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História Beta - Devia ter me contado


Escrita por: gguknona

Notas do Autor


OOOOOI GENTE LINDA!!
VOLTEI!
Tem capítulo gostosinho pra vocês e eu quero saber como estão com esses casalzinhos se envolvendo?
Somos más por atrasar um pouquinho, desculpem. Estamos dando nosso melhor!!

Gente quase 700!!
QUEREM NOS MATAR NÉ? SÓ PODE!!
AAAAAAAAAAH! PAREM COM ISSO QUE EU NÃO SEI LIDAR COM TUDO ISSO DE GENTE LENDO.

AMO TODOS!!

Capítulo 24 - Devia ter me contado


Fanfic / Fanfiction Beta - Devia ter me contado

(Narrativa na terceira pessoa)

 

SeokJin estava finalizando sua organização, tinha muitas pastas para pôr em ordem e por isso acabou ficando na escola. Seu trabalho sempre foi algo que desejou e conquistou com muito suor e insistência. Fechou a última pasta e pronto, a sua agenda após as férias estava muito bem organizada.

Olhou para a sala com seus livros todos arrumados, sofás e a meia luz que o relaxava. Perfeito. Devia ser se não estivesse tão nervoso. Avisou que não iria retornar para casa devido ao trabalho (e amava finalmente ter essa desculpa), mas não foi suficiente para afastá-lo daqueles que mais desejava estar longe. Seus pais iriam visitá-lo ali, no seu pequeno lugar de paz, uma paz bagunçada e com amigos encrenqueiros, mas ainda sim a paz que não o machucava, mas isso não duraria por muito tempo. Aquela tarde o senhor e senhora Kim chegariam e levariam tudo que ele construiu naqueles poucos meses. Seokjin tinha certeza disso, queria apenas que ninguém assistisse mais nenhuma de suas ruínas.

Levantou-se da mesa, apagou as luzes e saiu corredor afora para terminar de pegar suas coisas no quarto. Haviam finalmente arrumado os quartos e liberado um novo para ele. Quase ajoelhou quando o diretor lhe deu tal notícia, mas foi justo nesse dia que o mesmo o avisou sobre seus pais. Claro que o homem não poderia negar a visita de Kim JiHoon, o alfa e dono dos clubes mais caros daquele país. Quem diria não para o seu pai? Só ele mesmo, filho e ômega, que tinha coragem de tal e nem sempre era uma situação agradável…

Quando chegou ao antigo quarto, foi impossível não fazer careta para o cheiro do alfa que estava espalhado por toda parte. Abriu as janelas deixando que o ar circulasse. O cheiro de Namjoon o sufocava, ficava quase cem por cento do tempo de máscara no quarto, principalmente quando dormia, mas isso iria acabar.

Encarou sua cama arrumada e a outra uma completa bagunça. Suspirou reparando na terrível diferença. Como poderia conviver com alguém como aquele alfa? Bufou e pegou a última caixa com pequenos pertences e saiu daquele quarto. Tão cedo não iria sentir mais aquele cheiro de café meio amadeirado.

 

{β}

 

Colocou os colchonetes sobre o armário suspirando aliviado por finalmente ter terminado a limpeza naquela sala. Agora se Seokjin o expulsasse do quarto de novo – poderia morar ali sem problemas, estava tudo limpo e no lugar. Sabia que era um pouco bagunceiro, mas nada ao nível que aquele cubículo se encontrava. Os alunos entravam apenas para pegar ou deixar coisas, como podiam bagunçar tanto com pequenas e simples tarefas?

Suspirou secando seu suor e recostou-se na pequena mesa que havia ali, pegou sua garrafa de água e observou tudo no lugar. Devia chamar aquele ômega pra ver que ele podia sim ser organizado, bufou de raiva por estar querendo se gabar para alguém que o irritava. Mas irritava muito mais por ele saber que devia um pedido de desculpa decente por ter se exaltado naquele dia e sido autoritário com o ômega. Era frustrante não ter controle sobre ou com Seokjin.

Nunca ninguém o desafiou tanto, não que fosse um alfa que exibisse sua autoridade ou poder. Na verdade, era alguém extremamente tranquilo e costumava se achar motivador e por isso ser professor e juntar as atividades físicas que sempre gostou foi algo simples, revelador e que lhe trouxe muitas coisas boas. Era um alfa bom e confiável, por que um mero ômega o provocava tanto?

Ao tempo em que se indagava o que havia feito de realmente errado com Kim Seokjin, lembrava que não dividiriam mais o quarto e um sentimento melancólico o atingiu. Não ouviria mais os gritos do ômega quando saísse do banho apenas de toalha ou quando esquecesse suas roupas no banheiro. Não iria mais ter que mexer em sua máscara enquanto ele dormia idéia incabível dele de dormir com aquilo e quase sufocar durante a noite —, não teria mais o cheiro de cravos que tanto o agradava.

Além de todo aquele jeito estourado e briguento do ômega, que Namjoon achava de certa forma adorável, ele foi o único ômega que o fez se sentir um alfa, o único que tirou toda aquela barreira desnecessária de obediência e submissão. De um jeito um tanto estranho, o alfa sentia-se bem e confortável com o relacionamento estranho que desenvolveram.

Devia pedir desculpas logo, Seokjin já estava partindo de seus dias de uma forma desagradável para si, seria muito melhor ter que aturá-lo todos os dias e brigar com ele todos os dias, do que rezar para se esbarrarem pela escola ou em alguma reunião.

 

{β}

 

Após um banho e a escolha complicada de roupas, o filho dos Kim estava na recepção aguardando seus pais. Ele sabia o que devia fazer, e por mais que o desagradasse tamanha formalidade iria, seguir ao menos alguns desejos de seus pais. Por isso estava de camisa, cardigan, calça e sapatos sociais. Impecável, como devia ser. Girava sua cabeça em frases reflexivas para conter seu lado explosivo, quando ouviu o carro estacionar. Levantou-se da poltrona, arrumou suas roupas e esperou, como se fosse um empregado, a entrada de seus pais.

Formal, sufocante, irritante e forçado. Era o que conseguia pensar olhando o casal entrar. Sua mãe; doce, linda e obediente. Mal falava se não se dirigissem diretamente a ela. Cansou de vê-la abaixar a cabeça para tudo e todos. Sentia certa pena da mulher, da ômega que o criou. Mas ele queria poder sentir apenas amor por ela, e isso era apenas um pequeno espaço em seu peito. Agora, por aquele homem ao lado da ômega, ele apenas nutria um curto respeito onde entendia que era filho dele e por isso o devia tal coisa.

Boa tarde, omma, appa. curvou-se em respeito os recebendo. Obrigado por virem me visitar. deu um sorriso complacente.

Se não viéssemos, quando decidiria ir para casa, filho? JiHoon falou enquanto desabotoava seu paletó.

Estou com algumas pastas de alunos para revisar appa, me desculpe não poder comparecer aos eventos sociais desta vez. mantinha o sorriso, por mais que fosse forçado.

Achei que seus professores dissessem que você era competente. o alfa bufou de forma debochada.

Cuido de muitos alunos aqui. apertou seus punhos. Não é uma simples instituição.

Gos.. MinSook se pronunciou ganhando um olhar repreendedor do marido. Gostaríamos de conhecer seu trabalho. não soou como pedido, apenas uma informação.

Mas este apenas era muito vindo de Sook, sua mãe, a ômega que dificilmente declarava seus desejos na presença daquele alfa. Seokjin se aproximou da mulher lhe estendendo a mão e um sorriso mais acolhedor. Seu peito estava apertado, surpreso e emocionado. A mulher tinha algum interesse em si, e ele queria aquilo como uma criança quer um doce.

Vou levá-la para conhecer a escola, omma. seus olhos marejaram, mas era mais forte que isso. Vamos?

Ela aceitou a mão do filho e logo teve seu braço acolhido pelos do ômega e ambos iniciaram uma caminhada silenciosa. Uma conexão fraca se refazia ali, porém fraca é melhor que inexistente. Tinham o alfa andando logo atrás de ambos, sem esconder a irritação por ser deixado de lado mesmo sendo o superior ali, ou pelo menos ele achava ser.

Passaram pela cantina, biblioteca, alguns laboratórios e pelas áreas abertas da escola. O alfa ainda carregava seu desgosto estampado, Seokjin apenas apresentava os locais sem descrever muitas coisas e a ômega observava tudo, com um pequeno brilho nos olhos. Se enganava quem olhava de longe e achava ver uma família comum, o clima entre eles era palpável de tão tenso.

É uma instituição muito boa. JiHoon declarou entediado. Mas e sua sala? Acredito que tenha uma. levantou uma sobrancelha.

Possuo uma sala, mas não há muito o que ver lá.   Jin olhou para seu pai, sentindo-se irritado por tal provocação. E tenho muitos papéis com informações dos alunos sobre minha mesa. Prefiro não levá-los lá hoje.  

Está chamando seus pais de fofoqueiros? pararam a caminhada com o alfa colocando as mãos em seus bolsos da calça social bem cortada.

Estou apenas falando que é meu trabalho zelar por eles e não seria ético levá-los lá com esses papéis espalhados. era mentira, mas não queria imaginar o pai naquele lugar toda vez que entrasse lá. Acredito que o senhor saiba o que é respeitar regras. atacou sutilmente o mais velho, o vendo apertar os dentes.

Fico feliz que siga certas regras ao menos. JiHoon disse entre dentes.

Irão almoçar aonde? Seokjin olhou o relógio torcendo para irem embora logo.

Sua omma quer saber como o filho tem se alimentado. aproximou-se da mulher, acariciando os cabelos da mesma. Iremos almoçar aqui.

Ficou estático por alguns segundos. Pensou que iriam sair correndo o quanto antes da escola, mas ao que parecia JiHoon queria testá-lo com todas as forças. Sabia que não era invenção de sua mãe, assim que o alfa começou a falar a mesma abaixou o olhar assumindo aquela posição submissa. Como odiava ter nascido em meio aqueles dois extremos.

Seokjin dividia apenas com Hoseok alguns problemas que tinha em casa, mas nem assim contava tudo. Não as piores partes, e sentia que aquilo estava por vir. Mas se convencia que não. Isso havia acabado.

Sabia que em casa comiam somente pratos refinados e feitos por um chefe rigorosamente escolhido. Ali eles não teriam o luxo que estão acostumados. Com toda certeza ouviria as críticas de JiHoon, o alfa que era seu pai.  

O almoço já será servido. de forma robótica se dirigiu de volta ao refeitório.

 

{β}

 

Quando voltou para o quarto sabia que não tinha mais nada de ômega ali além dos lençóis usados. Iria para um quarto novo também, mas não tinha pressa para se mudar. Gostava daquele quarto, gostava do cheiro. Bem... Havia gostado desde o primeiro momento. Seu peito nutriu mais aquela melancolia, fazendo-o suspirar por tamanha bobagem, sentir-se ruim por um ômega afastava-se de si com todo orgulho. Mas como tudo que envolve o antigo colega de quarto, ele sentiu certa raiva do mesmo por ter aberto a janela e ter deixado todo o perfume agradável sair por uma mania de limpeza e organização desnecessária.

Tomou um banho para livrar-se de todo o mal cheiro pela atividade matinal. Vestiu-se de forma mais simples, com uma camisa e jeans comuns e deixou os fios molhados jogados para trás por pura preguiça de secá-los.

Era hora de comer, e estava morrendo de fome. Quase sempre estava, devido a tanta atividade física e exercícios com os alunos. Sentia-se até um pouco chateado de ter as mesmas regras do alunos e não poder ter comida no quarto. Ser exemplo às vezes era chato demais, entediante demais.  

Quando chegou ao refeitório, rapidamente se serviu e sentou-se em uma mesa. Dificilmente teria aquela paz e tranquilidade se os alunos estivessem por ali, já havia feito amizade com grande maioria e feito o restante respeitá-lo. Não foi fácil com o psicólogo da escola aparecendo em suas aulas e gritando consigo ou do mesmo dando razão a qualquer reclamação dos alunos, obrigando o diretor a chamá-los para reuniões.

Estava concentrado em sua refeição quando Seokjin entrou com um casal. Passou a observar o ômega, algo em si dizia que havia alguma coisa estranha. Talvez fosse o andar duro e tenso, talvez como se mantinha afastado do casal. A mulher tinha muitos traços parecidos com o do ômega, o que fez Namjoon concluir o parentesco.

Jin os sentou em uma mesa e entrou na cozinha, o que era estranho. A comida estava servida como se fosse para os alunos pois os funcionários podiam chegar e se servir sem esperar. Pouco depois o ômega saiu com dois pratos bem enfeitados e colocou em frente de cada um dos pais. Namjoon riu sarcástico, não imaginava que ele teria vergonha de mostrar a realidade que está vivendo.

Levantou-se pegando sua maçã e dirigiu-se à mesa dos três. Lutou com dignidade por tudo que tinha e se orgulhava disso, ver um ômega que veio de berço de ouro ser tão insignificante era patético. Ele não imaginou aquilo de Seokjin, esperava mais depois de toda a marra que o mesmo demonstrou ter.

Boa tarde, Seokjin. mordeu a fruta olhando o ômega de cima.

Boa tarde. pôde ver que ele apertou as mãos em seu colo e sequer ergueu o olhar.

Boa tarde. dirigiu-se ao casal com uma leve reverência, não iria se rebaixar sequer para o alfa mais velho. Já está alojado em seu novo quarto?

Sim. resposta ríspida e rápida.

O diretor lhe dá tantas regalias, vejo que até uma simples refeição se torna um banquete para você. riu sarcástico. Por isso deve ter reformado o quarto para você tão rapidamente.

Não tão rápido como gostaria. Jin finalmente o olhou, dando um sorriso fingido. Tive que ficar confinado com um monstro imundo mais tempo que não desejei o fazer. juntou suas mãos apoiando os cotovelos na mesa. Agora pode dar licença, sua presença me dá enjoo.

Nos vemos pelos corredores, Jin. sorriu vitorioso e se retirou.

Mas antes que chegasse a porta pode ouvir som de algo se quebrando, quando olhou para trás, viu o mesmo ômega com quem havia discutido, banhado no risoto do almoço. O alfa que encontrava-se na mesa estava em pé e a ômega continuava a comer mesmo que pudesse se ver o medo em seu tremor.

Isso ele realmente não esperava. E o fez culminar muito mais raiva dentro de si do que a suposição anterior. Talvez devesse parar de achar coisas e ter mais certeza.

 

{β}

 

Levantou-se da mesa deixando os adultos para trás sem falar uma única palavra, sabia porque seu pai havia agido daquela forma e não culpava Namjoon por ter se metido no almoço dos três, hora ou outra algo do tipo iria acontecer. Chegou em seu quarto, tirando as roupas e colocando novas roupas irritantemente formais. Era hora de despedir-se de seus pais e iria fazer nem que tivesse de ser mais ríspido.

Ajeitou a camisa azul deixando alguns botões abertos, a camisa para fora da calça marrom e apertou os olhos em fúria.  Não era mais criança e aquele alfa devia entender isso de uma vez por todas, nem que tivesse que enfim cortar os laços familiares.

Quando abriu a porta e estava para sair, encontrou Namjoon prestes a bater na mesma. Suspirou cansado do dia que estava levando, era impossível que tivesse que passar por mais estresse logo agora que achava que teria dias de paz.

O que quer? foi direto ao ponto com o alfa parado em sua frente.

Está tudo bem? Namjoon trazia um tom com certo receio e preocupação.

Sim. deu um passo à frente, desviando do alfa e fechando a porta. Não há nada que possa mudar ou melhorar.

No refeitório... apontou para trás como se pudesse apontar o cômodo de que falava.

Não. Você não viu nada. Jin foi prático e frio, não queria tocar no assunto.

Na verdade eu vi sim. afirmou firme, interrompendo os passos do ômega.

Olha... respirou fundo. Esqueça aquilo, ok?

Estou tentando, mas não é como se aquela imagem não me irritasse. tratou de ser um pouco mais grosso, demonstrando como estava afetado.

Jin deu um leve sorriso, mas conteve a satisfação surpresa que o invadiu. Não, isso não era certo e não iria controlá-lo assim do nada. Alfas não mandam nele. Nunca mandaram.

Continue tentando. virou as costas para o alfa, tomando seu caminho ao hall de entrada.

Sabia que o mesmo o seguia, não sabia porquê e nem iria perguntar só queria se livrar de seus pais logo e relaxar em qualquer lugar, longe de qualquer um. O casal estava em pé o aguardando já, demonstrando a impaciência em ter de esperar.

Vamos almoçar fora, Seokjin. Deve ter algo decente por perto. JiHoon falou olhando o relógio.

Não irei. Jin disse simples, cruzando os braços para trás e parando em frente ao alfa.

Não estou pedindo. o homem apertou os dentes.

Eu sei. o ômega não se intimidou.

Namjoon estava um pouco mais afastado, observando a cena e sentindo o cheiro cítrico misturado com cravos aumentar, acusando a insegurança do ômega, mas o misto de odores que aquele ambiente se tornava acusava o risco que Seokjin estava assumindo. Um cheiro de flor-de-laranjeira que acreditava ser da ômega, mãe de Jin e o de madeira puxando para canela do alfa mais velho misturando-se, era o letreiro claro de briga.

Não sou mais uma criança e não lhe devo obediência ao extremo. Então se... antes que Jin pudesse terminar de falar, o alfa havia levantado a mão e lhe dado um tapa.

Não era nada que não estivesse acostumado. Respirou fundo sentindo o rosto esquentar, olhou para o homem sabendo que a marca vermelha iria aparecer aos poucos.

… Então peço que não venha mais me visitar. engoliu suas lágrimas, olhou sua mãe. Conquistei tudo sozinho e irei lhes pagar cada grão de arroz que lhes custei.

Outro tapa no mesmo lado foi lhe dado. Apertou seus olhos, não moveu-se do lugar. Olhou novamente para os dois, observando a face de cada um. Reverenciou em respeito e seu pai levantou a mão novamente. Esperou o tapa, mas ouviu um rosnado e o cheiro de café que apagou todos os outros presente.

O que pensa que está fazendo? JiHoon proferiu olhando para Namjoon, que segurava seu pulso.

Tentando não matar um idiota. jogou o homem para longe do ômega e olhou para a mulher. Se dê mais valor e largue esse pedaço de nada.

JiHoon encarava o alfa mais novo com raiva, mas algo o fez vacilar. Talvez os olhos cinzas, as presas aparentes ou as garras com que ele agarrou a camisa social, rasgando-a.

Estou vendo um rosto vermelho sem motivos, um ômega machucado sem motivos. a voz rouca, alterada, potente e penetrante de Namjoon fazia até a ômega tremer. Quantas vezes isso aconteceu? JiHoon apenas apertou os dentes e Nam apertou a mão em sua camisa, jogando o corpo do alfa contra o carro que os esperava, sentou sobre os degraus da entrada. Precisa diminuir seu filho pra se sentir um alfa de verdade? riu puxando os lábios de lado. Sabe do que eu preciso pra me sentir um alfa? apontou para o homem. Matar gente como você. Se te encontrar de novo, se encontrar o rosto dele… apontou para Jin. Vermelho de novo... Acredite que estará em um poço pior do que estará em alguns dias. levantou dando as costas para o casal e o olhou para a mulher. Esperava mais de uma mãe que parece amar muito um filho. baixou o olhar virando-se para o hall e encontrou Seokjin. Vamos por algo aí? sua voz mudou por completo, voltando ao normal.

Sabia que não adiantaria mandar no ômega, nem tratá-lo de forma rude, isso apenas iria afastar e assustá-lo e agora entendia porquê. Então estendeu sua mão. Seokjin o olhou e aceitou, ainda confuso se deveria permitir tal proximidade.  

A mão do alfa era quente, firme e aconchegante. Tudo que ele foi para os amigos, para com seus clientes, colegas e conhecidos. Aquele toque parecia querer desmoronar toda a fortaleza que Seokjin é, toda a força e certeza que ele tem de que nada o abalava mais, de que tudo aquilo era normal e estava acostumado. Claro que era forte e lutou por si, mas porque não deixou ninguém tornar-se sua fortaleza, seu centro de forças, sua base.

Achava que iriam para o refeitório, mas acabaram na sala de ginástica. Tinha que assumir que o local estava extremamente organizado, mas só observou isso quando ficou sozinho, o que levou poucos minutos porque Namjoon logo voltou com uma bolsa de gel, rapidamente lhe entregando.

Coloque no rosto. pediu calmo.

A bolsa gelada causou dor no início e depois certo alívio. Jin escorou-se a uma mesa ali, olhando para o chão, segurando a bolsa sobre a bochecha.

Me desculpe pela cena. tinha certa vergonha carregada em sua voz.

Alguém sabe sobre seu pai? Nam respirou fundo olhando o teto, tentando distrair-se, enquanto escorava-se na mesma mesa e cruzava os braços.

Não é como se fossem acreditar em um ômega como eu. sorriu, sentindo certo incômodo.

Não seja tolo. olhou para ele. Devia ter contado para alguém. Devia ter me contado.   Jin o olhou. Desde quando?

Sabia ao que a pergunta se referia, não queria responder, mas estava na hora de livrar-se daquilo de uma vez e desprender-se de JiHoon.

Desde sempre. olhou para o chão com vergonha.

Me olhe, Jin. pediu um pouco mais impaciente e o ômega o obedeceu. Pôde ver os olhos úmidos. Me conte tudo, ele não vai mais fazer nada pra te machucar.

Você não pode afirmar isso. deu um pequeno sorriso sarcástico, sentindo uma lágrima escapar depois de muitos anos

Posso. secou a lágrima com cuidado. Falei sério quando disse que mato ele se encostar em você.

E por que isso, Kim Namjoon? riu, imitando o tom brigão que sempre usou.

Porque é você, Kim Seokjin. também riu. Eu gosto de você. o ambiente ficou silencioso e repentinamente o alfa levantou as mãos. Mas é em um sentido bom, quer dizer... Eu não vou mandar em você, ou coisas assim. Eu só gosto de você, tipo como um amigo, ou como algo a mais. Eu não sei. Só sei que gosto. Você não é o tipo que dá espaço sabe, então eu não entendo muito e… E...

Seokjin caiu em risada com o desespero inocente do alfa em se explicar. Isso era bom. Era gostoso saber que ele queria agradá-lo. E mesmo que doesse rir, estava rindo. Encostou a bolsa de gel sobre a bochecha e olhou para o alfa sentindo o pequeno sorriso nos lábios.

Eu devia estar muito triste agora, ou irritado, mas estou com dor por estar sorrindo. olhava para o alfa com certa admiração.

Acho que posso fazer você sentir tudo isso. apertou os olhos em certa dúvida debochada, provocando mais risadas.

Quer mesmo saber? Seokjin despejou aquele peso de seu coração.

Se isso te fará bem... Estou disposto a ouvir. ambos ficaram um pouco mais sérios.

Não é muito bom.

Serei bom pra você a partir de agora, é suficiente?

Seokjin deu um leve sorriso.

Só... fez uma breve pausa. Não me machuque.


Notas Finais


Vou tentar vir com o próximo o quanto antes.

Mas me contem, e esses dois ai heim!?
O que acham? Achei digno e fofo u_u
Nos contem e surtem conosco.


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