, podemos ir.                         

Encaro o pacote transparente do soro, por sorte está quase no fim.

— Me desculpa...— Digo, novamente. Eu realmente preciso disso, eu fui a tola da história e é só por minha causa que ele está ali. Passou quatro dias inteiros no hospital por minha causa.

— Pare de se desculpar, Mery.

Engulo o seco, abaixando a cabeça ao som do meu xixi caindo.

— Certo!— Murmuro.

Assim que termino, obrigo Jimin a se virar para que eu possa me limpar e então assim que terminei, ele me ajuda a carregar o equipamento do soro até a pia do banheiro.

Me encaro no espelho e levo um susto quando me vejo. Meus lábios estavam secos e brancos, com curativos no nariz, na boca e na sobrancelha. Eu estava horrível, em todos os sentidos possíveis.

Bufo e então voltamos para a minha cama. A dor ainda está presente, ainda sinto meu corpo doer por inteiro como se estivessem me socado várias e várias vezes. E não vou negar ao pensar que isso tenha acontecido de fato.

— Odeio esse cheiro de hospital...— Murmuro e ele concordou, rindo.— Me deixa tonta.

— Estou dormindo aqui a quatro dias e já me acostumei.

Rimos, sinto minha barriga doer.

— Jimin, o que exatamente fizeram comigo?— Pergunto, ele sabe a que estou me referindo.

— Se Jiyong não tivesse te reconhecido, provavelmente você estaria no jornal agora, seria notícia.Todo mundo ficaria sabendo que o seu corpo foi encontrado morto em algum lago no meio do nada sem os órgãos e sem os olhos, pois é isso o que eles fazem.— Ele permanece sério ao dizer cada palavra. Estremeço.— Você não pode simplesmente ser pega espionando um carregamento de drogas e armas, Mery. Eles teriam matado você.

— Me desculpe...— Digo, sentindo meu peito doer.— Eu só estava preocupada contigo. Queria saber o que estava acontecendo e então…

Ele abre um sorriso assim que o doutor entra com uma enfermeira de meia idade atrás.

— Como está, Hun?— Pergunta a enfermeira, uma senhora baixinha e gordinha de olhos bem puxados e lábios pequenos. Tento abrir um sorriso e então ela verifica se o soro acabou, e então tira cuidadosamente a agulha do meu braço enquanto o Doutor conversa com Jimin.— Está doendo muito?

Ela pergunta assim que tira a agua do meu braço e joga fora o saco vazio de soro.   

Nego com a cabeça e então ela coloca um curativo em meu braço, limpando um pouco do sangue que vazou.

— Ansiosa para voltar para casa?— Ela pergunta, assinto e então ela sorrir.— Você é uma garota forte, ficará bem.

Ao sair do quarto, ela volta com uma cadeira de rodas e então Jimin a ajuda a me colocar na cadeira de rodas, se curvando em agradecimento a Jimin que a ajudou de forma involuntária.

Me levando para fora do quarto, Jimin assina alguns papéis na recepção e conversa sobre algo com o doutor, observo todas aquelas pessoas doentes sentadas no banco de espera. Era triste, lamentável.

Alguns minutos depois sinto a cadeira se mover e logo estamos no estacionamento do hospital.

O tempo não poderia ser um dos piores, com muitas nuvens e muito pouca luz. Sinto o ar frio soprar em meu rosto. Fecho os olhos sentindo aquele vento frio que me deixou toda arrepiada. Deveria ser umas cinco ou seis horas.

Abro os olhos e encaro Jimin, que abre um leve sorriso e então para, em frente ao seu carro. Ele abre a porta do passageiro e me pega no colo, me colocando dentro do carro. De acordo com o doutor, por eu ter passado dois dias apenas tomando soro e remédios para dor, seria mais adequado que eu não me esforçasse tanto. Eu de fato estava fraca, tentei me apoiar e quase cai quando Jimin tentou me tirar de cima da cama.

Ele coloca o sinto e então guarda a cadeira de rodas no porta malas do carro, entrando em seguida.

— Não se surpreenda caso os outros não fiquem tão preocupados.— Murmura Jimin, colocando o sinto e então ligando o carro.

— Como assim? — Pergunto, curiosa.

— Eles não sabem o que aconteceu com você, eles nem mesmo sabem que eu estava esse tempo todo com você. Jungkook é o único que sabe sobre você, ele cuidou de tudo. Achei que não seria muito adequado avisar a todos sobre o que aconteceu, eles irão fazer muitas perguntas e pelo menos por enquanto, quero apenas que você descanse, então você ficará no meu apartamento.

Arregalo os olhos, surpresa. Como assim?

— Eunji acha que você está dormindo na casa do Baehyun por enquanto, então temos tempo.

Baehyun. Eu nem mesmo me lembrei dele, nem por um segundo. Nem se passou pela minha cabeça sobre o paradeiro dele. Como pude esquecer dele? Ele é meu namorado.                         

— Eu vou cuidar de você.— Continuava Jimin, me tirando dos meus pensamentos.— Pelo menos até você ficar bem. Não me sentirei confortável sabendo que Eunji irá cuidar de você e dos teus horários. Ela mal lembra de tomar os remédios dela, imagina os teus. — Eu ri baixinho.— Então eu mesmo, cuidarei de você.

— Porque quer tanto cuidar de mim? Você deveria estar puto da vida comigo.— Disse, ele riu.— Eu só te causo problemas.

— E quem disse que não estou? Quando você melhorar, eu vou te matar.

Eu ri baixinho.

— Mas falando sério agora...— Ele suspira.— Quando fui no teu quarto e percebi que você não estava e que ninguém sabia aonde você estava, eu entrei em desespero. Rodei praticamente a cidade toda por sua causa. Quase briguei com Jaebum e Jackson duas vezes porque eu jurava que Jaebum estava com você. E então, no fim do dia  seguinte, CL me liga e me diz que está com você e então, quando entro, vejo você amarrada, sangrando, cheia de machucados e marcas roxas por todo corpo.— Respiro fundo, o encarando.— Eu estava bravo, realmente queria matar você mas a raiva poderia esperar, eu só pensei em te pegar e te tirar daquele lugar tentando ignorar as teorias do que eles poderiam ter feito sobre você. Eu não suportei ver aquilo, eu me senti culpado e acho que mesmo que você melhore, eu nunca irei superar isso. Infelizmente, eu não tenho amnésia e não posso voltar no tempo para impedir que tudo isso acontecesse.

Engulo o seco e desvio o olhar para minhas mãos que por algum motivo, suavam e tremiam.

— Aliás...— Ele me chama a atenção novamente, ergo a cabeça.— Seu namorado veio me perguntar aonde você estava, eu disse que você estava passando um tempo na casa dos pais. Ele parecia preocupado.— Abri um sorriso de leve no canto dos lábios, mas não era de alegria, muito pelo contrário.— Ele parece ser legal.

— Sim...— Murmurei.— E como vai Hyeri?

Ele dá de ombros e ri.— Não há vejo a cinco dias, passei tanto tempo focado em te encontrar que acabei me esquecendo de tudo. Ela me ligou algumas vezes, mas eu sempre estava ocupado.

— Ela parece gostar de você...— Comento, ele ri ainda mais.

— Muita gente gosta de mim, Mery. Mas na maioria das vezes nunca é recíproco. — Fala Jimin, sorrindo. Só não sei se é de felicidade. Tudo bem, eu deveria ter dito algo. Mas estava ocupada demais analisando aquela frase e me sentindo satisfeita com aquilo tudo. Ele não gosta dela.— E além do mais, ela nem é tão bonita.— Eu ri.— Ela parece uma criança às vezes e você é mil vezes melhor que ela.

— Está tentando me ganhar?— Entro na brincadeira, ele sorri de canto.

— Está tão na cara assim?

Eu gargalho, mas me arrependo logo em seguida ao sentir fortes dores no abdômen.

— Você é um idiota.— Digo, tentando parar de ri.

Eu sei, e você gosta de mim assim, então por mim tudo bem.

Abro um sorriso, sentindo meu rosto corar.

O carro para e sem perceber, havíamos chegado na fraternidade de Jimin. Ele sai do carro e ao dar a volta, me ajuda a levantar, tirando o seu casaco e colocando em meu corpo para me aquecer e em seguida, me pega no colo e me carrega para dentro da fraternidade, passando por todos aqueles olhares curiosos e desconfiados. Tento ignora-los, afundando minha cabeça no peito de Jimin.

Subimos algumas escadas até finalmente chegar ao andar de Jimin. Ele chuta a porta do quarto com força e então passa, me colocando em cima da cama com cuidado.

— Desculpa a bagunça. Eu não tive tempo de arrumar.— Diz Jimin, passando a mão pelos fios escuros e bagunçados.

Eu sorri.

— E desde quando você se importa com isso?— Pergunto, ele ri.

— Ah… Eu preciso pegar algumas coisas, tudo bem? Juro que não vou demorar, quer alguma coisa?

— Estou com sede.                         

Ele rapidamente caminha até o frigobar e tira uma garrafa d'água gelada de dentro, abrindo e me entregando.

— Mais alguma coisa?— Ele pergunta, um pouco ansioso… ou até mesmo nervoso. Mas com o quê?

— Estou bem, obrigada.

Ele sorri e beija minha testa antes de sair fechando a porta.

Sentada, encaro os travesseiros ainda fora de lugar e amontoadas ao meu lado. Tento bloquear qualquer pensamento ou recordação naquele momento, mantendo minha mente vazia, sem foco algum. Deito minha cabeça no travesseiro e então observo os detalhes no teto.

Não estou com sono, não vou dormir. E não quero ter que ficar deitada nessa cama esperando que Jimin apareça , pois não duvido que ele vá demorar.

Me assusto ao ouvir o barulho repentino de alguém batendo na porta do quarto, com certa dificuldade, me sento e então vejo os cabelos claros e curtos de Hyeri surgir na porta.

Jimin-Oppa...— Ela arregalou os olhos ao me ver sentada na cama e engole o seco.— Mery?!

Pisco algumas vezes, contraindo os lábios. E então Hyeri entra no quarto, fechando a porta atrás de si.

— O que faz aqui? Cadê o Jimin?— Hyeri dá alguns passos a frente, seria.— Seu rosto… O que aconteceu com você?

— Jimin saiu, ele...— Minha voz falha.— Ele volta logo.

— O que aconteceu com você?— Ela pergunta, mas não parece nem um pouco preocupada, aquele sorriso no rosto dela não me pareceu nada confiável.

A porta se abre de repente e Jimin entra, se espanta ao ver que Hyeri estava lá também.

— O que faz aqui?— Ele perguntou, encarando Hyeri com certa surpresa.

— Eu vim ver você… — Ela desvia o olhar a mim.— O que aconteceu? Mery está...— Jimin a interrompe, agarrando seu pulso e a puxando para trás.

— Você precisa ir. — Ele ordena, um pouco bravo talvez.— Depois conversamos…

— Mas Jimin, o que está acontecendo?— Ela insiste, mas Jimin não dá ouvidos. A puxa pelo braço para fora do quarto e bate a porta com força.— Ela estava no hospital? Aonde você esteve? Jiminie...— Ouço os gritos de Hyeri no corredor e então tudo volta ao silêncio total.

Sentada na cama, encarando a porta, ouço passos se aproximarem cada vez mais da porta e então Jimin entra de cabeça baixa.

— Jungkook-aah pegará suas roupas.— Murmura Jimin, de cabeça baixa.— Como se sente?

— Bem...— Respondo, ele levanta o rosto e sorrir.— Na medida do possível. Hyeri já foi?

— Não se preocupe com ela. Converso com ela depois.— Diz Jimin sorrindo.

Bufo.

— Jiminie, as pessoas farão perguntas. O que você acha que vai acontecer se por algum motivo alguém entrar aqui e me ver em sua cama… Desse jeito?

Ele franzi a testa, cruzando os braços.

“Desse jeito”?

Assenti apontando para meu rosto e meu corpo.

— Qual será sua desculpa? “Ela caiu da escada”?— Questiono.— Não posso ficar trancada neste quarto para sempre, as pessoas perguntam, elas são curiosas. E eu tenho mãe, inclusive, tenho que me encontrar com ela no fim de semana.

— Se esse é o caso, então cancele.— Ele diz, como se aquilo fosse a coisa mais simples do mundo. Estamos falando da minha mãe, cancelar compromisso com ela é a coisa mais tediosa e chata do mundo porque ela simplesmente é insistente e não para de perguntar até conseguir o que quer.

— Não posso, eu não posso.— Digo, ele bufa.— Jimin, eu não posso ficar aqui para sempre.

— Você está fraca, mal consegue andar.— Ele fala, sério.— Será mais seguro se você ficar aqui comigo.                         

— E qual será sua desculpa para as pessoas, para a faculdade, para minha família? — Pergunto, ele dá de ombros.— Eu tenho uma vida, Jimin.

— Eu sei me virar sozinho. Já disse para não se preocupar com nada, você não está autorizada a isso.

Eu ri daquilo.— “Você não está autorizada a isso.” Aigoo, o que é isso? Você está estranho.

— Você pode confiar em mim pelo menos uma vez nessa merda de vida?— Ele praticamente gritou, com as veias saltando.

— Confiar?

— Sim, Mery. Confiar. Confie em mim.— Ele fala, dando alguns passos a frente.— Olhe para você, eu estou cuidando de você, estou tentando fazer você se sentir bem após passar dois dias desaparecida e quatro dias no hospital. Mery, pela primeira vez estou tentando fazer a coisa certa.

— Quer fazer a coisa certa? Então porque não me ouviu antes quando eu disse que esse povo é problema? Por que não me escuta quando digo que eles vão te fazer mal? Jimin, eu sei que é pelo dinheiro mas existem outras maneira de se conseguir dinheiro.— Falo, minha garganta doía por conta do esforço.— Você não precisa disso…

— Eu disse para confiar em mim.— Ele dispara, gritando com o rosto todo vermelho de raiva.

Sinto meu coração acelerar e meus olhos se encherem de lágrimas. Respiro fundo e então abaixo a cabeça, encarando minhas mãos que estavam trêmulas.

Foi só naquele instante que tive vontade de chorar. Fiz um grande esforço para que minha voz saísse tranquila antes de falar:

— Certo!

Jimin não diz nada, ao ouvir minha voz, caminha em direção ao banheiro e então fecha a porta com força.

Meu coração afundou no peito e, na hora, fiquei com raiva por me sentir daquele jeito. Uma mistura de raiva, tristeza e decepção. Ao sentir a primeira e fria lágrima escorrer em meu rosto, sacudo a cabeça. Deixei de lado minhas ridículas emoções, forçando-me a relaxar e a respirar fundo.

— Melhore… Melhore...— Repito, inúmeras vezes a mim mesma, erguendo a cabeça.                         

A porta do banheiro é aberta novamente, e então Jimin sai, passando a mão pelos fios escuros em sua cabeça.

— Está com fome? — Ele pergunta. Engulo o seco e nego, apesar de estar morta de fome.— Vou preparar algo para você.

— Mas eu...— Ele me interrompe ao abrir um grande sorriso no rosto.

— Gosta de sopa de feijão? É rico em ferro e vitamina. Minha mãe sempre fazia para mim quando eu ficava doente.

Tão… Animado, de repente. Estranho.

— Eu não...— Ele me interrompe novamente, se aproximando o bastante para beijar minha testa e meus pulsos.

— Volto logo.— Ele avisa, sorridente.— Durma um pouco, descanse. Você deve estar cansada.

Engulo o seco

Sem dizer mais nada, ele pega um casaco e sai do quarto, fechando a porta devagar.

Estranho.

Devo ter ficado naquela posição por pelo menos cinco minutos, encarando aquela maldita porta. Reviro os olhos ao me sentir tão inútil. Não quero mesmo passar o resto do meu dia deitada naquela cama, esperando alguém aparecer. Preciso reagir, preciso de um banho.

Decidida, encaro o banheiro que por sorte, Jimin deixou a porta aberta e então respiro fundo ao tirar os lençóis de cima de mim. Me arrastando até o canto da cama, me apoio no colchão e então coloco minhas pernas para fora e piso, sentindo o frio me correr por inteira.

Minhas pernas estão bambas e por um segundo, achei que fosse cair ao tentar me equilibrar, mas por sorte a cadeira ao lado do abajur, me ajudou. Nunca achei que andar fosse tão difícil. Minha cabeça gira, eu me sinto tonta mas mesmo assim, me mantenho firme. Me apoio nos móveis, paredes e mesmo caindo uma ou duas vezes, eu me ergo e então consigo  chegar na porta do banheiro ,assim que fechei a porta, me apoiei nela e fui deslizando até o chão. Minha cabeça dói, dói muito e me sinto tonta ao perceber o quanto aquele lugar era claro. O banheiro parecia bem maior aqui de baixo.

E por um segundo, sinto meu corpo cada vez mais fraco e então novamente, mesmo desejando, acabei me recordando do acontecido. O cheiro daquele saco em minha cabeça, aquelas vozes, a dor, o sangue. Tudo.

Olhei para cima e balancei a cabeça, sentindo as lágrimas arderem nos olhos. Eu não fazia ideia do motivo pelo qual estava chorando, mas não conseguia parar. Talvez seja pela dor, ou talvez seja tristeza, não sei exatamente. Mas eu certamente não estou bem, acho que não estou bem a um tempo e ao encarar meu rosto no espelho do banheiro, sinto-me ainda mais pior. Decaindo cada vez mais. Eu estou caindo.

Aonde está Jimin a está hora? Por que estou pensando no Jimin, logo agora?

— Merda Mery, não é o Jimin que deveria estar em seus pensamentos. Ele é seu amigo, mas seu namorado é o Baekhyun.— Digo a mim mesma, erguendo a cabeça e respirando fundo. Tento me controlar, eu falho.— Jiminie…

Limpo meus olhos, e então me apoio na maçaneta da porta, tentando me erguer. Eu caio, sem forças.

— Aigoo… Eu estou tão fraca.— Digo, baixinho e então ergo a cabeça encarando os armários da pia, rastejo até lá e então os abro a procura de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo e tudo o que encontro são pastas, uma enorme caixa preta, produtos de limpeza e o quite de primeiros socorros do Jimin.

Mas o que está caixa está fazendo no armário da pia do banheiro?

Pego a caixa com certa dificuldade. Em sua capa, estava escrito “Young Forever”, ergo as sobrancelhas. O que é isso?

Tomada pela curiosidade, pego uma pasta preta revestida com um tecido muito parecido com couro e então a abro. São apenas desenhos e rabiscos, mas um em especial me chama atenção com alguns nomes riscados com lápis. O nome da ex-namorada do Jimin estava escrito na folha com vários rabiscos em cima do seu nome.

“Junghwa — Dead Leaves.”

Não hesito e começo a ler.

“Como aquelas folhas que caíram e estão voando meu amor está em colapso, sem força…”— Eu lia. Parecia um poema, ou até mesmo uma música.— “Essas folhas secas, parecem tão inseguras. Parecem que estão olhando para nós”.

A letra era profunda, mas porque Jimin guarda esses poemas, ou músicas, dentro do banheiro? São deles? Jimin escreve músicas?

“Meu coração não quer, mas continuo me mexendo, minha ambição é pendurada peça por peça.”

“Nunca, nunca caia. Nunca, nunca caia”

Respiro fundo. A letra era realmente triste, me pergunto — Caso tenha sido ele—  No que ele estava pensando enquanto escrevia essas letras. Certamente deve haver algum sentimento. Eu nunca ouvi essa música antes.

Guardo a folha e começo a procurar mais coisas entre os rabiscos até que encontro uma folha amarelada, e me surpreendo ao ver meu nome riscado na folha.

— O que? Para mim?

Kang Mery — Butterfly.

“Se eu soltar sua mão, você vai voar para longe. Vai desaparecer, tenho medo disso”, “Você apenas é como uma borboleta. De longe, eu roubei olhares. Se nós tocarmos as mãos, eu vou te perder?”

“Você vai ficar ao meu lado? Vai me prometer? Se eu soltar sua mão, você vai voar para longe, vai desaparecer, tenho medo disso”

Mas aquela não era a única com meu nome, havia outras, muitas delas. Pelo menos umas oito ou nove com meu nome riscado e um enorme nome em cima.

Mas o que é isso?

“Não pense em nada. Não diga nem uma palavra. Apenas ria comigo”

— Mery!?— Ouço me chamarem e então a porta se fecha.

Arregalo os olhos e rapidamente coloco tudo de volta no armário da pia, toda desengonçada.

— Mery? Aonde você está?— Grita Jimin.— Está no banheiro?

Eu me encolhi ao ouvir a voz do Jimin. Ouvi o som dos sapatos de Jimin pisando duro, cada vez mais próximo do banheiro, eu conseguia sentir.

— E-Estou aqui.— Digo e então rapidamente ele abre a porta, por um segundo achei que ela fosse cair sobre mim.

— Mas o que está fazendo fora da cama? O que está fazendo aqui? Como chegou aqui?

Ele não parava de fazer perguntas, com o olhar mais preocupado do mundo.

— Você trouxe a sopa?— Pergunto, abrindo um sorriso. E então, toda preocupação em seu rosto some, dando espaço a um sorriso divertido e com direito a cabeça virada para o lado. Fofo, muito fofo!

— S-Sim.— Ele responde, rindo.— Vamos lá.

— Me carrega, gosto quando você me carrega.— Peço, erguendo os braços.

Ele ri.— Aigoo, você conseguiu chegar até aqui sozinha, então consegue voltar sem minha ajuda, certo?

Reviro os olhos.— Jimin!

Ele rir e então me pega no colo, sorrindo.

— Você é uma idiota, garota desastrada.

Sorrio ao ouvir o “garota desastrada”. Ele não me chama assim a um tempão e me sinto feliz por ouvir aquilo sair da boca dele após tanto tempo, mesmo sendo uma ofensa.

Jimin me coloca na cama novamente e então caminha até a escrivaninha, pegando a sopa que havia comprado e colocado dentro de uma tigela branca.

— Está um pouco quente...— Ele murmura, trazendo com cuidado a bandeja com a tigela até a cama. Ele se senta ao meu lado, na beirada da cama e então começa a mexer na sopa.

— O cheiro é bom...— Murmuro, ele sorrir de orelha a orelha.

— Não é como a da minha mãe, mas é gostoso.— Ele murmura.— Espero que goste. Abra a boca!

— Você nunca me falou muito da sua mãe...— Murmuro, ele dá de ombros.

— Não há muito o que se falar.

Jimin sopra e então eu abro a boca, sentindo meu corpo todo se esquentar ao engolir a sopa. O gosto é bom, mas estava tão quente que sinto meu corpo todo suado e estamos apenas na primeira colher.

— Diga “A”...— Pede Jimin, sorrindo. Existem poucos momentos em que eu o vi sorrir daquele jeito. É um dos mais preciosos do mundo.

— O que está fazendo? Não sou criança.— Digo, ele ri.

— Diga “A”...

Reviro os olhos e obedeço.  Me sinto uma criança com ele me tratando desse jeito, daqui a pouco estaremos cantando a música do ABC, apesar de constrangedor, não posso negar. Estou amando isso, quando na vida Jimin me tratará dessa forma de novo? Eu vou aproveitar o quanto puder.

— Eu me sinto uma criança.— Digo, sem graça.

— Você é uma criança.— Ele diz, fecho a cara.— E além do mais, eu gosto de cuidar de você.

Abro um sorriso e então ele coloca a colher em minha boca de novo. Um suor escorre em minha testa. Estou derretendo por causa dessa sopa.

— Jimin… Quem era aquela mulher?— Pergunto, ele pisca algumas vezes, confuso.— Aquela mulher bonita que estava naquele lugar. Quem é ela?

Ela faz uma pausa e suspirou.

— Por que quer saber?

Dou de ombros.

— Curiosidade. Quem é ela?                         

— Lee Chae-rin.— Ele responde e então coloca mais um pouco em minha boca.— Ela trabalho pro meu chefe.

— Chefe? É aquele cara todo tatuado?— Pergunto, ele nega.

— Kwon Jiyong é braço direito do meu chefe.— Ele explica, mexendo a sopa com a colher.— Quando ele não está, Jiyong dá as ordens.

— Quem é o seu chefe?

Ele faz uma pausa e revira os olhos, me dando mais um pouco.

— Aissh, você faz muitas perguntas. Por que está interessada nisso? Esqueça essa história, tudo bem? Quanto mais cedo esquecer, melhor.

— Me promete uma coisa?— Pergunto, olhando em seus olhos. Ele ergue a cabeça e assenti.— Promete que nunca mais se envolverá com esse tipo de coisa.

Ele respira fundo.

— Se isso aconteceu comigo, poderá acontecer com qualquer um. Eunji, Jungkook, Yoongi… Pode acontecer até com você. Coisas horríveis aconteceram comigo naqueles dias e eu não quero você passando por isso, tudo bem? Não é seguro, não é saudável.

Ele desvia o olhar e após mexer mais um pouco a sopa, ele coloca a colher na minha boca.

Eu prometo!

O encaro.— Está falando sério?

Ele assenti.— Quando vi você naquele estado, me senti tão culpado que acabei desistindo de tudo. Você tem razão, eu não preciso disso. Esse tipo de coisa nunca acaba bem.

Abro um sorriso e o abraço, envolvendo meus braços em seu pescoço.

— Eu realmente estou feliz por ouvir isso.

Ele ri e me afasta, arrumando o cabelo que estava bagunçado.

— Vamos terminar essa sopa logo.

Assenti e então voltamos. Jimin fazia alguma gracinha para que eu abrisse a boca e então eu engolia. Por acidente, Jimin derramou um pouco de sopa em sua roupa e acabou soltando um palavrão bem algo, me fazendo rir e tentando me controlar para não sentir tanto dor. Qualquer esforço que eu fazia, doía. Até mesmo rir.

Quando acabamos, eu estava totalmente suada. Mesmo com o ar condicionado bem gelado, aquela sopa me fez suar horrores. Ele ria de mim, mesmo tentando disfarçar, percebi.

Pessoas como, Jimin, quando ficam suadas, elas ficam lindas e sexy. Eu não. Parece que estou derretendo, cada vez mais com o rosto desfigurado.

— Aishh, pare com isso.— Peço, revirando os olhos.

— O que? Eu não fiz nada.

Bufo e então ele caminha até o armário, tirando alguns toalhas limpas de dentro e um lençol novo.

— Jungkook ainda não chegou com suas roupas.— Resmunga Jimin, pegando no celular para ver se Kook havia dado algum sinal de vida.— O que será que aconteceu?

— Eu não sei, eu só preciso de um banho. Os curativos no meu rosto estão saindo.— Digo ao perceber que o curativo do meu nariz havia caído em minhas pernas.

— Ok...— Ele coloca as toalhas em cima da mesa e me pega no colo.— Vamos te dar um banho.

— Você não vai me dá um banho.— Digo, juntando as sobrancelhas.— Eu consigo sozinha.

— Cala a boca, você está fraca demais.— Ele fala, sorrindo.— Não está envergonhada, está? Eu ja vi você nua mais vezes que o seu namoradinho idiota. Não há nada ai que eu não tenha visto.

— Não vou ficar nua, não na sua frente.

Ele revira os olhos.— Pode tomar banho com essa roupa se quiser, mas quando você ficar molhadinha, eu vou conseguir ver tudo.

Ele me coloca no chão.— Isso não é considerado infidelidade?

— Seu namorado não está aqui para cuidar de você, então eu estou cuidando. Não se preocupe, não vou me aproveitar… Quero dizer, não prometo nada.

Sorrindo, ele pisca. Meu coração acelera, e então eu reviro os olhos.

— Mesmo assim, parece errado.— Digo, ele suspira e então me apoia na barra de ferro aonde costumam usar para colocar toalhas. Minha visão por um segundo escurece, mas logo respiro fundo e volto ao normal.

— Vem cá, vamos tirar esses curativos.— Murmura Jimin, tocando em meu rosto delicadamente. Percebo que as vezes ele olha nos meus olhos, mas logo depois ele vira o rosto e continua o que estava fazendo. Acho que o curativo que mais doeu, foi o do nariz, por causa do corte.

Jogando tudo no lixo, ele coloca meu braço em seu ombro e me ajuda a caminhar até o chuveiro, colocando em água morna e então ele liga.

Sinto a água cair em meu corpo, molhando meus cabelos e os meus machucados, é como se minha alma estivesse sido purificada.

— Está bom? Quer mais quente?— Ouço Jimin perguntar, balanço a cabeça com um sorriso no rosto.

— Está bom.— Digo, abrindo os olhos.

Eguendo o braço, Jimin pega o shampoo. Fiquei embaixo do chuveiro por bastante tempo, deixando que a água levasse embora todos os pensamentos ruins. Massageando o xampu em meu cabelo, soltei um suspiro pela sensação maravilhosa que Jimin estava me proporcionando. Era tão bom, tão relaxante. Aonde ele aprendeu a fazer essas coisas?

— Isso é tão bom. Não pare nunca.— Digo, de olhos fechados apenas sentindo seus dedos massageando minha cabeça.

— Como eu disse antes...— Ele solta uma tosse, me fazendo abrir os olhos.— Consigo ver tudo.

E então olho para baixo. Realmente, é possível  ver exatamente tudo, era exatamente transparente.

Automaticamente envolvi com os braços as partes do corpo que não queria que ele visse.

— Você é tão boba.— Ele ri. Sinto meu rosto queimar.— Feche os olhos, o shampoo entrará nos teus olhos.

Fecho os olhos novamente, sentindo meu corpo inteiro fluar com aquela massagem. As espumas do shampoo caiam sobre meus ombros e meu rosto, enquanto Jimin lavava meus cabelos, deslizando sua mão até meu rosto, segurando minhas bochechas. Abro os olhos, o encarando.

Ele estava sereno e silencioso, me observando por alguns segundos.

— Jimin?— Chamo sua atenção, mas ele não se move, nem mesmo pisca.— Está me olhando estranho… Você está bem?

E então ele pisca algumas vezes e abaixa a cabeça, sorrindo ao perceber o quanto molhado estava.

— Jiminie!?

— Hun?— Ele murmura ao erguer o olhar para mim.— Oh, eu estava pensativo, me desculpe.

Viro a cabeça para o lado e abro um sorriso.

— No que estava pensando?— Pergunto, curiosa.

Ele sorri.— Em você…

Arregalo os olhos e então ele ri.

— Estou brincando.— Ele diz, brincalhão. Respiro fundo, e reviro os olhos.— Você tinha que ver sua cara.

— Aishh...— Bufo e então ele desliga o chuveiro, pegando uma toalha e enrolando em meu corpo.— Minha roupa está molhada.

— Fique aqui...— Jimin me ajuda a sentar na tampa do vaso sanitário e então sai do banheiro correndo e logo depois voltando com uma camisa nas mãos. A camisa era enorme, fiquei surpresa.

— Isso aqui cabe em você? Olha o tamanhão disso.— Pergunto, incrédula.

Ele sorri enquanto coça a nuca.

— Quer ajuda para se vestir?

Suspiro.— Não, obrigada! Acho que consigo vestir uma blusa.

Ele sorri e então sai do banheiro, me deixando sozinha.

Respiro fundo e então tiro aquela roupa molhada e ridícula de hospital, a jogando no chão e então me seco com a toalha, vestindo a blusa logo em seguida. Parecia um vestido em mim, quase nos joelhos.

— É tão estranho vestir apenas uma blusa, mesmo vestida, me sinto exposta.— Digo baixinho e então Jimin abre a porta devagar.— Não tem nenhuma calça que sirva em mim?                         

— Belos seios…

Cubro automaticamente os seios com os braços. Ele ri.

— Teremos que esperar o Jungkook chegar com suas roupas.— Fala Jimin, ainda olhando pros meus seios.— Você está sexy. Deveria usar apenas isso durante o dia inteiro.

— Talvez eu use, mas apenas para o meu namorado.

Ele revira os olhos.— Ah, seu namorado. Sempre me esqueço desse detalhe, acho que nunca vou me acostumar com essa ideia de você estar namorando. Ele é tão perfeitinho… Sou mais eu.

Eu ri.— Também...— Ele rapidamente arregala os olhos e ergue as sobrancelhas e só depois de algum tempo percebi que o que eu disse poderia ser interpretado de forma errada.— Eu também acho que nunca vou me acostumar com a ideia.

Ele começa a rir.

— Vamos logo… Tenho que colocar os curativos.

Me pegando no colo, Jimin me leva até a cama. Ajeita o travesseiro e deita minha cabeça no mesmo. Meu pescoço e minha cabeça começam a doer e então ele vai até o banheiro pegando o quite de primeiros socorros.

Começou limpando todas as áreas feridas com um pano umedecido e então Jimin coloca um pouco da pomada no dedo e espalha nas feridas, colocando um curativo em cada uma delas.

Era engraçado o jeito desconfortável que ele me encarava sempre que abria um sorriso para provoca-lo, as bochechas dele ficavam vermelhas e ele tentava disfarçar fingindo uma tosse ou qualquer outra coisa. Fofo.

Eu me inclinei para frente, de forma que o Jimin pudesse sentir toda a força do meu olhar fulminante.

—  O que está fazendo?

Ele pergunta, colocando o último curativo, sem olhar para mim.

— Provocando você.— Respondo, ele me encara e então rir.

Aishh…

Jimin joga o resto dos curativos no lixo e após me dá alguns medicamentos receitados pelo doutor, ele vai até o banheiro e então fecha a porta. Mais uma vez, “sozinha” nesse quarto.

Estou aqui a quanto tempo? Duas horas?

Estou morrendo de tédio, nem quero pensar como será daqui para frente.

Jimin sai do banheiro, sem camisa. Apenas de short enquanto escova os dentes com a boca toda melada e o cabelo bagunçado.

Meu rosto fica vermelho de vergonha e então abaixo a cabeça. Não é como se eu nunca tivesse visto ele assim, ja vi ele com muito menos, mas é… Estranho? Não sei a palavra certa para descrever isso.

— O que?— Ele pergunta assim que abaixo a cabeça.— Eu não consigo tomar banho e então escovar os dentes, minha boca fica com um gosto estranho. Eu estou morto.

Eu ri baixinho.

— Está cedo… Já vai dormir?— Pergunto, ele concorda e passa a mão pelo cabelo.

— Eu passei quase seis dias sem dormi ou tomar banho direito. Eu vou dormir até entrar em coma.— Por conta da escova de dente na boca, a voz dele saiu engraçada.— Eu estou morto.

Ele volta pro banheiro e então volta alguns segundos depois com o cabelo totalmente molhado. Não vou mentir, ele estava lindo.

— Aishh, aonde está Jungkook?

Murmura Jimin, revirando os olhos e então se sentando na beirada da cama de costas pra mim enquanto mexia no celular. Ele vai dormir comigo?

— Devo ligar para ele?— Ele pergunta, virando o rosto para o lado. Dou de ombros.— Ele disse que chegaria logo…

— Ele deve estar vindo.— Digo, respirando fundo.

— Está cansada?

— Um pouco.— Confesso, bocejando.

— Hum… Deve ser o remédio fazendo efeito.— Ele murmura e então

Um sorriso surgiu em meu rosto quando encosto minha testa nas costas nuas de Jimin e então o abraço, sentindo meu corpo inteiro ficar cada vez mais pesado.

— Hun?— Ele murmura, entrelaçando meus dedos.

— Acha de que devo ligar para Baekhyun? Ele deve estar preocupado comigo.— Murmuro, cada vez mais sonolenta.

— Amanhã. Você está com sono.

Que remédio ele me deu? Nunca me senti tão sonolenta. Estou drogada.

— Você é tão lindo, Jimin- ah.

O sorriso por algum motivo não sai dos meus lábios. Ele ri.

— Do que está falando?

Ele coloca os braços para trás, me abraçando. Beijo suas costas.

Estou totalmente fora de mim, não consigo me controlar. É como se eu tivesse misturado vodka com whisky e tomado três copos enormes. Estou totalmente bêbada de sono por conta do remédio.

— Você está delirando, sabia?

Ele murmura, guardando o celular.

— Sou louca por você, do que está falando? — Faço uma pausa e respiro fundo.— Somos loucos um pelo outro.

— Hum...— Ele murmura e então ri.— É mesmo?

É mesmo.

Ele se vira para mim, sorrindo.

— E quem te garante isso?— Ele pergunta.

— Não sou cega, sei o quanto você é apaixonado por mim.— Digo, bocejando.— E sabe, eu também sou por você.

— Você precisa dormir, está com sono.— O rosto dele está corado, ele está com vergonha.

Reviro os olhos. Jimin tenta me deitar na cama, ficando em cima de mim e então sorri.

— O que está fazendo comigo? Um jogo garota?

Eu gargalho, cobrindo o rosto com as mãos.

— Porque eu sinto que não estou fazendo a coisa certa, Chimchim?— Pergunto, mudando de alegre para triste.— É como se tudo estivesse errado.

— Do que está falando?

De nós.— Respondo, ele fica sério.— Eu gosto tanto do Baekhyun. Ele é uma ótima pessoa, é responsável, inteligente, engraçado e lindo...— Suspiro.— Minha mãe ficaria encantada com ele mas...— Seguro o rosto dele com as mãos, acariciando enquanto encaro aqueles olhos pequenos e puxados.— E você? Você… Aght!

— O que?

Engulo o seco.

— Por que nunca dá certo pra gente? Quando penso que estamos dando um passo à frente, na verdade estamos dando três passos para trás.

— Talvez ficarmos juntos não seja o nosso destino...— Ele murmura, reviro os olhos.

— Que se foda o destino...— Digo, ele ri.— Nunca acreditei nessas merdas.  

— Você está bêbada de sono.— Ele sussurra, beijando meu nariz.— Está falando besteiras.

— Você é tão maravilhoso comigo…

Ele lambe os lábios e sorri, envergonhado.

— Tudo bem, Mery. Eu já entendi. Vá dormir— Ele sai de cima de mim, e então o puxo novamente.

— Canta pra mim?— Peço, ele junta as sobrancelhas.

— Cantar? Cantar o que?— Ele pergunta.

— A música que você fez pra mim.— Digo, ele arregalou os olhos.—  Butterfly.                         

— Aonde você viu isso?

Dou de ombros.— Isso importa? Quero que cante pra mim.

Ele respira fundo e assenti, ainda em cima de mim.

Siganeul meomchullae… I sungani jinamyeon—  Ele abre um sorriso, me fazendo sorrir também.— Eobseotdeon iri doelkka neol irheulkka...Geobna, geobna, geobna.— Respiro fundo, acariciando seu rosto com as bochechas. A voz dele estava tão bela, tão doce que suspiro ao ouvir.— Butterfly, like a butterfly Machi butterfly, bu butterfly cheoreom…

Um sorriso brota em meus lábios e então ele rir, envergonhado. Ouço ele murmurar algo sobre a música, mas naquele instante, não consigo prestar atenção em nada além dos lábios dele. Aqueles lindos, rosados e carnudos lábios. Eu estou tão cansada, tão sonolenta mas não conseguia tirar os olhos da boca dele.

E então Baekhyun surge em minha mente, me fazendo piscar algumas vezes e então girar o rosto, evitado encarar aqueles lábios novamente. Eu não poderia. Mesmo eu tendo sentimentos pelo Jimin, por mais deprimente que isso seja, eu ainda estou com Baekhyun e ele não merece isso.

Recuo para trás, engolindo o seco.

Você ia me beijar?— Pergunta Jimin, sorrindo de canto.

Sentia meu coração acelerar e então quando ele se aproxima um pouco mais, a porta é aberta.

— Jimin desculpa a demora eu...— Rapidamente Jimin sai de cima de mim, caindo no chão do lado da cama. Jungkook estava de olhos arregalados com Eunji logo atrás dele.— Desculpa, eu deveria ter batido na porta.

Eles abaixam a cabeça, rindo.

 


Notas Finais


Oi, dessa vez não estou bêbada.
Como estão? Eu estou bem, eu acho.
E como sempre, a pergunta que não quer calar:
O que acharam do capitulo?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Eu sempre pergunto isso, não é? Mas é porque é preciso.
A fanfic chegou aos seus 400 e poucos. Para muitos pode não ser muito, mas para mim é. É claro que algum dia quero chegar aos meus 1mil ( mas acho mt dificil isso acontecer), mas até lá, quero agradecer a todas vocês e vocês meninos tbm, caso algum menino leia minha fanfic.
Eu li os comentários do capitulo passado e percebi o quanto a fanfic tá mudando.
Pode não ter saído totalmente do romance, mas está entrando em uma onda mais dark, entende? Vocês perceberam isso tbm?
Isso é bom, não é? Ou não?
Enfim...
O QUE ACHARAM? Eu achei esse cap tão fofis
Mas mts coisas ainda não foram explicadas e que serão esclarecidas com o passar do tempo. Peço a vcs que prestem atenção nos detalhes da fanfic pq eles são EXTREMAMENTE importantes. Leiam com bastante atenção!!!

No cap anterior eu não perguntei oque acharam de blood sweat & tears pq eu estava bebada dms kkkkkkkkkkkkk

Então, o que acharam?
Pra mim, todos estavam sexys. Jimin estava apenas sendo ele mesmo pq até respirando aquele ser é sexy PUTA QUE PARIU <3
Espero que apoiem nosso Bangtan amores, eles merecem todo apoio do mundo. Não só para esse MV mas para o álbum todo <3 TÁ CARO? TÁ MT CARO. mas vamos apoia os meninos mesmo assim.

Mas enfim.....
comentem, compartilhe com os amigos e favorite se você ainda não favoritou por preguiça <3

PRÓXIMO CAPITULO: 13/10/16.

ME AGRADEÇAM POR ESTÁ POSTANDO TÃO RÁPIDO ASSIM E AGRADEÇAM A ANA POR BETA. EU TO TENDO QUE DÁ JUJUBA DE GRAÇA PRA ELA SEMPRE Q ELA BETA UM CAP.


ALIAS AMANHÃ É O NIVER DO JIMIN NA COREIA GENTEEEEEEEEEEE
MEU DEUS MEU UTT ♥ VAMOS PARABENIZAR ELE E DEIXA ELE MT FELIZ PQ NÉ, ELE MERECE TODO AMOR DO MUNDO


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