História Best of You - The Lesson pt. II

— Você não pode ir embora. – Taehyung falou ainda segurando o braço do mais novo.

— Por que não?

— Porque... porque ainda não terminamos aqui. Você não pode deixar as coisas inacabadas, o diretor Lee...

— O diretor Lee estava errado quando pensou que isso aqui ia funcionar. Nós estávamos errados quando pensamos que isso – Jeongguk apontou para ele e Taehyung. – Iria funcionar, que iriamos ser amigos.

— Não, Jeongguk. Você que está errado. A gente pode fazer dar certo, sim. Só precisamos nos esforçar um pouco mais para isso acontecer.

— E por que você, logo você, iria se importar com isso? Por que você está tão interessado nesse assunto?

O Kim desviou o olhar, molhando os lábios. Ele tinha um interesse sim, e era forte, contudo, não poderia dizê-lo em voz alta para o Jeon. Mesmo que ele tivesse decidido seu objetivo e formado um plano para alcançá-lo ainda assim era estranho demais até para si mesmo dizer em voz alta que estava interessado em Jeon Jeongguk. Por isso nunca iria dizer suas reais intenções.

— Eu estou sim muito interessado nisso. Talvez eu esteja cansado de brigar. Talvez eu só esteja fazendo isso pelo bem do meu time. Talvez... só talvez, eu realmente queira ser seu amigo, Jeon Jeongguk.

— Talvez você esteja fazendo isso tudo só para implicar comigo. – O Jeon disse de volta.

— Talvez seja… – O loiro dera um sorriso travesso. – Mas isso você nunca irá descobrir se for embora. Então, por favor, sente-se novamente e vamos continuar o nosso encontro, afinal, sei que tudo isso aqui que você criou foi uma forma de você também implicar comigo.

— Isso não é um encontro, seu idiota. – O Jeon disse enquanto voltava a se sentar.

Jeongguk poderia não ter ligado para nada do que Taehyung dissera, mas ele escolhera ficar. Aquilo era bom, Taehyung iria interpretar aquilo como uma vitória.

A travessa com macarronada fora posta novamente sobre a mesa, Taehyung trouxe novamente os pratos com os talheres e serviu-se novamente de outra porção da comida, Jeongguk negou com a cabeça quando o mais novo quis servi-lo também. Taehyung apenas deu de ombros e se sentou novamente em sua cadeira, comendo agora o seu segundo prato de macarronada.

Enquanto via o mais velho comer, e sujar-se com o molho como uma criança pequena, Jeongguk se perguntava o motivo de ter ficado e continuado com aquela detenção. Sim, ele sabia que estavam sob ameaça de expulsão pelo diretor Lee, mas isso apenas aconteceria se caso os dois se metessem em outra briga. O castigo eles poderiam tentar arranjar um jeito de pular, ou apenas que ele fosse trocado por outro que não envolvessem estar na presença um do outro.

Ainda assim ludibriar o diretor Lee não era uma tarefa fácil, o mais velho não era conhecido por ser alguém tolerável, pelo contrário, sua fama era de alguém implacável e impassível a qualquer chantagem que alunos poderiam usar para tentar enganá-lo. Talvez no fundo foi por esse motivo que ele ficou ali. Seria mais fácil aturar Kim Taehyung do que encarar o diretor Lee.

Era isso que o garoto pensava enquanto continuava a olhar para o mais velho comer, enquanto um sorriso mínimo e imperceptível para si mesmo brotava em seu rosto.

Após os dois sentarem-se novamente à mesa não houve mais “lições” da parte de Jeongguk, também não houve castigos com reguadas, tampouco houve gracinhas da parte do mais velho. Apenas o estranho e agradável silêncio que era rompido apenas pelo tilintar do garfo no prato sempre que Taehyung levava outra garfada com macarronada a sua boca.

— Agora sim, estou satisfeito. – O Kim disse ao se jogar sobre o encosto da cadeira, o prato à sua frente já totalmente sem a massa que antes estava comendo.

— Então acho que podemos acabar por hoje, não?

— Sim, podemos acabar com o nosso encontro por aqui.

— Não é um encontro é um…

— Que seja. – Taehyung balançou a mão no ar, fazendo pouco caso da negativa do outro.

Jeongguk levantou-se e mais uma vez naquela noite pôs-se a arrumar as coisas que mandara trazer, com a diferença de que desta vez Taehyung estava lhe ajudando a empilhar os pratos e colocar os talheres sobre eles. Após enrolar tudo em saco plástico o Jeon guardou tudo bolsa grande de alça, do estilo que se usa para levar comidas para piquenique.

— Você veio mesmo preparado, hein?

— Eu estou sempre preparado. – Jeongguk disse ao ajeitar a bolsa em um ombro e sua mochila no outro.

— Deixa eu ajudar você, Gukie

— Não precisa, Kim. Eu posso dar conta sozinho;

— Eu sei que pode… – Taehyung retirou a mochila do mais novo do ombro do mesmo e colocou em seu ombro. – Mas eu quero ajudar, isso também faz parte de boas maneiras, não? – Piscou para o Jeon.

Jeongguk não respondeu àquilo, apenas seguiu em frente, saindo da sala, como se nada tivesse acontecido. Taehyung mordeu os lábios, contendo um sorriso, e seguiu o outro pelos corredores da escola.

— Sabe, agora que somos amigos você pode me chamar de Tae. É assim que meus amigos me chamam;

— É melhor, não. Apelidos são para íntimos e nós ainda não temos intimidade.

— Mas podemos ser bem íntimos se você quiser. – Taehyung provocou, piscando novamente para o mais novo e outra vez sendo ignorado.

— Como foi que você havia me chamado antes?

— O que você está falando?

— Quando você se ofereceu para me ajudar. Como foi que você me chamou?

— Ah sim, eu te chamei de Gukie.

— Não me chame assim, eu já disse para você que apelidos são...

— Olha, se você não quer me chamar de Tae por mim tudo bem, mas eu vou te chamar de Gukie e pronto. – Taehyung entortou a boca num pequeno bico ao terminar de falar.

Jeongguk olhou para o mais velho e não pode evitar sorrir diante do ato extremante infantil, e por que não falar também fofo, do mais velho.

— Do que você está rindo? Eu estou falando sério.

Jeongguk não respondeu, apenas balançou a cabeça de um lado para o outro, ainda com um pequeno sorriso em seu rosto, e continuou a caminhar.

Ao chegarem do lado de fora do prédio da escola Taehyung pediu que Jeongguk o seguisse, um tanto desconfiado o mais novo fez o que o outro pediu. Acabaram os dois adentrando a área do estacionamento da escola.

— Você veio de carro? – Jeongguk perguntou assim que pararam em frente a um Jipe Troller na cor preta

— Não. – Taehyung respondeu, puxando as chaves do veículo do bolso de sua calça e abrindo a porta.

— Então?

— Então oque?

— Esse carro, Kim. Não me diga que você está roubando.

— Roubando o carro abrindo com a chave? Pensei que você fosse mais inteligente, Jeon.

— Eu só quero que você me explique sobre esse carro. É do seu irmão

— Não. Nam hyung não pode dirigir. – O Kim respondeu dando um sorriso.

— Por que, não? Ele tem algum problema que o impede de dirigir?

— Sim, ele é desastrado demais. Se o hyung estiver na direção é capaz dele se matar enfiando o carro no muro antes de ter a chance de atropelar alguém. – Abriu ainda mais o sorriso. – Esse carro é do Hoseok hyung, pedi emprestado.

— Você gosta muito do seu hyung, não é?

— Namjoon hyung é uma das pessoas que mais amo nesse mundo. – Taehyung respondeu sem titubear. – E também a pessoa que mais admiro.

— Eu posso notar isso. Quando você fala dele o seu sorriso é sincero, não é o sorriso convencido que você geralmente dá, ou suas variações cheias de escarnio e tudo mais. É um sorriso bonito. Você fica realmente bonito quando sorri assim.

— Você está dizendo, mais uma vez, que eu sou bonito, Gukie? – Taehyung aumentou seu sorriso.

— Eu já disse que nunca falei que você é feio. Quando vejo alguém bonito eu falo que a pessoa é bonita, mesmo que seja você.

— Eu não sei se me sinto lisonjeado ou atacado agora. – O mais velho colocou a mão teatralmente sobre o coração.

— Você é uma pessoa bonita, Kim. – Jeongguk falou olhando diretamente para o mais velho. – Mas sua personalidade te deixa feio, não interessa se apenas a casca é bonita se o conteúdo é algo estragado.

— Ei!

— Mas… – Jeongguk voltou a falar, sem se importar com o outro lhe interrompendo com ar de indignado. – Se você fosse mais como você é quando fala do seu irmão, por exemplo, você seria uma pessoa bonita de fato. Seria até difícil alguém não se apaixonar por você nesse caso.

— Então você se apaixonaria por mim?

— E… eu quis dizer de modo geral, não de mim. – Jeongguk respondeu franzindo o cenho.

— Interessante… – Taehyung sorriu enquanto colocava sua mochila e a de Jeongguk no banco de trás do carro. – Talvez se o nosso encontro durasse um pouco mais eu poderia ter feito você se apaixonar por mim. – O mais velho continuou provocando enquanto passou pelo mais novo e deu a volta no veículo, entrando no banco do motorista.

— Você nunca esteve em um encontro antes? – Jeongguk interpôs ao entrar no banco do carona. – Do jeito que você fala parece que nunca esteve em um antes.

— Claro que não, eu nunca precisei enrolar uma garota com esse negócio de encontros para conseguir transar. – Rolou os olhos ao responder.

— É isso que você está tentando fazer comigo. – Jeongguk perguntou para o loiro, levantando a sobrancelha.

— C…claro que não. – Taehyung respondeu nervoso, com medo de ter suas intenções reveladas. – Eu só respondi a sua pergunta. – Finalizou.

— Uh hum! Sei… então esse é o seu primeiro encontro?

— Pode dizer que sim.

— É o primeiro ou não é Taehyung?

— Aish, está bom! É o primeiro encontro. – Rolou os olhos novamente. – Mas e quanto a você?

— O que tem eu?

— Você já teve um encontro antes Gukie?

— Talvez. – Jeongguk respondeu ignorando a parte que foi chamado de Gukie, ajeitando-se no banco.

— É ou não é Gukie?

— Olha, eu nunca estive num encontro antes, tá legal. – Respondeu sem olhar para o mais velho. – Eu também não preciso de encontros para levar uma garota para cama, caso eu quiser. Então sim, esse tecnicamente seria o meu primeiro encontro.

— Como assim seria?

— É só fingimento Taehyung, não é um encontro de verdade.

Taehyung sorriu, sem responder mais nada. Não importava a forma como Jeongguk via, eles estavam num encontro. O primeiro dos dois. Era algo marcante, aquilo poderia contar pontos a seu favor no fim das contas.

— Você ao menos tem carteira de motorista, Kim? – O moreno perguntou assim que viu o outro virar a chave e ligar o carro.

— Apenas relaxa e curte o passeio, Gukie. – O loiro disse, piscando o olho direito para o mais novo. Suas palavras carregadas de segundas intenções que não passaram despercebidas por Jeongguk.

Jeon Jeongguk não era bobo, sabia que Taehyung estava, de uma forma muito estranha, flertando consigo. Ele não sabia dizer ao certo de onde isso veio, mas esteve presente durante todo o tempo em que estiveram juntos, as frases com duplo sentidos, os sorrisos e piscadas sugestivas, todas essas coisas fez e continuava a fazer que, por outro lado, Jeongguk fizera questão de ignorar. O pior de tudo não era notar que estava sendo cantado por Kim Taehyung, mas sim se ver gostando disso.

Ou talvez o pior de tudo mesmo era não conseguir ter forças, ou vontade, para ao menos negar para si mesmo que não estava gostando de nada daquilo. Ou então até mesmo para falar algo a Taehyung que desse um basta naquela situação. Contudo, a vontade de deixar aquilo tudo rolar era maior e o Jeon se via dando trela para as investidas de Kim. Mesmo que a maioria das vezes ele fingisse não notar que elas aconteceram.

— Sabe... – Taehyung começou a falar, chamando a sua atenção. O loiro não tirava os olhos da pista. – Você passou a tarde inteira com essa coisa de boas maneiras e tudo mais, mas não disse nada sobre o fato de eu ter ajudado você, carregando sua mochila e até abrindo a porta do carro para você. Eu estou até mesmo te levando na droga da sua casa.

— Você quer que eu grude uma estrelinha na sua testa como prêmio? - O Jeon provocou.

— Não, mas um “muito bem, Tae” já era suficiente. – desviou rapidamente o olhar da pista e o focou no garoto sentado ao seu lado. – Ou talvez um beijinho, seria um bom prêmio, não acha? – Fez um biquinho com os lábios ao terminar de falar.

— Em seus sonhos, Kim. – Jeongguk virou o rosto do mais velho, com os dedos, novamente em direção à rua.

— Mas fala aí, eu mandei bem nessa, não foi Gukie?

— Sim – suspirou audivelmente. – Porém você tem que concordar comigo que você sendo gentil é uma coisa muito bizarra. Mesmo que faça parte desse sua aprendizagem no castigo.

— Convenhamos, Jeongguk, que tudo o que eu fiz hoje foi bizarro. Quando você, ou eu, iriamos imaginar que eu estaria levando você para casa após você me dar uma aula de etiqueta?

— É, você tem razão, o dia hoje foi um pouco atípico.

— Um pouco? – Taehyung perguntou sorrindo, seu sorriso quadrado aparecendo plenamente. Um jeito tão fofo que Jeongguk não conseguiu evitar sorrir de volta.

— Totalmente! – Os dois falaram juntos e caíram na gargalhada.

Nada mais fora dito após isso, Taehyung ligou o rádio numa estação qualquer e as músicas aleatórias do momento era a trilha sonora do passeio deles. O Kim não precisava que o mais novo lhe desse instruções para saber qual caminho tomar para chegar até a casa dele. A casa dos Jeon, se assim poderia se referir aquela grande construção, era conhecida na cidade. Servido até mesmo de ponto de referência.

O trajeto feito de carro era rápido e em pouco tempo chegaram à casa de Jeongguk. O Kim parou o carro em frente ao grande portão da mansão Jeon. Os dois não sabiam o que falar para o outro. Ambos haviam gostado bastante de estar na companhia um do outro, apesar das farpas trocadas em alguns momentos, no geral foi bom, mais do que imaginavam que seria. Pensar nisso era estranho e mais estranho ainda era, para os dois garotos, a sensação de não querer que aquilo acabasse, de ter que se despedirem ali.

— Que coisa mais estranha esse clima. – Taehyung falou quebrando o silêncio. Ele olhou para Jeongguk, sorrindo. Cogitou estar sorrindo demais na companhia do mais novo. Não que fosse alguém sisudo, pelo contrário, ele sempre fora de sorriso fácil, mas isso nunca acontecia quando ao menos ouvia o nome de Jeon Jeongguk, mas agora era diferente. Era bom, mas também mais uma coisa para colocar na lista de estranhezas que estavam acontecendo.

— Sim, muito estranho. – Jeongguk concordou também sorrindo. Chegando, sem saber, na mesma constatação do Kim: que estava sorrindo demais na presença do outro.

Optou por dizer a si mesmo que era difícil não sorrir de volta quando Taehyung lhe dava aquele sorriso quadrado engraçado. Fofo, porém engraçado.

— Apesar de tudo isso, desse castigo idiota que o diretor forçou a gente a fazer, apesar de levar umas reguadas de você que provavelmente vou continuar sentindo até amanhã, devo confessar que passar esse tempo com você foi muito legal.

— Sim, realmente foi muito legal. Também gostei desse tempo que tive com você.

— Claro que você gostou, quem não gostaria de passar um tempo comigo? – Taehyung disse todo convencido para o outro.

— Eu definitivamente detesto quando você age assim. – O Jeon disse se sentindo aborrecido. Maldito Kim Taehyung acabando com o clima agradável que estavam tendo.

— Assim como? – O loiro pediu, genuinamente confuso com a afirmação do outro.

— Quando age como se fosse a última bolacha do pacote, acha que tudo roda ao seu redor, que acontece por você e que todo mundo se sente feliz na sua presença. Você é muito convencido, e arrogante.

— Poxa, muito obrigado pelos elogios.

— De nada, se precisar de mais é só pedir. – Jeongguk falou dando um sorriso de canto. Já se sentindo melhor após ter despejado tudo aquilo para o mais velho.

Taehyung tinha que admitir para si mesmo que não resistia ao sorriso de Jeon Jeongguk. Era um sorriso bonito que ornava muito bem com sua boca pequena e perfeita. E ali, no escuro do carro com a face de Jeongguk iluminada somente pela luz do poste, ficava mais bonito ainda. Aquela era uma imagem bonita de se presenciar. Se Taehyung fosse pintor faria uma tela gravando aquele momento para posteridade, porém nem mesmo desenhar bem o Kim conseguia quanto mais pintar uma tela.

— Então... foi divertido o nosso primeiro encontro, não é mesmo?

— Taehyung já disse que não foi um encontro.

— Veja só! Você não me chamou de Kim dessa vez, já é um começo. Posso afirmar que estamos um pouco mais íntimos agora?

— Acho que é seguro dizer que sim, estamos sim um pouco mais íntimos agora. – O Jeon deu de ombros.

— Mas não íntimos o bastante para mim. – Taehyung disse para si mesmo.

— O que você disse?

— Eu disse para você me dar o número do seu telefone. – O loiro respondeu

— Para que?

— Para quando eu estiver com fome te ligar e pedir uma pizza. – Respondeu rolando os olhos. – Para que mais seria Gukie? Para eu te mandar mensagens, ou quem sabe até mesmo ligar, é claro. Somos amigos agora e amigos tem o número do telefone do outro.

— Ok, me dá seu celular que eu gravo nele. – Jeongguk pediu.

— Me dá o seu o seu celular também para eu gravar o meu número.

Os garotos entregaram seu celular um para o outro e gravaram seus números neles.

— Bom, acho que é hora de entrar. – Jeongguk disse assim que teve o aparelho devolvido pelo outro, apesar de não ser sua real vontade. Contudo, ele não iria dar razão a aquela vontade louca que estava tendo de ficar mais tempo com Taehyung.

— Como assim vai sair sem o beijo de despedida? As pessoas se despedem no seu encontro sabia?

— Boa noite, Taehyung e vai continuando com esse seu joguinho de sedução, com certeza ele não vai dar em nada. – Jeongguk falou abrindo a porta do carro e saindo. Sorrindo para si mesmo, sem deixar o outro notar.

— Tudo bem, não vamos nos apressar e dar o primeiro beijo no primeiro encontro. Boa noite, Gukie. – Taehyung falou de dentro do carro enquanto via o outro se afastar e apenas levantar a mão dando um rápido tchau, sem nem mesmo virar o corpo de frente para o Kim.

— Vamos ver se não vai dar em nada Gukie. Você ainda vai ficar caidinho por mim. – Taehyung falou sozinho, dentro do carro, ainda olhando o outro, mordendo o lábio inferior.

Esperou que Taehyung adentrasse os grandes portões de metal de sua casa e então ligou o carro. Demorou tempo demais na detenção com Jeongguk, não que estivesse reclamando, mas agora a noite já se fazia presente e tudo o que ele mais desejava era ir para sua casa e se jogar em sua cama e dormir.

Ainda teria que passar na casa de Hoseok para devolver o carro do mesmo, seria mais um trabalho, porém pensando no quadro geral aquele esforço valeria a pena. Levando em conta tudo o que aconteceu naquele dia, a forma como ele e Jeongguk estavam mais próximos, Taehyung julgava que conquistar o Jeon seria ainda mais fácil do que ele imaginava. Usaria o tempo que levaria para entregar o carro de Hoseok e então depois caminhar até a sua casa para bolar um novo plano. Pensando nas coisas que ele aprendera hoje naquele encontro com Jeongguk ele já tinha uma ideia de pôr onde deveria começar.